Recomendações para hidratação e alimentação em dias quentes – DGS

Mantenha-se hidratado

16/06/2017

De acordo com as fonte oficiais, as temperaturas deverão atingir valores muito elevados, nos dias 15, 16 e 17 de junho, sobretudo nos distritos de Beja, Castelo Branco, Évora e Santarém. A Direção-Geral da Saúde recomenda, por isso, medidas de proteção adicionais.

Em resposta ao aumento da temperatura ambiente, o nosso organismo aumenta a perda de água pela transpiração, sendo esta a sua principal forma de arrefecimento. Manter uma hidratação adequada é essencial, pelo que se recomenda a ingestão de água ou de outro líquido, mesmo que não se tenha sede, e que se evitem as bebidas açucaradas e alcoólicas.

As recomendações da a Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, para a hidratação e alimentação em dias quentes, são as seguintes:

  • Mantenha-se bem hidratado mesmo que não sinta sede. Aumente a ingestão de água e infusões sem adição de açúcar ao longo do dia;
  • Dê um sabor saudável  à sua bebida. Pode aromatizar a sua água, de forma natural, adicionando:
    • Um pedaço de fruta (limão, laranja, lima…)
    • Hortícolas (pepino…)
    • Especiarias (canela…)
    • Ervas aromáticas (hortelã…)
  • Opte por alimentos sólidos que são ricos em água, como frutos e hortícolas, cozinhados ou em cru;
  • Coma sopa para se hidratar. É a forma mais segura de hidratação no verão, podendo sempre optar pelas suas versões frias (por exemplo: gaspacho);
  • A água é portátil. Lembre-se de ter sempre consigo uma garrafa de água, em particular quando se desloca (praia, exercício, viagem de automóvel…);
  • Evite bebidas alcoólicas, excessivamente açucaradas ou com cafeína, em particular no verão. Em vez de hidratarem, contribuem para a perda de água. Além disso, o álcool em excesso é um forte agressor do sistema hepático;
  • Monitorize a sua ingestão de água. A cor da urina pode ser um marcador do nosso estado de hidratação. Esta deve ser abundante, incolor e inodora;
  • Faça refeições leves e mais frequentes e evite refeições pesadas e muito condimentadas. Escolha locais com uma boa oferta de bebidas saudáveis;
  • Acondicione e transporte os alimentos mais perecíveis (queijo, iogurtes, marisco, ovos, etc.) em geleiras, sacos ou malas térmicas, com cuvetes de gelo ou placas frias, para manter a temperatura. Uma infeção alimentar aumenta perigosamente o risco de desidratação;
  • Vigie os familiares de risco, em particular as crianças, e incentive os amigos a beber água ao longo do dia e no local de trabalho. O mau humor e o bom desempenho cognitivo têm muito a ver com uma hidratação adequada!

A DGS recomenda ainda que as pessoas que sofram de doença crónica, ou que estejam a fazer uma dieta com redução de sal ou restrição de líquidos, se aconselhem com o seu médico ou contactem a linha Saúde Pública: 808 211 311

Mantenha-se hidratado!

Para saber mais, consulte:

Blog do Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável > Notícia

Marisco no Verão. Sim ou Não? Riqueza Nutricional do Marisco – DGS

Marisco no verão. Sim ou não?

Com a chegada do verão e sendo Portugal um país com grande tradição e qualidade na oferta de marisco, surgem algumas oportunidades para consumir estes moluscos (mexilhão, amêijoa, conquilha) e crustáceos (sapateira, camarão).

No entanto, há muito que se atribuiu uma conotação negativa ao marisco pela sua riqueza em colesterol. Mas será que o marisco é dos principais responsáveis aumento dos níveis de colesterol? E o seu consumo não apresenta outras vantagens nutricionais?

Com a chegada do verão e sendo Portugal um país com grande tradição e qualidade na oferta de marisco, surgem algumas oportunidades para consumir estes moluscos (mexilhão, amêijoa, conquilha) e crustáceos (sapateira, camarão). No entanto, há muito que se atribuiu uma conotação negativa ao marisco pela sua riqueza em colesterol. Mas será que o marisco é dos principais responsáveis aumento dos níveis de colesterol? E o seu consumo não apresenta outras vantagens nutricionais ?

