Implante pioneiro no SNS: CHP tem novo procedimento para insuficiência cardíaca

O Hospital de Santo António, integrado no Centro Hospitalar do Porto (CHP),  implantou, no dia 6 de outubro, pela primeira vez em Portugal, um elétrodo ventricular esquerdo quadripolar de fixação ativa, compatível com ressonância magnética. Este novo procedimento constitui uma alternativa inovadora aos elétrodos de estimulação do ventrículo esquerdo existentes, dando resposta às necessidades de doentes com diferentes anatomias.

De acordo com o centro hospitalar, ao apresentar uma nova tecnologia de fixação ativa que garante precisão do local de estimulação e a estabilidade do elétrodo, com este novo procedimento os médicos têm a capacidade de colocar o elétrodo onde querem dentro da veia.

Segundo o cardiologista Hipólito Reis, que liderou a equipa que realizou o primeiro implante em Portugal «este elétrodo é de fácil manuseio e utilizável em qualquer situação. Possibilita selecionar previamente o local exato onde pretendemos estimular o ventrículo esquerdo, aquele que consideramos ser o mais benéfico para o doente em causa, bem como aumentar a efetividade da terapia, uma vez que diminui o risco de deslocamento do elétrodo quer no momento do procedimento, quer pós-implante».

Considerando que um terço dos doentes tratados com terapia de ressincronização cardíaca têm uma resposta subótima a esta técnica, este elétrodo tem ainda a mais-valia de se apresentar como a resposta a um dos principais fatores que impacta o sucesso desta terapia: a localização exata da estimulação ventricular esquerda, refere o centro hospitalar.

O Centro Hospitalar do Porto explica que o CRT é um tratamento para a insuficiência cardíaca, no qual o dispositivo implantado envia estímulos elétricos de baixa energia através de elétrodos (fios muito finos), estimulando o músculo cardíaco e melhorando a eficiência da contração do coração.

Este elétrodo, ao qual acabou de ser atribuída marca CE (indica a conformidade de um produto com a legislação harmonizada da União Europeia que se aplique a esse produto), possui uma hélice no corpo do elétrodo desenhada para se fixar em veias de diferentes calibres. O elétrodo tem quatro pólos (tecnologia quadripolar) o que permite aos médicos a flexibilidade necessária para implantar o elétrodo na localização ideal para estimular o coração, conclui o centro hospitalar.

Visite:

Centro Hospitalar do Porto – http://www.chporto.pt

SPMS galardoada: Prémio para melhor projeto digital da administração pública

13/10/2017

A Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) venceu o Prémio para Melhor Projeto Digital da Administração Pública, atribuído pela ACEPI – Associação para a Economia Digital. «Acordos quadros inovadores SPMS» foi o projeto galardoado.

A cerimónia de atribuição dos Prémios ACEPI Navegantes XXI decorreu no dia 12 de outubro, no Pavilhão Tejo do Meo Arena, e premiou 20 entidades.

Estes prémios foram concebidos a partir de um conceito inovador, que alia um vasto conjunto de categorias a concurso – que premeiam anualmente o que de melhor se faz na economia digital nas mais diversas vertentes em Portugal -, e um Prémio Carreira, que distingue uma personalidade que se tenha destacado ao longo do seu percurso profissional na promoção e desenvolvimento da sociedade do conhecimento e da economia digital no país.

Para saber mais, consulte:

SPMS – http://spms.min-saude.pt/

Alargamento do projeto-piloto de doação de órgãos em dador falecido em paragem cardiocirculatória ao CHLN e CHLC, e integra este tipo de colheita de órgãos no CH São João


«Despacho n.º 9063/2017

O XXI Governo Constitucional, no seu programa para a saúde, estabelece como prioridades, a melhoria da governação do Serviço Nacional de Saúde e da gestão dos hospitais, obtendo mais e melhores resultados dos recursos disponíveis e melhoria da qualidade dos cuidados de saúde, apostando em modelos de governação de saúde baseados na disseminação das boas práticas e na garantia da segurança do doente.

A escassez de órgãos para transplantação reflete por um lado a evolução científica e tecnológica da medicina com potencialidade de novos tratamentos e por outro a consequência de medidas de prevenção de acidentes rodoviários e de trabalho, com diminuição dos óbitos de origem traumática. Estes factos fizeram com que se desenvolvessem alternativas conducentes a uma expansão da capacidade de doação.

