Despacho n.º 5084/2025 – Diário da República n.º 84/2025, Série II de 2025-05-02
Saúde – Gabinete da Secretária de Estado da Saúde
Exonera, a seu pedido, o Prof. Doutor João Firmino Domingues Barbosa Machado das funções de membro da Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC).
Despacho n.º 5068/2025 – Diário da República n.º 83/2025, Série II de 2025-04-30
Saúde – Gabinete da Secretária de Estado da Saúde
Designa como membro da Comissão de Ética para a Investigação Clínica (CEIC) o Prof. Doutor Roberto Palma dos Reis.
Aviso n.º 11184/2025/2 – Diário da República n.º 83/2025, Série II de 2025-04-30
Saúde – Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.
Designação em regime de substituição do licenciado José João Direito de Morais Guerreiro como coordenador do Gabinete de Auditoria Interna cargo de direção intermédia de 2.º grau.
Deliberação (extrato) n.º 609/2025 – Diário da República n.º 83/2025, Série II de 2025-04-30
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, E. P. E.
Subdelegação de competências da responsável do Serviço de Compras e Logística no coordenador técnico do Serviço de Compras e Logística, Luís Manuel Correia Dias.
Portaria n.º 207/2025/1 – Diário da República n.º 84/2025, Série I de 2025-05-02
Educação, Ciência e Inovação
Aprova o Regulamento do Concurso Nacional de Acesso e Ingresso no Ensino Superior Público para a Matrícula e Inscrição no Ano Letivo de 2025-2026.
Relatório N.º 32 da Vacinação Sazonal 2024/2025 – DGS

Entre 20 de setembro de 2024 e 27 de abril de 2025 foram vacinadas 1.569.092 pessoas com o reforço sazonal contra a COVID-19 e 2.405.201 pessoas contra a Gripe.
Os dados constam do Relatório N.º 32 da Vacinação Sazonal 2024/2025, publicado semanalmente pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O Relatório da Vacinação Sazonal 2024/2025 de 29 de abril de 2025 está disponível aqui:
Segurança alimentar e cuidados gerais a ter após quebras energéticas – DGS

No dia 28 de abril de 2025 foi verificada uma interrupção no fornecimento de energia elétrica em Portugal continental, com a duração aproximada de 10 horas. Situações como esta podem ter impacto na segurança dos alimentos conservados no frigorífico e no congelador, como na qualidade da água, especialmente em áreas onde o abastecimento depende de sistemas elétricos.
O que deve saber após um corte de energia:
Apesar de a maioria dos alimentos se manter segura durante interrupções curtas, é importante adotar alguns cuidados simples para prevenir riscos para a saúde.
Informações gerais sobre frigoríficos e congeladores
- O frigorífico mantém a temperatura durante cerca de 4 horas, se não for aberto.
- O congelador mantém os alimentos congelados até 48 horas (24 horas se estiver apenas meio cheio), desde que a porta se mantenha fechada.
- Alimentos que, quando a energia for resposta, ainda apresentem cristais de gelo ou se mantenham frios como se estivessem refrigerados poderão, na maioria dos casos, ser cozinhados ou recongelados.
- Se tiver um termómetro, verifique a temperatura dos alimentos. Alimentos perecíveis (carne, peixe, lacticínios, refeições preparadas, etc.) que estiveram acima de 5?°C por mais de 2 horas podem já não ser seguros para consumo.
Alimentação segura
- Tendo em conta a duração do corte de energia, é possível que a segurança dos alimentos não tenha sido comprometida, desde que o frigorífico e/ou congelador tenham permanecido fechados na maior parte do tempo e que cozinhe bem estes alimentos antes do seu consumo.
- Assim, muitos dos alimentos poderão não ter de ser descartados. Saiba identificar os sinais de degradação (quadro abaixo).
- Não prove alimentos para verificar se estão bons. Quando em dúvida, descarte-os.
- Deite fora qualquer alimento com cheiro, cor ou textura invulgar.