Se analisarmos a quantidade de gordura total presente no marisco, por exemplo no camarão (1g de gordura/100g), na amêijoa (2g de gordura/100g), ou no mexilhão (4,5g de gordura/100g), verificamos que os valores são substancialmente baixos. Sabemos hoje que os principais responsáveis pelo aumento do colesterol são sobretudo as gorduras saturadas e trans, que estão presentes em quantidades muito reduzidas no marisco. Pelo contrário, o próprio marisco poderá ser um fator protetor da saúde cardiovascular pelos interessantes níveis de ácidos gordos polinsaturados (alfa-linolénico (ALA) ou ómega-3, que possui. Do ponto de vista nutricional, o marisco é também uma boa fonte de vitamina B12, uma vitamina extremamente importante na formação das células sanguíneas e na integridade das células nervosas. Pensa-se que esta vitamina pode ainda contribuir para a redução dos níveis de homocisteína que tem um papel protetor nas doenças cardiovasculares. Em particular, as amêijoas são das maiores fontes alimentares de vitamina B12, onde apenas (12g) superam o valor diário recomendado.

Mas o marisco não se fica por aqui, pois é também uma importante fontes de proteínas de alto valor biológico, ferro, selénio e até mesmo de cálcio.

Apesar da riqueza nutricional do marisco, nem todos o podem consumir. Indivíduos com alergias alimentares ao marisco têm obrigatoriamente que o excluir da sua alimentação. Por serem também alimentos ricos em purinas estão igualmente desaconselhados para pessoas com valores elevados de ácido úrico.

Relativamente à segurança dos alimentos, é importante considerar alguns cuidados na escolha, compra e conservação do marisco. Devemos optar por bivalves com conchas bem fechadas, com cheiro fresco e agradável a maresia e carne brilhante. No caso dos crustáceos, o aspeto brilhante e luzidio, olhos negros salientes e cheiro agradável a maresia são alguns exemplos de cuidados a ter no momento da escolha e compra destes alimentos. O consumo de marisco deteriorado pode levar a intoxicações alimentares com consequência graves, sobretudo em determinados grupos de risco, como grávidas, crianças, idosos e indivíduos imunodeprimidos.

Apesar de todos os seus benefícios nutricionais teremos sempre que considerar que o método de confecção e acompanhamento escolhido é também uma questão importante. A associação do camarão com maionese, pão torrado com manteiga, excesso de sal ou a fritura, tendem a adicionar gordura de má qualidade e sal a este interessante alimento, tornando-o um alimento de risco.

O mesmo se passa com outras espécies como é o caso das “Amêijoas à Bulhão Pato”, cozinhadas apenas com azeite, alho e coentros, um marco da nossa gastronomia e qualidade nutricional em comparação com outros métodos de confecção.

Neste verão aventure-se numa mariscada não esquecendo que a simplicidade é sempre uma fiel aliada do prazer à mesa e da nossa saúde.

marisco

Saúde Sazonal: Verão & Saúde – DGS / INSA

Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre Saúde Sazonal: Verão & Saúde

Transcrevemos:

«Saúde Sazonal: Verão & Saúde

No seguimento de notícias hoje publicadas a Direção-Geral da Saúde esclarece:

