Notícias em 08/04/2022

imagem do post do Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 – 08/04/2022

Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 – 08/04/2022 – INSA

imagem do post do Relatório de Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 – 08/04/2022

08-04-2022

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam o relatório n.º 4 de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19. O documento inclui diversos indicadores, nomeadamente a incidência a sete dias e o índice de transmissibilidade (R(t)), nacionais e por região de saúde, entre outros.

Da análise dos diferentes indicadores, a epidemia de COVID-19 mantém transmissibilidade muito elevada, embora com ligeiro decréscimo. O sistema de saúde apresenta capacidade de acomodar um aumento de procura por doentes com COVID-19. O impacto na mortalidade geral é reduzido, não obstante a mortalidade específica de COVID-19 se encontrar acima do valor de referência definido pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). Deve ser mantida a vigilância da situação epidemiológica da COVID-19 e recomenda-se a manutenção das medidas de proteção individual nos grupos de maior risco e a vacinação de reforço.

Do presente documento, destacam-se ainda os seguintes pontos:

  • O número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2 / COVID-19, por 100 000 habitantes, acumulado nos últimos 7 dias, foi de 681 casos, com tendência decrescente em todas as regiões à exceção da Região Autónoma (RA) dos Açores;
  • O R(t) apresenta um valor inferior a 1 a nível nacional (0,95) e em todas as regiões à exceção da RA dos Açores, indicando uma tendência decrescente na maioria do território nacional;
  • O número de pessoas com COVID-19 internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) no Continente revelou uma tendência ligeiramente decrescente, correspondendo a 23,5% (no período anterior em análise foi de 23,9%) do valor crítico definido de 255 camas ocupadas;
  • A razão entre o número de pessoas internadas e infetadas foi de 0,14 com tendência estável. Este valor é inferior aos observados em ondas anteriores, indicando uma menor gravidade da infeção do que a observada anteriormente;
  • A linhagem BA.2 da variante Omicron é claramente dominante em Portugal, estimando-se uma frequência relativa de 98% à data de 4 de abril de 2022;
  • A mortalidade específica por COVID-19 (28,6 óbitos em 14 dias por 1 000 000 habitantes), mantém a tendência crescente, observada a partir da segunda quinzena de março;
  • A mortalidade por todas as causas encontra-se dentro dos valores esperados para a época do ano, o que indica reduzido impacto da pandemia na mortalidade, apesar do valor da mortalidade específica por COVID-19 se encontrar acima do limiar definido pelo ECDC.

Monitorização da Situação Epidemiológica da COVID-19 | Relatório n.º 4 – 08/04/2022


Relatório de Farmacovigilância: monitorização da segurança das vacinas contra a COVID-19 em Portugal (atualização) – Infarmed

Relatório Vacinas COVID-19 - RAM

08 abr 2022

Consulte, em anexo, o relatório de farmacovigilância sobre a monitorização da segurança das vacinas contra a COVID-19 em Portugal, atualizado a 31 de março de 2022.
 

Marinha coopera com Instituto Ricardo Jorge em estudo sobre a efetividade da vacina contra a COVID-19

imagem do post do Marinha coopera com Instituto Ricardo Jorge em estudo sobre a efetividade da vacina contra a COVID-19

08-04-2022

A Marinha e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) celebraram esta sexta-feira, dia 8 de abril, nas instalações Centrais de Marinha, em Lisboa, um protocolo de cooperação para a realização de um estudo sobre a efetividade da vacina contra a COVID-19. A desenvolver pelo Departamento de Epidemiologia do INSA ao longo dos próximos 18 meses, o estudo visa estimar a efetividade da vacina contra a COVID-19 nos militares e militarizados da Marinha que se encontram na efetividade de serviço.

No âmbito do presente protocolo, fazem parte das atribuições do INSA a submissão do referido estudo ao seu Encarregado da Proteção de Dados e à sua Comissão de Ética da Saúde, bem como a edificação de uma base de dados, a análise desses mesmos dados e a elaboração de um relatório final e de um artigo científico. A equipa responsável do INSA é constituída pelos investigadores Ana Paula Rodrigues, Ausenda Machado, Baltazar Nunes, Sara Ramalhete e Verónica Gomez.

