Bolsa de Investigação do Projeto “De pequenas moléculas bioativas a uma abordagem ÓMICA integrada” – INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Departamento de Saúde Ambiental, abre Concurso para atribuição de uma Bolsa de Investigação (BI), a candidatos (F/M), com o grau de Mestre, no âmbito do Projeto “De pequenas moléculas bioativas a uma abordagem ÓMICA integrada: Ferramentas de Espectrometria de Massa para a compreensão mecanística de propriedades farmacológicas e funcionais, toxicidade e respostas ao stress”, com a referência RECI/QEQ-MED/330/2012, com o apoio financeiro da FCT/MEC através de fundos nacionais (PIDDAC).

 BOLSA DE INVESTIGAÇÃO PROJETO “DE PEQUENAS MOLÉCULAS BIOACTIVAS A UMA ABORDAGEM ÓMICA INTEGRADA”
Data Limite : 24-12-2015

Anúncio para atribuição de Bolsa de Investigação

no âmbito do Projeto “De pequenas moléculas bioativas a uma abordagem ÓMICA integrada: Ferramentas de Espectrometria de Massa para a compreensão mecanística de propriedades farmacológicas e funcionais, toxicidade e respostas ao stress”
Ref.ª RECI/QEQ-MED/330/2012

EDITAL

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Departamento de Saúde Ambiental, abre Concurso para atribuição de uma Bolsa de Investigação (BI), a candidatos (F/M), com o grau de Mestre, no âmbito do Projeto com a referência RECI/QEQ-MED/330/2012, com o apoio financeiro da FCT/MEC através de fundos nacionais (PIDDAC), nas seguintes condições:

Área Cientifica: Biologia Celular

Requisitos de admissão: Mestrado em Ciências Farmacêuticas, Biologia, Química, Engenharia Química, Engenharia Biológica, ou área afim, com classificação de 2º ciclo igual ou superior a 15 valores.

Requisitos Preferenciais:

  • Dois ou mais anos de experiência pós-graduada em biologia celular (Cultura celular, Ensaios de citotoxicidade, Microscopia, Fracionamento de componentes celulares; Citometria de fluxo; Western-Blot);
  • Comprovado interesse e capacidade para seguir uma abordagem multidisciplinar;
  • Bom domínio da língua inglesa oral e escrita;
  • Disponibilidade imediata.

Plano de trabalhos: Avaliação dos mecanismos envolvidos na citotoxicidade de hidrocarbonetos policilicos aromáticos (PAHs) em linhas celulares humanas. O papel desempenhado pela morte celular induzida por necrose e apoptose serão investigados utilizando técnicas de microscopia de fluorescência, citometria de fluxo e western blot. A distribuição intracelular de reguladores destes processos será avaliada por técnicas de marcação antigénio-anticorpo analisadas por microscopia. A quantificação da concentração intracelular dos PAHs, e seus metabolitos, em geral ou em compartimentos celulares específicos (p.e. mitocôndrias) será efetuada por LC-MS/MS.  Apoio à elaboração de artigos e/ou comunicações científicas para divulgação dos resultados obtidos.

Legislação e regulamentação aplicável: Estatuto do Bolseiro de Investigação, aprovado pela Lei Nº. 40/2004, de 18 de Agosto, na redação dada pela Lei n.º 12/2013, de 29 de janeiro. O Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. (aprovado pelo Regulamento n.º 234/2012, de 25 de junho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 12, devidamente atualizado), e ainda o Regulamento de Bolsas Ricardo Jorge, publicado no Diário da República – II Série, aviso n.º 7344/2005 (2ª série), de 17 de agosto de 2005.

A DGRH-Bolsas assume as competências do Núcleo do Bolseiro, cujas regras básicas de funcionamento, são entre outras: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas funciona, nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado, nesta Instituição. Os Bolseiros devem ainda respeitar e sem prejuízo de outra legislação em vigor, as regras de funcionamento interno da Instituição.

Duração e Regime da Atividade: A bolsa terá a duração de 5 meses com início previsto para Janeiro de 2016, eventualmente renovável, conforme regulamentação supramencionada, nomeadamente o Estatuto do Bolseiro de Investigação (Lei n,º 40/2004, de 18 de Agosto) e decorrerá em regime de exclusividade.

Local de trabalho: As atividades serão desenvolvidas, maioritariamente, na Unidade de  Investigação & Desenvolvimento, do Departamento de Saúde Ambiental na sede do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, podendo haver necessidade de deslocações no âmbito do projeto.

