Programa Nacional de Diagnóstico Precoce – Relatório 2013 – INSA

O INSA, IP divulga o relatório do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce relativo ao ano de 2013, elaborado pela Comissão Executiva do Programa.

O Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), conhecido também por “teste do pezinho”, a funcionar na Unidade de Rastreio Neonatal do Centro de Saúde Pública do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge IP no Porto, tem como objetivo primário o rastreio neonatal de doenças cujo tratamento precoce permita evitar, nas crianças rastreadas, atraso mental, situações de coma e alterações neurológicas ou metabólicas graves e definitivas.

Das principais atividades relacionadas com o desenvolvimento do Programa em 2013, destaca-se o seguinte:

  • São atualmente rastreados em Portugal o Hipotiroidismo Congénito e 24 Doenças Hereditárias do Metabolismo, com uma taxa de cobertura próxima dos 100%.
  • Foram detetados 60 casos de doença, mantendo-se a média da idade de início de tratamento nos 10 dias de vida.
  • Foi dado início ao Estudo Piloto para o Rastreio Neonatal da Fibrose Quística.

No relatório encontram-se detalhados todos os casos detetados, bem como os Centros de Tratamento em que estão a ser seguidos, sendo que pelo número de patologias rastreadas, tempo médio de início de tratamento e taxa de cobertura a nível nacional, o PNDP, existente desde 1979, pode ser considerado um dos melhores programas de rastreio neonatal da Europa, de eficácia comprovada.

Consultar Relatório PNDP 2013 

Relatório INSA: EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes

Foi publicado hoje (21/11/2014).

«O sistema EVITA – Epidemiologia e Vigilância dos Traumatismos e Acidentes, criado em 2000 e coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA, IP), é um sistema de recolha e análise de dados sobre Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) que implicaram recurso às urgências de unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde, o qual é desenvolvido em estreita colaboração com a Administração Central dos Sistemas de Saúde.

Os principais objetivos do sistema são: 1) determinar a curto prazo as frequências e tendências dos ADL em geral e das suas diversas formas, bem como as características das vítimas, das situações e dos agentes envolvidos; 2) identificar a longo prazo as situações de risco, bem como produtos perigosos, que propiciem a ocorrência de ADL, estabelecendo assim uma base de apoio para a definição de políticas de prevenção baseadas na evidência.

O presente relatório apresenta a análise descritiva dos dados recolhidos pelo sistema EVITA durante os anos de 2009 a 2012. Dele se destacam os seguintes resultados:

  • A distribuição percentual dos Acidentes Domésticos e de Lazer (ADL) é superior nos homens até ao grupo etário 45-54 anos e nas mulheres dos 55 anos em diante.
  • O local de ocorrência mais referido nos ADL foi a “Casa”. Na distribuição da percentagem de ADL ocorridos em “Casa” os valores mais elevados surgem no sexo masculino 0-4 anos e no sexo feminino 75 ou mais anos.
  • Excluindo a designação “Outra” a atividade mais referida no momento do acidente foi o “Lazer”, seguida de “Exercício Físico”.
  • O mecanismo de lesão mais referido foi, nos três anos analisados, a “Queda”.
  • Cerca de 76% dos ADL provocaram uma “Concussão, contusão, hematoma”.
  • Os “Membros” são a parte do corpo mais frequentemente lesada (62,3%).
  • A maioria dos ADL que chegam ao Hospital seguem para o “Exterior não referenciado”.

Consultar o Relatório EVITA 2009-2012 »

Hoje: Comunicado Conjunto sobre o Surto de Legionella (DGS-INSA-ARSLVT-IGAMAOT-APA)

Comunicado Conjunto da Direção-Geral da Saúde, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Inspeção Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território e Agência Portuguesa do Ambiente sobre o atual surto de Doença dos Legionários.

Veja aqui o comunicado.

Veja também o comunicado conjunto anterior a este.

Veja também os Comunicados da DGS sobre o surto.