A Marinha é um ramo das Forças Armadas, dotado de autonomia administrativa, que se integra na administração direta do Estado, através do Ministério da Defesa Nacional que tem por missão principal participar de forma integrada, na defesa militar da República, nos termos da Constituição e da lei, sendo fundamentalmente vocacionada, para a geração, preparação e sustentação das forças e meios da componente operacional do Sistema de Forças.

O INSA tem por missão contribuir para ganhos em saúde pública através de atividades de investigação e desenvolvimento tecnológico, atividade laboratorial de referência, observação da saúde e vigilância epidemiológica, bem como coordenar a avaliação externa da qualidade laboratorial, difundir a cultura científica, fomentar a capacitação e formação e ainda assegurar a prestação de serviços diferenciados, nos referidos domínios.


Portaria n.º 138/2022 – Diário da República n.º 70/2022, Série I de 2022-04-08
Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Estabelece a medida social excecional, no âmbito da proteção temporária devidamente comprovada, às crianças deslocadas da Ucrânia relativamente à frequência de Creche e de Centro de Atividades de Tempos Livres


Plano Nacional de Saúde (2021-2030) em consulta pública até 7 de maio – DGS

Plano Nacional de Saúde (2021-2030) em consulta pública até 7 de maio

A Direção-Geral da Saúde (DGS) iniciou o processo de consulta pública do novo Plano Nacional de Saúde, que tem, pela primeira vez, um horizonte a dez anos (2021-2030). Este trabalho, que propõe recomendações e aborda linhas de intervenção a seguir, tem um foco na saúde sustentável, ou seja, na melhoria da saúde da população e na redução das iniquidades em saúde, sem deixar ninguém para trás, preservando o planeta, em simultâneo, e sem comprometer a saúde das gerações futuras. O  seu mote é “Saúde Sustentável: de tod@s para tod@s”.

A DGS considera que a implementação deste plano exige uma ampla ação multissectorial, do nível nacional ao nível local, e pretende que este processo de implementação do PNS 2021-2030 seja, efetivamente, “de tod@s para tod@s”, apelando a todos os intervenientes a sua divulgação.

Para participar, envie contributos para o mail pns-21-30@dgs.min-saude.pt até dia 7 de maio.

O documento pode ser consultado aqui.

O Plano Nacional de Saúde 2021-2030 “Saúde Sustentável: de tod@s para tod@s”  tem um site dedicado onde estão disponíveis todas as informações e documentação necessária e que estará a partir de hoje disponível em https://pns.dgs.pt/.

 

Plano Nacional de Saúde 2021-2030

08/04/2022

PNS tem como mote uma “Saúde Sustentável: de tod@s para tod@s

O Plano Nacional de Saúde (PNS) 2021-2030, apresentado no dia 7 de abril, no âmbito do Dia Mundial da Saúde, pela Diretora Executiva, Fátima Quitério, tem, pela primeira vez, um horizonte a dez anos – de 2021 a 2030. O último foi de 2011 a 2016, com extensão a 2020.

O PNS 2021-2030 coloca o foco principal na Agenda das Nações para a Construção do Desenvolvimento Sustentável, e tem como mote uma “Saúde Sustentável: de tod@s para tod@s onde ganham também relevância “os problemas ligados às alterações climáticas ou às infeções com potencial pandémico ou as catástrofes naturais”.

No plano é referido que este PNS “é mais do que um documento”, é um processo participativo, cocriativo, estruturado e integrador” que parte da identificação conjunta das principais necessidades e expectativas de saúde da população residente em Portugal, e que seleciona “estratégias de intervenção mais adequadas”.

