Vacinação Contra a Gripe 2015 / 2016: Perguntas Frequentes e Respostas – INSA

Tem hoje início, dia 1 de outubro, a vacinação contra a gripe. A toma desta vacina é fortemente recomendada aos seguintes grupos:

  • Pessoas com idade igual ou superior a 65 anos;
  • Doentes crónicos e imunodeprimidos (a partir dos 6 meses de idade);
  • Grávidas;
  • Profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados (em lares de idosos, por exemplo);

Recomenda-se, ainda, às pessoas com idade entre os 60 e os 64 anos que tomem a vacina.

O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem este ano cerca de 1,2 milhões de doses de vacinas para distribuição gratuita. A sua administração é gratuita para cidadãos com 65 e mais anos de idade, para as pessoas vulneráveis residentes ou internadas em instituições, sem necessidade de receita médica ou de pagamento de taxa moderadora.

O Instituto Nacional de Saúde doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge) coordena Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG), o qual integra as componentes clínica e laboratorial, permitindo a descrição da atividade gripal na população portuguesa através da determinação semanal da taxa de incidência de síndroma gripal (SG) e da identificação e caracterização das estirpes do vírus da gripe que circulam em cada inverno.

A vigilância da gripe é realizada durante todo o ano, estando especialmente ativa entre os meses de outubro e maio, atualizando e disponibilizando semanalmente a informação relacionada com a atividade gripal, por forma a possibilitar orientações para as medidas de intervenção que conduzam à redução da morbilidade e mortalidade e prevenção da doença respiratória.

A partir de hoje dar-se-á início à publicação do Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe. A monitorização da atividade gripal efetuada pelo Instituto Ricardo Jorge está disponível aqui.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

O que é a gripe o porque deve tomar-se a vacina?

A gripe é uma doença contagiosa que, na maioria das situações, cura espontaneamente. No entanto, podem ocorrer complicações, particularmente em pessoas com determinadas doenças crónicas ou com 65 ou mais anos de idade.

Uma vez que os vírus da gripe estão em constante alteração e a imunidade provocada pela vacina não é duradoura, as pessoas com indicação para vacinação devem fazê-lo anualmente. Assim, a vacinação é a melhor prevenção, sobretudo em relação às complicações graves da doença.

A vacina é gratuita?

A vacina contra a gripe é gratuita para todas as pessoas com 65 ou mais anos e está disponível nos centros de saúde. Não necessita de receita médica ou de guia de tratamento para ser administrada nem está sujeita ao pagamento de taxa moderadora.

Se tem 65 ou mais anos de idade basta que contacte o centro de saúde, à semelhança do que sucede com as vacinas do Programa Nacional de Vacinação. A vacina também é gratuita para pessoas residentes em instituições, internados na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, doentes em diálise crónica e pessoas recetoras de transplante. Para dar resposta a estas situações, os centros de saúde dispõem de mais de 1 milhão de vacinas adquiridas pelo SNS.

Os cidadãos não abrangidos pela vacinação gratuita podem adquirir a vacina na farmácia, sendo necessária receita médica e beneficiando de uma comparticipação de 37%. As receitas médicas nas quais seja prescrita, exclusivamente, a vacina contra a gripe, emitidas a partir de 1 de julho de 2015, são válidas até 31 de dezembro de 2015.

Quando deve ser tomada a vacina?

A vacinação decorre a partir de outubro e deve ser feita preferencialmente até ao fim do ano, mas pode ser administrada durante todo o outono e inverno.

Que outras medidas de prevenção da gripe posso tomar para além da vacinação?

São, também, consideradas essenciais as medidas que reforcem a higiene das mãos e as regras de etiqueta respiratória como tossir ou espirrar para um lenço descartável ou para o antebraço.

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Artigo: Ocorrência e Disseminação da Microalga Gonyostomum Semen em Albufeiras – INSA

Microalga Gonyostomum semen

Gonyostomum semen é uma microalga flagelada presente em lagos distróficos da Fenoscandinávia que nos últimos 40 anos tem vindo a expandir-se a lagos e a albufeiras não distróficos situados no norte e centro da Europa. Com a capacidade de dominar em pouco tempo a comunidade fitoplanctónica, a G. semen consegue produzir densas florescências principalmente durante a época estival.

A produção de florescências por parte desta microalga possui um impacto profundo na qualidade das águas para uso recreativo e para consumo humano. A G. semen presente em águas de uso recreativo produz filamentos de mucilagem que se agarram à pele dos banhistas, provocando prurido e irritações cutâneas. A presença de grandes quantidades de mucilagem na água para consumo humano afeta a eficiência das estações de tratamento, causando a colmatação dos sistemas de filtros e produzindo odor e sabor desagradáveis na água.

Com o intuito de descrever a deteção de G. semen em amostras de água doce colhidas em albufeiras portuguesas e de apresentar os dados preliminares relativos à sua distribuição geográfica em território continental, Sérgio Paulino, Arminda Vilares e Elisabete Valério, do Laboratório de Biologia e Ecotoxicologia, da Unidade de Água e Solo, Departamento de Saúde Ambiental, do Instituto Ricardo Jorge, elaboraram um artigo tendo como base as amostras analisadas entre os anos de 2009 e de 2014.

Veja aqui o artigo

Comunicado Conjunto Sobre Botulismo Alimentar – DGS / INSA / DGAV / ASAE

Comunicado Conjunto da Direção-Geral da Saúde, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária e da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.

Veja aqui o Comunicado

« O botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.

No mês de setembro de 2015 foram notificados três casos de botulismo alimentar, confirmados laboratorialmente, não tendo sido registado nenhum óbito.

Na sequência da investigação epidemiológica, ainda em curso, foi possível determinar que a origem destes casos de doença está associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados apenas com a seguinte marca comercial:

Os produtos referidos podem ter sido distribuídos e comercializados em diversos pontos do país, podendo encontrar-se na posse dos consumidores, considerando que é frequente a congelação doméstica dos mesmos.

Como resultado da avaliação de risco efetuada pelas Direção-Geral da Saúde, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, foi decidido à luz dos princípios da prevenção e precaução, bem como de defesa do consumidor:

  1. Retirada imediata dos produtos à base de carne e dos queijos, da marca comercial “Origem Transmontana”, dos circuitos de distribuição e comercialização;
  2. Informação à população para que os produtos adquiridos, à base de carne e os queijos, da marca comercial “Origem Transmontana”, não sejam consumidos.

As autoridades competentes mantêm-se atentas e em articulação na resolução desta situação.

Lisboa, 26 de setembro de 2015

Direção-Geral da Saúde
Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
Autoridade de Segurança Alimentar e Económica
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge »

Veja aqui o Comunicado

Informação do Portal da Saúde:

DGS alerta que foram registados três casos de botulismo alimentar, em setembro. Produtos suspeitos retirados do mercado.

De acordo com o comunicado conjunto, emitido no sábado, 26 de setembro, da Direção-Geral da Saúde (DGS), Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, no mês de setembro de 2015 foram notificados três casos de botulismo alimentar, confirmados laboratorialmente, não tendo sido registado nenhum óbito.

O botulismo alimentar é uma doença grave, de evolução aguda, com sintomas digestivos e neurológicos, resultante da ingestão de diversos tipos de alimentos, contendo toxinas formadas pelo Clostridium botulinum no próprio alimento.

Na sequência da investigação epidemiológica ainda em curso, foi possível determinar que a origem destes casos de doença está associada à ingestão de produtos alimentares fumados (alheiras), comercializados apenas com a marca comercial: “Origem Transmontana”.

Os produtos referidos podem ter sido distribuídos e comercializados em diversos pontos do país, podendo encontrar-se na posse dos consumidores, considerando que é frequente a congelação doméstica dos mesmos.

Como resultado da avaliação de risco efetuada pelas DGS, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, foi decidido à luz dos princípios da prevenção e precaução, bem como de defesa do consumidor:

1. Retirada imediata dos produtos à base de carne e dos queijos, da marca comercial “Origem Transmontana”, dos circuitos de distribuição e comercialização;

2. Informação à população para que os produtos adquiridos, à base de carne e os queijos, da marca comercial “Origem Transmontana”, não sejam consumidos.

As autoridades competentes mantêm-se atentas e em articulação na resolução desta situação.

Hipercolesterolemia Familiar (FH) – Perguntas Frequentes – INSA

Mafalda Bourbon, investigadora Instituto Ricardo Jorge

O que é a Hipercolesterolemia familiar (FH)?

A FH é uma doença genética do metabolismo do colesterol. Doentes com FH apresentam valores muito altos de colesterol (nas crianças acima dos 260mg/dl e nos adultos acima dos 290mg/dl). Os outros parâmetros ligados às gorduras do sangue, nomeadamente os triglicéridos, encontram se dentro dos valores normais (menores que 150 mg/dl). Faz parte do diagnostico clínico destes doentes perguntar se na família há outras pessoas com níveis muito elevados de colesterol, pois sendo uma doença genética, ou seja familiar, só existindo história familiar de hipercolesterolemia é que se dá o diagnostico clínico de FH (pelo menos um dos pais deve ter colesterol muito alto sem medicação).

Qual o modo de transmissão da FH?

A FH é transmitida de pais para filhos. A FH é uma doença autossómica dominante, o que quer dizer que basta herdar a doença do pai ou da mãe para ter a doença.

Cada filho de uma pessoa com FH tem 50% de probabilidade de ter FH, ou seja, tem 50% de probabilidade de herdar o gene com a mesma mutação do pai ou mãe afetado. Quando se herda uma mutação do pai ou da mãe diz-se que essa pessoa tem FH heterozigótica.

Quando ambos os pais têm FH, os filhos deste casal têm 25% de probabilidade de herdar uma mutação do pai e outra da mãe e ter FH homozigótica, a forma mais grave doença. Um casal com FH deve ir a uma consulta de aconselhamento genético antes de pensar em ter filhos. Como a FH homozigótica é rara, normalmente quando se fala de FH refere-se quase sempre à forma heterozigótica.

Qual o tratamento mais adequado para alguém que tenha esta doença?

Os especialistas recomendam que haja um cuidado especial com a alimentação, nomeadamente uma redução de todos os alimentos que contenham gorduras, e aumento do exercício físico a partir dos dois anos de idade. Nas crianças há medicamentos chamados “resinas” que são indicados para crianças pequenas, mas que não são geralmente bem tolerados.

O tratamento mais utilizado na FH é a prescrição de uma classe de medicamentos chamada estatinas. O tratamento farmacológico com estatinas, se for necessário, é recomendado a partir dos oito anos de idade para doentes com FH.

Qual a importância da identificação precoce da FH?

Apesar de ser uma doença grave, a FH tem tratamento. Assim quanto mais precocemente for identificada, mais cedo se inicia a alteração nos estilos de vida e o tratamento farmacológico logo que seja indicado.

Desta forma é possível  reduzir o elevado risco cardiovascular destes doentes. Ou seja, é possível ao manter os níveis de colesterol dentro da normalidade evita-se o desenvolvimento da doença cardiovascular, prevenindo o Enfarte Agudo do Miocárdio, que é a pior consequência desta doença.

Onde se realiza o teste genético?

Em Portugal o teste genético realiza-se no Instituto Ricardo Jorge, pioneiro neste campo e o qual mantém uma equipa de investigação dedicada ao estudo desta doença. Há também, naturalmente, laboratórios privados que realizam este teste.

Bolsa de Investigação Científica: Projeto “National Serological Survey in Portugal 2015-2016” – INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), Departamento de Epidemiologia e Departamento de Doenças Infeciosas, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Científica – 1 vaga – a candidatos (M/F), no âmbito do Projeto “National Serological Survey in Portugal 2015-2016”, designado por “ISN 2015-16”, cofinanciado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2009-2014.

Saiba mais…

17-09-2015 
 BOLSA DE INVESTIGAÇÃO NO ÂMBITO DO PROJETO “INQUÉRITO SEROLÓGICO NACIONAL”
Data Limite : 30-09-2015

Anúncio para atribuição de uma Bolsa de Investigação
no âmbito do Projeto Inquérito Serológico Nacional
Refª: ISN/2015/BIC/05

EDITAL

 

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), Departamento de Epidemiologia e Departamento de Doenças Infeciosas, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Científica – 1 vaga – a candidatos (M/F), no âmbito do Projeto “National Serological Survey in Portugal 2015-2016”, designado por “ISN 2015-16”, cofinanciado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu 2009-2014.

Fase de Candidatura: 17.09.2015 a 30.09.2015

As condições de Abertura da Bolsa são as seguintes:

Área Cientifica: Estatística

Requisitos de Admissão: Licenciatura em Estatística (obrigatório);

Requisitos Preferenciais:

  • Experiência comprovada no desenvolvimento de bases de dados;
  • Experiência comprovada no desenvolvimento de sistemas de colheita de dados (eg RedCAP);
  • Experiência comprovada no planeamento e execução da análise de dados de estudos epidemiológicos;
  • Excelente domínio dos programas estatísticos R e STATA ou SPSS;
  • Excelentes conhecimentos da língua Inglesa (escritos e orais) e língua Portuguesa nativa (prioridade elevada);
  • Bons conhecimentos de informática na ótica do utilizador, nomeadamente Microsoft Office incluindo Access;
  • Facilidade de comunicação de conceitos e metodologias da área a outras áreas disciplinares (a não Estatistas);
  • Elevado sentido de responsabilidade;
  • Facilidade de relacionamento, comunicação e trabalho em equipa;
  • Disponibilidade imediata;
  • Disponibilidade para viajar no âmbito de atividades inerentes e financeiramente suportadas pelo projeto.

