Publicado nº 2 da Revista da DGS «Portugal em Números» – Número temático: Dengue

«Quando publicámos o número 1 desta revista científica – Portugal Saúde em Números – ocorreu-nos a edição de um número temático.

A ocorrência do surto de Dengue na Região Autónoma da Madeira era recente configurando-se, à data, um tema apelativo e atual. Apesar do hiato temporal já decorrido, é particularmente gratificante que consigamos agora ter um registo do que aconteceu, do que exemplarmente foi feito, e apontar caminhos para o que poderia, eventualmente, ter sido feito adicionalmente.

Este é um relato de alguns profissionais de saúde que tiveram diretamente envolvidos no surto; que representam os muitíssimos que estiveram de facto “no terreno” na Região Autónoma da Madeira e na retaguarda.

Saiba mais…»

Concurso para Criação do Logótipo do «Programa Francisco Cambournac» Sem Vencedores

Procede-se à publicação dos resultados da avaliação das propostas de acordo com o “Regulamento para concurso de criação de logótipo Programa Francisco Cambournac”:

O júri deliberou, nos termos da alínea e) do ponto 8 do citado Regulamento, que nenhum dos trabalhos preenche os requisitos mínimos de qualidade e usabilidade, pelo que decide pela não atribuição do prémio.

A documentação relevante pode ser consultada no Piso 1 da Direção-Geral da Saúde, dias úteis das 10 às 12h30 e das 14h30 às 17 horas.

Veja o anúncio de abertura por nós publicado.

Ivabradina – Restrições de utilização – Infarmed

Circular Informativa N.º 239/CD/8.1.7 Data: 21/11/2014
Para: Divulgação geral
Contacto: Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444O Comité de Medicamentos de Uso Humano (CHMP) da Agência Europeia do Medicamento (EMA) adotou as recomendações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) de restrição da utilização dos medicamentos contendo ivabradina, divulgadas na circular informativa nº 233/CD/8.1.7, para reduzir o risco de problemas cardíacos associados à toma destes medicamentos.
Em Portugal, apenas é comercializado o medicamento Procoralan, o qual é utilizado em adultos no tratamento sintomático da angina de peito crónica estável e da insuficiência cardíaca crónica.Para que os benefícios da utilização dos medicamentos contendo ivabradina continuem a superar os riscos conhecidos, a EMA e o Infarmed recomendam o seguinte:

Profissionais de saúde
– A relação benefício/risco da ivabradina permanece positiva para as indicações terapêuticas autorizadas , desde que sejam seguidas as recomendações para diminuir o risco cardíaco;
– A utilização deste medicamento apenas é benéfica no tratamento sintomático da angina de peito crónica estável em doentes que não podem tomar bloqueadores beta, ou em combinação com bloqueadores beta quando estes não controlam completamente a doença;
– A ivabradina não apresenta efeitos benéficos em doentes cardíacos sem insuficiência cardíaca clínica;
– O tratamento sintomático de doentes com angina de peito crónica estável só deve ser iniciado se a frequência cardíaca do doente em repouso for igual ou superior a 70 batimentos por minuto (bpm);
– A dose inicial não deve exceder os 5 mg duas vezes por dia e a de manutenção os 7,5 mg duas vezes por dia;
– O tratamento deve ser interrompido se, após 3 meses de tratamento, não houver melhoria dos sintomas da angina de peito. A descontinuação da terapêutica deve também ser considerada se não houver uma melhoria significativa dos sintomas e uma redução clínica relevante na frequência cardíaca em repouso em três meses;
– O uso concomitante de ivabradina com verapamilo ou diltiazem está contraindicado;
– Antes de se iniciar o tratamento ou no ajuste da dose, na determinação da frequência cardíaca, devem considerar-se a monitorização de 24h em ambulatório, o ECG e medições sistemáticas do ritmo cardíaco;
– O risco de fibrilhação auricular está aumentado em doentes tratados com ivabradina, pelo que os doentes devem ser monitorizados regularmente. Caso ocorra fibrilhação auricular durante o tratamento, deve ser ponderada a sua manutenção;
– Se, durante o tratamento, a frequência cardíaca descer abaixo dos 50 bpm em repouso ou se o doente revelar outros sintomas consistentes com bradicardia, a dose do medicamento deve ser reduzida (a dose mais baixa é de 2,5 mg duas vezes por dia). O tratamento deve ser descontinuado caso a frequência cardíaca se mantenha abaixo dos 50 bpm ou os sintomas de bradicardia persistam, apesar da redução da dose.