Alimento | Sinais de degradação |
Carne | Consistência mole ou viscosa, cor escurecida, existência de manchas, odor desagradável. |
Peixe | Odor desagradável, consistência mole ou viscosa. |
Produtos de charcutaria (ex: fiambre, chouriço, presunto) | Alterações do cheiro, textura, sabor e viscosidade, bolores. Se embalados, embalagens opadas (“inchadas”). |
Queijo fresco, requeijão e queijos para barrar | Cheiro alterado, bolores e aguadilha, opado (“inchado”). |
Fruta e hortícolas pré-preparados e embalados | Perda de cor, com amarelecimento ou escurecimento, amadurecidos, e criação de água de condensação. |
Iogurtes | Embalagens opadas (“inchadas”), cheiro desagradável. |
Leite aberto | Alteração de cheiro e textura (coalhado). |
Refeições prontas (ex: sobras e sopa) | Odor desagradável, fétido, alteração da consistência, com libertação de líquido (secreções). |
O que podemos manter? |
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O que podemos ter de descartar, mediante avaliação de sinais de alteração e/ou degradação? |
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E os ovos? | Se tinha ovos no frigorífico, pode mantê-los, porém, devem ser confecionados por um método de confeção que permita atingir uma temperatura elevada, como a cozedura (ex: ovos cozidos) e tente utilizá-los com a maior brevidade possível. |
Nota importante: os alimentos que se aconselha descartar poderão ser aproveitados caso não apresentem sinais de alteração e degradação. Assim, devem ser avaliadas as características organoléticas (odor, aspeto, cor) e, se adequadas, os alimentos devem ser utilizados o mais rapidamente possível e confecionados através de métodos que atinjam temperaturas elevadas (maiores que 75 °C). |
Água destinada a consumo humano
- Durante o corte de energia de 28/04/2025, não se registaram problemas no sistema público de abastecimento de água que comprometessem a sua qualidade. A água da rede manteve-se segura para consumo, sendo desnecessária a fervura ou qualquer outro tratamento adicional.
- Em caso de dúvida ou alterações na cor, cheiro ou sabor da água, contactar as autoridades locais ou, preventivamente, usar água engarrafada.
- Manter portas de frigoríficos e congeladores fechadas o máximo de tempo possível.
- Ter em casa um termómetro para alimentos para monitorizar temperaturas.
- Preparar um pequeno stock de alimentos não perecíveis (como conservas) e água potável (cerca de 2 litros por pessoa por dia, por pelo menos 3 dias).
- Guardar gelo ou acumuladores de frio no congelador para ajudar a manter temperaturas baixas.
- Na sequência de uma emergência ou de uma catástrofe pode ser necessário recorrer a origens de água alternativas, nomeadamente água engarrafada. Caso esta não esteja acessível, deve seguir as orientações das autoridades, podendo ser necessário proceder ao tratamento da água antes do seu consumo.
- Em caso de dúvida, ferver a água durante pelo menos 1 minuto antes de consumir. Enquanto não tiver confirmação de uma entidade oficial de que pode consumir água da torneira para escovar os dentes, preparar alimentos ou preparar as refeições a bebés, prefira água engarrafada ou previamente fervida.
- Utilizar outras fontes de água, nomeadamente poços, apenas para lavagens e rega.
- Manter uma lanterna e rádio a pilhas e pilhas extra acessíveis.Utilizar lanternas em vez de velas, para maior segurança.
- Manter-se informado através de canais oficiais (Órgãos do Governo, Autoridades de Saúde, Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Entidade Gestora de Distribuição de Água, entre outras).
Após cortes de energia, os cuidados com a segurança alimentar e da água são essenciais. Estas medidas simples ajudam a prevenir doenças e a manter o bem-estar de todos. Acompanhe sempre as atualizações nos canais oficiais para saber quando é seguro retomar os consumos habituais. Alertamos também para a importância de confirmar sempre as informações em fontes oficiais, como sites institucionais ou comunicados das autoridades de saúde e proteção civil. A partilha de desinformação em momentos de incerteza pode gerar pânico desnecessário e dificultar a atuação dos serviços competentes. A sua segurança também depende de decisões informadas.
Hospitalização domiciliária alargada a todos os hospitais do SNS

Ministério da Saúde reforça aposta na proximidade e eficiência dos cuidados prestados no domicílio
O alargamento da hospitalização domiciliária (HD) a todos os estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi formalizado esta segunda-feira, com a publicação de um despacho da Ministra da Saúde. O diploma determina ainda a nomeação do coordenador nacional da HD, Delfim Pereira Neto Rodrigues.