De acordo com a DGS, esta é uma nova tipologia de problemas de saúde, que coloca no mesmo patamar de relevância para a intervenção “não só as doenças crónicas (tumores malignos, doenças cerebrocardiovasculares, do foro da saúde mental e outras), mas também problemas atualmente de baixa magnitude mas com elevado potencial de risco, como a mortalidade infantil ou as doenças preveníveis pela vacinação, que estão hoje controladas, mas que podem voltar a ascender”.

O PNS, que parte da identificação das principais necessidades e expectativas de saúde da população, define as estratégias de intervenção mais adequadas, tendo em vista o alcance de objetivos de saúde sustentável para Portugal, visando, entre outros, a redução das iniquidades.

O PNS 2021-2030 apresenta dez recomendações:

  1. A sua implementação através da participação e das ações “de tod@s para tod@s”.
  2. A sua utilização como um instrumento de alinhamento e de governação em saúde.
  3. A articulação, de um modo integrado, com o planeamento em saúde de nível subnacional.
  4. A adoção de uma nova tipologia de problemas de saúde.
  5. A aplicação de um novo paradigma na abordagem dos problemas de saúde e na intervenção em saúde
  6. A valorização da informação, da comunicação, da ciência, do conhecimento e da inovação.
  7. A ação trans e multissectorial sobre os determinantes demográfico-sociais e económicos, como fundamental para o alcance de saúde sustentável.
  8. O reforço do investimento, pela sua importância crescente, nos determinantes relacionados com o sistema de saúde e a prestação de cuidados de saúde.
  9. O desenvolvimento de uma nova abordagem ao financiamento e contratualização em saúde.
  10. A construção de um “Pacto Social para a Década”, centrado na saúde sustentável e na redução das iniquidades em saúde.

Arte e saúde

08/04/2022

Parceria entre Centro Hospitalar do Porto e Museu Soares dos Reis

O Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP) e o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) anunciaram uma colaboração que leva a arte aos utentes e profissionais do Hospital de Santo António, no Porto, para minimizar o impacto da doença.

A parceria prevê “ações de intervenção cultural em diferentes espaços do Hospital de Santo António, com os seus utentes e acompanhantes”, explica o museu em nota de imprensa.

Esta colaboração entre as duas instituições vizinhas centra-se “na capacidade de a arte ser utilizada para minimizar o impacto da doença e contribuir para a construção de um ambiente favorável”, e pretende aproximar “os profissionais do CHUP, os utentes e seus acompanhantes do Museu, que procura solidificar-se fora de portas”.

No âmbito desta iniciativa, serão expostas, em vários pontos do hospital, “fotografias de autor com pormenores de pinturas e esculturas de artistas como António Soares dos Reis, Artur Loureiro, Aurélia de Souza, Henrique Pousão, José Malhoa, Marques de Oliveira e Silva Porto, que fazem parte da exposição de longa duração do MNSR”.

“Os trabalhos fotográficos procuram tornar o espaço mais humanizado e ilustram detalhes de peças que transmitem sensações de relaxamento ou bem-estar”, destaca a nota.

Os utentes e acompanhantes do Centro de Cirurgia de Ambulatório e do Hospital de Dia de Oncologia terão acesso a um voucher de 50% de desconto na entrada do Museu, que “deverá ser usado nos dias de cirurgia ambulatória ou tratamento”.

Estão também previstas atividades no Museu para os colaboradores do hospital e está “em curso” uma parceria com o serviço de pediatria com “atividades educativas para o público infantil, prosseguindo objetivos de humanização e de educação pela arte”.

Além destas iniciativas, o MNSR vai produzir “vídeos sobre as suas exposições e coleções que serão apresentados nos circuitos internos de vídeo do CHUP”.

Para saber mais, consulte:

CHUP – https://www.chporto.pt


Santarém | Unidade da Dor Aguda

08/04/2022

Utentes muito satisfeitos com qualidade do serviço

Os doentes tratados na Unidade de Dor Aguda (UDA) do Hospital Distrital de Santarém (HDS) entre junho e dezembro de 2021 revelaram grande satisfação pela qualidade do serviço prestado nesta instituição.