  • A mortalidade ocorre de forma cíclica e com expressão sazonal e acomoda ainda variabilidade aleatória diária, resultando em valores diferentes em cada dia, mês e ano.
  • As temperaturas extremas, quer no Inverno, quer no Verão, têm um potencial efeito negativo na saúde das populações.
  • Devido às variações das temperaturas, as comparações devem ser feitas com médias de vários anos, permitindo leituras dos resultados mais consistentes. Assim:
    • Nos primeiros seis meses de 2016 observou-se uma mortalidade 5,3% inferior à do período homólogo do ano anterior (menos 3.144 óbitos).
    • Em janeiro de 2016 observou-se menos 23% da mortalidade e em fevereiro menos 15% que em 2015.
    • Desde março os valores da mortalidade têm vindo a ser superiores aos de 2015.
    • O valor da mortalidade que se observou em junho 2016 pode corresponder apenas à variabilidade aleatória referida. Assim, numa perspetiva diária, o número de óbitos observado em junho está dentro dos valores esperados.
  • Quanto às temperaturas, de acordo com a informação do IPMA, a média das máximas observadas em junho de 2016, apesar de superior à média dos últimos 30 anos, foi inferior à verificada em 2015, quando ocorreram duas ondas de calor. Verificou-se o mesmo comportamento nas temperaturas mínimas.
  • Em 2016, não se verificou qualquer onda de calor e o IPMA apenas emitiu um aviso meteorológico amarelo, referente a temperaturas, nos dias 13 e 14 de junho para o distrito de Faro.
  • Durante todo o Verão importa considerar os cuidados adequados às temperaturas elevadas conforme recomendações em www.dgs.pt.

 

Francisco George

Diretor-Geral da Saúde»

Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre Saúde Sazonal: Verão & Saúde

Veja também:

Informação do INSA:

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, está colaborar com a Direção-Geral da Saúde  (DGS) na elaboração da informação disponibilizada na Plataforma Saúde Sazonal, que pode ser consultada na área Saúde em Tempo Real do portal do Serviço Nacional de Saúde. Esta colaboração insere-se no âmbito do Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, plano “Verão e Saúde”, ativado em Portugal Continental entre 15 de maio e 30 de setembro e, eventualmente, noutros períodos em função das condições meteorológicas.

O Plano “Verão e Saúde” tem como principal objetivo minimizar os potenciais efeitos do calor intenso na saúde da população. Para tal, baseia-se nos efeitos de fatores ambientais na saúde como, por exemplo, indicadores da procura dos serviços, de morbilidade e de mortalidade, atualmente disponíveis em tempo real.

Do conjunto de indicadores disponibilizados nesta plataforma, o Instituto Ricardo Jorge contribui com informação sobre o Índice Alerta ÍCARO Nacional (efeito do calor sobre a mortalidade) e sobre o sistema de Vigilância Diária da Mortalidade (VDM), que apresenta os desvios da mortalidade observada face à mortalidade esperada sem a influência de fatores habitualmente associados ao excesso de mortalidade.

O Índice Alerta ÍCARO é um indicador padronizado do impacto das temperaturas previstas para o próprio dia e os dois dias seguintes na mortalidade, que utiliza os seguintes níveis de alerta: Efeito nulo sobre a mortalidade; Efeito não significativo sobre a mortalidade; Provável efeito sobre a mortalidade; Possível alerta de onda de calor em avaliação; Alerta de onda de calor, esperadas consequências graves em termos de saúde mortalidade.

O sistema VDM visa a monitorização, diária e semanal, da mortalidade por todas as causas ocorrida em Portugal. Foi implementado no Departamento de Epidemiologia em 2004, tornando-se em 2007 um sistema automático com cobertura nacional. A mortalidade por todas as causas é um importante indicador de saúde pública e dessa forma a sua monitorização contínua e sistemática permite estimar o impacto atual de doenças, epidemias, fatores climatéricos e ainda a magnitude do impacto de epidemias futuras.

A Plataforma Saúde Sazonal disponibiliza ainda dados sobre o número de consultas não programadas nos cuidados de saúde primários por semana e o número de consultas em urgência hospitalar por semana. É ainda apresentada a amplitude semanal das temperaturas máxima e mínima calculada para Portugal Continental a cada 24 horas.