O objetivo é promover e expandir a atividade de hospitalização domiciliária, o desenvolvimento das Unidades de Hospitalização Domiciliária (UHD) em Centros de Responsabilidade Integrado (CRI) e o alargamento da HD a todos os estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Atualmente, todas as Unidades Locais de Saúde (ULS) do país já possuem unidades de hospitalização domiciliária, à exceção de Braga – uma vez que a ULS de Vila Franca de Xira já iniciou a sua atividade no início de abril.
Em 2024, a hospitalização domiciliária conta com uma capacidade instalada de 366 camas, tendo avaliado 28.103 utentes e internado 11.500 doentes nos seus próprios domicílios. Com uma demora média de internamento de 9,3 dias, estima-se que esta modalidade permitiu evitar 107.041 internamentos hospitalares convencionais.
As referências para hospitalização domiciliária provêm de múltiplas origens: 48% dos doentes são encaminhados a partir dos cuidados de saúde primários, 20% da consulta externa, 20% do hospital de dia e 12% da urgência. A taxa de mortalidade esperada reduziu-se em 2%.
Em 2024 foram realizadas 323 visitas domiciliárias, com um tempo médio de permanência junto do doente de cerca de 37 minutos.
Com uma taxa de eficiência estimada em 50%, o despacho agora publicado sublinha a importância da organização das Unidades de Hospitalização Domiciliária em CRI, por forma a fomentar o incremento da sua atividade e a incentivar os respetivos profissionais que colaboram nesta modalidade de prestação de cuidados.
Para saber mais, consulte:
Portugal aumenta apoio à Gavi para o período de 2026 a 2030

Governo português reforça apoio à saúde global com compromisso de 2,5 milhões de euros — um aumento de 54% nas contribuições – para a Gavi, a Aliança para as Vacinas
O Governo de Portugal, através do Ministério da Saúde e do Ministério dos Negócios Estrangeiros, anunciou uma contribuição de 2,5 milhões de euros para a Gavi, a Aliança para as Vacinas, para o período de 2026 a 2030. Este aumento de 54% na contribuição portuguesa representa um reforço significativo do investimento nacional nesta organização internacional e do compromisso com o avanço da saúde global.
Ao contribuir para o fortalecimento dos programas de vacinação – em especial nos países africanos de língua portuguesa – e ao aprofundar a sua colaboração com a Gavi, o Governo português pretende promover uma maior cobertura vacinal, prevenir doenças e reforçar os sistemas de saúde, num caminho orientado para o desenvolvimento sustentável e para a equidade no acesso aos cuidados de saúde.
Este donativo e esta iniciativa integram-se na estratégia mais ampla de Portugal para reforçar parcerias internacionais que contribuam para a redução das desigualdades em saúde. O Governo português reconhece o papel crucial da Gavi na expansão do acesso equitativo às vacinas e na melhoria dos indicadores de saúde infantil, considerando essencial a manutenção e o reforço deste esforço conjunto, sobretudo em contextos mais vulneráveis.
Portugal reafirma, assim, o valor da cooperação internacional na construção de um mundo mais resiliente e inclusivo, fortalecendo a convicção de que a prevenção da doença e o combate a enfermidades evitáveis são pilares essenciais na salvaguarda do bem-estar global.
A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afirmou:
“Esta contribuição é um passo significativo no reforço da sustentabilidade, da equidade e do acesso à saúde para muitas pessoas em todo o mundo. Promove, também, o trabalho essencial de prevenção da doença e de fortalecimento dos sistemas de saúde.”
com a Gavi. Este apoio, que representa um aumento de 54% face às contribuições anteriores, é um testemunho da dedicação de Portugal à equidade em saúde e da sua visão de um mundo mais justo e saudável.”
Sania Nishtar, Diretora Executiva da Gavi, saudou a notícia:
“Agradecemos a Portugal este compromisso reforçado com a Gavi, que envia um sinal claro sobre a importância da imunização como investimento crucial para a nossa saúde coletiva, estabilidade e segurança. Uma Gavi plenamente financiada poderá salvar mais vidas, responder a mais surtos e gerar mais benefícios económicos do que em qualquer outro momento da sua história: este compromisso de Portugal aproxima-nos ainda mais desse objetivo.”
