3ª Reunião da Rede Nacional de Vigilância Laboratorial e Clínica de Infeções Congénitas (TORCHnet) – INSA

imagem do post do 3ª Reunião da Rede Nacional de Vigilância Laboratorial e Clínica de Infeções Congénitas (TORCHnet)

28-02-2018

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Doenças Infeciosas, promove, dia 7 de março, nas suas instalações em Lisboa, a 3ª Reunião da Rede Nacional de Vigilância Laboratorial e Clínica de Infeções Congénitas (TORCHnet). A plataforma informática online desenvolvida e implementada pelo Instituto Ricardo Jorge para notificação deste tipo de casos será um dos temas a abordar no encontro.

Na reunião serão ainda discutidas questões relacionadas com o funcionamento da rede e apresentados resultados referentes ao período de notificação 2015-2017, assim como dados sobre a vigilância epidemiológica dos microorganismos TORCH na Europa e em Portugal. “Emergência pediátrica e infeções graves no RN de alto Risco” e a “Importância da TORCHnet – Prespetiva clínica” são também temas a debater durante o evemto, que terá lugar, a partir das 10:00, na sala Arquiteto António Pardal Monteiro.

As infeções congénitas e perinatais de etiologia parasitária, viral e bacteriana, habitualmente referidas sob o acrónimo “TORCH”, podem levar a anomalias graves ou mesmo à morte fetal, sendo crucial o acompanhamento clínico e laboratorial da grávida e do recém-nascido com suspeita/infeção, a fim de evitar ou diminuir essas sequelas. Os parâmetros clínicos e laboratoriais complementam-se na identificação da infeção, na avaliação do risco de transmissão, na determinação do prognóstico e na decisão clínica sobre medidas de acompanhamento da criança nos primeiros anos de vida.

Em 2009, foi aprovada a Lei da Vigilância Epidemiológica das Doenças Transmissíveis (Lei n.º 81/2009) que determina a existência de um regulamento de notificação obrigatória de doenças transmissíveis e outros riscos em saúde pública. Das 60 doenças infeciosas que estão atualmente sujeitas a notificação laboratorial obrigatória, estão contempladas somente três das infeções congénitas – TORCH (Toxoplasmose congénita, Sífilis congénita e Rubéola congénita) ficando de fora as infeções causadas pelo Vírus Varicela–Zoster, Parvovírus B19, Citomegalovirus e Vírus Herpes simplex.

Com o objetivo de articular os dados laboratoriais com os dados clínicos nesta área de conhecimento, efetuar uma recolha necessária e eficiente de informação e contribuir para o conhecimento da realidade das infeções TORCH em Portugal, foi criada em 2012 a rede nacional de vigilância laboratorial e clínica TORCHnet. Esta rede é coordenada e promovida pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através de vários dos seus laboratórios nacionais de referência.