Orientação Científica: O trabalho será coordenado pela Doutora Luísa Jordão, Investigadora Auxiliar Convidada, Departamento de Saúde Ambiental do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

Método de seleção: Serão excluídos os candidatos que não cumpram os requisitos obrigatórios e que não apresentem a documentação necessária. Os métodos e critérios de seleção e sua valoração são os seguintes:  Avaliação curricular (Formação académica) 50%; Experiência profissional e formação complementar até 25%; Experiência em investigação científica nas áreas relevantes para o projeto até 25%.  Em situação de empate os  candidatos/as poderão ser chamados a uma entrevista presencial, que não constitui um método de seleção e não é classificada, destinando-se apenas à obtenção de esclarecimentos sobre os currículos.

Constituição do Júri: Doutora Maria Luísa Forte Marques Jordão, Investigadora Auxiliar Convidada do Instituto Ricardo Jorge (presidente); Professora Doutora Maria Matilde Marques, Professora Associada do Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (vogal efetiva); Doutora Maria João Aleixo da Silva, Investigadora Auxiliar da Carreira de Investigação Científica do Instituto Ricardo Jorge (vogal efetiva); Doutora  Maria Henriqueta Dias Lourenço Garcia Louro (vogal suplente) e Mestre Maria Helena Cunha Cardoso Vaz Rebelo (vogal suplente).

Remuneração: De acordo com a tabela de valores para bolsas nacionais atribuídas pela FCT constante no regulamento de bolsas de investigação. O Bolseiro usufrui, ainda, de Seguro Social Voluntário e de um Seguro de Acidentes Pessoais ou equivalente.

Apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas, obrigatoriamente por correio eletrónico, através do envio de carta de motivação acompanhada dos seguintes documentos: identificação do(a) candidato(a) (nome completo, cartão de cidadão ou passaporte, morada, contacto de e-mail), Curriculum Vitae detalhado (Europass ou similar), certificados de habilitações com discriminação de disciplinas e classificações, comprovativos de estágios e/ou outras atividades desenvolvidas e ainda, pelo menos, um contato para obtenção de referências. Poderão ser também enviados outros documentos considerados relevantes pelo(a) candidato(a).

As candidaturas deverão ser enviadas por e-mail para:

Maria Luísa Jordão
E-Mail: maria.jordao@insa.min-saude.pt

Os(As) candidato(a)s devem conservar o recibo de entrega e/ou leitura como comprovativo de receção.

Data de início e de conclusão do prazo do Concurso: 11-12-2015 a 24-12-2015

Forma de publicitação/notificação dos resultados e outras informações: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio eletrónico, com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, considerar-se-á automaticamente notificado para consultar o processo se assim o desejar e pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias úteis, a contar da data de receção do email. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo qualificado (e assim sucessivamente) de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, a constar em Ata. O Júri do concurso reserva o direito de não atribuir a bolsa caso nenhum dos candidatos demonstre ter o perfil adequado para desenvolver o trabalho proposto.  A lista final de classificação será afixada em local visível, na Ala da Direção de Gestão de Recursos Humanos, piso 2, deste Instituto.

Folhetos Informativos – Perguntas Frequentes Sobre Gripe Sazonal, Cuidados a Ter, O Que Fazer

A gripe é uma doença aguda viral que afeta predominantemente as vias respiratórias e ocorre, geralmente, entre novembro e março, no hemisfério Norte, e entre abril e setembro, no hemisfério Sul, pelo que é designada por sazonal. Aqui ficam algumas das principais informações sobre uma das medidas mais eficazes para reduzir o risco de contrair esta doença: a vacinação.

A vacina contra a gripe funciona?
Sim. A vacinação reduz muito o risco de contrair a infeção e se a pessoa vacinada for infetada terá uma doença mais ligeira.

A vacina pode provocar a gripe?
Não. A vacina contra a gripe não contém vírus vivos, pelo que não pode provocar a doença. No entanto, as pessoas vacinadas podem contrair outras infeções respiratórias virais que ocorrem durante a época de gripe.

A vacina dá proteção a longo prazo?
Não, porque o vírus muda constantemente, surgindo novos tipos de vírus para os quais as pessoas não têm imunidade e a vacina anterior não confere proteção adequada. Além disso a imunidade conferida pela vacina não é duradoura.

