Artigo: Prevalência de hipertensão arterial em Portugal – resultados do Primeiro Inquérito Nacional com Exame Físico (INSEF 2015) – INSA

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08-08-2017

Em 2015, 36% da população residente em Portugal, com idade compreendida entre os 25 e os 74 anos de idade, tinha hipertensão arterial (HTA), revela estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, com base em dados do primeiro Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico (INSEF). Outro dos resultados indica uma prevalência de HTA estimada mais elevada no grupo etário mais velho (71,3%) e no sexo masculino (39,6%).

Os resultados deste trabalho indicam também que do total de indivíduos com HTA, 69,8% tinha conhecimento da sua situação de saúde e 69,4% referiu ter tomado medicação antihipertensiva nas duas semanas anteriores. Estas proporções foram mais elevadas no sexo feminino e aumentaram com a idade.

“Em relação a estudos anteriores, observa-se uma redução da prevalência da HTA (PAP, 2003: 42,1%; PHYSA, 2011-12: 42,2%) e da prevalência específica por grupo etário e sexo”, referem os autores do estudo, que chamam também a atenção para a “prevalência de HTA estimada para o grupo etário dos 25 aos 44 anos, pois, apesar de ser o grupo etário com menor prevalência, apresenta uma magnitude não negligenciável (12,1%), existindo, evidência do aumento da incidência deste problema de saúde nos grupos etários mais jovens. Este grupo é também aquele com menor conhecimento da sua situação de saúde (44,7%)”.

As doenças cardiovasculares são uma importante causa de morte e incapacidade a nível mundial, sendo que a hipertensão arterial (HTA) contribui para 45% do total de mortes por doenças cardíacas e até 51% das mortes por acidente vascular cerebral. A monitorização da prevalência de HTA, assim como a monitorização dos indivíduos com controlo adequado da sua situação de saúde são necessárias para a definição de estratégias de controlo de HTA, nomeadamente, no que respeita à identificação de grupos de especial risco, e também para a avaliação de programas de saúde.

O INSEF foi realizado em 2015 pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em colaboração com as cinco Regiões de Saúde e as duas Secretarias Regionais de Saúde das Regiões Autónomas de Saúde e com o Instituto Norueguês de Saúde Pública. A população-alvo foi constituída por indivíduos não institucionalizados, com idade compreendida entre os 25 e os 74 anos, residentes em Portugal há mais de 12 meses e com capacidade para realizar uma entrevista em português, tendo sido alcançada uma amostra de 4911 indivíduos.

“Prevalência de hipertensão arterial em Portugal: resultados do Primeiro Inquérito Nacional com Exame Físico (INSEF 2015)” foi publicado na última edição do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto. Para consultar o artigo de Ana P. Rodrigues, Vânia Gaio, Irina Kislaya, Sidsel Graff-Iversen, Eugénio Cordeiro, Ana C. Silva, Sónia Namorado, Marta Barreto, Ana P. Gil, Liliana Antunes, Ana Santos, José Pereira Miguel, Baltazar Nunes, Carlos Matias Dias e INSEF Research group, clique aqui.

Gratuito: Simpósio Hipertensão Arterial e Insuficiência Cardíaca em Lisboa a 6 de Janeiro

Simpósio Hipertensão arterial e insuficiência cardíaca

No próximo dia 6 de janeiro realiza-se, na Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa, o simpósio “Hipertensão arterial e insuficiência cardíaca – Estado da arte 2017”.

O Simpósio dirige-se aos médicos de Medicina Geral e Familiar, bem como a todos os médicos de qualquer formação, alunos de Medicina da Faculdade de Medicina de Lisboa ou da Faculdade de Ciências Médicas e profissionais de saúde interessados nestes temas.

A inscrição é gratuita e pode ser efetuada online.

Para mais informações consulte o Programa.

Estudo DGS: A Hipertensão Arterial em Portugal.

A taxa de prevalência da Hipertensão Arterial (HTA) em Portugal situa-se nos 26,9%, sendo mais elevada no sexo feminino (29,5%) do que no masculino (23,9%), revela o estudo “A Hipertensão Arterial em Portugal 2013” elaborado no âmbito do trabalho desenvolvido pelo Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, da Direção-Geral da Saúde.

Partindo da observação efetuada nos cuidados de saúde primários, este estudo inovador conduzido pelo Professor Mário Espiga de Macedo, analisa outras variáveis além da pressão arterial, como sejam o peso e altura, obesidade, diabetes, história de enfarte do miocárdio ou acidente vascular cerebral, bem como medicação anti-hipertensora e antidislipidémica e os resultados clínicos obtidos.

Entre as principais conclusões deste estudo salientam-se:

. A prevalência e controlo da HTA nos grupos etários estudados, salientando-se a muito baixa prevalência de nos jovens e o mau controlo da HTA nos mais idosos.

. A prevalência de diabetes nos hipertensos estudados e o respetivo controlo da HTA.

. Cerca de 50% dos doentes hipertensos têm um valor de colesterol total elevado.

Para mais informações sobre o estudo “A Hipertensão Arterial nos Cuidados de Saúde Primários” consulte as apresentações efetuadas.

Veja o Estudo.