Neste contexto, e em consequência da estratégia de alargamento da potencialidade de doação de órgãos, a implementação de um programa nacional de colheita de órgãos em dadores em paragem cardiocirculatória é um objetivo fundamental para melhorar a resposta às necessidades dos doentes que carecem de um transplante.

Através do Despacho n.º 14341/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 215, de 6 de novembro de 2013, foram definidos os requisitos necessários para a colheita de órgãos em dadores falecidos em paragem cardiocirculatória, passando a admitir-se na legislação portuguesa, para além da possibilidade de colheita de órgãos em dadores em morte cerebral, a colheita de órgãos em dadores falecidos em paragem cardiocirculatória. A Portaria n.º 16/2015, de 23 de janeiro, que procede à primeira alteração à Portaria n.º 76/2014, de 21 de março, define as condições específicas a que devem obedecer as unidades para desenvolver este tipo de programa de colheita de órgãos.

Assim, para a operacionalização deste programa é necessário que as unidades hospitalares reúnam as condições específicas para os procedimentos que acolham este tipo de doação, utilizando técnicas de recuperação e preservação artificial dos órgãos, assim como uma cooperação e articulação estreitas e bem definidas com o Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P. (INEM, I. P.).

A complexidade técnica e a logística associada às boas práticas tornam possível a realização da técnica de oxigenação por membrana extracorporal veno-arterial (ECMO-VA) em centros com experiência e recursos para o desenvolvimento continuado das mesmas, sendo necessária, para além de todo o equipamento específico, a disponibilidade de equipa multidisciplinar e multiprofissional com treino específico, em razão desta atividade, não limitada, mas disponível para a utilização de meios na ressuscitação avançada da paragem cardiocirculatória refratária extra-hospitalar.

Numa cadeia assistencial em que os tempos de resposta e intervenção são determinantes para o resultado, a maximização da resposta à paragem cardiocirculatória extra-hospitalar torna-se crucial, devendo-se promover a simplificação e sistematização de todos os procedimentos a seguir, por forma a garantir a sua exequibilidade em termos de comunicação e articulação entre as equipas da viatura médica de emergência e as equipas hospitalares.

A experiência internacional e a recolhida em Portugal demonstram que o programa de dadores em paragem cardiocirculatória pode promover o aumento da transplantação renal e assim contribuir para melhorar a condição clínica destes doentes e para uma redução anual da despesa na área da doença renal crónica terminal, sendo esta redução crescente ao longo dos anos por acumulação de doentes que, beneficiando do programa, são transplantados e saem de diálise.

Neste sentido, foi iniciado em outubro de 2016 um projeto-piloto destinado a otimizar a doação de órgãos em dador falecido em paragem cardiocirculatória no Centro Hospitalar de São João, E. P. E. (CHSJ, E. P. E.). Em concreto, foi criada uma área de integração da emergência pré-hospitalar com a emergência intra-hospitalar, para a assistência à paragem cardiocirculatória extra-hospitalar refratária, polarizada naquele Centro de ECMO-VA em cumprimento das Recomendações do Conselho Europeu em matéria de ressuscitação e também da doação de órgãos em dador em paragem cardiocirculatória nos termos do Despacho n.º 14341/2013, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 215, de 6 de novembro de 2013. Este projeto inclui as Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) do CHSJ, E. P. E., do Centro Hospitalar do Porto, E. P. E., do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E. P. E., e da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E. P. E.

A implementação do referido projeto-piloto envolveu uma cooperação estreita entre o CHSJ, E. P. E., o Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I. P., e o INEM, I. P., verificando-se que após um ano da sua implementação os resultados obtidos superaram largamente as previsões iniciais. Assim, tendo sido previsto inicialmente 8 casos por ano de dadores em paragem cardiocirculatória, registaram-se 27 casos de potenciais dadores. Encontrando-se prevista a colheita inicial de 16 rins por ano em dador em paragem cardiocirculatória, registou-se a colheita de 44 rins e estando prevista inicialmente a realização de 13 transplantes por ano com recurso a órgãos de dadores em paragem cardiocirculatória, registaram-se 30 transplantes por este processo.