«Conclusões:

1. O risco de adquirir a infeção, no âmbito do surto, é agora praticamente nulo;

2. Já não estão presentes as condições ambientais, incluindo as atmosféricas, que se conjugaram para originar o surto;

3. Mais de metade dos doentes, depois de tratados em regime de internamento, teve alta;

4. De notar a capacidade de resposta e efetividade que os serviços de saúde demonstraram face ao aumento súbito e inesperado da procura de cuidados diferenciados, incluindo cuidados intensivos;

5. O controlo do surto só foi possível devido ao empenho dos profissionais que, a nível local, na área clínica e da saúde pública, permitiram diagnosticar e tratar rapidamente os doentes e identificar as características epidemiológicas do surto;

6. A esta resposta local associou-se a existência de um forte dispositivo de coordenação criado em sede do Ministério da Saúde, em que participaram os Ministérios do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Ministério da Educação e Ciência, para além do Instituto Português do Mar e da Atmosfera e os Autarcas das áreas afetadas;

7. Lamentando os óbitos, deve realçar-se que a taxa de letalidade é relativamente baixa, quando comparada com surtos internacionais. No entanto, e uma vez que ainda se encontram doentes em cuidados intensivos, não se pode excluir a possibilidade de ocorrerem novos óbitos;

8. Verificou-se concordância entre os estudos ambientais e as pesquisas epidemiológicas;

9. Há dados analíticos que estabelecem ligação entre bactérias encontradas em água de torres de arrefecimento e amostras clínicas;

10. A população da zona afetada, que colaborou de forma exemplar no âmbito das medidas tomadas durante o surto, retomou as suas atividades habituais.

Lisboa, 21/11/2014
Francisco George (DGS), Fernando Almeida (INSA), Luís M. Cunha Ribeiro (ARSLVT), Nuno Banza (IGAMAOT), Nuno Lacasta (APA)»

Veja todas as relacionadas em:

Tag Legionella

Relatório INSA: Infeção VIH/SIDA a situação em Portugal a 31 de dezembro de 2013

«Divulga-se o relatório anual referente à Infeção VIH/SIDA, elaborado pela Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do Departamento de Doenças Infeciosas deste Instituto, em colaboração com o Programa Nacional da Infeção VIH/SIDA.

Este relatório reúne informação epidemiológica relativa à caracterização da situação em Portugal a 31 de dezembro de 2013, tendo por base o sistema de notificação de casos de infeção VIH/SIDA, que é obrigatória em Portugal desde 2005.

Das conclusões do documento, destaca-se o seguinte:

  • Cumpriram-se trinta anos do diagnóstico dos primeiros casos de infeção por VIH em Portugal e encontravam-se notificados, cumulativamente, 47.390 casos de infeção VIH, dos quais 19.075 em estadio de SIDA;
  • Dos casos notificados em 2013, 1093 referiam diagnóstico nesse ano. Destes, 44,4% residiam na região da Grande Lisboa, a maioria registou-se em homens (70,7%), a idade mediana ao diagnóstico foi de 40,0 anos, 71,3% referiam ter nascido em Portugal e 20,7% estavam em estadio de SIDA. A via sexual foi o modo de infeção indicado na maioria dos casos, com 61,1% a referirem transmissão heterossexual. 42,7% dos casos do sexo masculino referem transmissão decorrente de relações sexuais entre homens cuja mediana de idades era de 33 anos. Em 7,0% dos novos casos a infeção está relacionada com consumo de drogas. Uma elevada percentagem dos casos (58,1%) cumpria o critério imunológico de apresentação tardia aos cuidados de saúde, TCD4+ <350 cél/mm3 na primeira avaliação clínica. Nos novos casos de SIDA a pneumonia por Pneumocystis foi a patologia mais frequentemente referida. Foram ainda notificados 226 óbitos ocorridos durante o ano de 2013;
  • Ao longo das três décadas da epidemia VIH/SIDA registou-se uma evolução das suas características. O aumento do número de novos diagnósticos de infeção por VIH em jovens do sexo masculino que têm sexo com homens e a elevada percentagem de diagnósticos tardios, particularmente em heterossexuais de meia-idade, são tendências recentes em Portugal, documentadas no presente relatório, e que urge compreender e reverter. A infeção por VIH continua assim a representar um desafio importante para a Saúde Pública em Portugal.