Quem deve ser vacinado contra a gripe?
Devem ser vacinadas as pessoas que têm maior risco de sofrer complicações depois da gripe:

  • Pessoas com 65 e mais anos de idade, principalmente se residirem em instituições;
  • As pessoas com mais de 6 meses de idade que sofram de:
    • Doenças crónicas dos pulmões, do coração, dos rins ou do fígado;
    • Diabetes em tratamento (comprimidos ou insulina);
    • Outras doenças que diminuam a resistência às infeções.

Quem não deve ser vacinado contra a gripe?
As pessoas com alergia grave ao ovo ou que tenham tido uma reação alérgica grave a uma dose anterior de vacina contra a gripe.

Quando deve ser feita a vacinação?
A vacinação deve ser feita, preferencialmente até ao final do ano, podendo, no entanto, decorrer durante todo o Outono e Inverno.

Quem pode fazer a vacina gratuitamente?
As pessoas com 65 anos ou mais podem fazer a vacina gratuitamente nos centros de saúde, sem receita médica, guia de tratamento e sem pagar taxa moderadora. As pessoas pertencentes a grupos de risco residentes em instituições ou internadas também podem vacinar-se gratuitamente.

Onde se compra a vacina?
As pessoas com menos de 65 anos podem comprar a vacina nas farmácias com receita médica e é comparticipada.

Como se deve guardar a vacina?
Depois de comprada, a vacina deve ser administrada logo que possível. Se a levar para casa para administração posterior, a vacina deve ser conservada dentro da embalagem, no frigorífico, entre +2º e +8ºC (nas prateleiras do meio do frigorífico e não na porta).

Para saber mais sobre a gripe, consulte ainda os seguintes materiais informativos:

Folheto Informativo – Perguntas frequentes sobre gripe sazonal
Folheto Informativo – Cuidados a ter, o que fazer, perguntas e respostas

Fonte: Direção-Geral da Saúde / Microsite da Gripe

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Tag Gripe

Gripe: Perguntas Mais Frequentes – DGS / INSA

A gripe é, habitualmente, uma doença de curta duração (até 3 a 4 dias) com sintomas de intensidade ligeira ou moderada, evolução benigna e recupera­ção completa em uma ou duas semanas. Numa altura em que Portugal atravessa o habitual período sazonal desta doença, o Instituto Ricardo Jorge deixa-lhe algumas das perguntas e respostas mais frequentes sobre a gripe.

O que é a gripe?
A gripe é uma doença aguda viral. Afeta predominantemente as vias respiratórias.

Quais os sintomas/sinais da gripe?
No adulto, a gripe manifesta¬-se por início súbito de mal-estar, febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeça e tosse seca. Pode também ocorrer inflamação dos olhos.

Nas crianças, os sintomas dependem da idade. Nos bebés, a febre e prostração são as manifestações mais comuns. Os sintomas gastrintestinais (náuseas, vómitos, diarreia) e respiratórios (laringite, bronquiolite) são frequentes. A otite média pode ser uma complicação frequente no grupo etário até aos 3 anos. Na criança maior os sintomas são semelhantes aos do adulto.

Como se transmite a gripe?
O vírus é transmitido através de partículas de saliva de uma pessoa infetada, expelidas sobretudo através da tosse e dos espirros, mas também por contacto direto, por exemplo, através das mãos.

Qual a gravidade da gripe?
A gripe é, habitualmente, uma doença de curta duração (até 3 a 4 dias) com sintomas de intensidade ligeira ou moderada, evolução benigna e recuperação completa em 1 ou 2 semanas.

Nas pessoas idosas e nos doentes crónicos a recuperação pode ser mais longa e o risco de complicações é também maior, nomeadamente, pneumonia e/ou descompensação da doença de base (asma, diabetes, doença cardíaca, pulmonar ou renal).

Qual o período de incubação?
O período de incubação (tempo que decorre entre o momento em que uma pessoa é infetada e o aparecimento dos primeiros sintomas) é, geralmente, de 2 dias, mas pode variar entre 1 e 5 dias.

Qual o período em que uma pessoa infetada pode contagiar outras?
O período de contágio começa 1 a 2 dias antes do início dos sintomas e vai até 7 dias depois; nas crianças pode ser maior.

Se estiver com gripe, o que devo fazer?

  • Fique em casa, em repouso;
  • Não se agasalhe demasiado;
  • Meça a temperatura ao longo do dia;
  • Se tiver febre pode tomar paracetamol (mesmo as crianças). Não dê ácido acetilsalicílico às crianças;
  • Se está grávida ou amamenta não tome medicamentos sem falar com o seu médico;
  • Utilize soro fisiológico para a obstrução nasal;
  • Não tome antibióticos sem recomendação médica. Não atuam nas infeções virais, não melhoram os sintomas nem aceleram a cura;
  • Beba muitos líquidos: água e sumos de fruta;
  • Se viver sozinho, especialmente se for idoso, deve pedir a alguém que lhe telefone regularmente para saber como está.

Em que altura do ano é que surge a gripe?
A gripe ocorre, geralmente, entre Novembro e Março, no hemisfério Norte, e entre Abril e Setembro, no hemisfério Sul (meses frios locais), pelo que é designada por sazonal (relacionada com a estação do ano).

Só há gripe quando chove e está frio?
Não. Mesmo durante os Invernos mais amenos, menos frios e menos chuvosos, pode haver gripe.

O que é uma epidemia de gripe?
É a ocorrência de casos de gripe em número superior ao esperado numa determinada comunidade ou região.

A gripe e a constipação são a mesma doença?
Não. Os vírus que as causam são diferentes e, ao contrário da gripe, os sintomas/sinais da constipação são limitados às vias respiratórias superiores: nariz entupido, espirros, olhos húmidos, irritação da garganta e dor de cabeça. Raramente ocorre febre alta ou dores no corpo. Os sintomas e sinais da constipação surgem de forma gradual.

Como se diagnostica a gripe?
O diagnóstico é essencialmente clínico, através da identificação dos sintomas e sinais.

Como se evita a gripe?
A gripe pode ser evitada através da vacinação anual. Evitar o contacto com pessoas com a doença e lavar frequentemente as mãos ajudam a diminuir a probabilidade de contágio.

A vacina contra a gripe funciona?
Sim. A vacinação reduz muito o risco de contrair a infeção e se a pessoa vacinada for infetada terá uma doença mais ligeira.

Fonte: Direção-Geral da Saúde / Microsite da Gripe

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Tag Gripe

Instituto Ricardo Jorge Assegura Vigilância Epidemiológica da gripe Através de Programa Nacional

A gripe ocorre geralmente entre Novembro e Março, no hemisfério Norte, pelo que é designada por sazonal. Portugal está dentro do período sazonal atrás referido, pelo que se regista já atividade gripal, embora ainda sem grande significado e dentro de padrões considerados normais.

O Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG) assegura a vigilância epidemiológica da gripe em Portugal, através da integração da informação das componentes clínica e virológica, providenciando informação detalhada relativamente à atividade gripal que pretende suportar as entidades com poder de decisão em saúde pública. Este Programa é coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe (LNRVG) e em estreita colaboração com o Departamento de Epidemiologia (DEP) do Instituto, envolvendo também e a Direção-Geral da Saúde (DGS).

O PNVG integra as atividades do Programa Europeu de Vigilância da Gripe e outros Vírus Respiratórios, coordenado pelo ECDC, que cobre as áreas da vigilância da gripe sazonal humana, gripe pandémica e gripe de origem animal, assim como a vigilância de outros vírus respiratórios. O Programa tem como objetivos a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, identificando e caraterizando de forma precoce os vírus da gripe em circulação em cada época bem como a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública.

O PNVG tem ainda os seguintes objetivos específicos:

  • Descrição da epidemiologia da gripe;
  • Monitorização da intensidade, dispersão geográfica e evolução da epidemia de gripe;
  • Identificar os tipos e subtipos do vírus da gripe em circulação, determinação do fenótipo e genótipo, suscetibilidade aos antivirais, semelhanças com as estirpes vacinais recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS);
  • Monitorização da suscetibilidade da população (seroepidemiologia);
  • Monitorização do impacto da doença provocada pelo vírus da gripe e fatores de risco associados.

A integração das componentes de vigilância clínica e laboratorial assume uma elevada importância para o conhecimento da epidemiologia da gripe devido à natureza não específica da doença, uma vez que esta apresenta sinais e sintomas comuns a infeções respiratórias provocadas por outros agentes respiratórios virais. Desta forma é através da reunião da informação clínica e laboratorial que se obtém o verdadeiro retrato da epidemia gripal em cada época.

A componente laboratorial constitui um indicador precoce do início de circulação dos vírus influenza em cada época de vigilância e assegura a especificidade do sistema de vigilância. A informação da atividade gripal decorrente das atividades do PNVG é disponibilizada semanalmente através do Boletim de Vigilância da Gripe. No site da DGS, pode igualmente ser consultada a informação semanal atualizada sobre a atividade gripal.

PERÍODO DE VIGILÂNCIA
A vigilância da síndroma gripal, baseada exclusivamente no diagnóstico clínico, mantém-se ativa ao longo de todo o ano, sendo este aspeto especialmente relevante na eventualidade, da ocorrência de um surto fora da época, considerada habitual, para a atividade gripal (outubro a maio do ano seguinte). A vigilância virológica, e de base laboratorial, está ativa de outubro (semana 40) a maio (semana 20) do ano seguinte, sendo no entanto possível efetuar o diagnóstico do vírus da gripe em qualquer altura do ano.

O PNVG integra as componentes clínica e virológica para a descrição da atividade gripal em cada inverno. Para avaliar o impacto e severidade da epidemia de gripe estão igualmente associadas ao Programa as componentes de vigilância da gripe em unidades de cuidados intensivos e a vigilância da mortalidade por todas as causas.

Vigilância clínica: a componente clínica do PNVG, baseada exclusivamente no diagnóstico clínico, é suportada pela Rede Médicos-Sentinela e tem um papel especialmente relevante por possibilitar o cálculo de taxas de incidência permitindo descrever a intensidade e evolução da epidemia no tempo. Os Médicos-Sentinela notificam semanalmente ao Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge todos os novos casos de doença que ocorreram nos utentes inscritos nas respetivas listas, o que permite o cálculo das taxas de incidência.

Vigilância virológica: A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe. Constitui um indicador precoce do início de circulação dos vírus influenza em cada época de vigilância e assegura a especificidade deste sistema. Tem como objetivos a deteção e caraterização dos vírus da gripe em circulação através da análise laboratorial utilizando métodos clássicos de diagnóstico virológico e de biologia molecular.

Atualmente é operacionalizada pela Rede Médicos-Sentinela, pela Rede de Serviços de Urgência (SU), Serviços de Obstetrícia (GG) e pelo projeto EuroEVA (EE) que notificam casos de síndroma gripal e realizam igualmente a colheita de exsudado da nasofaringe que enviam ao Instituto Ricardo Jorge para análise laboratorial.

A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe colabora, desde 2009, de forma ativa para a vigilância da gripe em Portugal através do diagnóstico, notificação de casos e envio de vírus para caraterização fenotipica e genotipica.

O constante aperfeiçoamento do Sistema de Vigilância no âmbito do PNVG, resultante do empenho de todos os seus intervenientes, tem contribuído para uma melhor caraterização das epidemias de gripe que ocorrem no nosso País. Tal permite a emissão atempada de alertas à população e a disponibilização de informação de apoio à decisão das autoridades de saúde com vista a uma melhor gestão da procura dos serviços de saúde.

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Tag Gripe

Gratuito: Seminário “Geriatric Study In Portugal On Health Effects Of Air Quality In Elderly Care Centers” – INSA

Com o objetivo de apresentar as conclusões do estudo GERIA (Geriatric Study in Portugal on Health Effects of Air Quality in Elderly Care Centers), realiza-se, dia 11 de dezembro, no auditório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em Lisboa, o seminário final deste projeto de investigação científica. O evento, que tem entrada livre mediante inscrição prévia, será transmitido por videoconferência para as instalações do Instituto Ricardo Jorge no Porto.

Coordenado pelo Instituto Ricardo Jorge e pelo Instituto de Saúde Pública do Porto (ISPUP), o GERIA avaliou a ventilação e a qualidade do ar interior em equipamentos residenciais para pessoas idosas (ERPI) das cidades de Lisboa e do Porto, e o seu impacto na saúde respiratória dos idosos. Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o projeto foi desenvolvido em parceria com o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), a Faculdade de Ciência e Tecnologia (FCT-UNL) e a Nova Medical School (NMS-UNL).

Neste seminário serão apresentadas as conclusões do estudo e disponibilizada a publicação do projeto com as principais recomendações. A sessão contará com a participação de especialistas nas diversas vertentes do projeto e destina-se a um público técnico, aos responsáveis das ERPI envolvidas, às respetivas entidades tutelares e a todos os interessados nesta matéria.

