5 Sugestões para um Consumo de Álcool com Final (de Ano) Feliz

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Nos festejos da passagem de ano é frequente o consumo de álcool. Brindando a um Ano Novo e renovando as promessas de futuro com saúde e prosperidade

Contudo, o consumo de álcool em excesso pode multiplicar o risco de acidentes fatais.

Se beber, fazemos algumas sugestões que podem permitir um consumo com prazer e segurança.

1.

Se beber não conduza de todo (o consumo excessivo de álcool é causa, direta e principal, de 40 a 50% dos acidentes mortais na estrada) e evite situações de risco onde a sua capacidade de discernimento pode estar alterada, particularmente, em situações de destreza física e relacionamento pessoal. A companhia de alguém que não bebe pode ser decisiva.

2.

Hidrate-se antes e enquanto beber. O álcool é um diurético que nos faz perder água. E se a comida estiver salgada ou com aperitivos salgados o caso agrava-se. Não só o efeito do álcool é mais intenso, como as consequências, em particular para os que sofrem de dor de cabeça. Hidrate-se e beba água uma a duas horas antes de sair de casa até a urina ficar clara e sem cheiro. Inicie a refeição ou a festa bebendo bebidas não alcoólicas e depois beba água ao mesmo tempo que vai consumindo bebidas com álcool. Coloque um copo de água ao lado do copo de vinho, por ex.

3.

Coma sempre antes de começar a beber. A presença de alimentos no estômago antes da chegado do álcool impede a sua rápida absorção e chegada rápida ao cérebro. O álcool é absorvido três vezes mais rapidamente quando o estômago está vazio. O consumo rápido de álcool na primeira hora, sem ter comido antes, pode estragar uma noite de festa.

4.

Inicie e termine de preferência com a mesma bebida. A mistura de diferentes tipos de bebidas alcoólicas dificulta a percepção do álcool ingerido e a presença de diferentes aditivos pode potenciar a “ressaca”. Evite cocktails preparados por terceiros em que desconhece o teor de álcool adicionado. Evite bebidas alcoólicas  desconhecidas ou que nunca bebeu em dias festivos.

5.

O álcool age diretamente em diversos órgãos, tais como o fígado, o coração, vasos sanguíneos e na parede do estômago, e tem uma velocidade de metabolização  pelo fígado, que é constante,  equivalente a um copo de vinho por hora. Beber devagar e ir bebendo outras bebidas não alcoólicas ao longo da noite é meio caminho para uma longa noite divertida e responsável.

SICAD Divulga Estudo Sobre o Consumo de Álcool nos Jovens

SICAD divulga estudo sobre disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais abertos ao público.

Veja aqui o Estudo.

« O Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD) divulgou o resultado do estudo “regime legal de disponibilização, venda e consumo de bebidas alcoólicas em locais públicos ou abertos ao público – elementos para a compreensão da sua aplicação e dos padrões de consumo de álcool nos jovens”.

A realização deste estudo, decorrente do disposto no Decreto-Lei n.º 50/2013, de 16 de abril – Regime de Disponibilização, Venda e Consumo de Bebidas Alcoólicas, consiste na análise da aplicação do regime previsto, dando particular atenção aos padrões de consumo de álcool por parte de jovens em geral e adolescentes em especial.

O estudo foi realizado em maio de 2014, nas cinco capitais das NUT II (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve), envolvendo mais de mil jovens e mais de cem profissionais de estabelecimentos comerciais que vendem bebidas alcoólicas ao público.

Foram considerados, também, três estudos conduzidos na mesma altura, realizados entre alunos do ensino secundário, estudantes universitários e público jovem de um festival de verão. Por fim, foram considerados indicadores indiretos recolhidos de várias instituições.

Procurou-se verificar eventuais alterações suscetíveis de potenciar ganhos em saúde:

  • a nível de comportamentos e consequências do consumo de álcool (jovens)
  • práticas comerciais na venda de bebidas alcoólicas e aplicação da lei por parte dos estabelecimentos comerciais e da ação fiscalizadora
  • relacionar os comportamentos com outros mediadores individuais, sociais e estruturais.

Conclusão:

  • Não se verificou menor consumo de álcool por parte dos jovens, nem uma redução dos problemas associados ao consumo de bebidas alcoólicas, nomeadamente em adolescentes
  • As práticas de fiscalização e controlo por parte dos estabelecimentos comerciais parecem não ter aumentado depois da aprovação das recentes alterações legislativas, pelo que a aplicação da lei tende a ser, em alguns aspetos, percecionada como ineficaz.

Os inquéritos aplicados a jovens e profissionais sugerem que, no que diz respeito ao consumo e venda de bebidas alcoólicas em locais públicos, o conhecimento e o espírito da lei não estão bem interiorizados, o que, naturalmente, contribui para que esta não seja sempre respeitada, tanto pelo lado da oferta como do lado da procura.

Por outro lado, as entrevistas realizadas aos jovens permitem concluir que a sua relação com o álcool é sobretudo instrumental e que o consumo de bebidas alcoólicas consiste essencialmente num fenómeno de grupo, pelo que deve ser enquadrado no plano social.

Recomendações:

É necessário criar condições, aumentar e garantir a visibilidade do controlo e uma fiscalização mais eficaz no que diz respeito ao consumo e à venda de bebidas alcoólicas. Nesse âmbito, parece justificar-se a implementação de medidas mais restritivas, nomeadamente no que toca ao acesso a bebidas alcoólicas por parte de menores de idade. Tal, aliás, recebe o consenso dos jovens e profissionais participantes nos estudos realizados.

E dado que os comportamentos não se alteram apenas por via legislativa, face aos resultados, recomenda-se, em paralelo, um maior investimento em campanhas informativas, estratégias preventivas e de redução de riscos e minimização de danos em determinados contextos, e um sério investimento educativo na responsabilização de todos os atores, no pressuposto de que é a mudança de mentalidades que conduz à alteração dos comportamentos.

Para saber mais, consulte:
  • Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências –http://www.sicad.pt/ »

 

Veja aqui o Estudo