CH Lisboa Central inova no tratamento da angina de peito

30/05/2017

O Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC) realizou, no dia 26 de maio, pela primeira vez na Península Ibérica, um procedimento minimamente invasivo, que consiste na implantação do dispositivo “Reducer” no seio coronário (veia cardíaca), em doentes com angina de peito.

Este dispositivo – uma rede metálica em forma de ampulheta, expansível por balão – foi desenvolvido para aliviar os doentes que não têm outras opções para atenuar ou eliminar a isquemia de causa cardíaca, também conhecida como angina de peito.

O procedimento foi realizado no Laboratório de Hemodinâmica do CHLC – Polo Santa Marta e contou com a colaboração do Professor Banai, de Telavive, um dos inventores do dispositivo.

A maioria dos doentes candidatos a esta nova técnica já foi intervencionada, através de cirurgia de “bypass” coronário ou através de angioplastia coronária com implantação de stents, e, apesar de se encontrarem medicados com diversos fármacos, mantêm as queixas de dor no peito.

O “Reducer” tem já mais de 500 implantações em todo o mundo, distribuídos por cerca de 50 centros. As implantações decorreram sem complicações e os doentes tiveram alta nas 48 horas subsequentes.

Este dispositivo é implantado através de uma veia do pescoço, apenas com anestesia local, e conduzido até à aurícula direita e seio coronário onde é expandido com um balão. O “Reducer” provoca aí um estreitamento focal que, aumentando a pressão no seio coronário, provoca uma redistribuição do sangue das áreas bem irrigadas do músculo cardíaco para as áreas mal irrigadas, zonas que estão em isquemia e que produzem a dor cardíaca típica, a angina de peito.

Os cardiologistas de intervenção do CHLC – Polo Santa Marta antecipam que existirá um conjunto de doentes distribuídos por todo o território nacional, maioritariamente seguidos em consultas de Cardiologia ou de Medicina Interna, que se mantêm sintomáticos apesar de esgotadas todas as opções terapêuticas (cirurgia, cateterismo com implantação de stents, medicamentos). Estes doentes têm agora uma nova arma na melhoria dos seus sintomas e qualidade de vida, podendo ser referenciados para os centros que estejam a implantar este novo e revolucionário dispositivo.

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