Instituto Ricardo Jorge estuda fatores associados a não toma da vacina antigripal

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11-05-2017

Um estudo do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, desenvolvido através do seu Departamento de Epidemiologia, sugere que os indivíduos do grupo de risco para a gripe não se vacinam sobretudo por não considerar ter elevada probabilidade de contrair a doença. Outra das razões para a não toma anual da Vacina Antigripal (VAG), tem a ver com o receio dos efeitos adversos derivados da imunização.

Este trabalho teve como principal objetivo utilizar as dimensões do Modelo de Crenças de Saúde (gravidade, suscetibilidade, barreiras, benefícios e pistas para a ação) para avaliar a não toma da VAG pelo grupo-alvo da vacinação, definido como pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e/ou pessoas que declararam ter uma das seguintes doenças crónicas (auto reportadas): asma; doença pulmonar obstrutiva crónica (bronquite crónica, enfisema pulmonar); diabetes; obesidade; doença isquémica cardíaca (doença coronária, angina de peito); doença hepática e doença renal.

O estudo foi realizado com base em dados do inquérito ECOS, Em Casa Observamos Saúde. O ECOS é um instrumento de observação que o Departamento de Epidemiologia desenvolve desde 1998 com o objetivo de colher dados sobre o estado de saúde e de doença e suas determinantes, na população de Portugal Continental.

A amostra aleatória de indivíduos com 18 e mais anos residentes nas unidades de alojamento em Portugal foi estratificada por região com alocação homogénea (n=856). As estimativas foram ponderadas por grupo etário e região.

Cerca de dois terços da população (68,7%) do grupo-alvo não tomou a VAG na época 2013/2014. Os principais motivos evocados para esse comportamento inserem-se na dimensão suscetibilidade, que se refere ao julgamento do indivíduo sobre as probabilidades de adoecer.

As categorias mais frequentemente referidas são o “considerar-se uma pessoa saudável” e o “saber-se cuidar” (29,8%), das quais são exemplos as seguintes respostas: “tomo vitamina C das laranjas e nunca tenho gripe” e “sou uma pessoa saudável”.

A dimensão barreiras percebidas foi também frequente, correspondendo à avaliação individual sobre os obstáculos ou dificuldades na adoção de um determinado comportamento. Cerca de 17% afirmou não tomar a vacina por ter tido uma má experiência no passado, por conhecer alguém que teve uma má experiência ou ainda pela noção de que a VAG faz mal ou pior que a gripe.

A não toma da VAG foi 22% superior nos indivíduos que não se consideram suscetíveis a contrair o vírus e 18% mais baixa nos que não consideram que a vacina cause sintomas de gripe. Os resultados deste trabalho do Instituto Ricardo Jorge foram recentemente publicados no artigo “Beliefs and attitudes towards the influenza vaccine in high-risk individuals“.

O impacto societal e económico da circulação do vírus influenza deve-se sobretudo à infeção em grupos específicos, para os quais há maior risco de outras complicações de saúde e, consequentemente, de hospitalização ou morte. Nestes grupos incluem-se as pessoas com idade igual ou superior a 65 anos e doentes crónicos, considerando-se grupos-alvo prioritários para os quais se emite anualmente recomendações para a prescrição da VAG.

Instituto Ricardo Jorge promove exposição “Ambientes de Trabalho Saudáveis – Importância da Prevenção”

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11-05-2017

O Instituto Ricardo Jorge, através da Unidade de Ar e Saúde Ocupacional do seu Departamento de Saúde Ambiental, assinalou o Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho com uma exposição documental intitulada “Ambientes de Trabalho Saudáveis – Importância da Prevenção”. A mostra está patente até 26 de maio, no edifício sede do Instituto, em Lisboa.

A iniciativa visa divulgar a atividade da Unidade de Ar e Saúde Ocupacional no âmbito da saúde ocupacional, a qual numa perspetiva preventiva, avalia fatores de risco (físicos, químicos ou biológicos) para a saúde humana relacionados com o ar ambiente (interior e exterior), com o objetivo de criar locais de trabalho saudáveis e seguros, promovendo a saúde e o bem-estar.