Doentes
– Os benefícios da utilização de ivabradina para o tratamento da angina de peito e insuficiência cardíaca crónicas continuam a ser superiores aos riscos, desde que sejam seguidas as recomendações do médico;
– Durante o tratamento, em particular no início ou na alteração da dose, é necessário medir regularmente a frequência cardíaca;
– Os doentes que apresentem sintomas associados à angina de peito (como a falta de ar) durante o tratamento devem contactar o médico;

A posição do CHMP será agora enviada para a Comissão Europeia, a quem compete emitir uma decisão vinculativa.

O Conselho Diretivo
Paula Dias de Almeida

Testosterona – Recomendações de Segurança – Infarmed

Circular Informativa N.º 238/CD/8.1.7. Data: 21/11/2014
Para: Divulgação geral
Contacto: Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; Fax: 21 111 7552; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444O Grupo de Coordenação (CMDh) adotou as recomendações do Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da Agência do Medicamento (EMA) sobre a inexistência de evidência consistente de aumento do risco de problemas cardíacos nos homens tratados com testosterona.O CMDh concordou que estes sejam unicamente usados nos casos de défice da hormona clinicamente comprovados e com a atualização do Resumo das Características do Medicamento (RCM) e Folheto Informativo (FI) dos medicamentos contendo testosterona, conforme divulgado na Circular Informativa nº 221/CD/8.1.6 de 10/10/2014.

Para que os benefícios da utilização dos medicamentos contendo testosterona continuem a superar os riscos conhecidos, a EMA e o Infarmed recomendam o seguinte:

Profissionais de saúde
– Apesar de alguns estudos apontarem para um aumento do risco de efeitos cardiovasculares em homens tratados com testosterona, os seus resultados não demonstraram consistência, pelo que o aumento deste risco permanece inconclusivo;
– A terapia de substituição com testosterona deve ser apenas utilizada em homens com hipogonadismo clinicamente comprovado;
– Os níveis de testosterona, a hemoglobina, hematócrito, função hepática e perfil lipídico devem ser monitorizados regularmente durante o tratamento;
– O tratamento deve ser imediatamente interrompido nos homens com insuficiência cardíaca, hepática ou renal graves ou doença cardíaca isquémica, uma vez que estes medicamentos podem causar complicações graves, tais como edema associado, ou não, a insuficiência cardíaca congestiva;
– Estes medicamentos devem ser utilizados com precaução em doentes hipertensos, atendendo a que a testosterona pode aumentar a pressão arterial;
– Os dados de segurança e eficácia destes medicamentos em doentes com mais de 65 anos são limitados, pelo que não está aprovado o seu uso para aumentar os níveis da hormona em homens saudáveis, nestas idades.

Doentes
– Os medicamentos contendo testosterona só devem ser usados nos homens com défice comprovado desta hormona;
– Os doentes medicados para a hipertensão arterial devem informar o médico, pois os medicamentos contendo testosterona podem aumentar a pressão arterial.

A EMA e o Infarmed continuarão a acompanhar este assunto e a divulgar toda a informação relacionada.

O Conselho Diretivo
Paula Dias de Almeida

DGS Disponibiliza Banco de Imagens de Alimentos

Já se encontram disponíveis no blog da DGS em www.nutrimento.pt fotografias de alimentos tipicamente consumidos em Portugal. Podem ser utilizadas em trabalhos escolares, científicos e outras atividades sem fins lucrativos. É uma oferta inovadora de serviço público disponibilizada pelo Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS/DGS) em parceria com o IADE (Instituto de Arte, Design e Empresa) e que pretende divulgar  alimentos saudáveis e fotógrafos do nosso país.

