Mês do Coração | Reunião científica: importância da prevenção nas doenças cardiovasculares

18/05/2018

O Hotel Real Palácio em Lisboa acolhe esta sexta-feira, dia 18 de maio, a Reunião Científica da Fundação Portuguesa de Cardiologia, cuja sessão de abertura foi presidida pela Secretária de Estado da Saúde, Rosa Valente de Matos.

O encontro, realizado no âmbito das comemorações do mês de «Maio, Mês do Coração», este ano dedicado ao «Colesterol, Dislipidemias e Aterosclerose», foi subordinado ao mesmo tema.

Na sua intervenção, a Secretária de Estado da Saúde destacou o percurso positivo que Portugal e o Serviço Nacional de Saúde têm feito na área das doenças cardio e cerebrovasculares. E deu como exemplos a redução da mortalidade associada tanto ao enfarte agudo do miocárdio como ao acidente vascular cerebral.

A governante salientou que esta melhoria “se deve a uma maior aposta num tratamento mais precoce e de qualidade”, reforçando que “a melhoria da resposta assistencial foi também acompanhada por uma melhor articulação e organização no terreno”.

Rosa Valente de Matos defendeu, contudo, que é preciso reforçar cada vez mais a aposta na promoção da saúde e na prevenção da doença, recordando algumas medidas que o Ministério da Saúde tem vindo a tomar na promoção de estilos de vida saudável.

«Precisamos de um SNS mais centrado nas reais necessidades das pessoas. Mais centrado na promoção da saúde do que no tratamento da doença que poderíamos ter evitado. É esse caminho que este Governo se comprometeu a seguir e é isso que temos vindo a fazer nestes dois anos. Temos de garantir que proporcionamos o melhor tratamento nas situações mais complexas que chegam aos hospitais. Mas não podemos descurar a promoção da saúde e a prevenção da doença», disse.

A Secretária de Estado da Saúde referiu como exemplo o trabalho que está a ser feito nos cuidados de saúde primários, refletindo-se em indicadores mais positivos no acompanhamento dos fatores de risco das doenças cardiovasculares.

A governante frisou que, na última década, o consumo de estatinas mais do que duplicou em Portugal, trazendo ganhos em saúde. Ainda assim, lembrou que a própria Norma de Orientação Clínica da Direção-Geral da Saúde para estes casos insiste na importância da promoção de intervenções no estilo de vida adequadas a cada doente.

Maio, Mês do Coração

De acordo com a  Fundação Portuguesa de Cardiologia, em Portugal, no último ano, de um total de cerca de 105.000 óbitos, ocorreram cerca de 35.000 mortes devido a doenças cardiovasculares.  No seu conjunto, as doenças cardiovasculares são as principais patologias, sendo responsáveis por mais de um terço de toda a mortalidade da população portuguesa.

Em 2018, a Fundação dedica o Mês de Maio ao Colesterol, tendo em atenção que cerca de dois terços da população adulta portuguesa têm o colesterol elevado. No entanto, este não causa sintomas. Estes quando ocorrem, podem manifestar-se, por exemplo, sob a forma de dor no peito devido a angina de peito ou enfarte do miocárdio. «Estamos, pois, perante uma patologia grave em que é fundamental fazer prevenção».

O colesterol é uma gordura essencial existente no organismo que tem duas origens. Uma parte é produzida pelo próprio organismo, em particular pelo fígado, e outra parte, é obtida através da alimentação, sobretudo pela ingestão de produtos animais, ricos em gordura, como a carne vermelha, os ovos e os produtos lácteos.

Para saber mais, consulte:

Fundação Portuguesa de Cardiologia > Maio de 2018, Mês do Coração