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, destacou:
“É estrategicamente importante para Portugal apoiar o fortalecimento dos mecanismos e das organizações internacionais que trabalham em prol do bem-estar coletivo e da defesa da saúde global. Portugal sublinha a importância da cooperação, da solidariedade e da parceria com a Gavi na prossecução das suas prioridades centrais.”
Ao longo de 25 anos, a Aliança para as Vacinas tem-se mantido adaptável, respondendo de forma célere às necessidades dos países e às emergências globais, aproveitando oportunidades para gerar impacto e mantendo a eficiência, a resiliência e a sustentabilidade.
José Manuel Durão Barroso, Presidente do Conselho de Administração da Gavi, expressou o seu agradecimento:
“Recebemos com grande satisfação e apreço o aumento e renovação do compromisso de Portugal com a Gavi. Este apoio, que representa um aumento de 54% face às contribuições anteriores, é um testemunho da dedicação de Portugal à equidade em saúde e da sua visão de um mundo mais justo e saudável.”
Sania Nishtar, Diretora Executiva da Gavi, saudou a notícia:
“Agradecemos a Portugal este compromisso reforçado com a Gavi, que envia um sinal claro sobre a importância da imunização como investimento crucial para a nossa saúde coletiva, estabilidade e segurança. Uma Gavi plenamente financiada poderá salvar mais vidas, responder a mais surtos e gerar mais benefícios económicos do que em qualquer outro momento da sua história: este compromisso de Portugal aproxima-nos ainda mais desse objetivo.”
Perspetiva das pessoas sobre cuidados de saúde primários debatida em webinar – DGS

A PAFIC – Associação Portuguesa de Cuidados Integrados, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde (DGS), promoveu no dia 15 de abril de 2025 um webinar que reuniu dezenas de profissionais de saúde e representantes de associações de doentes para debater três eixos fundamentais na transformação dos cuidados primários em Portugal: coordenação de cuidados, autogestão da saúde e dos cuidados e saúde digital. Foram partilhadas boas práticas de norte a sul do país, incluindo iniciativas em Barcelos e no Alentejo Litoral.
O Subdiretor-Geral da Saúde, André Peralta-Santos, abriu o webinar com a apresentação dos resultados nacionais do estudo PaRIS da OCDE, destacando os tempos de consulta e a confiança dos utentes na gestão da sua própria saúde como pontos positivos. Os dados também evidenciaram desafios na coordenação dos cuidados e na utilização de soluções digitais.
O debate sobre a saúde digital destacou a crescente disponibilidade de ferramentas de apoio ao trabalho clínico, capazes de melhorar o acesso a cuidados e promover a experiência do utente. Foi sublinhada, no entanto, a necessidade de integrar melhor estas soluções nos sistemas existentes, evitando a fragmentação da informação e a sobreposição de plataformas. A capacitação dos profissionais para tirarem partido dos dados em saúde foi outro ponto central.
Relativamente à autogestão, discutiu-se o papel vital das associações de pessoas que vivem com doença crónica e outras organizações de base comunitária na educação, no apoio entre pares e na promoção da saúde mental e de estilos de vida saudável. Foi apontada ainda a necessidade de reforçar os laços entre as unidades de saúde e as associações e de envolver mais profissionais como nutricionistas ou psicólogos nos cuidados de proximidade.
A discussão sobre a coordenação de cuidados, por sua vez, destacou o modelo de “gestão de caso” — que pode ser desempenhado não apenas por enfermeiros, mas por qualquer profissional ou até cidadão capacitado para o efeito, em linha com a evidência internacional. Foi lembrado que, em contexto de escassez de recursos, a coordenação de cuidados deve estar alinhada com o nível de risco de cada utente.
A sessão foi moderada por Adelaide Belo, presidente da PAFIC, que anunciou a realização da maior conferência internacional sobre cuidados integrados – ICIC25, a decorrer entre 14 a 16 de maio de 2025 em Lisboa.
Assista neste link à gravação do webinar.