No Questionário de Avaliação da Satisfação do Doente, 79% dos inquiridos indicaram estar “muito satisfeitos” com os métodos utilizados para o controlo da dor.

No inquérito, que envolveu 356 utentes, 82% disseram estar “muito satisfeitos” com a informação fornecida relativamente à dor e 18% dos doentes afirmaram estar “satisfeitos”.

Quanto ao grau de satisfação com os profissionais da UDA, o inquérito concluiu que 84% dos utentes referiram estar “muito satisfeitos” e 16% indicaram estar “satisfeitos”.

Em 2021, a UDA do HDS observou um total de 760 doentes. Destes, 738 foram submetidos a procedimentos cirúrgicos. Os restantes 22 não foram operados, mas necessitaram de apoio no controlo da dor, como por exemplo doentes paliativos ou politraumatizados.

A equipa da UDA avalia diariamente os doentes operados a quem foi prescrita analgesia não convencional. Esta avaliação é realizada aos doentes internados nos diferentes serviços dos departamentos cirúrgico e da mulher e da criança. É realizada uma visita diária pelo enfermeiro da UDA, posteriormente validada pelo anestesiologista de urgência.

A UDA do HDS está integrada no Serviço de Anestesiologia e Reanimação. A sua atividade é assegurada por todos os médicos do Serviço de Anestesiologia e pelos enfermeiros do Bloco Operatório Central.

O apoio médico e de enfermagem da UDA é garantido sete dias por semana durante as 24 horas, com o objetivo de identificar a eficácia do protocolo constituído e potenciais complicações decorrentes destas modalidades analgésicas.

Para saber mais, consulte:

HDS > Notícias


Solidão no Idoso

08/04/2022

UCC ALTER promove sessões de educação para a saúde

Na semana de 28 de Março a 1 de abril, a Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) ALTER desenvolveu sessões de educação para a saúde em Seda, Chança e Cunheira sobre Solidão no Idoso, com o objetivo de alertar acerca das causas e consequências da solidão e de munir os presentes de conhecimentos e estratégias para a combater. Foi também uma oportunidade privilegiada para dar a conhecer a SOSolidão, uma linha telefónica de apoio a cidadãos seniores mais vulneráveis.

De acordo com informação da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), esta iniciativa contou com a colaboração das juntas de freguesia que cederam o espaço e divulgaram o evento. As sessões de educação para a saúde foram abertas a toda a população interessada e disponível para assistir. Refira-se que estas iniciativas foram muito bem recebidas por parte dos presentes que fizeram questão de participar ativamente através de questões e partilha de testemunhos.

Para saber mais, consulte:

ULSNA > Notícias


Construção de um Jardim Terapêutico

08/04/2022

HAJC cria jardim para promover a saúde mental e o bem-estar

O Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, quer criar um jardim terapêutico para doentes, profissionais e visitantes, num dos espaços envolventes ao hospital que não estava a ser aproveitado, numa lógica de promoção da saúde mental e do bem-estar.

Segundo Diana Breda, Presidente do Conselho de Administração do HAJC, o jardim terapêutico é dirigido a visitantes/familiares, “não só para os doentes que vão passar a ter as atividades terapêuticas ali fora, também, mas para os profissionais, que podem ali descansar e usufruir daquele espaço verde”.

O projeto do jardim terapêutico está a ser desenvolvido conjuntamente com a Câmara de Cantanhede e neste momento está numa fase de procura de financiamento.

O espaço de lazer, acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida, foi pensado numa lógica de utilização para os profissionais do hospital, durante as pausas ou hora de almoço, para utentes e para a visita dos seus familiares.

Este projecto, com estes diferentes espaços, vai produzir “benefícios cognitivos, benefícios psicológicos e benefícios sociais”, conclui a responsável.

Para saber mais, consulte:

HAJC > http://www.hdcantanhede.min-saude.pt/


Relatório de Gestão e Contas

08/04/2022

IPO Lisboa recebeu 11.500 utentes em 2021

No ano passado o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) tomou a cargo 11.544 novos utentes, revela o Relatório de Gestão e Contas. Primeiras consultas subiram 27%, para 54 mil.