Neste sentido, e considerando que Portugal registou uma taxa global de crescimento de transplantes de cerca de 5 % relativamente a 2015, importa continuar a investir em políticas de saúde na área da transplantação que permitam aumentar o número de órgãos disponíveis para transplantação e, consequentemente, o número de transplantes em Portugal, procedendo-se assim ao alargamento da implementação do referido projeto-piloto ao Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E. P. E., e ao Centro Hospitalar Lisboa Central, E. P. E. Pretende-se investir no reforço da coordenação e da rapidez das respostas associadas às técnicas mais recentes de oxigenação extracorporal, à convergência estratégica e ao alinhamento operacional existentes entre as várias instituições do Ministério da Saúde para reforçar a resposta às situações de paragem cardiocirculatória extra-hospitalar e do melhor aproveitamento com custo-benefício na colheita de órgãos em dadores em paragem cardiocirculatória.

Assim:

Ao abrigo do disposto no artigo 1.º, nas alíneas a) e b) do artigo 2.º, nos artigos 7.º, 16.º e 17.º do Decreto-Lei n.º 124/2011, de 29 de dezembro, na sua redação atual, e nos artigos 4.º, 5.º e 6.º do Decreto-Lei n.º 18/2017, de 10 de fevereiro, determina-se:

1 – No que respeita ao projeto-piloto desenvolvido pelo Centro Hospitalar de São João, E. P. E. (CHSJ, E. P. E.), no último trimestre de 2016 e ao longo do ano de 2017, em colaboração com o Instituto Português do Sangue e da Transplantação, I. P. (IPST, I. P.), o Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P. (INEM, I. P.), a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS, I. P.), e a Administração Regional de Saúde do Norte, I. P., que inclui as Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) do CHSJ, E. P. E., do Centro Hospitalar do Porto, E. P. E., do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E. P. E., e da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, E. P. E., destinado a otimizar a utilização dos órgãos de dadores em paragem cardiocirculatória, e atendendo aos resultados positivos obtidos que superaram largamente as previsões iniciais, deve ser dada por concluída a fase piloto e integrado este tipo de colheita de órgãos na atividade desta unidade.

2 – A implementação do projeto-piloto referido no número anterior é alargada ao Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E. P. E. (CHLN, E. P. E.), e ao Centro Hospitalar Lisboa Central, E. P. E. (CHLC, E. P. E.), durante o mês de outubro de 2017, por um período de um ano, após o qual devem ser avaliados os seus resultados, com vista à manutenção e integração deste tipo de colheita de órgãos na atividade destas unidades.

3 – Para efeitos do disposto no número anterior, deve ser assegurada a respetiva articulação operacional entre o CHLN, E. P. E., o CHLC, E. P. E., o INEM, I. P., e as VMER incluídas neste projeto-piloto, designadamente as VMER do CHLN, E. P. E. – Hospital de Santa Maria, do CHLC, E. P. E. – Hospital de São José, do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, E. P. E., do Hospital de Cascais Dr. José de Almeida, do Hospital Beatriz Ângelo, do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E. P. E. – Hospital São Francisco Xavier, e do Hospital Garcia de Orta, E. P. E., tendo em vista o respetivo encaminhamento dos doentes.

4 – O CHSJ, E. P. E., o CHLN, E. P. E., e o CHLC, E. P. E., devem desenvolver uma articulação estreita com o IPST, I. P., e a Direção-Geral da Saúde, para efeitos, em especial, dos procedimentos a desenvolver nos termos da Portaria n.º 76/2014, de 21 de março, alterada pela Portaria n.º 16/2015, de 23 de janeiro.

5 – No âmbito do processo de contratualização e financiamento dos cuidados de saúde que se encontra implementado no Serviço Nacional de Saúde, a ACSS, I. P., deve alargar a modalidade de pagamento específica para estes projetos ao CHLN, E. P. E., e ao CHLC, E. P. E., atendendo à estimativa de redução de despesa na área da doença renal crónica terminal que o programa de dadores em paragem cardiocirculatória pode gerar.

6 – A Comissão de acompanhamento do programa de colheita de órgãos em dador em paragem cardiocirculatória deve incluir no seu relatório anual a apresentar ao membro do Governo responsável pela área da saúde, nos termos do artigo 4.º da Portaria n.º 16/2015, de 23 de janeiro, a avaliação dos resultados destes projetos.

7 – O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

3 de outubro de 2017. – O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Manuel Ferreira Araújo.»


Informação do Portal SNS:

Colheita de órgãos em dador de paragem cardiocirculatória

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, presidiu à sessão de avaliação dos resultados de um ano de protocolo para colheita de órgãos em dador de paragem cardiocirculatória.

