Relatório da OMS Europa Sobre o Plano Nacional de Saúde: Revisão e Extensão a 2020

Apresentações de 13 de julho de 2015 e Relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) na sessão sobre o Plano Nacional de Saúde (PNS) 2012-2016 com a Diretora Regional da OMS para a Europa.

Informação do INSA:

Zsuzsanna Jakab, diretora da OMS Europa

A diretora regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Europa, Zsuzsanna Jakab (na foto), participou esta segunda-feira, 13 de julho, numa sessão sobre o Plano Nacional de Saúde (PNS): Revisão e Extensão a 2020. Durante o evento, a responsável considerou que a prevenção de doenças é essencial nos próximos anos, designadamente na área alimentar, uma das que mais contribui para anos de vida perdidos em Portugal.

Recorde-se que o Ministério da Saúde aprovou, no passado mês de maio, a atualização do PNS, documento que foi ainda estendido até 2020, na sequência do trabalho desenvolvido ao longo do último ano com os vários stakeholders da Saúde, seguindo as Grande Opções do Plano para 2015, bem como as recomendações e acompanhamento da OMS Europa no relatório sobre a implementação do PNS 2012-2016.

O documento contempla ainda os contributos do Conselho Consultivo e de Acompanhamento e do Grupo de Peritos do PNS. Ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge são atribuídas, estatutariamente, funções de avaliação da execução e resultados das políticas, do Plano Nacional de Saúde e programas de saúde do Ministério da Saúde.

No final da cerimónia, a diretora regional da OMS repetiu que Portugal precisa de “fazer um esforço na área do tabagismo, da obesidade, da obesidade infantil e de todos os problemas associados à alimentação e à nutrição, como o excessivo consumo de sal, açúcar e gorduras, e ainda em relação à promoção do exercício físico”.

A extensão do Plano Nacional de Saúde para 2020 traça precisamente o combate à obesidade infantil como uma das principais metas, a par com a redução do tabagismo, com o aumento da esperança de vida saudável aos 65 anos e com o decréscimo da mortalidade antes dos 70 anos (mortalidade prematura).

“Estão a fazer um bom progresso no que toca à esperança média de vida e à redução da mortalidade prematura. No entanto, como acontece em todo o mundo, as doenças crónicas não transmissíveis são um grande desafio, um grande problema, portanto, é preciso de continuar o nosso trabalho nessa área”, declarou Zsuzsanna Jakab, citada pela Agência Lusa.

Veja também, por nós publicado:

Plano Nacional de Saúde (PNS): Revisão e Extensão a 2020

Teste do Pezinho: Novo Material Informativo (Folhetos e Cartazes) – INSA

O Programa Nacional de Rastreio Neonatal tem novos materiais de informação destinados ao público. Folhetos e cartazes dão a conhecer a importância da realização do chamado teste do pezinho, procedimento que permite diagnosticar um conjunto de doenças graves ainda antes do aparecimento dos sinais clínicos, possibilitando o tratamento precoce.

Estes novos materiais informativos, distribuídos nas unidades de saúde onde o teste pode ser realizado (hospitais e centros de saúde), têm como objetivo informar os pais sobre o rastreio neonatal, o tipo de doenças que são diagnosticadas, como se deve proceder para realizar o teste e como obter os resultados. A cobertura do Programa é atualmente superior a 99% dos recém-nascidos, o que permite através do rastreio e da confirmação do diagnóstico, o encaminhamento dos doentes para a rede de Centros de Tratamento, sedeados em instituições hospitalares de referência, contribuindo para a prevenção de doenças e ganhos em saúde.

A realização do rastreio não é obrigatória e está dependente da decisão dos pais. Porém, dado que para todas as doenças estudadas existe tratamento, as vantagens para o bebé e para o ambiente em que está inserido são claras e evidentes. A não realização do rastreio não implica qualquer perda de direitos para o bebé e para os pais, sendo no entanto consensual as vantagens da sua realização.

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce iniciou-se em 1979, por iniciativa do Instituto de Genética Médica. Em outubro de 2006 o referido Instituto foi integrado no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), o que originou também a integração do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce nesta Instituição.