Para obtê-las deve clicar numa das imagens e será remetido para uma página, onde poderá descarregar as fotografias. Ou então entre diretamente no diretório com todas as fotografias em https://www.flickr.com/photos/dgsaudeportugal/

Resultados do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos

Resultados do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos (PPCIRA) (DQS/DGS) em 2013/2014:

  1. A sua estrutura de gestão foi consolidada, verificando-se a nomeação de 100% dos Grupos de Coordenação Regional, de 94% dos Grupos de Coordenação Local a nível hospitalar e de 17% dos Grupos de Coordenação Local dos ACES;
  2. O número de Laboratórios de Microbiologia na Rede de Vigilância Epidemiológica de Microrganismos Resistentes aumentou de 22 para 70, de 2012 para 2014;
  3. A maioria dos Laboratórios de Microbiologia portugueses passou a usar a metodologia European Committee Antimicrobial Susceptibility Testing (EUCAST) e a Sociedade Portuguesa de Microbiologia e Doenças Infeciosas criou um Comité Nacional de Testes de Suscetibilidade a Antimicrobianos (NAC), sob os auspícios e com o apoio do PPCIRA;
  4. A percentagem de hospitais aderentes a pelo menos um dos quatro programas de vigilância epidemiológica de infeção adquirida no hospital aumentou para 85%;
  5. A Campanha de Precauções Básicas de Controlo de Infeção atingiu uma taxa de adesão de 70% nos hospitais e de 24% nos ACES;
  6. Foi implementado um Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica em 40% dos hospitais;
  7. Foram realizados cursos de formação de formadores a mais de 600 médicos e enfermeiros das 7 regiões de saúde;
  8. O trajeto de redução de consumo de quinolonas em ambulatório foi mantido, nomeadamente de 2,55 em 2007 para 2,18 em 2013 (DHD), passando Portugal do 1º para 7º lugar entre os países europeus com maior consumo desta classe de antibióticos;
  9. Em 2013, pela primeira vez ao fim de 10 anos, o rácio entre consumo em ambulatório de antibióticos de largo espectro e antibióticos de espectro estreito diminuiu, de 37,65 para 34,02 (redução relativa de 10%);
  10. O consumo hospitalar global de antibióticos, comparando os primeiros semestres de 2012, 2013 e 2014, teve redução relativa de 8%, em 2 anos;
  11. O consumo hospitalar de quinolonas, comparando os primeiros semestres de 2012, 2013 e 2014, teve redução relativa de 12%, em 2 anos;
  12. O consumo hospitalar de carbapenemes, comparando os primeiros semestres de 2013 e 2014, teve redução relativa de 5%;
  13. A taxa de resistência do Staphylococcus aureus à meticilina diminuiu de 54,6% para 46,8% entre 2011 e 2013, isto é teve uma redução relativa de 15% em dois anos e de 13% no último ano;
  14. Foi criado, em colaboração com o INSA, um sistema de vigilância específico para Enterobactereaceae resistente a carbapenemes, com o objetivo de conter o preocupante crescimento desta resistência emergente (taxa de resistência a carbapenemes em Klebsiella passou de 0,7% em 2012 para 1,8% em 2013);
  15. Em sintonia com a redução da taxa de resistência à meticilina do Staphylococcus aureus, as densidades de incidência de infeções da corrente sanguínea por este agente e por MRSA diminuíram, respetivamente, de 0,272 para 0,265 e de 0,165 para 0,156;
  16. Em unidades de cuidados intensivos de adultos, as bacteriemias associadas a cateter venoso central por 1000 dias de cateter venoso central diminuíram de 2,1 para 0,95, entre 2009 e 2012;
  17. Em unidades de cuidados intensivos de adultos, as pneumonias associadas ventilação por 1000 dias de intubação diminuíram de 11,2 para 8,7, entre 2008 e 2012;
  18. A sepsis neonatal por 1000 dias de cateter venoso central em unidades de cuidados intensivos neonatais teve redução relativa de 32% nos últimos dois anos (2011-2013) e de 20% no último ano (2012-2013), atingindo o valor de 9,13;
  19. Em infeção de local cirúrgico, houve redução de infeção associada a prótese de anca e a prótese do joelho entre 2011 e 2012, com as densidades de incidência a diminuírem de 0,5 para 0,1 (anca) e de 0,7 para 0,1 (joelho).

Consulte aqui o Relatório.