Nesta exposição é dado destaque aos dois tipos de monitorização aplicáveis: monitorização biológica, com apresentação dos tipos de indicadores biológicos de exposição e monitorização ambiental, salientando-se a avaliação da exposição profissional ao ruído, a agentes biológicos e a agentes químicos, como é o caso do amianto e dos solventes orgânicos e, ainda, a avaliação do ambiente térmico.

A presente mostra teve por base uma outra exposição realizada no Instituto Ricardo Jorge, em outubro de 1995, no âmbito do Projeto Viva a Ciência, tendo sido agora atualizada com o propósito do assinalar o Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho.

O dia 28 de abril é comemorado em todo o mundo, desde 2003, como Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e tem como objetivo homenagear as vítimas de acidentes de trabalho e de doenças profissionais. Em Portugal, o dia 28 de Abril foi instituído “Dia Nacional de Prevenção e Segurança no Trabalho” mediante Resolução da Assembleia da República n.º 44/2001.

Instituto Ricardo Jorge volta a ativar Sistema de Monitorização e Vigilância ÍCARO

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09-05-2017

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, ativou o Sistema de Monitorização e Vigilância ÍCARO, um instrumento de observação no âmbito do qual se estuda o efeito de fatores climáticos na saúde humana. Este sistema é ativado todos os anos, entre maio e setembro, emitindo diariamente um índice de alerta que é disponibilizado às autoridades de saúde.

Os relatórios diários do Índice Alerta Ícaro são divulgados apenas a um grupo restrito de pessoas, com responsabilidades na decisão e prestação de cuidados à população. Sempre que as previsões da temperatura e o valor do Índice Alerta Ícaro o aconselharem, é transmitida uma recomendação de alerta de onda de calor.

O Sistema ÍCARO começou a ser desenvolvido em 1999, em parceria com o Instituto de Meteorologia e conta com a participação da Direção-Geral da Saúde e da Autoridade Nacional de Proteção Civil, fazendo parte integrante, desde 2004, do Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, agora incluído na plataforma Saúde Sazonal e designado “Plano Verão e Saúde”. Genericamente um Índice Alerta Ícaro é uma medida numérica do risco potencial que as temperaturas ambientais elevadas têm para a saúde da população.

Informação do Portal SNS:

Ativada ferramenta que observa risco de ondas de calor

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, ativou o Sistema de Monitorização e Vigilância ÍCARO, um instrumento de observação no âmbito do qual se estuda o efeito de fatores climáticos na saúde humana.

O Sistema de Monitorização e Vigilância ÍCARO é ativado, todos os anos, entre maio e setembro, emitindo relatórios diários do Índice Alerta Ícaro, que são divulgados apenas a um grupo restrito de pessoas, com responsabilidades na decisão e prestação de cuidados à população. Sempre que as previsões da temperatura e o valor do Índice Alerta Ícaro o aconselharem, é transmitida uma recomendação de alerta de onda de calor.

De acordo com o Instituto Ricardo Jorge, o Sistema ÍCARO começou a ser desenvolvido em 1999, em parceria com o Instituto de Meteorologia, e conta com a participação da Direção-Geral da Saúde e da Autoridade Nacional de Proteção Civil, fazendo parte integrante, desde 2004, do Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, agora incluído na plataforma Saúde Sazonal e designado «Plano Verão e Saúde».

Genericamente, um Índice Alerta Ícaro é uma medida numérica do risco potencial que as temperaturas ambientais elevadas têm para a saúde da população.

Para saber mais, consulte:

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Dia do Jovem Investigador do Instituto Ricardo Jorge prevê apresentação de 16 comunicações orais

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04-05-2017

É já na próxima segunda-feira, dia 8 de maio, que terá lugar a segunda edição do Dia do Jovem Investigador do Instituto Ricardo Jorge. A iniciativa prevê a apresentação de 16 comunicações orais agrupadas em quatro blocos: resposta a stresses e evolução adaptativa; causas e mecanismos das doenças; epidemiologia e biomonitorização de base populacional; e tecnologias da saúde.