INEM Reforça Meios de Emergência no Algarve Tendo em Vista a Proximidade do Verão

INEM antecipa Verão e reforça meios no Algarve
INEM reforça meios de emergência no Algarve, tendo em vista a chegada do Verão e o aumento população na região, nessa época.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) divulga que já está a reforçar o seu dispositivo de socorro e emergência médica no Algarve, tendo em vista a chegada do Verão e o aumento substancial da população na região, nessa época do ano.
Assim, ao dispositivo já existente, que era composto por 37 meios de emergência médica, acrescentam-se mais um motociclo de emergência médica, duas ambulâncias de emergência médica com tripulação do INEM em Quarteira e Albufeira e um Posto de Emergência Médica, com tripulação da Cruz Vermelha Portuguesa, em Armação de Pera.
O INEM salienta que foram também substituídas quatro ambulâncias antigas dos Corpos de Bombeiros de Aljezur, Albufeira, Tavira e Lagoa, por viaturas mais recentes.
Vão ser distribuídos três desfibrilhadores automáticos externos às equipas de suporte básico de vida destacadas para as Ilhas Armona, Culatra e Tavira.
A decisão de reforçar, com os meios acima descritos, a região do Algarve, baseia-se numa análise pormenorizada das ocorrências naquela região, durante o período estival, que demonstram a necessidade de serem realizados ajustamentos regionais e locais sempre feitos com base numa análise global (nacional) e sistémica que avalia o impacto dessas decisões.
Outras eventuais deslocalizações e reposicionamento de meios a título provisório por períodos mais ou menos prolongados são devidamente planeadas e serão sempre tomadas tendo em consideração as entidades locais, conclui o INEM.
Para saber mais, consulte:

INEM – http://www.inem.pt/

Curso “Alimentação para o Verão”, 8 e 9 de Setembro, Inscrição Gratuita

A Liga Portuguesa contra a Sida organiza, nos próximos dias 8 e 9 de setembro, um curso denominado “Alimentação para o Verão”, com o objetivo de transmitir o papel da nutrição na promoção da saúde e no tratamento das doenças, em geral, e da infeção por VIH em particular.

As inscrições são gratuitas e poderão ser efetuadas através do seguinte email: info@ligacontrasida.org

Plano de Verão 2015: ARS Algarve Disponibiliza 32 Postos de Saúde de Praia Entre 29 de Junho e 13 de Setembro

A Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, em colaboração com a Cruz Vermelha Portuguesa, disponibiliza, entre 29 de junho a 13 de setembro, 32 postos de saúde de praia distribuídos ao longo da costa algarvia. Estes vão funcionar entre as 10h30 e as 19h30, até 30 de agosto, sendo que 7 destes postos se manterão em funcionamento até 13 de setembro.

Veja o Plano de Verão 2015

Este projeto tem como objetivo assegurar cuidados de saúde de enfermagem e dar resposta a situações clínicas que possam ser tratadas no local, ou, em caso de necessidade, encaminhar o utente para uma unidade de saúde mais adequada.

Pequenos acidentes, nomeadamente traumatismos por quedas, escoriações, equimoses, picadas de peixe-aranha, golpes de calor, queimaduras solares e indisposições, resultantes de abusos de exposição ao sol, são algumas das principais ocorrências registadas todos os anos nos postos.

De acordo com o comunicado da ARS Algarve, a acessibilidade, as condições naturais e do meio ambiente e a análise de indicadores de risco (tipo de atendimentos efetuados, número de evacuações para as unidades de saúde, tratamentos e suturas, picadas e mordeduras), são os critérios para a escolha da localização dos diversos postos de saúde de praia, sendo os parceiros nesta avaliação as Autoridades Marítimas, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve, a Administração da Região Hidrográfica do Algarve, a Entidade Regional de Turismo do Algarve e as autarquias.

Para além desta iniciativa, o Departamento de Saúde Pública e Planeamento da ARS Algarve desenvolve também, no âmbito da prevenção, o Plano de Contingência para as Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Calor 2015, entre 15 de maio e 30 de setembro, período durante o qual é maior a probabilidade de situações de calor extremo.

Este plano tem como finalidade a promoção da proteção da saúde das populações contra os efeitos negativos dos períodos de calor extremo, através de uma eficaz avaliação do risco e do desenvolvimento de respostas apropriadas pelas entidades competentes da saúde, em articulação com entidades externas de proteção civil, da segurança social, entre outras.

Veja o Plano de Verão 2015