Mais informações sobre o Programa Nacional de Rastreio Neonatal aqui.

Veja aqui, em formato pdf, os novos folhetos e cartazes.

Artigo: Doseamento de Vitamina D em Produtos Lácteos Consumidos em Portugal – INSA

Em muitos países desenvolvidos tem-se verificado um crescimento da suplementação em vitamina D em vários produtos alimentares. Este facto está relacionado com a crescente deficiência desta vitamina, devido a fatores, como: alterações dos hábitos alimentares, estilo de vida com menos exposição solar, utilização de vestuário que cobre uma grande percentagem de pele, utilização de protetores solares, cor de pele (quantidade de melanina) e idade.

A deficiência em vitamina D pode originar inúmeros distúrbios na saúde, nomeadamente deformações na estrutura óssea, como raquitismo em crianças, redução da capacidade do organismo no combate a infeções e agravamento de doenças autoimunes.

O presente artigo, publicado na última edição do Boletim Epidemiológico “Observações”, apresentou como objetivo a determinação do teor de vitamina D em produtos lácteos disponíveis no mercado português de modo a contribuir para a avaliação da ingestão desta vitamina e estabelecer comparações com os valores apresentados nos respetivos rótulos.

O procedimento de determinação da vitamina D baseou-se na norma EN 12821, que apresenta um método de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) com quantificação através do método de padrão interno. Os compostos de vitamina D presentes nas várias amostras foram extraídos da matriz recorrendo a saponificação, extração líquido-líquido e concentração, e em seguida, isolados através de um método de HPLC semi-preparativa de fase normal.

Neste trabalho foram utilizados produtos lácteos existentes no mercado português em que a vitamina D foi adicionada pelos fabricantes (amostras fortificadas). As amostras, cujas caraterísticas são apresentadas no trabalho, foram adquiridas no ano de 2013 em hipermercados da região de Lisboa.

Autores: Diana Parreira, Maria Celeste Serra, Maria Graça Dias.

Leia aqui o artigo.

Alteração dos Elementos que Integram os Órgãos de Coordenação do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce – INSA

Artigo: “Avaliação do risco para a saúde pública resultante do contacto com águas recreativas e ornamentais” – INSA

A água é fundamental para a vida. Contudo, esta fonte de vida, quando não é devidamente tratada, pode veicular microrganismos responsáveis por doenças potencialmente letais como a cólera e a febre tifoide.

Os perigos decorrentes do contacto com microrganismos patogénicos não estão limitados às águas de consumo. O contacto com águas recreativas no ambiente natural (rios, praias) e humanizado (piscinas) também apresenta riscos.

Este trabalho, publicado na última edição do Boletim Epidemiológico “Observações”, teve como objetivo caraterizar a população de microrganismos presente em águas recreativas (piscinas) e ornamentais (lagos), bem como avaliar o risco para a saúde pública do contacto com as mesmas. As amostragens decorreram na região de Lisboa em 7 piscinas e 4 lagos de um parque entre dezembro 2014 e fevereiro de 2015.

Nos últimos anos o número de casos de infeções relacionadas com este tipo de águas tem aumentado. Não se sabe contudo se tal deriva de um melhor sistema de comunicação dos casos ocorridos ou de um aumento da virulência dos microrganismos ambientais.

A este último aspeto está intimamente associado o aumento do uso de antibióticos no tratamento de animais e na agricultura com a consequente disseminação no meio ambiente. Este processo permite a seleção de estirpes resistentes a antibióticos.

Autores: Vera Fernandes, Sérgio Paulino, Clélia Costa, João Carlos Rodrigues, Lúcia Reis, Isabel Nogueira, Patricia Carvalho, Aida Duarte, Luísa Jordão

Veja aqui este artigo.