A cerimónia decorreu na Aula Magna da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, esta sexta-feira, dia 13 de outubro.

O protocolo, em vigor há um ano, foi subscrito por Centro Hospitalar de São João (CHSJ), Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) e previa uma fase experimental, que agora termina, com a sua extensão aos novos Centros de Colheita do Centro Hospitalar de Lisboa Norte (CHLN) e Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC).

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O Despacho n.º 9063/2017, publicado no dia 13 de outubro, em Diário da República, determina exatamente o alargamento do projeto-piloto, destinado a otimizar a doação de órgãos em dador falecido em paragem cardiocirculatória ao CHLN e CHLC e integra este tipo de colheita de órgãos no CHSJ.

Em outubro de 2016, foi iniciado um projeto-piloto destinado a otimizar a doação de órgãos em dador falecido em paragem cardiocirculatória no CHSJ. A implementação deste projeto-piloto envolveu uma cooperação estreita entre o CHSJ, o IPST e o INEM, verificando-se que, após um ano da sua implementação, os resultados obtidos superaram largamente as previsões iniciais.

Assim, tendo sido previstos inicialmente oito casos por ano de dadores em paragem cardiocirculatória, registaram-se 27 casos de potenciais dadores. Encontrando-se prevista a colheita inicial de 16 rins por ano em dador em paragem cardiocirculatória, registou-se a colheita de 44 rins. Estando prevista inicialmente a realização de 13 transplantes por ano com recurso a órgãos de dadores em paragem cardiocirculatória, registaram-se 30 transplantes por este processo.

Neste sentido, e considerando que Portugal registou uma taxa global de crescimento de transplantes de cerca de 5 % relativamente a 2015, importa continuar a investir em políticas de saúde na área da transplantação que permitam aumentar o número de órgãos disponíveis para transplantação e, consequentemente, o número de transplantes em Portugal.

Assim, no que respeita ao projeto-piloto desenvolvido pelo CHSJ, no último trimestre de 2016 e ao longo do ano de 2017, em colaboração com o IPST, o INEM, a Administração Central do Sistema de Saúde e a Administração Regional de Saúde do Norte, e atendendo aos resultados positivos obtidos, que superaram largamente as previsões iniciais, o Governo determinou que deve ser dada por concluída a fase-piloto e integrado este tipo de colheita de órgãos na atividade desta unidade.

A implementação do projeto-piloto é alargada ao CHLN e ao CHLC durante o mês de outubro de 2017, pelo período de um ano, após o qual devem ser avaliados os seus resultados, com vista à manutenção e integração deste tipo de colheita de órgãos na atividade destas unidades.

Consulte:

Despacho n.º 9063/2017 – Diário da República n.º 198/2017, Série II de 2017-10-13 10 
Saúde – Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde
Determina o alargamento do projeto-piloto, destinado a otimizar a doação de órgãos em dador falecido em paragem cardiocirculatória, aos Centros Hospitalares de Lisboa Norte e de Lisboa Central, e integra este tipo de colheita de órgãos no Centro Hospitalar de São João

Sede da EMA: Candidatura do Porto à sede da EMA colhe elogios em Bruxelas

12/10/2017

A candidatura do Porto à sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA) colheu elogios de vários eurodeputados em Bruxelas, que destacaram como a comunidade civil da cidade está envolvida neste projeto.

Por iniciativa do eurodeputado social-democrata Paulo Rangel, após sugestão da comissão da candidatura do Porto à EMA, um grupo de 20 pessoas, entre representantes da Câmara Municipal do Porto, a Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, reitores de instituições públicas e privadas de ensino superior do Porto, representantes de estruturas culturais da cidade, da Área Metropolitana do Porto e da Associação Comercial do Porto estiveram, dia 11 de outubro, no Parlamento Europeu a apresentar o que a cidade tem para oferecer.

Neste contexto, decorreram reuniões com eurodeputados de vários países e encontros com diversas forças famílias políticas.

Para Paulo Rangel, «está tudo em aberto, não tanto no sentido de ganhar, mas de passar à fase seguinte. Não vamos entrar em triunfalismos bacocos».

Rangel admitiu ter ficado surpreso com o elogio feito pelos eurodeputados ao facto de a apresentação envolver a sociedade civil do Porto, afirmando que isso significa que há «toda uma cidade que está unida em volta» do projeto.