Consultar o relatório»

Veja as publicações relacionadas em:

Tag VIH

Atribuído Subsídio de Residência ao Presidente do INSA

DESPACHO N.º 14001/2014 – DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 224/2014, SÉRIE II DE 2014-11-19

Ministérios das Finanças e da Saúde – Gabinetes da Ministra de Estado e das Finanças e do Ministro da Saúde

Atribuição de subsídio mensal de residência ao presidente do conselho diretivo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P.

Surto de Legionella: Comunicado Conjunto DGS-INSA-ARSLVT

Comunicado conjunto  da Direção-Geral da Saúde, Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge e Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo sobre o atual surto de Doença dos Legionários.

Veja aqui o documento.

Veja também os vários comunicados ao longo da semana anterior.

Veja todas as relacionadas em:

Tag Legionella

Concurso para uma Bolsa de Investigação “Nova Abordagem Terapêutica para as Mucopolissacaridoses” – INSA

«ATRIBUIÇÃO DE UMA BOLSA DE INVESTIGAÇÃO NO ÂMBITO DO PROJETO “LESS IS MORE: DESENVOLVIMENTO DE UMA NOVA ABORDAGEM TERAPÊUTICA PARA AS MUCOPOLISSACARIDOSES ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DA TECNOLOGIA DE RNA DE INTERFERÊNCIA (RNAI)” – REFª: BCP/LIM/DGH/2014

Data Limite : 03-11-2014

Anúncio para atribuição de uma Bolsa de Investigação

No âmbito do Projeto “Less is more: Desenvolvimento de uma nova abordagem terapêutica para as Mucopolissacaridoses através da utilização da tecnologia de RNA de interferência (RNAi)”

Refª: bcp/LIM/DGH/2014

EDITAL

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Departamento de Genética Humana, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação – 1 vaga – com o grau de Mestre, a candidatos (M/F), no âmbito do Projeto “Less is more: Desenvolvimento de uma nova abordagem terapêutica para as Mucopolissacaridoses através da utilização da tecnologia de RNA de interferência (RNAi)”,financiado pela Fundação Milllennium bcp.

Fase de Candidatura: de 20-10-2014 a 03-11-2014

As condições de Abertura da Bolsa são as seguintes:

Área Científica:  Ciências da Saúde

Requisitos de Admissão:

  • Mestrado em das ciências da saúde ou ciências biológicas.
  • Experiência laboratorial em técnicas de biologia molecular (PCR, qRT-PCR, sequenciação e clonagem), Western Blot, Imunofluorescência e culturas celulares
  • Bons conhecimentos da língua Inglesa (escritos e orais) e língua Portuguesa nativa;
  • Bons conhecimentos de informática na ótica do utilizador;
  • Experiência de trabalho com programas de bioinformática
  • Experiência de escrita de artigos científicos

Serão fatores de preferência:

  • Experiência de trabalho na área das doenças lisossomais de sobrecarga
  • Experiência em transfeção de linhas celulares de fibroblastos
  • Elevado sentido de responsabilidade;
  • Facilidade de relacionamento, comunicação e trabalho em equipa;
  • Disponibilidade imediata.

Plano de trabalhos: As funções do bolseiro serão as de (1) desenhar siRNAs específicos, dirigidos aos genes envolvidos na biossíntese dos glicosaminoglicanos (GAGs); (2) estabelecer e manter culturas celulares de diversos tipos (COS e/ou HeLa; fibroblastos de doentes MPS); (3) sobreexpressar os genes da biossíntese dos GAGs nas linhas celulares modelo, para subsequente transfeção dos respectivos siRNAs e avaliação do seu efeito inibidor por qt RT-PCR; (4) transfetar as linhas celulares de doentes MPS com os siRNAs mais eficientes e avaliar o seu efeito inibidor por qt RT-PCR e Western blot. Para além disto deverá colaborar na preparação de relatórios de progresso e científicos, e participar noutras atividades operacionais e cientificas do grupo de Investigação e Desenvolvimento em que estará inserido (UID-SA).

