Combate à malária: UMinho demonstra eficácia de fármaco no bloqueio da doença

Uma equipa que integra investigadores da Universidade do Minho (UMinho) demonstrou que as hexahidroquinolinas, usadas em fármacos para tratamento da malária, contribuem para o bloqueio da doença, ao matarem também o parasita responsável pela sua transmissão.

De acordo com declarações prestadas à Lusa, Pedro Ferreira, investigador do Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho, explicou que o estudo, publicado na revista Nature Microbiology, concluiu ainda que aquele grupo de fármacos atua igualmente na transmissão de parasitas resistentes aos antimaláricos atualmente utilizados.

Evita-se assim a «transmissão de resistência» ao tratamento da malária, doença que mata mais de 200 mil pessoas por ano, acrescentou Pedro Ferreira, que faz parte do grupo liderado pelo Columbia University Medical Center (Nova Iorque, Estados Unidos).

«A maior particularidade desta descoberta é a demonstração de que estes novos compostos têm uma dupla ação. Atuam não só nos parasitas que causam a doença, mas também na sua forma transmissiva, uma ação muito rara nos fármacos, e daí a grande novidade para o combate à malária», apontou o investigador do Instituto de Ciências da Vida e da Saúde da Universidade do Minho. Explanou ainda que essa característica «faz com que, na prática, possa ser possível tratar a doença e, ao mesmo tempo, reduzir a prevalência do parasita através do bloqueio da passagem do parasita de pessoa para pessoa através do mosquito».

O investigador apontou que as hexahidroquinolinas atuam ainda a um outro nível: «Há atualmente um grande problema de resistência aos fármacos e, se estes parasitas resistentes forem transmitidos, a resistência propaga-se. É o que tem acontecido com os antimaláricos que existem. São funcionais durante algum tempo, mas, depois, as formas resistentes são transmitidas e vão perdendo a eficácia».

«Por isso, a potencialidade é que, e isto tem de ser testado e estudado, haja uma grande redução em termos de transmissão de resistência com estes fármacos, porque, para além de matar o parasita, mata a forma transmissiva quer do parasita normal, quer do resistente», acrescentou o investigador.

Fonte: Lusa

Assembleia da República Recomenda ao Governo que proceda ao bloqueio do acesso a sítios da Internet e aplicações digitais potencialmente perigosos ou impróprios para menores

«Resolução da Assembleia da República n.º 143/2017

Recomenda ao Governo que proceda ao bloqueio do acesso a sítios da Internet e aplicações digitais potencialmente perigosos ou impróprios para menores

A Assembleia da República resolve, nos termos do n.º 5 do artigo 166.º da Constituição, recomendar ao Governo que proceda, por todos os meios disponíveis e tecnicamente possíveis, ao bloqueio do acesso a sítios da Internet e aplicações digitais considerados potencialmente perigosos ou impróprios para menores, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), no âmbito das suas competências próprias, e após consulta aos organismos competentes dos Ministérios da Justiça, da Administração Interna e da Educação.

Aprovada em 14 de junho de 2017.

O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues.»