DGS publica resenhas histórias no Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho

O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, celebrado anualmente no dia 28 de abril, tem como tema na edição de 2025 “Revolucionar a segurança e saúde no trabalho: o papel da IA e da digitalização”. A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional de Saúde Ocupacional, assinala este dia com a publicação de dois documentos que têm por objetivo realizar uma resenha histórica sobre os processos de evolução da medicina do trabalho e da enfermagem do trabalho em Portugal.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a digitalização e a automação estão a ter impacto em milhões de empregos em todo o mundo, apresentando oportunidades sem precedentes para melhorar a segurança e a saúde no trabalho. Estas novas tecnologias podem contribuir, por exemplo, para reduzir exposições perigosas, prevenir lesões no local de trabalho e melhorar as condições gerais de trabalho, bem como para contribuir para a deteção de riscos em tempo real, realizar avaliações preditivas de riscos e uma gestão mais proativa no âmbito da Saúde e Segurança do Trabalho (SST).
No entanto, a OIT alerta igualmente para a necessidade de desenvolvimento de políticas com o envolvimento ativo dos governos, empregadores e trabalhadores, bem como dos profissionais de SST e outras partes interessadas, para garantir que a transformação digital reforça, em vez de comprometer, a segurança e a saúde no trabalho.
Entre os profissionais de Saúde do Trabalho que devem estar na primeira linha incluem-se os médicos do trabalho e os enfermeiros do trabalho. Estes profissionais, ao assegurarem a vigilância da saúde dos trabalhadores, não só contribuem para prevenir doenças e acidentes de trabalho, como colaboram na implementação de medidas de segurança e bem-estar, promovendo hábitos saudáveis, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida no trabalho e assegurando que os trabalhadores se mantenham saudáveis, ativos e integrados no mercado laboral.
Leia os documentos aqui:
– Resenha histórica: Enfermeiros do Trabalho em Portugal (1962-2024)
– Resenha histórica: Médicos do Trabalho em Portugal (1962-2024)
Hospital de Ovar abre Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência

Nova valência inclui hospital de dia e prevê cerca de 600 consultas anuais, permitindo uma resposta de maior proximidade aos utentes da região
A Unidade Local de Saúde de Entre Douro e Vouga (ULSEDV) passou a contar com uma nova Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência, localizada no Hospital Dr. Francisco Zagalo, em Ovar. A nova valência, que inclui hospital de dia, prevê a realização de cerca de 600 consultas por ano.
A unidade disponibiliza consultas de Pedopsiquiatria, psicologia infantil, avaliação de perturbações do espetro do autismo, consulta de primeira infância (0-5 anos), bem como intervenções psicoterapêuticas e psicoeducativas.
Segundo Sílvia Tavares, diretora do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência da ULSEDV, a Unidade de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Hospital de Ovar, “permite uma resposta de maior proximidade para os utentes de Ovar, reduzindo as deslocações e potenciando a adesão às consultas. Esta proximidade otimiza a intervenção terapêutica por aproximação dos técnicos ao contexto vivencial do utente e melhoria da articulação comunitária”.
Instituto Ricardo Jorge lidera estudo europeu sobre vigilância genómica no âmbito da estratégia “Uma Só Saúde”
30-04-2025
Um grupo de investigadores da Unidade de Genómica e Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), publicou na prestigiada revista científica Nature Communications um estudo que contribui de forma importante para a vigilância genómica de infeções bacterianas transmitidas por alimentos a nível internacional. Desenvolvido no âmbito do projeto BeONE – Building Integrative Tools for One Health Surveillance, inserido no One Health European Joint Programme, o trabalho contou com a participação de onze institutos de oito países europeus, abrangendo os setores da saúde humana, saúde animal e segurança alimentar, e financiamento adicional do programa europeu ISIDORe e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).
Para prevenir e controlar eficazmente infeções alimentares de origem bacteriana, que continuam a representar um importante desafio de saúde pública à escala global, organizações como a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) ou a Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) têm recomendado o recurso a metodologias baseadas na análise do genoma completo dos agentes patogénicos (Whole-Genome Sequencing – WGS), no contexto de uma estratégia “Uma Só Saúde”, que promova a integração de dados e colaboração entre setores e países.
A adoção desta abordagem tem sido, contudo, marcada por uma grande diversidade de metodologias bioinformáticas, com diferentes laboratórios a utilizarem métodos de análise distintos, o que pode comprometer a comparabilidade dos resultados e dificultar a comunicação e cooperação entre instituições e países. O estudo agora publicado procura responder a esta limitação, avaliando a congruência entre os principais métodos bioinformáticos de análise de dados de WGS atualmente utilizados na vigilância de quatro bactérias prioritárias: Listeria monocytogenes, Salmonella enterica, Escherichia coli e Campylobacter jejuni.