O social-democrata destacou ainda o «empenho forte e genuíno» do Governo e dos embaixadores nesta candidatura, lembrando que a diplomacia portuguesa conta já com «dois grandes feitos», designadamente ter Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia durante 10 anos e António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas.

Eurico Castro Alves e Ricardo Valente, da Comissão da candidatura do Porto à sede da EMA, fizeram um balanço positivo desta iniciativa.

«Este momento foi muito importante, porque com a ajuda dos eurodeputados [portugueses], todos sem exceção, sentimos um empenhamento grande. Falámos com pessoas que são estratégicas para a decisão final, porque são influenciadores. Passámos a nossa mensagem e acabámos de vez com aquele mito de que o Porto não cumpre com os requisitos», disse Eurico Castro Alves.

O vereador da Câmara do Porto, Ricardo Valente, destacou também a importância de demonstrar aos decisores em Bruxelas «as valências do Porto».

«O próximo mês é para trabalhar junto dos decisores finais e dar a conhecer a parte menos conhecida do Porto, que tem a ver com o ‘health cluster’ e as universidades» existentes e suas ofertas, disse.

Eliminação da hepatite C em Portugal: Manifesto pela Eliminação da Hepatite C assinado hoje em Bruxelas

12/10/2017

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, o eurodeputado Carlos Zorrinho, o deputado à Assembleia da República, Ricardo Baptista Leite, o Grupo de Ativistas em Tratamentos, Luís Mendão, a Diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais, Isabel Aldir, entre outros, reuniram-se hoje em Bruxelas para anunciar a sua intenção de trabalhar em conjunto com o objetivo de eliminar o vírus da Hepatite C em Portugal até 2030, ao assinarem o «Manifesto pela Eliminação da Hepatite C».

O encontro, presidido pelo eurodeputado Carlos Zorrinho, decorreu na sequência da primeira Cimeira Europeia dedicada à eliminação da hepatite C na Europa, que decorreu em Bruxelas, em fevereiro de 2016, e na qual foi apresentado o Manifesto para a Eliminação da Hepatite C, no contexto europeu, até 2030.

Na ocasião, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde de Portugal, sublinhou que «Portugal teve extraordinários progressos na abordagem à Hepatite C nos últimos anos. O Governo português está profundamente empenhado em acabar com a epidemia da Hepatite C até 2030 e acreditamos que iremos atingir esse objetivo antes dessa data.

De forma a faze-lo, a primeira Estratégia Nacional para as Hepatites Virais em Portugal foi lançada este ano. Baseia-se na universalidade (acesso ao tratamento a todas as pessoas com hepatite C, elegíveis para tratamento), na equidade (harmonização do tratamento a nível nacional) e na qualidade (o tratamento mais adequado segundo a evidência cientifica), mas também focado na prevenção, informação, conhecimento e rastreios dirigidos.

Adicionalmente, pela primeira vez, foi dada atenção especial aos grupos vulneráveis: reclusos, trabalhadores do sexo, sem-abrigo e emigrantes, que têm tido dificuldade no acesso ao tratamento. De agora em diante, esta realidade irá mudar: juntos conseguimos atingir os objetivos de 2030!»

Os signatários do Manifesto pela Eliminação da Hepatite C comprometem-se a:

  • Tornar a hepatite C e sua eliminação na Europa uma prioridade clara de saúde pública a ser perseguida a todos os níveis;
  • Assegurar que doentes, grupos da sociedade civil e outras partes interessadas sejam diretamente envolvidas no desenvolvimento e implementação de estratégias de eliminação de hepatite C;
  • Dar especial atenção à ligação entre a hepatite C e a marginalização social;
  • Introduzir uma Semana Europeia de Consciência sobre a Hepatite;

Sobre a Eliminação

  • A eliminação de uma doença destina-se a reduzir a zero a incidência de uma doença específica em uma área geográfica definida como resultado de esforços deliberados.
  • A eliminação do Vírus da Hepatite C (VHC) foi tornada possível por avanços terapêuticos recentes, que tornaram o vírus curável na maioria dos casos – as taxas de cura evoluíram de 6 % em 1991 (primeiro tratamento com interferão aprovado para VHC) para mais de 90 % em 2014 (antivirais de ação direta introduzidos).
  • Abordagens e estratégias holísticas para melhorar o conhecimento geral, aumentar os testes para pessoas em risco e encaminhar as pessoas infetadas a cuidados de saúde específicos precisam de ser desenvolvidos.

Para saber mais, consulte:

Parlamento Europeu > Eliminação da hepatite C em Portugal

12 de Outubro – Dia Mundial das Doenças Reumáticas: Data sensibiliza para problemas que afetam doentes reumáticos

12/10/2017

Assinalado a 12 de outubro, o Dia Mundial das Doenças Reumáticas é celebrado desde 1996, tendo sido inicialmente promovido pela Artrite e Reumatismo Internacional (ARI – Arthritis and Rheumatism International), uma associação de organizações nacionais cujos membros são pessoas cujas vidas são afetadas pela artrite e com atividades essencialmente voluntárias.

As doenças reumáticas são doenças e alterações funcionais do sistema musculoesquelético de causa não traumática. Podem ser agudas, recorrentes ou crónicas e atingem pessoas de todas as idades. As mulheres, sobretudo a partir dos 65 anos, são quem mais sofre com as doenças reumáticas.

São doenças reumáticas:

  • Osteoartrose;
  • Raquialgias (dores na coluna vertebral);
  • Doenças reumáticas periarticulares, incluindo as lesões musculoesqueléticas ligadas ao trabalho;
  • Osteoporose;
  • Fibromialgia;
  • Artropatias microcristalinas;
  • Artrite reumatóide;
  •  Espondilartropatias;
  • Doenças reumáticas sistémicas;
  • Artrites idiopáticas (com causa desconhecida) juvenis.

Os doentes com um diagnóstico correto, precoce e com um tratamento adequado às suas necessidades apresentam uma melhoria significativa, em termos de qualidade de vida e de capacidades para trabalhar, assim como um alívio dos sintomas e uma menor progressão da lesão nas suas articulações.

O Dia Mundial Doenças das Reumáticas  é uma iniciativa global que aproxima as pessoas na sensibilização para os problemas que afetam as pessoas com doenças reumáticas e músculo-esqueléticas. São objetivos da data comemorativa:

  • Sensibilizar a comunidade médica, os doentes e o público em geral para as doenças reumáticas e músculo-esqueléticas;
  • Influenciar as políticas públicas, sensibilizando os decisores políticos para o impacto das doenças reumáticas e músculo-esqueléticas e as medidas que podem ser adoptadas para o minimizar;
  • Assegurar que todas as pessoas com doenças reumáticas e músculo-esqueléticas e os seus cuidadores estão a par da vasta rede de suporte que está disponível.

Visite:

Dia Mundial das doenças reumáticas – http://worldarthritisday.org/

Infografia: Dia Mundial da Visão – 12 de outubro – DGS

Dia Mundial da Visão - 12 de outubro

Comemora-se hoje, dia 12 de outubro, o Dia Mundial da Visão. Esta data apresenta-se como a mais importante na área da Saúde da Visão, sendo uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da International Agency for the Prevention of Blindness (IAPB).

Estar atento à saúde da visão e ao seu impacto na vida de todos foi o desígnio escolhido para a celebração desta data. Esta abordagem apresenta-se como estratégica, considerando a OMS que 80% de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis mediante prevenção adequada.

Os dados apresentados pela OMS referem que 36 milhões de pessoas têm cegueira, 217 milhões de pessoas têm comprometimento moderado ou grave da visão, perfazendo um total de 253 milhões de pessoas com deficiência visual.

Em Portugal, estima-se que as alterações da visão afetem cerca de metade da população e que cerca de 20% das crianças, tal como 50% dos adultos, sofrem de erros refrativos significativos.

A retinopatia diabética e a ambliopia nas crianças, são duas situações passiveis de prevenção e deteção precoce, bem como de tratamento oftalmológico e recuperação.
Neste sentido, em 2016 foi realizado um “Programa de Rastreio da Saúde Visual Infantil”, para deteção de ambliopia em crianças aos dois anos de idade (nascidos em 2014) concretizado através de um projeto-piloto que decorreu em quatro ACES e dois Centros Hospitalares da ARS Norte. Os resultados desse rastreio levaram já ao seu alargamento na Região Norte, no ano de 2017 a oito ACES e a quatro instituições hospitalares, e a 2018 a toda a região Norte, bem como à decisão, do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de alargar esta medida às restantes regiões do país a partir de 2018, sob coordenação da DGS, garantindo equidade a todas as crianças.

