VIH e doença de Crohn: disponíveis novos medicamentos de utilização em meio hospitalar

13/08/2020

O Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde anuncia que estão disponíveis novos medicamentos de utilização em meio hospitalar para o tratamento da infeção por vírus da imunodeficiência humana (VIH) e para a doença de Crohn.

De acordo com o Infarmed, o medicamento Dovato (Lamivudina + Dolutegravir) obteve autorização para ser utilizado em meio hospitalar na indicação tratamento da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana tipo 1 (VIH1) em adultos e adolescentes com mais de 12 anos de idade e que pesem pelo menos 40 kg, sem resistência conhecida ou suspeita à classe de inibidores da integrase, ou à lamivudina.

Na avaliação económica, foi realizada uma análise de minimização de custos para a demonstração da vantagem económica em relação ao respetivo comparador selecionado, traduzida numa redução do custo de tratamento em conformidade com a legislação, lê-se no «Relatório público de avaliação».

O Infarmed também fez uma análise de minimização de custos entre o medicamento em avaliação e as alternativas terapêuticas consideradas na avaliação Farmacoterapêutica e concluiu que «o custo da terapêutica com o medicamento Dovato é inferior ao custo da terapêutica alternativa».

O número de novos casos de infeção por VIH diminuiu 46% e o de novos casos de sida 67%, entre 2008 e 2017, segundo o relatório «Infeção VIH e sida – situação em Portugal em 2019», que indicava que se encontravam registados cumulativamente 59.913 casos de infeção.

Doença de Crohn

Também obteve autorização do Infarmed para ser utilizado em meio hospitalar o medicamento Stelara (ustecinumab), para tratamento de doentes adultos com doença de Crohn ativa, moderada a grave, que apresentaram uma resposta inadequada, deixaram de responder ou demonstraram ser intolerantes à terapêutica convencional ou a um antagonista do TNFα ou têm contraindicações médicas para essas terapêuticas.

Em Portugal, os medicamentos biológicos anti-TNF (Anticorpos anti-Factor Necrose Tumoral) financiados no Serviço Nacional de Saúde (SNS) para o tratamento desta doença são os fármacos infliximab e adalimumab. Estes medicamentos biológicos são comparticipados a 100% pelo SNS e são apenas de prescrição hospitalar e cedidos pelas farmácias dos hospitais.

Segundo o relatório público de avaliação, «estes medicamentos, em utilização há vários anos, têm demonstrado em estudos prospetivos, redução das hospitalizações e cirurgias». O custo da terapêutica com Stelara (ustecinumab) é também inferior ao custo da terapêutica com adalimumab.

Os sintomas e sinais clínicos da doença de Crohn são frequentemente inespecíficos e incluem diarreia, dor abdominal, febre, perda de apetite, anorexia, perda de peso e emagrecimento.

Para saber mais, consulte:

Infarmed: