Esclarecimento Sobre Sarampo – DGS

Em relação à situação de sarampo em Portugal, a Direção-Geral da Saúde esclarece:

  1. Desde janeiro deste ano foram notificados 23 casos, dos quais 11 confirmados pelo Instituto Ricardo Jorge, e os restantes 12 ainda em fase de investigação;
  2. Hoje, pelas 18h30 horas, a Direção-Geral da Saúde emitirá um comunicado pormenorizado sobre este assunto;
  3. Alerta-se, desde já, para a necessidade dos pais vacinarem os seus filhos sem hesitação, uma vez que as vacinas estão disponíveis no País.
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Norma DGS: SARAMPO: Procedimentos em unidades de saúde – Programa Nacional Eliminação Sarampo

Norma digirida aos Médicos e Enfermeiros do Sistema de Saúde.

Norma nº 004/2017 DGS de 12/04/2017

SARAMPO: Procedimentos em unidades de saúde – Programa Nacional Eliminação Sarampo
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Informação do Portal SNS:

DGS alerta para necessidade de vacinação contra o sarampo

A Direção-Geral da Saúde (DGS) alerta para a necessidade dos pais vacinarem os seus filhos contra o sarampo sem hesitação, uma vez que as vacinas estão disponíveis no país.

De acordo com a DGS, desde janeiro foram notificados 23 casos de sarampo em Portugal, dos quais 11 confirmados pelo Instituto Ricardo Jorge, e os restantes 12 ainda em fase de investigação.

A DGS informa que ainda hoje, dia 17 de abril, dia 17 de abril, pelas 18h30, emitirá um comunicado pormenorizado sobre este assunto.

O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, podendo evoluir gravemente.

O sarampo foi eliminado em Portugal. No entanto, como as doenças e os vírus não conhecem fronteiras continua a haver risco de importação de casos de doença de outros países, podendo dar origem a casos isolados ou surtos, mesmo em países onde a doença foi eliminada.

A vacinação contra o sarampo que é gratuita. Se não está vacinado, vacine-se no centro de saúde!

Para saber mais, consulte:

Sarampo em Portugal: Casos de sarampo preocupam DGS. Vacina deve ser administrada!

O Diretor-Geral da Saúde, Francisco George, afirma que existe “uma grande preocupação” com os cinco casos de sarampo registados em Portugal, porque a doença estava eliminada do país “devido a um programa eficaz” de vacinação.

“Estamos realmente preocupados, porque o sarampo estava eliminado e tínhamos sido, até aqui, um país livre da doença, devido ao programa de vacinação, sobretudo das crianças, com uma vacina que deve ser administrada aos 12 meses de idade”, acrescentou o responsável.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) revelou, no dia 7 de abril, que Portugal regista, desde o início do ano, cinco casos de sarampo, um no Norte e quatro no Algarve, estes últimos detetados no mês de março, esclarecendo que os casos estão a ser investigados, porque é preciso perceber como é que as crianças, que não estavam vacinadas, adquiriram a doença.

Francisco George referiu que Portugal estava avisado para o surgimento de eventuais casos de sarampo, “depois de a Organização Mundial da Saúde ter comunicado que havia esse risco, quando identificou bolsas importantes da população que não vacinavam os seus filhos”.

“Apesar da pouca expressão de crianças não vacinadas em Portugal, estávamos avisados e numa posição muito atenta, com o reforço da vigilância”, sublinhou.

Segundo o Diretor-Geral da Saúde, a vacina é para ser administrada aos 12 meses de idade, com um reforço aos 5 anos, sendo muito eficaz na proteção do sarampo.

“O nosso apelo é para que todas as crianças destas idades tenham a vacina em dia e que os pais e mães não deixem de vacinar as crianças, porque não podem dispor do destino da saúde dos seus filhos, as crianças não podem ter a sua saúde exposta a riscos, porque não têm poder de decisão”, destacou.

Francisco George alertou ainda para o perigo que o sarampo representa, sendo uma das infeções virais mais contagiosas, cuja transmissão é feita à distância, por via aérea, através de gotículas ou aerossóis.

“Uma criança que tenha sarampo, antes mesmo de surgir a expressão cutânea, uma vermelhidão [as manchas vermelhas] que designamos por exantema, são manchas que acompanham um quadro respiratório catarral, o muco nasal, expetoração e outros sintomas como os olhos pegados”, indicou.

“A vacinação do sarampo começou há cerca de 35 anos e, portanto, são poucos os médicos que conhecem o sarampo. É, por isso, que estamos preocupados. Estamos a falar de uma doença que tinha um diagnóstico fácil quando era frequente”, concluiu o Diretor-Geral da Saúde.

Veja também:

Portal do SNS > Casos de Sarampo na Europa

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DGS recomenda a vacinação contra o sarampo

Na sequência do comunicado emitido pela Organização Mundial da Saúde, em 28 de março de 2017, alertando para a situação do sarampo em vários países da Europa, A Direção-Geral da Saúde relembra que a vacinação é a principal medida de prevenção contra esta doença.

O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, podendo evoluir gravemente.

O sarampo foi eliminado em Portugal. No entanto, como as doenças e os vírus não conhecem fronteiras continua a haver risco de importação de casos de doença de outros países, podendo dar origem a casos isolados ou surtos, mesmo em países onde a doença foi eliminada.

Assim, a Direção-Geral da Saúde recomenda a vacinação contra o sarampo que é gratuita.

Se não está vacinado vacine-se no Centro de Saúde

Comunicado DGS: Risco de Sarampo em Viagens e em Eventos Internacionais

Comunicado do Diretor-Geral da Saúde

Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre o risco de pessoas não protegidas contraírem sarampo através do contacto com pessoas doentes ou em período de incubação da doença, em viagens internacionais e em eventos onde se encontram cidadãos de vários países.

Veja aqui o Comunicado

Transcrevemos:

« Risco de sarampo em viagens e em eventos internacionais

O sarampo é uma das doenças infeciosas mais contagiosas, podendo provocar doença grave ou mesmo a morte. É evitável pela vacinação e está, há vários anos, controlado em Portugal uma vez que a grande maioria das pessoas está protegida por ter sido vacinada ou por ter tido a doença.

Continuam a ocorrer surtos/epidemias de sarampo na maioria dos países europeus e no continente americano, em crianças e adultos (com hospitalizações e mortes). Esta doença é frequente em muitos países de África e da Ásia.

Em viagens internacionais e em eventos onde se encontram cidadãos de vários países, existe o risco de pessoas não protegidas contraírem sarampo através do contacto com pessoas doentes ou em período de incubação da doença.

Se vai viajar ou participar num evento internacional, em Portugal ou no estrangeiro, pode estar em risco de contrair sarampo.

Assim, recomenda-se que, preferencialmente 4 a 6 semanas antes da viagem, verifique o seu Boletim Individual de Saúde (“Boletim de Vacinas”) e vacine-se se for necessário.

Para este efeito, consideram-se protegidas contra o sarampo as pessoas que tiveram a doença ou que possuem:

  • Com menos de 18 anos de idade – duas doses de vacina contra o sarampo (VASPR );
  • Com 18 anos de idade ou mais – uma dose de vacina contra o sarampo (VAS ou VASPR).

A vacinação contra o sarampo é efetuada, gratuitamente, nas unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde.

Em caso de dúvidas utilize a Linha Saúde 24 através do número 808 24 24 24.

Graça Freitas

Subdiretora-Geral da Saúde »

Artigo: Diagnóstico Laboratorial do Sarampo em Portugal 2011 – 2013 – INSA

 ARTIGO: DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DO SARAMPO EM PORTUGAL, 2011-2013

O Laboratório Nacional de Referência de Doenças Evitáveis pela Vacinação do Departamento de Doenças Infeciosas elaborou um estudo com o objetivo de descrever os casos prováveis de sarampo enviados ao Instituto Ricardo Jorge para confirmação laboratorial entre 2011 e 2013 em Portugal. Uma das conclusões aponta para a necessidade de se reforçar a vacinação em indíviduos adultos não imunes, nomeadamente em situações de deslocação ao estrangeiro.

Em Portugal, entre 2011 e 2013, o diagnóstico laboratorial confirmou oito dos 34 casos possíveis de sarampo (23.5%). Um caso (2,9%) sem confirmação laboratorial foi classificado como provável face à ligação epidemiológica a um caso confirmado.

Os casos notificados em 2011 e em 2013 foram importados e nenhum deu origem a casos secundários. Em 2012 houve três casos importados, tendo um deles sido responsável por um surto. Dos casos notificados, 75% (6/8) foram em indivíduos adultos e os restantes em crianças sem idade para serem vacinadas.

O sarampo é uma doença grave, altamente contagiosa causada por um vírus da família Paramyxovirinae. O vírus do sarampo transmite-se por via aérea, através de gotículas de aerossóis ou por contacto direto com as secreções respiratórias de indivíduos infetados. A infeção é adquirida ao nível do trato respiratório ou da conjuntiva.

Para conhecer melhor o trabalho de Paula Palminha, Elsa Vinagre, Rita Cordeiro, Carlos Ribeiro e Carla Roque, clique aqui.

O Problema Persistente do Sarampo na Europa

Sarampo

Em 25 de Fevereiro de 2015, a Organização Mundial de Saúde – Escritório Regional para a Europa exortou os decisores políticos, profissionais de saúde e pais para a  vacinação contra o sarampo entre os grupos etários de maior risco. Em 2014, 30 países da União Europeia/Espaço Económico Europeu relataram 3.616 casos de sarampo e entre os doentes com estado vacinal conhecido, 83,0% não tinham sido vacinados contra a doença.

Nos últimos cinco anos, a Europa tem experimentado o ressurgimento do sarampo e da rubéola, e com relato de surtos em diversos países. A título de exemplo, a Alemanha contabilizou já mais de 600 casos em 2015, no âmbito de um surto em curso em Berlim.

Nos últimos 10 anos, em média, 40% dos casos de sarampo na União Europeia verificaram-se em pessoas com mais de 14 anos de idade. Além disso, verificaram-se taxas de notificação elevadas em crianças com menos de um ano de idade (6,2% dos casos em 2014), uma faixa etária muito jovem para ser vacinada.

Saiba mais aqui (informação em inglês).