Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos – Relatório 2017

Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos - Relatório 2017

Este documento apresenta os resultados das infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) referentes a 2016, medidas previstas para reduzir as infeções hospitalares e melhorar o uso dos antibióticos.

Dele contam um sumário das atividades realizadas em 2016/2017 e uma previsão do que se pretende fazer em 2018 relativamente à vigilância epidemiológica das IACS, do consumo dos antibióticos e resistências aos antimicrobianos, bem como das atividades planeadas a 2020.

As principais conclusões a retirar são:

  • As principais infeções associadas aos cuidados de saúde estão a diminuir;
  • O consumo de antibióticos tem vindo a diminuir, quer nos hospitais, quer na comunidade.

Metas a atingir em 2020:

  • Reduzir o consumo de antibióticos na comunidade para um valor abaixo das 19 doses diárias por 1000 habitantes;
  • Manter a prevalência de Klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenemos, em isolados invasivos, abaixo de 6%;
  • Reduzir para menos de 8% as infeções hospitalares;
  • Reduzir para menos de 10% as infeções nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI).

Consulte aqui o Relatório.

Relatório revela redução das infeções e do consumo de antibióticos

O Relatório 2017 do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos, apresentado no dia 15 de dezembro, no Porto, revela que as principais infeções associadas aos cuidados de saúde estão a diminuir. Outra conclusão em destaque é a redução do consumo de antibióticos, quer nos hospitais, quer na comunidade.

O documento divulga os resultados das infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) referentes a 2016, bem como as medidas previstas para reduzir as infeções hospitalares e melhorar o uso dos antibióticos.

Em cada 100 doentes internados em Portugal, 7,8 adquiriram uma infeção associada aos cuidados de saúde, o que representa uma descida de 2,7 pontos percentuais em relação a 2012. De acordo com o relatório, a prevalência de IACS foi de 7,8 % no ano passado (10,5 % em 2012).

A «higiene das mãos por parte dos profissionais é a medida mais eficaz, mais simples e mais económica de prevenir as IACS». Apesar de a monitorização das práticas de higiene das mãos ter vindo a aumentar, nas unidades de saúde, de forma gradual, mais de um quarto dos profissionais de saúde não aderem à higiene das mãos, tendo em conta que, em 2016, a taxa de adesão foi de 73%.

As IACS e o aumento da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos (RAM) são «problemas relacionados e de importância crescente à escala mundial», pode ler-se no documento.

Em relação ao consumo de antibióticos, este tem-se mantido «abaixo da média da União Europeia, quer na comunidade, quer nos hospitais». De acordo com o relatório, «o consumo global de antibacterianos em Portugal nos cuidados de saúde primários mantém-se num nível ainda elevado (21,6), apesar de abaixo da média da Europa (21,9)».

Do relatório consta ainda um sumário das atividades realizadas em 2016/2017, uma previsão do que se pretende fazer em 2018 relativamente à vigilância epidemiológica das IACS e ao consumo dos antibióticos e resistências aos antimicrobianos e as atividades planeadas até 2020.

Relativamente às metas a atingir em 2020, o relatório destaca:

  • Reduzir o consumo de antibióticos na comunidade para um valor abaixo das 19 doses diárias por 1.000 habitantes;
  • Manter a prevalência de klebsiella pneumoniae resistente aos carbapenemos, em isolados invasivos, abaixo de 6 %;
  • Reduzir para menos de 8 % as infeções hospitalares;
  • Reduzir para menos de 10 % as infeções nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados.

Para saber mais, consulte:

ARS Centro | Alimentação Saudável: Programa melhorou indicadores de saúde na região Centro

07/12/2017

O Programa da Alimentação Saudável da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) permitiu melhorar vários indicadores de saúde nos 76 municípios abrangidos, de acordo com a Coordenadora Regional do programa, Ilídia Duarte.

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Incêndios: Regulamento de atribuição dos apoios a conceder ao abrigo do Programa de Apoio à Reconstrução de Habitação Permanente

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Instituto Ricardo Jorge promove nova ação formativa sobre Programa Nacional do Diagnóstico Precoce

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28-11-2017

A Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge promoveu, dia 21 de novembro, no Centro de Saúde Pública Gonçalves Ferreira, no Porto, mais uma edição do curso “Um dia com o diagnóstico precoce”. O evento teve como objetivo dar a conhecer o Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP) a todos os profissionais de saúde envolvidos no PNDP ou com interesse no tema.

