SNS + Proximidade | Futuros passos: Plano individual cuidados para utentes com vários problemas de saúde

21/11/2017

Os utentes com vários problemas de saúde vão passar a ter um plano individual de cuidados que estará acessível aos vários profissionais de saúde, um projeto que deve ser generalizado a todo o país em 2019.

O Ministério da Saúde apresenta esta terça-feira, dia 21 de novembro de 2017, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, os futuros passos do projeto «SNS + Proximidade», que começou a ser testado em alguns agrupamentos de centros de saúde da região Norte de Portugal.

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De acordo com o responsável pelo projeto, Constantino Sakellarides, um dos elementos centrais é o desenvolvimento de um plano individual de cuidados para as pessoas com vários problemas de saúde, com doença crónica associada, o que significa cerca de 30 % da população portuguesa.

Este instrumento serve para gerir o percurso do doente e para definir quais os objetivos a atingir para os vários problemas de saúde que tem, sendo que os próprios utentes vão ajudar a definir esse plano.

«Servirá também para determinar o que é importante para o doente nos próximos anos, que questões interessam controlar ou qual a atuação a ter», explica o responsável, indicando que há um instrumento de avaliação dos objetivos definidos.

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A ideia é abarcar os vários problemas que afetam a qualidade de vida das pessoas e não apenas uma ou mais doenças crónicas de que padeçam, incluindo no plano outros problemas ou disfunções, como perturbações de sono, tonturas ou dores de costas, por exemplo.

Este plano individual de cuidados estará disponível no portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e permitirá a partilha, entre todos os profissionais de saúde envolvidos, de informações e de decisões de diagnóstico e terapêutica. Vai incluir as pessoas com necessidades de cuidados domiciliários, «criando processos de articulação e coordenação nos centros de saúde, em colaboração com os serviços sociais». Constantino Sakellarides sublinha que este tipo de projetos e de mudanças não se institui por decreto e que é necessária uma implementação gradual do projeto.

No próximo ano, 2018, serão alargadas as experiências da região Norte a todas as regiões do país e em 2019 o Ministério da Saúde espera começar a generalizar o plano individual de cuidados a toda a população com múltiplos problemas de saúde.
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Pilares fundamentais do SNS + Proximidade

O projeto SNS + Proximidade pretende ainda tornar mais acessível a resposta dos centros de saúde às pessoas com doença aguda, evitando «idas desnecessárias às urgências hospitalares». Para isso, é necessário disponibilizar meios complementares de diagnóstico nos centros de saúde, reconhece Constantino Sakellarides, como análises clínicas.

O responsável adiantou que no projeto-piloto do Norte houve centros de saúde que começaram já a garantir uma resposta de análises clínicas no próprio dia, ou com equipas hospitalares que se deslocam ao centro de saúde ou com o utente a fazer análises no hospital no próprio dia, sem necessitar de passar pela urgência hospitalar.

Outro dos pilares fundamentais do SNS + Proximidade é o aumento da literacia em saúde (conhecimento sobre a situação de doença e condição física para tornar as pessoas mais capazes de tomar decisões informadas). Para isso, o Portal SNS está a começar a recolher e disponibilizar informação de qualidade sobre determinadas problemáticas de saúde, como quedas, alimentação, que seja de fácil acesso e leitura para qualquer cidadão.

Constantino Sakellarides afirma ainda que outro dos objetivos deste projeto é que os utentes tenham no Portal SNS uma «agenda de saúde», um instrumento personalizável com todas as informações relevantes sobre a saúde de cada um.

SNS+Proximidade: apresentação do projeto de modernização do SNS a 21 de novembro em Lisboa

20/11/2017

O Ministério da Saúde apresenta, dia 21 de novembro, a partir das 10h30, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o projeto SNS+Proximidade: os primeiros passos do SNS do futuro. Este projeto, que tem como missão modernizar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), decorre no âmbito do Programa Nacional de Literacia em Saúde e Integração de Cuidados do Ministério da Saúde.

O Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, assumirá as honras do encerramento da sessão, e o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, presidirá à sessão abertura.