Plano de trabalhos: Desenho da base de dados e seu desenvolvimento; desenvolvimento de um sistema de colheita de dados em RedCAP; desenvolvimento do plano de análise de dados; validação das bases de dados; análise estatística; colaboração na elaboração dos relatórios de progresso e científicos, comunicações e artigos científicos.

Legislação e regulamentação aplicável: O Estatuto do Bolseiro de Investigação, aprovado pela Lei nº 40/2004, de 18 de Agosto, na redação dada pela Lei n.º 12/2013, de 29 de janeiro e do Regulamento de Bolsas Ricardo Jorge, publicado no Diário da República – II Série, aviso n.º 7344/2005, de 17 de agosto, e ainda subsidiariamente é aplicável o Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e Tecnologia, I.P. (FCT I.P.), aprovado pelo Regulamento nº 234/2012, publicado na II Série do Diário da República de 25 de junho de 2012, alterado e republicado pelo Regulamento nº 326/2013, publicado na II Série do Diário da República de 27 de julho de 2013 e alterado pelo Regulamento nº 339/2015, publicado na II Série do Diário da República de 17 de junho de 2015, sem prejuízo de outra legislação em vigor e das regras de funcionamento interno da Instituição.

Ainda, de acordo com o Regulamento n.º 234/2012, de  25 de Junho, artigo 38.º, em cada entidade de acolhimento deve existir um núcleo de acompanhamento dos bolseiros, sendo que no INSA, I.P., é a DGRH-Bolsas que assume as competências do Núcleo do Bolseiro, e cujas regras básicas de funcionamento são: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas pode ser contatada nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado nesta Instituição.

Local de trabalho: O trabalho será desenvolvido no Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge – Sede, havendo a necessidade de realizar deslocações frequentes a qualquer ponto do país no âmbito do projeto.

Orientação Científica: O trabalho será efetuado sob a orientação cientifica do Doutor Baltazar Nunes do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.

Duração da bolsa: A bolsa será atribuída pelo prazo de 6 meses, com inicio previsto a 1 de novembro de 2015, em regime de exclusividade, eventualmente renovável até ao limite de duração do projeto cuja data de término se prevê a 30.04.2016, conforme regulamentação supramencionada, nomeadamente o Estatuto do Bolseiro de Investigação (Lei n,º 40/2004, de 18 de Agosto).

Valor do subsídio de manutenção mensal: De acordo com a tabela de valores para bolsas nacionais atribuídas pela FCT constante no regulamento de bolsas de investigação. Excecionalmente poderá ser atribuída majoração. O Bolseiro usufrui, ainda, de Seguro Social Voluntário (1º escalão) e de um Seguro de Acidentes Pessoais ou equivalente.

Métodos de seleção: O processo de avaliação inclui duas fases: avaliação curricular (caráter eliminatório) e entrevista, parte da qual desenvolvida em inglês. À avaliação curricular será atribuída classificação numa escala de 0 a 20 valores. Só serão chamados a entrevista, através da comunicação por email, os candidatos que obtiverem uma pontuação igual ou superior a 12 valores na avaliação curricular. A ponderação para a avaliação final é de 60% e 40% para a avaliação curricular e entrevista, respetivamente.

Composição do Júri de Seleção: O Júri é constituído pelo Doutor Baltazar Nunes, investigador auxiliar do Instituto Ricardo Jorge (presidente do Júri), pela Doutora Maria José Borrego, investigadora auxiliar do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Ricardo Jorge e pela Doutora Sónia Namorado, bolseira do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge (vogais efetivos). A Doutora Ana Paula Gil e a Doutora Marta Barreto, bolseiras do Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge, serão vogais suplentes.

Prazo e forma de apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas, obrigatoriamente, através do envio de carta de candidatura acompanhada dos seguintes documentos: Curriculum Vitae detalhado, certificado de habilitações e outros documentos comprovativos considerados relevantes. Tanto a carta de candidatura como o Curriculum Vitae devem ser apresentados em inglês.