O estudo GERIA surgiu de uma parceria entre engenheiros, técnicos especialistas em qualidade do ar interior e técnicos de saúde visando contribuir para a criação de espaços mais saudáveis e a consequente melhoria da qualidade de vida dos idosos residentes em ERPI. Para mais informações, consultar o site do projeto ou o programa do seminário.

Relatório do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce de 2014 – INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge divulga o relatório do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce referente ao ano de 2014, elaborado pela sua Comissão Executiva.

Consulte o Relatório PNDP 2014

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), conhecido também por “teste do pezinho”, tem como objetivo primário o rastreio neonatal de doenças cujo tratamento precoce permita evitar, nas crianças rastreadas, atraso mental, situações de coma e alterações neurológicas ou metabólicas graves e definitivas.

A Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética do Departamento de Genética Humana do Instituto Ricardo Jorge é o braço laboratorial do Programa. A Unidade funciona no seu Centro de Saúde Pública Doutor Gonçalves Ferreira no Porto e é composta pelos seguintes laboratórios: Laboratório Nacional de Rastreios, Laboratório de Metabolismo e Laboratório de Genética Molecular. Para além do rastreio, efetua-se aqui a confirmação bioquímica/enzimática e molecular das respetivas patologias.

Das principais atividades relacionadas com o desenvolvimento do Programa em 2014, destaca-se o seguinte:

  • São atualmente rastreados em Portugal o Hipotiroidismo Congénito e 24 Doenças Hereditárias do Metabolismo, com uma taxa de cobertura próxima dos 100%;
  • Foram detetados 83 casos de doença, mantendo-se a média da idade de início de tratamento nos 10 dias de vida;
  • Foi concluído o Estudo Piloto para o Rastreio Neonatal da Fibrose Quística em 80.000 recém-nascidos.

No relatório encontram-se detalhados todos os casos detetados, bem como os Centros de Tratamento em que estão a ser seguidos, sendo que pelo número de patologias rastreadas, tempo médio de início de tratamento e taxa de cobertura a nível nacional, o PNDP, existente desde 1979, pode ser considerado um dos melhores programas de rastreio neonatal da Europa, de eficácia comprovada.

Consulte o Relatório PNDP 2014

Consulte o Repositório Científico aqui.

Veja também:

Tag Diagnóstico Precoce

Alteração dos Elementos que Integram os Órgãos de Coordenação do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce – INSA

Programa Nacional de Diagnóstico Precoce – Relatório 2013 – INSA

Boletim Epidemiológico Observações, Trimestre Outubro – Dezembro de 2015 – INSA

Nova edição do Boletim Epidemiológico Observações, trimestre outubro -dezembro de 2015, já disponível para consulta.

Observações é uma publicação científica trimestral, editada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa.

Consulte aqui o Boletim Integral.

NESTE NÚMERO:

  • Editorial
    • Cooperação em Saúde no âmbito da CPLP – Dia do INSA 2015
  • Rastreio Neonatal
    • Programa Nacional de Diagnóstico Precoce: 35 anos de atividade (1979-2014)
  • Doenças Cardiovasculares
    • e_LIPID: caraterização do perfil lipídico da população portuguesa
  • Saúde Mental
    • Sofrimento psicológico na população portuguesa em 2004 e 2014: resultados do estudo ECOS
  • Doenças Infeciosas
    • Caraterização virológica dos vírus da gripe que circularam em Portugal na época 2014/2015
    • Febre Q: do diagnóstico à investigação ecoepidemiológica de Coxiella burnetii no contexto da infeção humana
  • Segurança Alimentar
    • Toxinfeções alimentares: da investigação à prevenção
  • Qualidade do Ar
  • Microbiologia do ar, 2010 – 2014: dados do Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO OBSERVACÕES

Volume 4 – Número 14, Outubro – Dezembro 2015
ISSN: 0874-2928 | ISSN: 2182-8873 (em linha)

© Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP

Observações é uma publicação científica trimestral, que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa.

Através do acesso público e gratuito a resultados científicos gerados por atividades de observação em saúde, monitorização e vigilância epidemiológica, é dada especial atenção à disseminação rápida de informação relevante para a resposta a temas de relevo para a saúde da população portuguesa, tendo como principal alvo todos os profissionais, investigadores e decisores intervenientes na área da Saúde Pública em Portugal.