Promover a integração dos cuidados de saúde e colocar o cidadão e o seu percurso de vida no centro do sistema são as duas grandes apostas desta iniciativa, que arrancou em julho de 2017 na região Norte e será alargada ao resto do país em 2018.

Para cumprir os desígnios do projeto foram criados instrumentos e procedimentos de organização que, postos ao serviço do cidadão e dos profissionais de saúde, asseguram que o percurso das pessoas pelos vários serviços de que necessitam possa ser gerido de forma atempada e com bons resultados, evitando a fragmentação dos cuidados que hoje se observa.

Pessoas com múltiplos problemas de saúde, com doença crónica e utilizadores frequentes dos serviços de saúde terão um Plano Individual de Cuidados, já disponível no Portal SNS, que permite uma partilha fácil de informações e decisões de diagnóstico e terapêutica entre todos os envolvidos no processo.

Este plano inclui as pessoas com necessidades de cuidados domiciliários, uma vez que cuidar em casa é um dos principais objetivos do SNS+Proximidade. Para tal, os cuidados no domicílio são integrados no conjunto dos cuidados de saúde através da utilização do Plano Individual de Cuidados, criando processos de articulação e coordenação nos centros de saúde em estreita colaboração com os serviços sociais.

As pessoas com doença aguda vão ter uma resposta que se pretende mais acessível e cómoda, através da disponibilização de análises clínicas e outros métodos de diagnóstico e tratamento nos centros de saúde e de uma melhor partilha de informação com os hospitais, permitindo que cada caso seja tratado no local adequado e combatendo o uso desnecessário dos serviços de urgência.

Incentivar o envolvimento e a participação do cidadão na sua saúde e na saúde da sua comunidade é outro dos objetivos-chave do projeto. Para tal, serão criadas novas estratégias locais de saúde e existe já um forte investimento na literacia em saúde e na melhoria da qualidade do atendimento no SNS. Tanto a integração dos cuidados de saúde como o sucesso das estratégias locais de saúde dependem, em larga medida, de as pessoas serem capazes de tomar decisões informadas sobre a sua saúde.

No que diz respeito à promoção da literacia em saúde, o SNS+Proximidade propõe uma estratégia que inclui um novo conjunto de instrumentos e processos de ativação dos cidadãos.

Entre os instrumentos já acessíveis ao cidadão encontra-se a Biblioteca de Literacia em Saúde, no Portal SNS, que consiste num repositório de recursos de apoio à promoção da literacia em saúde, entre eles uma coleção de livros digitais sobre temas diversos da saúde, como a prevenção de quedas, a alimentação saudável e a violência nas relações.

Para saber mais, consulte:

Incêndios | ARS Centro: Grupo de Crise defende cuidados de saúde de proximidade

18/10/2017

O Grupo de Crise para os Incêndios da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro defendeu, esta terça-feira, dia 17 de outubro, a necessidade de «prosseguir a dinâmica assistencial de proximidade com as populações», com recurso aos meios locais e em articulação com os hospitais.

Em comunicado, a ARS do Centro revela que o Grupo de Crise para os incêndios na região esteve reunido no dia 17 de outubro, numa reunião que contou com a presença do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, na qual foi sublinhada «a necessidade de se prosseguir a dinâmica assistencial de proximidade com as populações, utilizando os recursos existentes a nível de cuidados de saúde primários, em articulação com os hospitais, valorizando a intervenção das unidades de saúde mental comunitárias».

De acordo com a ARS, o Ministro da Saúde expressou o seu reconhecimento pelo intenso trabalho desenvolvido pelas unidades de saúde durante o passado fim de semana, dominado pelos incêndios florestais.

A articulação dos cuidados de saúde primários diretamente com os autarcas das câmaras municipais e juntas de freguesia foi também um dos assuntos em discussão durante o encontro.

A reunião surgiu na sequência dos incêndios verificados nos últimos dias na região Centro e contou com a participação do Conselho Diretivo da ARS do Centro, presidido por José Tereso, do Grupo de Crise e de todas as entidades responsáveis pela prestação de cuidados de saúde, designadamente agrupamentos de centros de saúde (ACES), unidades locais de saúde, hospitais e centros hospitalares.