“A gripe em Portugal: Análise Preliminar da Atividade Gripal 2014/2015” – INSA

« O Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG) integra as componentes clínica e laboratorial, permitindo a descrição da atividade gripal na população portuguesa através da determinação semanal da taxa de incidência de síndroma gripal (SG) e da identificação e caracterização das estirpes do vírus da gripe que circulam em cada inverno. A vigilância da gripe é realizada durante todo o ano, estando especialmente ativa entre os meses de outubro e maio, atualizando e disponibilizando semanalmente a informação relacionada com a atividade gripal, por forma a possibilitar orientações para as medidas de intervenção que conduzam à redução da morbilidade e mortalidade e prevenção da doença respiratória.

Na última edição do Boletim Epidemiológico Observações foi publicado o artigo “A gripe em Portugal: análise preliminar da atividade gripal 2014/2015”. Pretende-se, com este trabalho, divulgar a análise preliminar da atividade gripal em Portugal na época de 2014/2015 (entre 15 de setembro de 2014 e 20 de março de 2015).

Durante o período em estudo foram notificados casos de SG de acordo com a definição do European Centre for Disease Prevention and Control, i.e. início súbito dos sintomas e com a presença de pelo menos um sinal/sintoma sistémico e respiratório. As taxas de incidência semanais de SG foram calculadas com base nas notificações de SG enviadas ao Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge pela Rede Médicos- Sentinela, no âmbito da componente clínica do PNVG.

Autores: Pedro Pechirra, Paula Cristóvão, Inês Costa, Carla Roque, Paula Barreiro3, Sílvia Duarte, Ausenda Machado, Ana Paula Rodrigues, Baltazar Nunes, Raquel Guiomar. Publicação: Boletim Epidemiológico Observações n.º 12, trimestre abril-junho de 2015 »

Leia aqui o artigo.

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Tag Gripe

Bolsa de Gestão em Ciência e Tecnologia: “Gestão da Investigação em Saúde”

Data Limite : 07-07-2015

 

Atribuição de uma Bolsa de Gestão em Ciência e Tecnologia
Refª: BGCT-EEAG/INSA-ID-2015

EDITAL

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Gestão em Ciência e Tecnologia  – 1 vaga – a candidatos (M/F), para formação especializada no domínio da gestão da ciência e tecnologia na área das ciências biomédicas, no âmbito do projeto “Gestão da Investigação em Saúde”, co-financiada pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEAGrants) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I.P. Fase de Candidatura: 23-06-2015 a 07-07-2015.

As condições de Abertura da Bolsa são as seguintes:

Área Cientifica Genérica: Ciências biológicas

Área Científica Especifica: Biologia

Requisitos de Admissão: Os candidatos devem ser licenciados em Biologia;

Requisitos Preferenciais: Doutoramento em Biologia; Experiência na administração pública em gestão de projetos de investigação na área da saúde, de financiamento nacional e europeu (7º Programa Quadro/ Horizonte 2020/EEAGrants/FCT, etc.), com experiência mínima de 6 anos; Experiência de acompanhamento na elaboração de candidaturas a nível nacional e europeu; Experiência na preparação e implementação de concursos de projetos de Investigação; Experiência de assessoria de direção nas matérias de investigação em saúde e de aspectos éticos da investigação em saúde; Conhecimento dos procedimentos da administração pública, nomeadamente ao nível da contratação pública e das normas contabilísticas e financeiras, bem como conhecimentos de sistemas informáticos de contabilidade do Ministério da Saúde e de gestão de aquisições; Experiência de trabalho em ambiente internacional e  motivação para o trabalho em equipa; Excelente domínio da língua inglesa (falada e escrita no registo institucional); Competências ao nível de planeamento, organização, autonomia e liderança de equipas.; Boa capacidade de comunicação e de execução de trabalho sob pressão;

Plano de trabalhos: Formação especializada no domínio da gestão de ciência e tecnologia nas áreas das Ciências Biomédicas, nomeadamente através da prestação de apoio aos investigadores na concepção das candidaturas de projectos de investigação, bem como, na sua gestão e acompanhamento. Identificação de possíveis fontes de financiamento para as várias áreas de investigação no Instituto e de eventuais parceiros, nacionais e internacionais, para futuras colaborações. Dar assessoria ao Conselho Diretivo em matérias de investigação em saúde, bem como apoio ao nível da Comissão de Ética.

