Juntos Contra o Sal: Reduzir o consumo de sal permite conquistar anos de vida saudáveis

21/11/2017

Morrem todos os dias cerca de 100 portugueses por doenças cérebro-cardiovasculares, sendo que muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas pela alteração de comportamentos, especialmente pela redução do consumo de sal.

A ingestão excessiva de sal é o comportamento alimentar inadequado que mais contribui para a perda de anos de vida saudável. Os portugueses vivem mais tempo, mas mais doentes, principalmente nos últimos anos de vida, do que a restante população da Europa.

Assim, a definição e a aplicação de estratégias com o objetivo de reduzir o consumo de sal por parte da população portuguesa assumem importância decisiva no contexto da prevenção das doenças cardiovasculares e outras doenças crónicas.

High Level Group on Nutrition and Physical Activity (Grupo de Alto Nível sobre Nutrição e Atividade Física), da Comissão Europeia, e a Organização Mundial da Saúde sugerem um conjunto de categorias de alimentos que constituem os principais veículos de sal na alimentação dos cidadãos e que devem ser regulados, nesse contexto, nomeadamente:

  • Cereais de pequeno-almoço;
  • Batatas fritas;
  • Snacks salgados;
  • Outros alimentos que constituam um padrão local de alimentação e que sejam um veículo relevante de sal.

Recorda-se que o Governo aprovou a proposta de Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), bem como as Grandes Opções do Plano e o Quadro Plurianual de Programação Orçamental, em reunião de Conselho de Ministros do dia 12 de outubro.

A versão preliminar da proposta de OE2018 prevê a introdução de uma nova taxa sobre os alimentos, consoante o seu nível de sal. Será votado ainda esta semana, na especialidade, o imposto especial de consumo sobre o sal.

Assim, ficam sujeitos a este imposto bolachas, biscoitos, cereais e batatas fritas, quando tenham um teor de sal igual ou superior a 1 grama por cada 100 gramas de produto ou 10 gramas por quilo.

Cada quilo destes alimentos pagará uma taxa de 0,80 cêntimos, ficando isentos bolachas, batatas fritas e cereais com menos de um grama de sal por cada 100 gramas de produto.

Prevê-se que este novo imposto funcione como forte incentivo à reformulação dos alimentos por parte da indústria, prevendo-se assim grandes ganhos para a saúde dos portugueses, em termos de redução da prevalência de hipertensão arterial, diabetes, doenças oncológicas e cardiovasculares.

O produto da tributação do sal será destinado exclusivamente a medidas de promoção da saúde.

Factos

O consumo de sal em demasia constitui um dos maiores riscos de saúde pública no nosso país. A Organização Mundial da Saúde considera medidas mais efetivas, no sentido de reduzir a carga de doença e a mortalidade precoce, as relacionadas com a promoção da alimentação saudável. E, neste âmbito, a que teria um maior impacto efetivo seria a redução do consumo do sal, solicitando que todos os países tomem ações concretas e imediatas neste âmbito.

Segundo os dados do último Inquérito Alimentar Nacional – IAN-AF (2016-2017), cada cidadão consome, em média, 3 g de sal em excesso por dia, totalizando um volume de cerca de 30 toneladas/dia que os portugueses ingerem a mais do que deveriam.

Este quadro contribui para que Portugal tenha uma das mais elevadas prevalências de hipertensão arterial na Europa (3 em cada 10 portugueses), sendo o principal fator de risco de patologia cardiovascular, com relevo para os acidentes vasculares cerebrais (AVC), dos quais os cidadãos portugueses são infelizmente líderes na Europa, provocando, pelas suas sequelas, morbilidade elevada e um impacto grave na família e na sociedade.

Redução do consumo de açúcar: Portugueses vão consumir menos 4.225 toneladas em 2017

04/10/2017

De acordo com o Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, os portugueses vão consumir este ano menos 4.225 toneladas de açúcar graças à taxação de bebidas açucaradas, que levou a indústria a vender alternativas mais saudáveis.

O Ministro da Saúde participou na sessão de abertura da 1.ª Convenção de Alimentação Coletiva, organizada pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, que se realiza esta quarta-feira, dia 4 de setembro, na Culturgest, em Lisboa.

Na sua intervenção, Adalberto Campos Fernandes sublinhou o sucesso desta taxação, que, mais do que os impostos recebidos, fez com que os portugueses reduzissem o consumo de açúcar.

O sucesso da iniciativa levou o Governo a iniciar um trabalho de busca por outros caminhos, com vista ao combate ao excesso de gordura e sal em alimentos problemáticos.

Segundo o Ministro da Saúde, «a matéria está a ser preparada», sublinhando que gostaria que o caminho passasse pela autorregulação.

«Não queremos prejudicar o bom momento que a economia vive», acrescentou ainda, elogiando o papel da indústria, que, perante o imposto sobre bebidas açucaradas, «adaptou-se e gerou novos produtos mais saudáveis».