Estas comunicações, selecionadas de um total de 68, vão abordar e debater temas tão diversos quanto o efeito do frio extremo na saúde humana, a base molecular do desenvolvimento do cancro colo-retal, a qualidade do ar interior nos lares de idosos ou a efetividade da vacinação anti-gripal. Em paralelo, estará patente uma exposição de cerca de meia centena de comunicações sob a forma de poster.

O Dia do Jovem Investigador é uma iniciativa conjunta do Conselho Diretivo e do Conselho Científico e visa proporcionar a todos os interessados o contacto direto com a produção científica e tecnológica dos jovens investigadores do Instituto Ricardo Jorge, dando a conhecer o seu contributo a este Instituto, enquanto Laboratório do Estado no setor da Saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde.

“Vamos assistir à apresentação de comunicações relatando os resultados mais relevantes obtidos, por jovens investigadores do Instituto Ricardo Jorge, em 2015-2017, com particular interesse em abordagens interdisciplinares atravessando as áreas temáticas do INSA e além”, explica João Lavinha, coordenador da Unidade de Investigação do Departamento de Genética Humana.

O Dia do Jovem Investigador, que será transmitida por vídeoconferência para o Centro Gonçalves Ferreira, no Porto, tem entrada livre, mas sujeita a inscrição e à capacidade da sala. Os interessados em assistir, devem efetuar a sua inscrição através do preenchimento do seguinte formulário.

Programa Dia do Jovem Investigador do Instituto Ricardo Jorge

Informação do Portal SNS:

Jovens apresentam 16 estudos na área da saúde, dia 8

Mais de uma dezena de trabalhos de investigação desenvolvidos por jovens em áreas como cancro, qualidade do ar ou vacinação antigripal vão ser apresentados no dia 8 de maio, no âmbito do Dia do Jovem Investigador do Instituto Ricardo Jorge, em Lisboa.

A iniciativa, que vai na segunda edição, prevê a apresentação de 16 comunicações orais agrupadas em quatro blocos:

  • Resposta a stresses e evolução adaptativa;
  • Causas e mecanismos das doenças;
  • Epidemiologia e biomonitorização de base populacional;
  • Tecnologias da saúde

Estas comunicações, selecionadas de um total de 68, vão abordar e debater temas tão diversos quanto o efeito do frio extremo na saúde humana, a base molecular do desenvolvimento do cancro colorretal, a qualidade do ar interior nos lares de idosos ou a efetividade da vacinação antigripal, acrescentou.

Em paralelo, estará patente uma exposição de cerca de meia centena de comunicações sob a forma de poster.

O Dia do Jovem Investigador é uma iniciativa conjunta do Conselho Diretivo e do Conselho Científico e visa proporcionar a todos os interessados o contacto direto com a produção científica e tecnológica dos jovens investigadores do Instituto Ricardo Jorge, dando a conhecer o seu contributo a este Instituto, enquanto Laboratório do Estado no setor da Saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde.

“Vamos assistir à apresentação de comunicações relatando os resultados mais relevantes obtidos, por jovens investigadores do Instituto Ricardo Jorge, em 2015-2017, com particular interesse em abordagens interdisciplinares atravessando as áreas temáticas do Instituto Ricardo Jorge e além”, explica João Lavinha, coordenador da Unidade de Investigação do Departamento de Genética Humana.

O Dia do Jovem Investigador, que será transmitida por vídeoconferência para o Centro Gonçalves Ferreira, no Porto, tem entrada livre, mas sujeita a inscrição e à capacidade da sala.

Para saber mais, consulte:

Gratuito: Dia do Jovem Investigador do Instituto Ricardo Jorge – inscrições abertas

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24-04-2017

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge promove, dia 8 de maio, no seu auditório, em Lisboa, o Dia do Jovem Investigador, onde serão apresentados resultados de trabalhos realizados em 2015-2017 por investigadores com menos de 35 anos. A iniciativa, que será transmitida por vídeoconferência para o Centro Gonçalves Ferreira, no Porto,  tem entrada livre, mas sujeita a inscrição e à capacidade da sala.