Legislação e regulamentação aplicável: Lei Nº. 40/2004, de 18 de Agosto (Estatuto do Bolseiro de Investigação), com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei 202/2012, de 27 de Agosto (Estatuto do Bolseiro de Investigação). O Regulamento n.º 234/2012, de  25 de Junho, (Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.), http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/regulamento.phtml.pt ,sem prejuízo de outra legislação em vigor e das regras de funcionamento interno da Instituição. Ainda, de acordo com o Regulamento n.º 234/2012, de  25 de Junho, artigo 38.º, em cada entidade de acolhimento deve existir um núcleo de acompanhamento dos bolseiros, sendo que no INSA, I.P., é a DGRH-Bolsas que assume as competências do Núcleo do Bolseiro, e cujas regras básicas de funcionamento são: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas pode ser contatada nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado nesta Instituição.

Local de trabalho: O trabalho será desenvolvido no Departamento de Genética Human, do INSA – Centro Gonçalves Ferreira, Porto.

Orientação Científica: O trabalho será efetuado sob a orientação cientifica da Doutora Sandra Alves do Departamento de Epidemiologia do INSA.

Duração da bolsa: A bolsa é atribuída por 12 meses e pode ser eventualmente renovada, mas nunca excedendo o limite de duração do projeto. A bolsa tem inicio previsto a 01.12.2014 e o projeto prevê o seu término a 31.05.2016.

Valor do subsídio de manutenção mensal: O montante mensal da bolsa corresponde a 980€.. O valor de 980€ é o constante da tabela de valores das bolsas atribuídas diretamente pela FCT, I.P. no País (http://alfa.fct.mctes.pt/apoios/bolsas/valores). A este valor é ainda aditado o valor do Seguro Social Voluntário (1.º escalão) e pago um Seguro de Acidentes de Trabalho.

Métodos de seleção: O processo de avaliação inclui duas fases: avaliação curricular (caráter eliminatório) e entrevista, parte da qual desenvolvida em inglês. À avaliação curricular será atribuída classificação numa escala de 0 a 20 valores. Só serão chamados a entrevista, através da comunicação por email, os candidatos que obtiverem uma pontuação igual ou superior a 16 valores na avaliação curricular. A ponderação para a avaliação final é de 60% e 40% para a  avaliação curricular e entrevista, respetivamente.

Composição do Júri de Seleção: O Júri é constituído pela Doutora Sandra Alves, investigadora auxiliar do Departamento de Genética Humana do INSA (presidente do Júri), Doutora Maria João Prata, professora associada da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), e pela Doutora Olga Amaral, assistente principal – ramo de genética do Departamento de Genética Humana do INSA (vogais efetivos).

A Doutora Laura Vilarinho, investigadora auxiliar do Departamento de Genética Humana do INSA e o Doutora Paulo Pinho e Costa, investigador principal do Departamento de Genética Humana do INSA, serão vogais suplentes.

Prazo e forma de apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas, obrigatoriamente, através do envio de carta de candidatura acompanhada dos seguintes documentos: Curriculum Vitae detalhado, certificado de habilitações e outros documentos comprovativos considerados relevantes.

Tanto a carta de candidatura como o Curriculum Vitae devem ser apresentados em inglês.

As candidaturas deverão ser enviadas por e-mail ou por correio (até à data limite de 03-11-2014) para o seguinte endereço:

Sandra Alves
Centro de Saúde Pública Dr. Gonçalves Ferreira, INSA
Rua Alexandre Herculano, 321
4000 – 055 Porto
Portugal
Email: sandra.alves@insa.min-saude.pt

Os candidatos que enviem as candidaturas por email devem conservar o recibo de entrega e/ou leitura como comprovativo de receção.

Forma de publicitação/notificação dos resultados: Comunicação dos resultados aos candidatos e outras informações: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio eletrónico, com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, considerar-se-á automaticamente notificado para consultar o processo se assim o desejar e pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias úteis. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação e comunicar a data de início efetivo da bolsa. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo qualificado (e assim sucessivamente) de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, a constar em Ata. A lista final de classificação será afixada em local visível, na Ala da Direção de Recursos Humanos, piso 2, deste Instituto e também afixada nas instalações do INSA, no Porto.»