As candidaturas deverão ser enviadas por e-mail ou por correio (até à data limite de 30.09.2015) para o seguinte endereço:

Baltazar Nunes
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Departamento de Epidemiologia
Avenida Padre Cruz | 1649-016 Lisboa | Portugal
Email: baltazar.nunes@insa.min-saude.pt

Os candidatos que enviem as candidaturas por email devem conservar o recibo de entrega e/ou leitura como comprovativo de receção.

Forma de publicitação/notificação dos resultados: Comunicação dos resultados aos candidatos e outras informações: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio eletrónico, com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, considerar-se-á automaticamente notificado para consultar o processo se assim o desejar e pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias úteis. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação e comunicar a data de início efetivo da bolsa. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo qualificado (e assim sucessivamente) de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, a constar em Ata. A lista final de classificação será afixada em local visível, na Ala da Direção de Gestão de Recursos Humanos, piso 2, deste Instituto.

Simpósio Segurança e Saúde no Trabalho a 27 de Outubro em Lisboa – INSA

Sensibilizar os profissionais para a necessidade do cumprimento das boas práticas no local de trabalho e aprofundar a discussão em torno de aspetos críticos essenciais à promoção da qualidade de vida no trabalho e ao bem-estar do indivíduo. São estes os principais objetivos do simpósio  que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu serviço de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, vai realizar, dia 27 de outubro, nas suas instalações em Lisboa.

Intitulado “As condições de trabalho e a qualidade de vida no quotidiano: o contributo da Segurança e Saúde no Trabalho”, o evento tem como destinatários profissionais de saúde e outros interessados na temática da Higiene, Segurança e Saúde no trabalho. Os interessados em participar devem efetuar a sua inscrição, no valor de 40€, até 12 de outubro, através do preenchimento de formulário de inscrição online.

programa do simpósio encontra-se divido em quatro painéis: Painel 1 – Risco no local de trabalho; Painel 2 – Avaliação e gestão do risco em contexto laboratorial; Painel 3 – Controlo de infeção; Painel 4 – Condições de trabalho: stress no dia-a-dia. Para mais informações, consultar aplataforma de e-Learning do Instituto  Ricardo Jorge ou utilizar os seguintes contactos:(+351) 217 508 133 / 42 ou formamais@insa.min-saude.pt

Artigo INSA: Tularémia: Uma Zoonose Emergente?

Causada pela bactéria Francisella tularensis, a tularémia é uma zoonose que pode ser encontrada nos lagomorfos e roedores, sendo estes animais considerados potenciais causadores de risco de transmissão ao Homem, quer por contacto direto quer através dos vetores como carraças e mosquitos. A espécie F. tularensis é a mais patogénica do géneroFrancisella e engloba três subespécies (F. tularensis subsp. tularensis, F. tularensis subsp.holarctica e F. tularensis subsp. mediasiatica).

A principal via de transmissão de infeção para o Homem é a cutânea, mas também podem ocorrer por outras vias como a conjuntiva ocular, as mucosas da boca e nariz e a gastrointestinal. A tularémia tem um período de incubação de três a cinco dias e a doença manifesta-se por febre (38-40ºC), cefaleias, fadiga, mialgias e arrepios de frio. Estão descritas várias formas clínicas de tularémia: ulceroglandular, glandular, oculoglandular, orofaríngea, pneumónica, tifoidal e séptica. As duas primeiras são as mais comuns e encontram-se frequentemente associadas à picada de artrópodes ou ao contato com animais infetados.

Com o objetivo de esclarecer a prevalência desta doença em Portugal, o Laboratório Nacional de Referência de Doenças Infeciosas Transmitidas por Vetores e a Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação, do Departamento de Doenças Infeciosas do Instituto Ricardo Jorge, elaboraram um estudo para avaliar a frequência de F. tularensis em amostras humanas, artrópodes vetores e potenciais reservatórios como os lagomorfos silvestres no período compreendido entre 1 de janeiro de 2011 e 15 de junho de 2015.

Durante o estudo foram analisadas 5372 amostras, das quais 93 foram provenientes de humanos, 237 carraças, 4949 mosquitos e 93 amostras de lagomorfos. Todas as amostras analisadas provenientes de humanos assim como os mosquitos analisados deram resultado negativo. Das 237 carraças analisadas, 15 espécimens (6.33%) revelaram a presença de F. tularensis subsp. holarctica. Quanto à análise efetuada às amostras de lagomorfos verificou-se que seis (6.45%) foram positivas.

Poderá ficar a saber mais sobre este estudo, realizado por Carina Carvalho, Sofia Núncio, Isabel Lopes de Carvalho, aqui