CHUC | Missão cirúrgica humanitária: Cirurgia cardiotorácica operou 17 doentes em Moçambique

08/11/2017

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) divulga que uma equipa do seu Serviço de Cirurgia Cardiotorácica operou, com sucesso, 17 doentes em Moçambique, a maioria crianças, durante uma missão cirúrgica humanitária realizada na última semana.

«Todas as intervenções cirúrgicas foram completadas com sucesso e, à data do regresso da equipa de missão, alguns doentes já tinham tido alta hospitalar», afirma Manuel Antunes, diretor daquele serviço hospitalar.

As intervenções cirúrgicas aos 17 doentes, a maioria crianças, «com doenças cardíacas congénitas e adquiridas», foram realizadas no Instituto do Coração de Maputo, em Moçambique, por uma equipa de oito elementos do CHUC.

«Além dos cuidados médico-cirúrgicos prestados, os vários elementos da equipa participaram em ações de formação dos profissionais do instituto onde, desde há cerca de quatro anos, já são efetuadas intervenções cirúrgicas cardíacas por uma equipa do próprio instituto, constituída por cirurgiões e outros elementos moçambicanos, na sequência do treino recebido durante estas missões e em vários países europeus, incluindo Portugal», adianta o responsável.

Esta foi a 17.ª missão anual consecutiva da equipa do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do CHUC.

SNS24 contacta utentes em espera por cirurgia

imagem do post do SNS24 contacta utentes em espera por cirurgia

A partir de 30 de outubro, o SNS24 passou a contactar pró-ativamente os utentes do SNS que recebem notas de transferência entre hospitais públicos, ou vales de cirurgia para os convencionados ou para o setor social, apoiando uma tomada de decisão mais rápida por parte dos utentes e facilitando os procedimentos de agendamento das cirurgias.

Através deste novo projeto, desenvolvido pela ACSS em parceria com a SPMS, os utentes referenciados para cirurgia, que tenham recebido vale-cirurgia, são contactados pelos operadores do Centro de Contacto do SNS, e são informados sobre as opções existentes, de forma a obterem uma resposta célere de tratamento.

Em termos operacionais, o SNS24 emitirá um report diário a enviar às Administrações Regionais de Saúde e a todas Unidades Regionais de Gestão do Acesso, com informação atualizada sobre os utentes contactados.

Os vales-cirurgia, emitidos no âmbito do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) sob a responsabilidade da ACSS, visam garantir uma resposta ao utente, sempre que o SNS não o consegue fazer num tempo clinicamente aceitável, através do encaminhamento para outros hospitais privados ou sociais com convenção com o SNS.

Atualmente a ACSS emite cerca de 2500 vales-cirurgia por semana.

Cirurgia do glaucoma: CHLN introduz procedimento inovador com resultados positivos

19/10/2017

Uma nova técnica de cirurgia do glaucoma foi introduzida recentemente em Portugal pelo Serviço de Oftalmologia do Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN). É um procedimento inovador, utilizado em casos de glaucoma grave e refratário, e com resultados bastante positivos no controlo da pressão intraocular, que é o principal fator de risco para quem sofre desta patologia.

Nos últimos quatro meses, foram intervencionados, no CHLN, 12 doentes com recurso a esta técnica e os resultados demonstraram-se francamente promissores.

Na prática, esta técnica inovadora é composta pela junção de dois implantes de drenagem não valvulados (um tubo Baerveldt e um dispositivo XEN), de modo a potenciar as vantagens de ambos e a reduzir potenciais complicações associadas à cirurgia do glaucoma.

«O recurso a esta técnica implica a introdução de um material diferente, mais biocompatível, e também prevê uma recuperação mais rápida, com a grande vantagem de poder efetuar, mais rapidamente, um controle da tensão, que é o que nós queremos no glaucoma. Ao mesmo tempo, há também a vantagem de diminuir os efeitos adversos normalmente associados a este tipo de cirurgia», explica Luís Abegão Pinto, oftalmologista responsável pela aplicação deste procedimento.

