Hospitalização domiciliária

29/01/2020

Unidades de Torres Vedras e Caldas da Rainha assistiram 173 doentes, em 2019

O Centro Hospitalar do Oeste teve 173 doentes em hospitalização domiciliária em 2019, depois de o projeto ter arrancado em junho do ano passado, disse hoje, 29 de janeiro, a Presidente do Conselho de Administração, Elsa Baião.

Entre junho e dezembro de 2019, as duas unidades de hospitalização domiciliária, uma em Torres Vedras (no distrito de Lisboa) e outra em Caldas da Rainha (distrito de Leiria), chegaram a 173 doentes, afirmou Elsa Baião.

Ambas as unidades registaram 1.862 dias de internamento domiciliário, uma taxa de ocupação de 87%, efetuaram 53 mil quilómetros e demoraram 10,76 dias a responder em média às solicitações.

O projeto arrancou com cinco camas de hospitalização domiciliária na área de influência do hospital de Caldas da Rainha e igual número na zona servida pelo hospital de Torres Vedras.

A hospitalização domiciliária «é uma alternativa ao internamento hospitalar para doentes agudos que tenham condições sociais e clínicas para estarem no domicílio», explicou a administradora.

O projeto visa «contribuir para dar mais conforto a estes doentes, libertar camas hospitalares e reduzir o risco de complicações para estes doentes, como as infeções hospitalares», acrescentou.

A opção pela hospitalização domiciliária implica a existência de um cuidador e exige o consentimento do doente e da respetiva família, bem como o cumprimento de um conjunto de critérios clínicos, sociais e geográficos que permitam a sua hospitalização no domicílio.

As equipas de apoio são multidisciplinares, integrando médicos, enfermeiros, uma assistente técnica, uma gestora, uma assistente social, uma farmacêutica, uma psicóloga e uma nutricionista.

O CH do Oeste integra os hospitais de Torres Vedras, Caldas da Rainha e de Peniche e serve cerca de 300 mil habitantes daqueles três concelhos, assim como de Óbidos, Bombarral, Cadaval e Lourinhã e parte dos concelhos de Alcobaça (freguesias de Alfeizerão, Benedita e São Martinho do Porto) e de Mafra (com exceção das freguesias de Malveira, Milharado, Santo Estêvão das Galés e Venda do Pinheiro).

Fonte: Lusa


Hospitalização Domiciliária

29/01/2020

Unidade do Centro Hospitalar de Leiria avança até final de março

A nova Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) avança durante o primeiro trimestre de 2020. O projeto vai criar 10 camas de internamento no domicílio, com abertura faseada até ao final do ano, oferecendo aos doentes que cumprem os critérios de admissão, em fase aguda da doença e que requerem elevada complexidade e frequência nos procedimentos realizados, maior comodidade e bem-estar, maior qualidade de vida e envolvimento com a família e com o seu ambiente, ao mesmo tempo que se mantém a continuidade e a qualidade assistencial que cada doente requer. A unidade prevê alargar o número de camas para 15 em 2021.

A Ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou no passado dia 21 de janeiro, no Centro Unesco em Beja, que todos os hospitais públicos que integram o Serviço Nacional de Saúde terão Hospitalização Domiciliária até 2021. Neste momento há 25 unidades hospitalares com o projeto implementado, dez terão concretizado até ao final deste ano e os restantes incluirão essa resposta em 2021. O CHL foi uma das 10 unidades que assinou o compromisso de implementação da hospitalização domiciliária ainda em 2020.

A hospitalização domiciliária apresenta-se como uma alternativa assistencial consistente ao internamento convencional, capaz de dispensar um conjunto de cuidados de saúde de nível hospitalar em qualidade e quantidade, a doentes no seu domicílio, quando já não carecem da infraestrutura hospitalar mas ainda de cuidados complexos. Esta componente assistencial reduz a exposição dos doentes que já não precisam de estar em meio hospitalar a potenciais infeções hospitalares – especialmente em doentes tipicamente mais frágeis como os idosos, que se veem também muitas vezes desorientados e ansiosos num ambiente que não reconhecem – e liberta recursos hospitalares que podem ser alocados a outros serviços/doentes.

A UHD trata-se de uma unidade específica de internamento e tratamento de doentes que voluntariamente aderem à HD, e que são assistidos no domicílio por profissionais de saúde especializados do CHL, que prestam cuidados assistenciais em função do estado evolutivo dos doentes. São responsáveis pela UHD Amália Pereira, assistente graduada em Medicina Interna no Serviço de Medicina Interna I, que coordena a unidade, e Luísa Meco, enfermeira no Serviço de Medicina Interna no Hospital Distrital de Pombal, que coordena a equipa de enfermagem.

A UHD do CHL funcionará 24 horas por dia, sete dias por semana, contando com apoio de enfermagem permanente e com uma equipa multidisciplinar composta por médicos, enfermeiros, assistente social, farmacêutico, nutricionista, assistente técnico e assistente operacional.

São elegíveis para a UHD as patologias infeciosas agudas que requeiram tratamento antibiótico parentérico – como por exemplo infeção urinária / pielonefrite aguda, infeção respiratória, da pele ou tecidos moles, colecistite e diverticulite agudas com reavaliação cirúrgica pré alta, gastrenterite aguda, peritonite bacteriana espontânea, endocardite sem indicação cirúrgica, e espondilodiscite sem indicação neurocirúrgica; as patologias crónicas agudizadas – como doença pulmonar obstrutiva crónica, insuficiência cardíaca, e cirrose hepática; cuidados no pós-operatório (como parte de protocolo de transição de cuidados), e tratamento de patologia médica crónica descompensada no contexto de pós cirurgia; e doença incurável, avançada e progressiva (oncológica ou não), ou processo orgânico degenerativo em situação terminal, que requeira cuidados paliativos intensivos e/ou especializados, em articulação com a Equipa Intra-Hospitalar de Suporte em Cuidados Paliativos do CHL.

A admissão de doentes na unidade está, na fase inicial do projeto, aberta a todos os doentes pertencentes aos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) Pinhal Litoral, que tenham residência a até 20 quilómetros ou no máximo a 20 minutos do Hospital de Santo André, de modo a garantir resposta em tempo útil. A admissão dos doentes está ainda sujeita a critérios pré-definidos, não só clínicos, como sociais – como a existência de um cuidador que tenha contacto com a equipa da UHD, autonomia do doente na ausência do cuidador, condições higiénico-sanitárias adequadas à situação do doente, entre outras.

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