Instituto Ricardo Jorge Preparado para Receber Amostra e Realizar Diagnóstico Laboratorial do Vírus do Nilo

Especialistas e dirigentes da Direção-Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, do Instituto Português do Sangue e da Transplantação e da Administração Regional de Saúde do Algarve, bem como do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, e em articulação com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, estiveram, dia 31 de agosto, reunidos  para avaliarem os riscos referentes a um caso provável de doença por Vírus do Nilo Ocidental (West Nile Virus) num cidadão português residente no Algarve, que entretanto já teve alta.

Deste encontro, resultou uma nota sobre o Vírus do Nilo Ocidental, onde constam várias medidas preventivas, nomeadamente “implementar, desde já, ações que visam a segurança do sangue e componentes sanguíneos e da transplantação” e “reforçar mecanismos de luta contra os mosquitos, nomeadamente nos respetivos criadouros, tal como aconselhar o reforço de proteção individual e doméstica (reduzir a exposição corporal à picada do mosquito, uso de repelentes e redes mosquiteiras)”.

A nota refere ainda a necessidade de “comunicar o caso provável a nível internacional, nos termos dos regulamentos da Comissão Europeia e da Organização Mundial da Saúde” e “articular com os serviços de veterinária ações de vigilância e controlo, uma vez que mosquitos infetados por aquele vírus podem também transmitir a infeção a animais, em particular cavalos”.

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Doenças Infeciosas, está preparado para receber amostras e realizar o diagnóstico laboratorial deste vírus, que não se transmite de pessoa a pessoa (com exceção de transfusões de sangue ou transplantação de tecidos).

O Vírus do Nilo Ocidental que circula nalgumas zonas da bacia mediterrânica transmite-se por picada de mosquito do género Culex e pode, em 20 por cento das infeções, provocar doença febril com manifestações clínicas ligeiras, que raramente evolui para meningite viral.

A nota termina referindo que a situação verificada no Algarve “continua a ser monitorizada e que qualquer alteração será comunicada” e que “as instituições citadas continuarão a acompanhar a situação e, em caso de necessidade, a atualizar a informação”.