Este Boletim enquadra-se na missão oficial do INSA, IP enquanto observatório nacional de saúde, a par das atividades como laboratório estratégico nacional, laboratório de Estado no sector da saúde e laboratório nacional de referência. Transversal aos Departamentos técnico-científicos do INSA, IP, o Boletim reúne textos sucintos sobretudo nos domínios de ação atribuídos por lei ao INSA, IP: Alimentação e Nutrição, Doenças Infeciosas, Genética Humana, Saúde Ambiental, Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis, Epidemiologia, Investigação em Serviços e Políticas de Saúde.

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Vol 4 – Número 14, Outubro- Dezembro 2015 

[PDF-boletim integral]                                                                                                                                                  Números anteriores 

 SUMÁRIO

_EDITORIAL

Cooperação em Saúde no âmbito da CPLP – Dia do INSA 2015
Fernando de Almeida
Médico especializado em Saúde Pública, Presidente do Conselho Diretivo do INSA

    [PDF]
_ARTIGOS BREVES
Rastreio Neonatal
1_

 

Programa Nacional de Diagnóstico Precoce: 35 anos de atividade (1979-2014)
Laura Vilarinho, Hugo Rocha, Carmen Sousa, Helena Fonseca, Lurdes Lopes, Ivone Carvalho,
Ana Marcão, Paulo Pinho e Costa
    [PDF]

 

Doenças Cardiovasculares
2_

 

e_LIPID: caraterização do perfil lipídico da população portuguesa
Cibelle Mariano, Marília Antunes, Quitéria Rato, Mafalda Bourbon
    [PDF]
Saúde Mental
3_ Sofrimento psicológico na população portuguesa em 2004 e 2014: resultados do estudo ECOS
Joana Santos, Ana João Santos, Carlos Matias Dias
    [PDF]
Doenças Infeciosas
4_ Caraterização virológica dos vírus da gripe que circularam em Portugal na época 2014/2015
Pedro Pechirra, Inês Costa, Paula Cristóvão, Carla Roque, Paula Barreiro, Sílvia Duarte,
Ausenda Machado, Ana Paula Rodrigues, Baltazar Nunes, Raquel Guiomar
    [PDF]
5_ Febre Q: do diagnóstico à investigação ecoepidemiológica de Coxiella burnetii no contexto
da infeção humana
Ana Sofia Santos
    [PDF]
Segurança Alimentar
6_ Toxinfeções alimentares: da investigação
Silvia Viegas, Luísa Oliveira, Luís Saboga Nunes, Lúcia Costa, Maria Antónia Calhau
    [PDF]
Qualidade do Ar
7_ Microbiologia do ar, 2010 – 2014: dados do Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade
Manuela Cano, Nuno Rosa, Helena Correia, Ana Paula Faria
    [PDF]
_NOTÍCIAS

INSA reacreditado pela OMS como laboratório de referência para vírus do Sarampo e da Rubéola

Cinco chaves para o cultivo de frutos e produtos hortícolas mais seguros

Boas práticas no combate às doenças crónicas identificadas a nível europeu

Jornadas doença evitáveis por vacinação

    [PDF]

 

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Ficha técnica

DIRETOR: Fernando de Almeida, Presidente do Conselho Diretivo do INSA
EDITORES: Carlos Matias Dias, Departamento de Epidemiologia | Elvira Silvestre, Biblioteca da Saúde
CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO: Carlos Matias Dias, Departamento de Epidemiologia | Luciana Costa, Departamento de Promoção da Saúde e
Prevenção de Doenças Não Transmissíveis | Manuela Caniça, Conselho Científico do INSA | Manuela Cano, Departamento de Saúde Ambiental |
Jorge Machado, Departamento de Doenças Infeciosas |  Peter Jordan, Departamento de Genética Humana | Sílvia Viegas, Departamento de
Alimentação e Nutrição

 

Veja também as outras publicações:

Boletim Epidemiológico Observações, Trimestre Julho – Setembro de 2015 – INSA

Boletim Epidemiológico Observações – Trimestre Abril-Junho de 2015 – INSA

Veja o n.º 11 do Boletim Epidemiológico “Observações” – INSA

Número Especial Dedicado à Saúde Ambiental – Boletim Epidemiológico Observações – INSA

Boletim Epidemiológico Observações Nº 10 – INSA

Boletim Epidemiológico Observações – Nº 9 Julho-Setembro 2014 – INSA