Uma das grandes vantagens apresentadas por este procedimento tem que ver com os efeitos a médio-longo prazo, clarifica Luís Abegão Pinto. «Um dos grandes problemas das cirurgias do glaucoma prende-se com a segurança a longo prazo. Esta técnica resulta num pós-operatório mais breve e de mais fácil recuperação. As cirurgias clássicas implicam necessariamente uma segunda ida ao bloco para ajuste de dispositivo, algo que com esta técnica não se justifica. Evita-se assim essa segunda intervenção cirúrgica, o que diminuiu bastante os riscos pós-operatórios. Esta é uma solução para doentes mais novos e também para os doentes nos quais a cirurgia standard não apresentou os resultados esperados e que necessitam de uma estratégia diferenciada».

Fátima O. Campos, Diretora do Serviço de Oftalmologia do CHLN, espera que, «futuramente, este procedimento aumente e evolua, pois no CHLN recebemos um número considerável de doentes jovens com glaucoma avançado e muitos são “candidatos” a este tipo de intervenção. Podemos assim proporcionar-lhes uma resposta mais eficaz e adequada às suas necessidades».

Esta técnica aplicada à cirurgia do glaucoma foi iniciada por um Centro Oftalmológico em Genebra, na Suíça, a que se seguiu outro, em Mainz, na Alemanha. O CHLN é o terceiro centro da Europa a introduzir esta técnica, apresentando já a segunda maior casuística, o que o posiciona como um centro de excelência nesta área, a nível europeu. Em Portugal, é pioneiro na área, quer pelo recurso a este procedimento inovador, quer pela casuística já apresentada.

Fotografia: Luís Abegão Pinto, oftalmologista responsável pela aplicação deste procedimento, e Fátima O. Campos, Diretora do Serviço de Oftalmologia do CHLN.

Para saber mais, consulte:

Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE – http://www.chln.min-saude.pt/

Centro de Contacto do SNS: SNS 24 vai ajudar utentes a escolher hospital e a marcar cirurgias

03/10/2017

Os utentes que aguardam por uma cirurgia num hospital público vão ser contactados pelo serviço SNS 24, que os ajudará a escolher outra instituição pública, uma unidade no setor convencionado ou o mesmo hospital, marcando a operação logo no telefonema.

A informação foi avançada à agência Lusa por Ricardo Mestre, do conselho diretivo da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), organismo do Ministério da Saúde que está a implementar um conjunto de medidas com vista a agilizar o acesso dos utentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O responsável anunciou que, já a partir de outubro, os utentes que estão à espera de uma cirurgia num hospital do SNS para a qual os tempos máximos de resposta garantidos tenham sido atingidos vão receber um cheque-cirurgia ou uma nota de transferência (entre hospitais do SNS), que vai começar a ser desmaterializada, passando a ser enviada através de SMS ou email.

No caso dos utentes que não dispõem destas formas de comunicação, o cheque ou a nota continuarão a ser enviados em papel.

Através de contacto telefónico, o SNS 24 irá informar o utente sobre as alternativas que existem em outros hospitais públicos, bem como as soluções nos setores privado e social.

De acordo com o responsável, o objetivo da medida é «poupar tempo», podendo a cirurgia ser marcada através desse contacto telefónico, evitando assim a deslocação do utente ao hospital para a marcação da operação, mediante apresentação do cheque ou da nota.

«Queremos uma atitude pró-ativa para ajudar o utente a tomar decisões», acrescentou.

No âmbito das consultas, a aposta passa pelo recurso a instrumentos como a telemedicina, estando a ser estendida a todos os hospitais e centros de saúde a possibilidade de os médicos de família enviarem informação, incluindo fotografias, ao médico hospitalar, na área da dermatologia.

Segundo Ricardo Mestre, entre 50 a 70 % dos casos atendidos desta forma, nas instituições de saúde que a disponibilizam, dispensam uma consulta hospitalar.

A livre escolha dos utentes continua a aumentar, sendo já 240 mil os utentes que, entre junho de 2016 e 24 de setembro deste ano, optaram por uma primeira consulta de especialidade fora do seu hospital de residência.

A este propósito, Ricardo Mestre revelou que, até final de 2017, será realizada uma avaliação às razões que estão na origem da escolha de outro hospital, bem como ao motivo que leva os utentes a optarem pela sua instituição de residência.

Fonte: Lusa

Para saber mais, consulte:

Administração Central do Sistema de Saúde, IP – http://www.acss.min-saude.pt