Criado no âmbito dos incêndios que começaram em 17 de junho em Pedrógão Grande, o Grupo de Crise, que é multidisciplinar, reformulou a sua constituição na sequência dos fogos florestais de outubro, acrescentou ainda a ARS.

Visite:

Administração Regional de Saúde do Centro – http://www.arscentro.min-saude.pt/

Concurso | Novo hospital de Sintra: Hospital de Proximidade tem abertura prevista para 2021

03/08/2017

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e o Município de Sintra, em estreita parceria e articulação, estão a ultimar o programa de procedimento e o caderno de encargos necessários ao lançamento do concurso público internacional para o projeto do novo Hospital de Proximidade de Sintra, que deverá ser lançado nas próximas semanas.

A partir da sua abertura, prevista para janeiro de 2021, o novo Hospital de Proximidade de Sintra permitirá racionalizar a oferta de cuidados de saúde no concelho de Sintra e dar uma resposta inovadora e mais adequada às necessidades da população.

Segundo a ARSLVT, este projeto reforça significativamente a oferta de cuidados de saúde disponibilizada em Sintra pelo Serviço Nacional de Saúde e complementará o esforço de investimento conjunto da  e do Município, de mais de 6 milhões de euros, com apoio de fundos comunitários do PO Lisboa 2020, no âmbito dos cuidados de saúde primários no Agrupamento de Centros de Saúde de Sintra.

A ARS acrescenta que este investimento conjunto já permitiu lançar a construção de raiz de cinco novos centros de saúde, em Queluz, Agualva-Cacém, Algueirão-Mem Martins, Almargem do Bispo e Sintra/Sintra. «Estão também já em curso um conjunto de obras de renovação e remodelação noutras unidades de saúde do concelho, existindo ainda planeados mais investimentos, como o novo centro de saúde de Belas. Estas obras permitirão qualificar as condições de funcionamento de todas as unidades de saúde do concelho e aumentar a capacidade de atração de novos profissionais para o ACES de Sintra» refere a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Sobre o Hospital de Proximidade

O novo Hospital de Proximidade de Sintra resulta do acordo de colaboração entre o Município de Sintra e os Ministérios das Finanças e da Saúde, assinado em 26 de junho, que prevê um investimento global da ordem dos 51,2 milhões de euros. O investimento financeiro é repartido pelo Município, que disponibiliza o terreno e assume o montante necessário para a conceção e construção da nova unidade hospitalar e seus acessos, no valor de 29,6 milhões de euros, e o Ministério da Saúde, que assegura o investimento relativo à aquisição e instalação do equipamento e ao funcionamento da nova unidade hospitalar, no valor de 21, 6 milhões de euros.

O Hospital de Proximidade integrará serviços de urgência básica, consultas externas diferenciadas de alta resolução, unidade de cirurgia ambulatória, meios complementares de diagnóstico e terapêutica modernos e unidade de cuidados continuados integrados (convalescença).

O serviço de consulta externa visa dar uma resposta rápida e inovadora às solicitações provenientes dos cuidados de saúde primários do concelho de Sintra, assegurando que os utentes, com uma única deslocação ao hospital, consigam a realização da consulta e dos meios complementares de diagnóstico e terapêuticos necessários. A nova unidade funcionará em estreita articulação com o Hospital Fernando da Fonseca.

O novo Hospital, para o qual estão previstas 60 camas de convalescença, terá as seguintes especialidades:

  • Anestesiologia;
  •  Cardiologia;
  • Cirurgia geral;
  • Cirurgia pediátrica;
  • Cirurgia plástica e reconstrutiva e estética;
  • Gastrenterologia;
  • Medicina física e de reabilitação;
  •  Medicina interna;
  • Neurologia;
  • Oftalmologia;
  • Ortopedia;
  • Otorrinolaringologia;
  • Patologia clínica;
  • Pediatria;
  • Pneumologia;
  • Psiquiatria;
  • Psiquiatria da infância e da adolescência;
  • Radiologia;
  • Urologia.