A segunda edição do o Dia do Jovem Investigador visa proporcionar a todos os interessados o contacto direto com a produção científica e tecnológica dos jovens investigadores do Instituto Ricardo Jorge, dando a conhecer o seu contributo a este Instituto, enquanto Laboratório do Estado no setor da Saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde. Os interessados em assistir, devem efetuar a sua inscrição através do preenchimento do seguinte formulário.

As comunicações orais e os posters a apresentar no Dia do Jovem Investigador abordarão áreas das doenças crónico degenerativas e genéticas, doenças infeciosas, epidemiologia, biostatística e bioinformática, imunologia, promoção da saúde, saúde ambiental, alimentação e serviços de saúde.

O evento tem como convidadas Rosália Vargas, presidente da Agência Ciência Viva, Francisca Avillez, membro da Comissão Nacional de Ética para as Ciências da Vida, e Mariana Gomes de Pinho, investigadora do Instituto de Tecnologia Química e Biológica – António Xavier.  Contará ainda com a participação de 16 jovens investigadores do Instituto Ricardo Jorge cujas contribuições científicas tenham sido escolhidas para comunicação oral.

Instituto Ricardo Jorge disponibiliza diagnóstico laboratorial para fungo multirresistente

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21-04-2017

O Instituto Ricardo Jorge disponibiliza diagnóstico laboratorial para a pesquisa de Candida auris, fungo multirresistente recentemente associado a surtos nosocomiais em vários países europeus. A identificação desta espécie não é possível utilizando métodos bioquímicos convencionais, sendo confundida com outras espécies de Candida não albicans.

A identificação de isolados de Candida não albicans provenientes de amostras profundas deve ser realizada por métodos moleculares ou por técnicas de espectrometria de massa (MALDI-TOF), desde que a base de dados esteja atualizada e inclua a espécie Candida auris. O Instituto Ricardo Jorge dispõe de técnicas para a identificação molecular desta espécie que poderão colmatar as dificuldades na identificação laboratorial.

O Instituto Ricardo Jorge realiza, adicionalmente, a determinação do seu padrão de suscetibilidade aos antifúngicos. Esta técnica é sobretudo recomendada nas unidades em que ocorra elevado uso de antifúngicos, uma vez que esta prática poderá favorecer a emergência de espécies multirresistentes.

De acordo com os responsáveis do Laboratório Nacional de Referência de Infeções Parasitarias e Fúngicas do Departamento de Doenças Infeciosas, “a falta de conhecimento desta nova espécie de Candida resulta numa potencial disseminação deste microrganismo a nível hospitalar”. Na sequência dos recentes alertas internacionais relativamente à emergência de Candida auris, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) divulgou em dezembro do ano passado um conjunto de orientações sobre este agente.

Laboratório de Saúde Pública da ARS de Lisboa e Vale do Tejo integrado no Instituto Ricardo Jorge

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31-03-2017

O Laboratório de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) foi integrado no Instituto Ricardo Jorge. A decisão visa reforçar o desenvolvimento das competências nucleares destes dois organismos públicos, otimizar os recursos existentes e melhorar a qualidade do serviço prestado.

“Sublinha-se, deste modo, o importante papel da atividade laboratorial no apoio aos serviços de saúde pública no exercício das suas competências, tendo como laboratório de referência o Instituto Ricardo Jorge”, refere a portaria que procede à transferência das competências do Laboratório de Saúde Pública – Unidade da Analítica de Apoio à Autoridade de Saúde (LSP-UAAAS) da ARSLVT para o Instituto Ricardo Jorge.

O LSP-UAAAS era responsável por apoiar as Autoridades de Saúde e assegurar as análises microbiológicas e físico-químicas de águas de consumo humano, piscinas e ainda águas minerais naturais e de nascente. Estas análises, que serão agora asseguradas pelo Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Saúde Ambiental, constituem a vertente analítica dos vários Programas de Vigilância Sanitária que decorrem na área de influência da ARSLVT.

No âmbito desta integração, decorreu recentemente nas instalações do Instituto Ricardo Jorge, em Lisboa, um reunião de trabalho de articulação com os serviços de saúde pública. Participaram no encontro autoridades de saúde de cada um dos agrupamentos de centros de saúde da ARSLVT e respetivos técnicos de saúde ambiental.