Em 2021, o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) recebeu 11.544 novos utentes, ainda que nem todos tenham sido diagnosticados com doença maligna ou permanecido como doentes no Instituto.

Este número, revelado no Relatório de Gestão e Contas 2021, está em linha com o verificado no ano anterior (11.732), embora reflita ainda a “diminuição da referenciação dos cuidados de saúde primários”, devido à pandemia por COVID-19. Em 2019, recorde-se, foram referenciados ao IPO Lisboa 14.863 novos utentes.

Mais de cinco mil tumores malignos

No Relatório de Gestão e Contas de 2021, já enviado à tutela e ao Tribunal de Contas, refere-se que, do total dos utentes referenciados, ficaram em tratamento no IPO Lisboa 5.433 novos doentes (número provisório) com tumores malignos registados na base de dados do Serviço de Epidemiologia.

O relatório destaca o aumento das primeiras consultas como o “impacto mais positivo e contrastante com o ano anterior”. Foram realizadas 54.581 primeiras consultas externas, mais 27% (11.668) do que em 2020, um número que ultrapassa mesmo os resultados pré-pandemia.

No total das consultas externas, foram efetuadas 305.751 consultas médicas e 143.030 consultas não médicas. No apoio domiciliário, foram acompanhados pelas equipas de cuidados paliativos 3194 doentes. O IPO Lisboa segue por ano cerca de 60 mil doentes.

O número de cirurgias também aumentou para valores anteriores a 2020. Foram realizadas 6.905 operações (mais 947), 1664 destas em ambulatório. Em 2021 entraram para a Lista de Inscritos para Cirurgia 7.865 doentes, mais 1.114 do que no ano anterior. O tempo médio de espera para cirurgia de doentes com patologia oncológica passou de 72 para 57,8 dias. Também a espera dos doentes não oncológicos operados no Instituto diminuiu de 291,7 dias para 220.

Estes dados representam “uma melhoria assinalável”, tendo em conta o período de pandemia em que as intervenções foram realizadas e as obras de ampliação e requalificação do Bloco Operatório, concluídas em outubro. Sublinhe-se que dos doentes cujo tempo médio de resposta para intervenção cirúrgica foi ultrapassado e que receberam vale cirurgia (num total de 1.947 vales emitidos), apenas 48 doentes optaram por realizar as cirurgias em outras instituições de saúde.

Quanto aos tratamentos de quimioterapia e radioterapia, enquanto os primeiros verificaram uma subida (de 35.415 para 38.496), os segundos registaram uma diminuição (de 77.539 para 72.595). Os transplantes de medula também cresceram, de 90 para 109, e realizaram-se dez tratamentos com células CAR-T (células do doente modificadas para identificar e destruir as células malignas). De destacar ainda que o IPO Lisboa é Centro de Referência para a oncologia pediátrica. Em 2021 recebeu 143 novos casos de cancro infantil.

No que respeita ao uso de medicamentos, o IPO Lisboa gastou 64 milhões de euros (mais 20,3%) do que no ano anterior, sendo a maior fatia despendida no grupo de terapêutico dos antineoplásicos (52,7 milhões de euros). O medicamento com maior peso na despesa foi a lenalidomida, utilizada para tratar o mieloma múltiplo, num total de 3,7 milhões de euros (menos 25,6% face a 2020). Prevê-se que este ano o genérico deste fármaco venha a ser comercializado, o que se espera que venha a ter impacto na despesa.

No balanço do ano passado, o IPO Lisboa contou com 2.009 trabalhadores, sendo o maior grupo o dos profissionais de enfermagem (571) seguido pelo dos médicos (360). Para este ano de 2022, o mapa de pessoal prevê a existência de 2.421 profissionais. Caberá à enfermagem a maior fatia, com a necessária entrada de 148 novos funcionários.

