Alerta Infarmed: Interferência dos medicamentos contendo fulvestrant em testes de doseamento de estradiol

Para: Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI)

Tipo de alerta: div

Contactos

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  • 21 111 7552
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16 nov 2017

Os fabricantes de testes de doseamento de estradiol (por imunoensaio)[1] têm vindo a informar os utilizadores sobre a interferência dos medicamentos contendo fulvestrant nos resultados obtidos. Esta situação deve-se à semelhança molecular entre o fulvestrant e o estradiol, o que pode originar resultados de estradiol falsamente aumentados nos doentes em terapêutica com este fármaco.

Este facto pode condicionar a avaliação do estado hormonal da doente, e ao ser erradamente interpretado, conduzir a uma decisão clínica errada de alteração ou descontinuação da terapêutica, em determinadas situações de cancro da mama.

Por este motivo, os fabricantes destes testes têm vindo a atualizar as suas instruções de utilização para incluir esta interferência.

Neste contexto, em doentes a tomar fulvestrant, os níveis de estradiol devem ser determinados através de métodos alternativos.

Quaisquer incidentes ou outros problemas relacionados com dispositivos médicos devem ser notificados à Unidade de Vigilância de Produtos de Saúde do Infarmed através dos contactos: tel.: +351 21 798 71 45; fax: +351 21 111 7559; e-mail: dvps@infarmed.pt

O Conselho Diretivo

[1]Fabricantes em que esta interferência foi verificada: Siemens; Beckman-Coulter; Biomerieux; Abbot Diagnostics; Roche; Orthoclinical Diagnostics; DiaSorin.

Teste Genómico: IPO do Porto vai efetuar teste aos tumores extraídos da mama

04/07/2017

O Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO Porto) vai começar a efetuar um teste aos genes dos tumores extraídos da mama, para verificar a agressividade, a probabilidade de desenvolver metástases e a necessidade de quimioterapia, permitindo um tratamento personalizado.

Em declarações à agência Lusa, o Coordenador da Clínica de Mama do IPO Porto, Joaquim Abreu de Sousa, referiu que este teste genómico (ou assinatura genética), que estará disponível a partir de 17 julho, estuda 50 genes associados ao cancro da mama, determinando, para além do grau de agressividade do tumor, a forma como este se vai comportar.

De acordo com o médico, normalmente, para verificar esses indicadores, são utilizados os fatores de prognóstico clássico, como o tamanho do tumor, o número de gânglios e o grau de diferenciação celular, entre outros, o que, com este teste, passará a ser muito mais fiável.

Para Joaquim Abreu de Sousa, a mais-valia da assinatura genética é enorme, visto que representa um ponto de viragem no entendimento da doença, permitindo tratar os doentes de forma altamente especializada e individualizada, sendo os diagnósticos e as terapêuticas desenhadas em função das características individuais de cada um.

Na última década, foi administrada “muita terapêutica adjuvante” (quimioterapia) a doentes com cancro da mama, estimando-se que, em cerca de dois terços desses pacientes, os resultados teriam sido praticamente os mesmos caso isso não tivesse acontecido, explicou.

A assinatura genética “vai evitar o sub e o sobretratamento dos doentes”, referiu o médico, visto que somente serão selecionados para a quimioterapia aqueles em que se verifique que existe vantagem na terapêutica.

O tratamento direcionado vai possibilitar ainda “uma redução na despesa relacionada com os custos diretos da quimioterapia e com efeitos adversos associados”, indicou Joaquim Abreu de Sousa, acrescentando tratar-se da passagem da medicina de medida única para a medicina personalizada.

Além disso, são efetuados nos hospitais locais, pelo seu ‘staff’, sem necessidade de enviar a amostra do tumor para outros laboratórios analisarem a assinatura genética, como acontecia com os testes da primeira geração, que foram efetuadas no início dos anos 2000.

O coordenador indicou ainda que o teste genómico estuda os genes do tumor, associados à proliferação e à resposta imune, por exemplo, que permitem predizer qual o risco (baixo, intermédio ou alto) de o tumor voltar a aparecer e a criar metástases, diferenciando-se do teste genético, que avalia, nos genes do doente, se existe risco de este vir a desenvolver cancro.

Segundo um comunicado do IPO Porto, vários organismos internacionais, nomeadamente o National Cancer Institute (líder na investigação em oncologia nos Estados Unidos), enfatizam o valor do diagnóstico molecular para reduzir o tratamento com quimioterapia de doentes com cancro da mama.

Fonte: Lusa

Visite:

IPO Porto  – http://www.ipoporto.pt/

Teste de literacia em direitos dos utentes de cuidados de saúde – ERS

2017/05/16

A ERS disponibiliza um questionário interativo sobre os direitos dos utentes de cuidados de saúde, em que os cidadãos podem testar o seu grau de conhecimento.

Preencha o questionário.

Este questionário é similar ao utilizado no estudo de inquérito realizado pela ERS sobre o nível de literacia dos cidadãos em direitos dos utentes, que pode ser consultado aqui.