No geral, os resultados demonstram uma elevada concordância entre as metodologias implementadas em diferentes laboratórios Europeus para a maioria das espécies analisadas, evidenciando a possibilidade de uma vigilância genómica mais integrada e interoperável. Apesar disso, este estudo revelou também diferenças relevantes na capacidade de detetar potenciais surtos, demonstrando que a flexibilização dos critérios para definição de surto com base em dados genómicos é essencial para assegurar a deteção dos mesmos “sinais” pelos diferentes laboratórios.
“Este estudo abre novas perspetivas para uma vigilância genómica mais eficiente, integrada e sustentável, assente numa verdadeira cooperação internacional e intersetorial dentro do conceito ‘Uma Só Saúde’”, destaca Vítor Borges, investigador responsável no INSA, reforçando ainda que “num momento em que a interoperabilidade entre laboratórios é essencial, este trabalho fornece orientações concretas para harmonizar práticas e promover uma resposta mais coordenada a surtos alimentares”. Já a investigadora Verónica Mixão, primeira autora do artigo, sublinha que “os resultados surgem num momento particularmente oportuno, em que muitos laboratórios iniciam a transição para a genómica e em que se definem novas estratégias a nível europeu”.
Até à data, este é o mais abrangente estudo realizado sobre a comparabilidade de métodos bioinformáticos usados na vigilância genómica de doenças infeciosas transmitidas por alimentos. As suas conclusões constituem um importante avanço no esforço interlaboratorial de partilha e integração de dados e no reforço da cooperação internacional, contribuindo para a transição tecnológica em curso e para a implementação eficaz da abordagem “Uma Só Saúde”.
ICFC 2025: submissão de resumos de comunicações até 15 de junho – INSA
30-04-2025
Encontra-se a decorrer, até 15 de junho, o prazo de submissão de resumos de comunicações para a 6.ª edição da Conferência Internacional sobre Contaminantes Alimentares (ICFC 2025), que terá lugar nos dias 25 e 26 de setembro, no auditório do Museu de Eletricidade Casa da Luz, no Funchal. Promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, o evento é subordinado ao tema “Desafios dos Contaminantes Emergentes e Saúde Planetária”.
Organizada em colaboração com a Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil da Madeira (SRS), a Associação dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica da Região Autónoma da Madeira (TSDTRAM) e o apoio do Governo Regional na área da agricultura e alimentação, a ICFC 2025 visa debater os desafios futuros na área da segurança alimentar e saúde humana. A conferência tem como destinatários profissionais da saúde, ambiente e alimentação, investigadores, academia, autoridades reguladoras, instituições governamentais e privadas, representantes da indústria e estudantes envolvidos na área da segurança alimentar e saúde humana.
No site ICFC 2025 estão reunidas informações sobre o programa e a composição dos comités científico e organizador, prazos de submissão de resumos de comunicações orais ou em formato poster, formulários de inscrição e detalhes sobre o prémio para o melhor em poster, assim como informação sobre edições anteriores do evento. A ICFC é uma conferência multidisciplinar onde investigadores de todo o mundo, independentemente da sua experiência e notoriedade, podem partilhar ideias e conhecimento sobre a saúde humana e os contaminantes alimentares.
Este congresso multidisciplinar oferece um fórum para pesquisadores jovens e estabelecidos internacionalmente para trocar conhecimento avançado sobre contaminantes alimentares e saúde humana, nomeadamente impacto de contaminantes químicos e biológicos na saúde, avanços analíticos para determinação de contaminantes emergentes e espectro de toxicidade de contaminantes alimentares. Os interessados em apresentar comunicações no ICFC 2025 deverão fazer a submissão dos respetivos resumos, até ao dia 15 de junho, através do site do evento.
O ICFC 2025 ocorrerá, pela primeira vez, em estreita colaboração com a 17ª Reunião Anual PortFIR (Plataforma Portuguesa de Informação Alimentar). Intitulada “Segurança dos Alimentos: Governança, ciência e novos modelos de produção face aos desafios globais”, a 17ª Reunião Anual PortFIR será realizada no dia 24 de setembro, no mesmo local, em formato híbrido e com participação gratuita, mediante inscrição prévia.
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02 mai 2025
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