Legislação e regulamentação: Estatuto do Bolseiro de Investigação, aprovado pela Lei Nº. 40/2004, de 18 de Agosto, na redação dada pela Lei n.º 12/2013, de 29 de janeiro. O Regulamento de Bolsas Ricardo Jorge, publicado no Diário da República – II Série, aviso n.º 7344/2005 (2ª série), de 17 de agosto de 2005, E ainda, supletivamente, o Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. (aprovado pelo Regulamento n.º 234/2012, de 25 de junho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 12, devidamente atualizado). A DGRH-Bolsas assume as competências do Núcleo do Bolseiro, cujas regras básicas de funcionamento, são entre outras: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas funciona, nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado, nesta Instituição. Os Bolseiros devem ainda respeitar e sem prejuízo de outra legislação em vigor, as regras de funcionamento interno da Instituição.

Local de trabalho: O trabalho será desenvolvido na sede do INSA, em Lisboa, sob a orientação do Doutor José Maria Albuquerque, Vogal do Conselho Diretivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Duração da bolsa: A bolsa terá a duração de 12 (doze) meses, com início previsto para 10 de Agosto de 2015, com possibilidade de renovação por períodos sucessivos de 12 meses, até ao limite máximo de 72 meses.

Valor do subsídio de manutenção mensal: O montante da bolsa é conforme  a tabela de valores para bolsas nacionais atribuídas pela FCT constante no regulamento de bolsas de investigação, disponível em http://www.fct.pt/apoios/bolsas/valores. Excepcionalmente poderá ser atribuida majoração. O Bolseiro usufrui, ainda, de Seguro Social Voluntário e de um Seguro de Acidentes Pessoais ou equivalente.

Métodos de seleção: A avaliação será atribuída numa escala de 0 a 20 valores e incidirá na apreciação da formação académica e experiência profissional.

Composição do Júri de Selecção: O Júri é constituído pelo Doutor José Maria Albuquerque, Vogal do Conselho Diretivo e Investigador, (Presidente do Júri),e Doutor Carlos Matias Dias (Assistente Graduado da Especial Carreira Médica) e Doutora Astrid Moura Vicente (Investigador Principal), vogais efetivos. A Doutora Mafalda Bourbon (Investigadora Auxiliar) e a Doutora Paula Palminha (Investigadora Auxiliar), vogais suplentes.

Forma de publicitação: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio eletrónico com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, os candidatos consideram-se automaticamente notificados para consultar o processo, se assim o desejarem, e pronunciarem-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação e comunicar a data do início efetivo. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido equivale à renúncia da bolsa: Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo candidato, de acordo com a lista ordenada dos candidatos elaborada pelo júri do concurso e a constar em Acta. A lista de classificação final será afixada na, Direção de Recursos Humanos, Piso 2, no edifício principal, INSA – Lisboa.

Prazo de candidatura e forma de apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas através do envio de carta de candidatura acompanhada dos seguintes documentos:

  1. Certificados de habilitações de todos os graus académicos obtidos, com média final e com as classificações em todas as disciplinas realizadas;
  2. Plano de trabalhos a desenvolver;
  3. Curriculum vitae do candidato;
  4. Curriculum vitae resumido do orientador incluindo lista de publicações e criações científicas e experiência anterior de orientação e ou enquadramento de bolseiros

As candidaturas deverão ser enviadas por correio ou entregues no Expediente, na morada abaixo indicada, até à data limite de 07-07-2015:

Área de Apoio à Investigação
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Av. Padre Cruz | 1649-016 Lisboa | Portugal
Tel.: (+351) 217 519 200 | (+351) 217 508 126

Comunicação dos resultados aos candidatos: Os resultados do concurso, serão comunicados aos candidatos através correio eletrónico e afixados num dos placards do corredor da Direção de Gestão de Recursos Humanos, do INSA, I.P.. Após o envio de correio eletrónico a cada candidato, cuja data contará a partir da data do recibo de entrega do mesmo, considerar-se-á automaticamente notificado, podendo consultar o processo se assim o desejar e, pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação e comunicar a data de início efetivo da bolsa. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo qualificado, de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, e a constar em Ata.