Norte em Força: Lista das 14 USF Que Transitam do Modelo A Para o Modelo B e Números de Agosto

Novas USF modelo B garantem ganhos em saúde a mais 6.000 utentes.

No cumprimento do Programa do Governo e no âmbito da expansão, reforço e qualificação da rede de Cuidados de Saúde Primários, foram homologadas catorze candidaturas a unidades de saúde familiar (USF) de modelo B.

O processo de transição, com efeito efetivo a 1 de outubro de 2016, vai permitir um ganho de cobertura de aproximadamente mais 6.000 cidadãos. Serão abrangidos, no total, 170 mil utentes, com atribuição de uma equipa de saúde familiar e efetivos ganhos assistenciais e em saúde.

As candidaturas distribuem-se, regionalmente, da seguinte forma:

Norte

  • USF Hygeia – Vale do Sousa Norte
  • USF São Lourenço – Braga
  • USF Viatodos – Barcelos/Esposende
  • USF AmareSaúde – Gerês/Cabreira
  • USF D`As Terras de Lanhoso – Gerês/Cabreira
  • USF Novo Sentido – Porto Oriental
  • USF União Penafidelis – Vale do Sousa Sul
  • USF Ermesinde – Maia/Valongo
  • USF Corino de Andrade – Póvoa de Varzim/Vila do Conde
  • USF Vil´Alva – Santo Tirso/Trofa
  • USF Aníbal Cunha – Porto Ocidental
  • USF La Salette – Aveiro Norte

Centro

  • USF Montemuro

Lisboa e Vale do Tejo

  • USF Santo Condestável

O modelo B de USF é aquele em que equipas com maior amadurecimento organizacional e   maiores   exigências   de   contratualização garantem maior disponibilidade e flexibilidade, para atingir níveis avançados de acessibilidade, desempenho, eficiência económica e resultados, com acréscimo de risco e responsabilidade.

Com esta iniciativa, reafirma o Ministério de Saúde a sua aposta no relançamento da reforma dos Cuidados de Saúde Primários, convicto de que este contexto de cuidados é fundamental para a promoção da equidade e garantia da sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.

O Despacho n.º 6739-A/2016, publicado em Diário da República, no dia 20 de maio, fixa em 25 o número máximo de USF que deverão transitar do modelo A para o modelo B no ano de 2016, bem como em 30 o número máximo de novas USF.

Alguns números (agosto 2016)

  • N.º total de USF atual – 455
  • Com estas 14 USF, passa a haver 223 USF modelo B e 232 modelo A.
  • N.º total de utentes inscritos nas USF: 5.413.472 inscritos
  • Em modelo A: 2.404.550 inscritos
  • Em modelo B: 3.014.922 inscritos
  • Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados: 4.687.743 inscritos

Veja as publicações relacionadas:

Despacho n.º 6739-A/2016 – Número Máximo de Unidades de Saúde Familiar (USF) a Constituir e Número Máximo de USF Que Transitam do Modelo A Para o Modelo B no Ano de 2016

Relatório: Península Ibérica em Números / Península Ibérica en Cifras 2015 – INE

Península Ibérica em Números 2015

Os Institutos Nacionais de Portugal e de Espanha publicam, conjuntamente, a 12.ª edição de “Península Ibérica em Números / Península Ibérica en cifras”. A publicação contém indicadores estatísticos oficiais agrupados em 14 temas, que permitem comparar estes dois países e observar a posição de cada um no contexto da União Europeia. Em múltiplos casos, a informação é apresentada com detalhe e nível regional.

Esta publicação representa também um desafio aos utilizadores no sentido de consultarem a vasta informação estatística oficial disponível, gratuitamente, nos sites dos Institutos Nacionais de Portugal (www.ine.pt) e de Espanha (www.ine.es) e também do Eurostat (http://epp.eurostat.ec.europa.eu), principal fonte utilizada na recolha dos dados.

Veja o Relatório Península Ibérica em Números / Península Ibérica en Cifras 2015

Relatório DGS: Portugal – Alimentação Saudável em Números 2015

Portugal - Alimentação Saudável em Números 2015

A estabilização do crescimento da obesidade e do aumento do peso corporal, medido através do Índice de Massa Corporal, registado pelas crianças portuguesas nos últimos quatro anos é um dos marcos assinalados pelo relatório “Portugal – Alimentação Saudável em Números 2015” apresentado pela Direção-Geral da Saúde.

Ainda assim, a proporção de crianças com excesso de peso em Portugal, acima da média europeia, e a sua relação com as desigualdades sociais, mantêm-se no topo das preocupações do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável.

O número crescente de crianças e adolescentes que dizem nunca comer fruta e hortícolas, a reduzida disponibilidade de leite e derivados e a manutenção do baixo consumo de leguminosas colocam a tónica no caminho a percorrer na promoção de mudança de hábitos alimentares e de estilos de vida saudáveis. O elevado conteúdo de gorduras trans presente nos alimentos comercializados no mercado português e o consumo excessivo de sal por crianças e adolescentes são também conclusões enfatizadas na análise agora apresentada.