A organização do PNDP e as atividades laboratoriais e de seguimento clínico envolvidas foram alguns dos temas abordados na 16ª edição desta ação, que visa também a trocar experiências e fomentar a articulação e envolvimento dos profissionais, no sentido de se esclarecerem dúvidas e recolherem opiniões, que suportam o processo de melhoria contínua do Programa

A ação de formação teve início com uma apresentação de Laura Vilarinho, coordenadora da Comissão Executiva do PNDP, sobre a história do Rastreio Neonatal em Portugal, seguindo-se duas apresentações relacionadas com as atividades laboratoriais. Hugo Rocha focou as abordagens ao rastreio das 25 doenças atualmente incluídas no PNDP, desde o hipotiroidismo congénito às doenças metabólicas rastreadas por espectriometria de massa, tendo Ana Marcão sido responsável por apresentar os resultados do estudo piloto nacional para o rastreio da Fibrose Quistica. Foram ainda abordadas as problemáticas associadas ao rastreio de cada um dos grupos de patologias e a forma como estas se refletem nas recomendações do PNDP para as colheitas das amostras.

Em programas de saúde pública, como o PNDP, o enquadramento ético reveste-se sempre de particular importância, tendo Paulo Pinho e Costa, membro da Comissão Executiva do PNDP, abordado esta problemática, salientando os principais normativos e recomendações em vigor.

Por último, e no que às atividades clínicas diz respeito, duas responsáveis de um Centro de Referência para o Tratamento das Doenças Hereditárias do Metabolismo – o Centro Hospitalar e Universitário do Porto – apresentaram a sua experiência no seguimento de recém-nascidos rastreados. Esmeralda Martins apresentou os dados e particularidades do follow-up clínico destes doentes, enquanto Manuela Almeida focou a abordagem dietética ao tratamento das doenças hereditárias do metabolismo rastreadas.

Marcou ainda presença nesta edição do curso “Um dia com o diagnóstico precoce” uma doente com fenilcetonúria que foi rastreada, atualmente na idade adulta, para dar o seu testemunho do que é viver com a doença, tendo sido evidenciado todas as particularidades, dificuldades, mas fundamentalmente o excelente resultado associado a um rastreio atempado e a um tratamento efetivo.

O PNDP coordena, desde 1979, a realização do “teste do pezinho”, um programa de rastreio laboratorial de todos os recém-nascidos para algumas doenças graves, antes que estas se manifestem. Este rastreio permite identificar crianças que sofrem de hipotiroidismo congénito ou atingidas por doenças hereditárias do metabolismo, como a fenilcetonúria, que de outro modo não teriam tratamento atempado.

Instituto Ricardo Jorge colabora em programa da RTP2 sobre riscos ambientais

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28-11-2017

Dois especialistas do Departamento de Saúde Ambiental (DSA) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge participaram na edição de 18 de novembro do programa Biosfera, da RTP2. Maria do Carmo Proença, coordenadora da Unidade de Ar e Saúde Ocupacional, e João Paulo Teixeira, coordenador da Unidade de Investigação, explicaram alguns dos riscos associados ao amianto e à falta de qualidade do ar interior das salas de aula.

Maria do Carmo Proença sublinhou, por exemplo, que o perigo do amianto decorre sobretudo da inalação das fibras libertadas para o ar e que a presença de amianto em materiais de construção representa um baixo risco para a saúde, desde que o material esteja em bom estado de conservação, não seja friável e não esteja sujeito a agressões diretas. A responsável explicou ainda que a remoção, acondicionamento e eliminação dos resíduos que contêm amianto devem ser alvo de procedimentos adequados face à avaliação de risco previamente efetuada.

Por seu lado, João Paulo Teixeira alertou para a existência de uma relação entre a ventilação, a qualidade do ar interior e a saúde das crianças. Tendo por base os resultados do ProjetoENVIRH – Ambiente e Saúde em Creches e Infantários, em que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge participou juntamente com outros parceiros, o investigador indicou também algumas das medidas que podem ser tomadas para melhorar a qualidade do ar interior das escolas.

Biosfera é um programa de informação que dá relevo às questões ambientais, transmitido semanalmente, ao sábado, às 13h30, na RTP2. Se não visualizar corretamente o episódio “Como gerir as ameaças ambientais nas escolas?”, clique aqui.