A adequação de medidas promotoras da Saúde da Visão, baseadas na evidência científica, está consubstanciada na Estratégia Nacional para a Saúde da Visão – ENSV 2017-2025, cujos objetivos serão concretizados através de programas, projetos ou iniciativas em desenvolvimento ou que venham a ser criados no âmbito do Ministério da Saúde e da Sociedade Civil.

Consulte aqui a Infografia alusiva ao Dia Mundial da Visão.


Informação do Portal SNS:

Data celebra-se a 12 de outubro e alerta para o impacto da visão

O Dia Mundial da Visão, assinalado a 12 de outubro, considerado a data mais importante na área da Saúde da Visão, é uma iniciativa conjunta da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da International Agency for the Prevention of Blindness (Agência Internacional para a Prevenção da Cegueira).

Estar atento à saúde da visão e ao seu impacto na vida de todos foi o desígnio escolhido para a celebração desta data. Esta abordagem apresenta-se como estratégica, considerando a OMS que 80 % de todas as causas de deficiência visual são evitáveis ou podem ser tratáveis mediante prevenção adequada.

Os dados apresentados pela OMS referem que 36 milhões de pessoas têm cegueira, 217 milhões de pessoas têm comprometimento moderado ou grave da visão, perfazendo um total de 253 milhões de pessoas com deficiência visual.

Em Portugal, estima-se que as alterações da visão afetem cerca de metade da população e que cerca de 20 % das crianças, tal como 50 % dos adultos, sofrem de erros refrativos significativos.

A retinopatia diabética e a ambliopia nas crianças, são duas situações passiveis de prevenção e deteção precoce, bem como de tratamento oftalmológico e recuperação.

Neste sentido, em 2016 foi realizado um «Programa de Rastreio da Saúde Visual Infantil», para deteção de ambliopia em crianças aos dois anos de idade (nascidos em 2014) concretizado através de um projeto-piloto que decorreu em quatro agrupamentos de centros de saúde (ACES) e dois centros hospitalares da Administração Regional de Saúde Norte.

Os resultados desse rastreio levaram já ao seu alargamento na Região Norte, no ano de 2017, a oito ACES e a quatro instituições hospitalares e, em 2018, prevê-se o alargamento a toda a região Norte, bem como à decisão do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde de alargar esta medida às restantes regiões do país a partir de 2018, sob coordenação da Direção-Geral (DGS), garantindo equidade a todas as crianças.

A adequação de medidas promotoras da Saúde da Visão, baseadas na evidência científica, está consubstanciada na Estratégia Nacional para a Saúde da Visão – ENSV 2017-2025, cujos objetivos serão concretizados através de programas, projetos ou iniciativas em desenvolvimento ou que venham a ser criados no âmbito do Ministério da Saúde e da sociedade civil.

Para saber mais, consulte:


Por ocasião do Dia Mundial da Visão, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) faz um balanço e refere que, no 1.º semestre de 2017, realizou um total de 32.333 rastreios da retinopatia diabética, tendo encaminhado precocemente para consulta 9,7 % das pessoas rastreadas.

Esta doença é a principal causa de cegueira evitável na população entre os 20 e os 64 anos. O número total de rastreios releva um aumento da capacidade de resposta em relação a 2016, ano em que no total foram rastreados 46.715 diabéticos, tendo sido atempadamente encaminhados para consulta de oftalmologia 12,5% desses utentes.

Desde fevereiro de 2016 que a ARSLVT tem implementado o Rastreio da Retinopatia Diabética. Nestes dois anos foram sujeitos a este rstreio 79.048 pessoas, parte delas em parceria com a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal.

O diagnóstico e tratamento precoce através do rastreio podem evitar a diminuição acentuada da acuidade visual e a cegueira por diabetes.

O Rastreio da Retinopatia Diabética permite que a médio e a longo prazo se reduzam os custos globais do Serviço Nacional de Saúde e que se atinjam importantes ganhos de eficiência e evidentes ganhos em saúde, uma vez que custo do tratamento precoce é inferior. O rastreio também permite despistar outras alterações de fundo ocular, como opacidades, cujo diagnóstico a nível hospitalar permitirá o seguimento e tratamento dos doentes.

Para saber mais, consulte:

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo  – http://www.arslvt.min-saude.pt/