Os hábitos alimentares inadequados dos portugueses constituem o primeiro fator de risco de perda de anos de vida. Estudos internacionais apontam a má alimentação como responsável por 11,96% do total de anos de vida prematuramente perdidos pelas mulheres portuguesas, percentagem que sobe para 15,27% no sexo masculino. A obesidade e outras doenças crónicas, como as doenças cardiovasculares, cancro ou diabetes estão claramente dependentes de uma alimentação saudável.
A alimentação de má qualidade afeta com maior intensidade crianças, idosos e os grupos socioeconómicos mais vulneráveis da população portuguesa, contribuindo para um aumento das desigualdades em saúde. Aproximadamente, 1 em cada 14 famílias portuguesas avaliadas pode não consumir alimentos suficientes devido à falta de dinheiro.

Ao longo de 2015, o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável continuou a participar ativamente na consolidação de uma política alimentar e nutricional em Portugal, alertando para a necessidade de se reforçar o papel das famílias, dos profissionais de saúde e do sistema educativo na área alimentar, permitir o acesso a informação de qualidade sobre hábitos alimentares, seus determinantes e consequências, investir-se na prevenção e promoção de hábitos alimentares saudáveis, assim como combater as desigualdades em saúde.

Consulte o relatório “Portugal – Alimentação Saudável em Números 2015”

Relatório OMS: Portugal – Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em Números 2015 – DGS

Portugal - Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em números 2015

As infeções associadas aos cuidados de saúde e o aumento da resistência aos antimicrobianos representam um problema crescente à escala mundial. Consciente que o elevado nível de resistência aos antibióticos constitui um “perigo para a saúde mundial”, a Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou, em 2015, o Relatório Global sobre a Vigilância da Resistência aos Antimicrobianos, no qual salienta que se trata de uma crescente ameaça à saúde pública e geradora de preocupação em múltiplos setores.

A monitorização efetuada permite afirmar que em Portugal se assistiu a uma redução da incidência de algumas infeções em 2014, como é o caso da pneumonia associada à intubação traqueal, nas Unidades de Cuidados Intensivos, que apresenta taxas comparáveis à média europeia, da bacteriemia associada a cateter venoso central e da infeção associada a cirurgia do cólon e reto. Em outros casos verificou-se um ligeiro agravamento, como aconteceu na infeção associada a cirurgia das vias biliares. Com o objetivo de progredir na redução das taxas de infeção foram publicadas normas constituídas por feixes de intervenções, dirigidos à otimização das práticas de prevenção das infeções mais frequentes.

Registaram-se evoluções positivas no consumo de antimicrobianos, principalmente na classe das quinolonas, cujo consumo desceu, entre 2011 e 2014, 27% no ambulatório e mais de 8% a nível hospitalar, mas também uma inversão da tendência crescente no consumo de carbapenemos, antibióticos associados à seleção de bactérias multirresistentes, o qual diminuiu 5% entre 2013 e 2014. Como instrumento de intervenção do PPCIRA nesta área, têm sido implementados programas de apoio à prescrição de antibióticos (PAPA) nas unidades de saúde, principalmente hospitalares mas também a nível dos cuidados primários e continuados, assistindo os profissionais no esforço de promoção do uso racional dos antibióticos.

No período em apreço verificou-se redução das taxas de resistência em alguns microrganismos multirresistentes, como Staphylococcus aureus resistente à meticilina, Enterococcus ou Acinetobacter, taxas que ainda assim se mantém elevadas, considerando-se fundamental a sua redução. Caraterizada como mais preocupante, é a situação que se verifica nas bactérias classificadas como Gram-negativo. Tal é o caso da resistência elevada aos antibióticos da classe das quinolonas, da bactéria Escherichia coli, responsável pela maior parte das infeções urinárias não complicadas.

Mas a principal ameaça é constituída pelo microrganismo Klebsiella pneumoniae resistente aos antibióticos da classe dos carbapenemos, já presente em todo o Mundo. Registaram-se surtos hospitalares de infeção por esta bactéria, pontuais e localizados, tendo sido implementadas medidas de contenção da sua disseminação.

Está em progresso uma campanha nacional que incide sobre as Precauções Básicas do Controlo de Infeção, como instrumento basilar de boas práticas na prevenção da transmissão destas infeções. Foram também publicadas normas orientadoras de boas práticas nesta área, estando outras em fase de elaboração ou revisão.

Além do reforço da sua estrutura e dos resultados do trabalho já implementado, o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos considera prioritária, no imediato, a focalização da atenção no setor dos cuidados continuados e na definição de novos incentivos às unidades de saúde para o cumprimento de boas práticas de prevenção e controlo de infeção e de resistências aos antibióticos. Também a melhoria dos níveis de literacia para a saúde é considerada prioritária, como forma de promover o cidadão a parceiro ativo, nesta área específica.

Consulte e descarregue o relatório “Portugal – Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em Números 2015

Veja também, publicado hoje:

Criado Grupo de Trabalho no âmbito do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos – DGS / INSA / ACSS

Veja ainda:

Relatório: Resistência aos Antimicrobianos Aumenta na União Europeia – ECDC

Norma DGS: Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos

Resultados do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos

Relatório “Portugal – Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em Números – 2014”