A 1.ª Convenção de Alimentação Coletiva em Portugal reúne empresários, entidades oficiais e parceiros de negócio, para debater os constrangimentos, as oportunidades e perspetivas daquela que é uma das atividades económicas nacionais de maior empregabilidade e com maior peso na economia nacional e que é responsável pelo fornecimento de milhares de refeições diárias à população portuguesa.

Fonte: Lusa

Para saber mais, consulte:

Hidratação em meio escolar: vantagens do consumo de água para a saúde das crianças

14/09/2017

A água é responsável por um bom desempenho intelectual ao longo do ano escolar. E contribui de forma efetiva para a regulação do peso corporal, para a saúde e bem-estar de um modo geral.

A Direção-Geral da Saúde e a Direção-Geral da Educação com a colaboração de especialistas na área, publicou o manual “Hidratação adequada em meio escolar” destinada a encarregados de educação, profissionais de saúde e  responsáveis escolares.

Apesar  do  consumo  regular  de  água  ser  determinante  para  a  saúde, bem-estar e sucesso das crianças em idade escolar, são ainda escassas as intervenções públicas em defesa do seu consumo na escola.

Quando a água não está disponível diariamente no espaço escolar ou o seu acesso é limitado, há uma natural tendência para substituir o seu consumo por outras bebidas que  além de  mais  caras são ricas em açúcares e  contribuem para o aparecimento de cárie dentária, obesidade e todo um conjunto de doenças associadas.

O documento pretende-se transmitir, de forma simples, as principais razões que fazem da água o  alimento central na nossa alimentação.  E o que as escolas e famílias devem fazer para que a água seja promovida e esteja presente no dia-a-dia de muitos milhares de crianças.

Para saber mais, consulte:

Alteração à Lei que aprova normas para a proteção dos cidadãos da exposição involuntária ao fumo do tabaco e medidas de redução da procura relacionadas com a dependência e a cessação do seu consumo

  • Lei n.º 63/2017 – Diário da República n.º 149/2017, Série I de 2017-08-03
    Assembleia da República
    Abrange no conceito de fumar os novos produtos do tabaco sem combustão que produzam aerossóis, vapores, gases ou partículas inaláveis e reforça as medidas a aplicar a estes novos produtos em matéria de exposição ao fumo ambiental, publicidade e promoção, procedendo à segunda alteração à Lei n.º 37/2007, de 14 de agosto

Boletim Informativo Semanal do Plano Nacional de Saúde – Mortes por consumo de substâncias ilícitas registadas para população total < 25 anos - DGS

Boletim Informativo Semanal do Plano Nacional de Saúde

O Plano Nacional de Saúde divulga, semanalmente, um boletim informativo dedicado a cada um dos indicadores (European Core Health Indicators) em Portugal.

Iniciativa Água Pública: DGS promove o consumo de água nos bebedouros públicos

18/07/2017

O Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde (DGS) apela à participação na iniciativa Água Pública, através da qual se promove o consumo de água pública e o seu fácil acesso em locais públicos.

A água é o principal constituinte do organismo, sendo fundamental no bom funcionamento de todos os sistemas e órgãos, influenciando o bem-estar e a saúde das pessoas. Diariamente perdemos água através da pele, pulmões, fezes e urina. Necessitamos, por isso, de ingerir diariamente a quantidade de água suficiente para compensar estas perdas. A desidratação, provocada pela ausência da ingestão de líquidos, pode ser responsável por sintomas como dores de cabeça e cansaço, afetando também a capacidade de concentração, atenção e memória.

As pessoas que consomem quantidades adequadas de água diariamente ingerem, em média, menos energia, consomem menos calorias a partir de bebidas com açúcar, menos gordura total e saturada, menos açúcar, menos sal e menos colesterol.

Quando estamos fora de casa, devemos aproveitar os bebedouros que encontramos na via pública, pois em cada bebedouro está uma nova oportunidade de promover a nossa saúde. Devemos optar pelo consumo de água em detrimento de bebidas açucaradas. E evitar a utilização de embalagens plásticas e outras que são poluentes. A água pública, em Portugal, é 98% segura e ao consumi-la estamos a ajudar o ambiente, a saúde e a carteira.

Através desta iniciativa pretende-se dar a conhecer locais em Portugal que mereciam ter água potável disponível, com a ajuda dos cidadãos. Assim, o desafio consiste na partilha de imagens de locais com bebedouros funcionais, locais onde estes não funcionam ou locais onde faria sentido que existisse um bebedouro público, através da hashtag #aguapublica nas redes sociais, especialmente no Twitter e no Instagram.

Seja um cidadão ativo. Juntos vamos tentar modificar o ambiente que nos rodeia e influenciar as agendas locais, promovendo consumos mais amigos do ambiente e da nossa saúde.

Para saber mais, consulte:

Blog do PNPAS > Iniciativa água pública

Boletim Informativo Semanal do Plano Nacional de Saúde – Consumo de álcool total (registado) em Adulto (15+ anos) – DGS

Boletim Informativo Semanal do Plano Nacional de Saúde

O Plano Nacional de Saúde divulga, semanalmente, um boletim informativo dedicado a cada um dos indicadores (European Core Health Indicators) em Portugal.