Previsão aponta para 60 mil neoplasias em 2020

Os números ainda são projeções baseadas na evolução da população portuguesa, mas a Agência Internacional para a Investigação de Cancro, da OMS, (Globocan) estima que no ano de 2020 tenham sido diagnosticados 60.467 casos de cancro no país. A organização calcula ainda que tenham morrido cerca de 30.168 pessoas com doenças do foro oncológico.

Os dados oficiais mais recentes da OMS, e consolidados, são de 2018, ano em que se verificaram 58.199 novos casos de doença em Portugal tendo falecido 28.960 pessoas por esta causa. Nesse ano, o cancro colorretal foi o que registou maior taxa de incidência (17,6%) e o cancro do pulmão a maior mortalidade (16,1%).

De acordo com o Registo Oncológico Nacional (RON) referente também a 2018, foram registados 50.151 novos casos de cancro no país, excluindo a Região Autónoma dos Açores. As neoplasias com maior número de diagnósticos foram as do peritoneu e órgãos digestivos (12.928), dos órgãos genito-urinários (11.443) e mama (7.373).

Para saber mais, consulte:

IPO Lisboa > Notícias


Infarmed distinguido nas comemorações do Dia Mundial da Saúde

Cartaz do Dia Mundial da Saúde 2022

08 abr 2022

Ontem, dia 7 de abril, por ocasião do Dia Mundial da Saúde e como parte integrante das celebrações, o Infarmed viu serem distinguidos o seu vice-presidente, António Faria Vaz, e duas das suas diretoras, Fernanda Ralha e Judite Neves. A cerimónia, que contou com a presença de Marta Temido, Ministra da Saúde, e António Lacerda Sales, Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, decorreu no auditório do edifício Tomé Pires, no Infarmed.
 
A longa carreira inteiramente dedicada à área da saúde do Vice-presidente do Infarmed, António Faria Vaz, quer como médico quer pelo exercício de funções em diversas comissões cientifícas e em diversas instituições do Ministério da Saúde, esteve na origem desta merecida distinção.
 
Fernanda Ralha, diretora da Direção de Inspeção e Licenciamento do Infarmed, e Judite Neves, diretora da Direção de Produtos de Saúde, também do Infarmed, foram reconhecidas pelo trabalho ao longo das suas carreiras, e pelo esforço de resposta no combate à pandemia, em áreas que que vão desde a supervisão das vacinas através da sala de situação da task force das vacinas e em matéria de dispositivos médicos, as atividades específicas para garantir a sua  avaliação e acesso, desde as máscaras de proteção aos testes de diagnóstico para a COVID-19.

SEAS | 40 anos APAH

08/04/2022

Profissionais são o verdadeiro garante do Serviço Nacional de Saúde

“A força, a energia e o empenho dos administradores hospitalares é fundamental para concretizar mudanças e alcançar mais e melhores resultados em saúde”, destacou António Lacerda Sales, esta sexta-feira, dia 8 de abril, na cerimónia comemorativa dos 40 anos da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares (APAH).

Na sessão de abertura, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde agradeceu aos administradores hospitalares e a todos os profissionais de saúde o esforço no combate à pandemia e na recuperação da atividade assistencial. “O vosso esforço adicional permitiu, em fevereiro de 2022, registar mais 292 mil consultas hospitalares em relação a igual período do ano passado, e o número de cirurgias disparou 40%, para cerca de 122 mil intervenções”, acrescentou.

Para Lacerda Sales, “num contexto de necessidades crescentes em saúde e enquanto a prevenção não for verdadeiramente assumida”, é necessário continuar a investir na melhoria da eficiência da rede hospitalar, através de medidas previstas no Programa de Governo. “E porque os profissionais são, desde sempre, o verdadeiro garante do Serviço Nacional de Saúde, existe a meta de concluir a revisão das carreiras não revistas”, referiu.

No decorrer do evento, o governante deixou ainda uma mensagem de reconhecimento à APAH pelo contributo prestado aos administradores hospitalares e ao SNS, que “possibilitou um aumento da humanização dos serviços de saúde”.