Boletim Epidemiológico Observações, Número Especial 6, Doenças Infeciosas 2015 – INSA

BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO OBSERVAÇÕES – ESPECIAL DOENÇAS INFECIOSAS 2015 

Edição de novo número especial dedicado às doenças infeciosas do Boletim Epidemiológico Observações, já disponível para consulta.

Observações é uma publicação científica trimestral, editada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa

Consulte aqui o Boletim.

NESTE NÚMERO:

  • Editorial
    • Sequenciação de Nova Geração: tecnologia de ponta no INSA para apoio à identificação e caracterização de surtos, situações de emergência e à decisão clínica
  • Sequenciação de Nova Geração
    • Sequenciação de Nova Geração no apoio à decisão de transplante pulmonar num doente com fibrose quística
    • Burkholderia pseudomallei: primeiro caso de melioidose em Portugal
    • Sequenciação Total do Genoma aplicada ao estudo de caracterização de uma estirpe de Klebsiella pneumoniae isolada de pus de drenagem de abcesso hepático
    • Isolamento de Helicobacter pullorum de carne de frango: características de um patogénio emergente de origem alimentar
  • Doenças Evitáveis por Vacinação
    • Tosse convulsa em Portugal: análise retrospetiva de casos clínicos suspeitos de infeção por Bordetella pertussis no período 2010-2014
    • Diagnóstico laboratorial do sarampo em Portugal, 2011- 2013
    • Rubéola congénita em Portugal entre 2009 e 2015
    • Apresentação clínica dos casos de síndroma gripal em Portugal: gripe e outros vírus respiratórios
    • Vacinação antigripal da população portuguesa na época 2014/2015: estudo na amostra ECOS
    • Efetividade da vacina antigripal entre 2009 e 2015 em Portugal
    • Aplicação de um teste preliminar a um folheto informativo sobre o estudo da efetividade da vacina antigripal contra formas graves de gripe
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO OBSERVACÕES

Volume 4 (2015) – Número Especial 6, Doenças Infeciosas
ISSN: 0874-2928 | ISSN: 2182-8873 (em linha)

© Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP

Observações é uma publicação científica trimestral, que visa contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa.

Através do acesso público e gratuito a resultados científicos gerados por atividades de observação em saúde, monitorização e vigilância epidemiológica, é dada especial atenção à disseminação rápida de informação relevante para a resposta a temas de relevo para a saúde da população portuguesa, tendo como principal alvo todos os profissionais, investigadores e decisores intervenientes na área da Saúde Pública em Portugal.

Este Boletim enquadra-se na missão oficial do INSA, IP enquanto observatório nacional de saúde, a par das atividades como laboratório estratégico nacional, laboratório de Estado no sector da saúde e laboratório nacional de referência. Transversal aos Departamentos técnico-científicos do INSA, IP, o Boletim reúne textos sucintos sobretudo nos domínios de ação atribuídos por lei ao INSA, IP: Alimentação e Nutrição, Doenças Infeciosas, Genética Humana, Saúde Ambiental, Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis, Epidemiologia, Investigação em Serviços e Políticas de Saúde.

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Vol 4 (2015) – Nº Especial 6  DOENÇAS INFECIOSAS

[PDF-boletim integral]                                                                    

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SUMÁRIO

_EDITORIAL

Sequenciação de Nova Geração: tecnologia de ponta no INSA para apoio à identificação e caracterização de surtos, situações de emergência e à decisão clínica
João Paulo Gomes
Responsável da Unidade de Investigação e do Núcleo de Bioinformática
Departamento de Doenças Infeciosas, INSA

    [PDF]

 

 _ARTIGOS BREVES
Sequenciação de Nova Geração
1_ Sequenciação de Nova Geração no apoio à decisão de transplante pulmonar num doente com
fibrose quística      
Leonor Silveira, Ana Casimiro, Margarida Pinto, Vítor Borges, João Paulo Gomes, Mónica Oleastro
    [PDF]
2_

 

Burkholderia pseudomallei: primeiro caso de melioidose em Portugal
Ana Pelerito, Alexandra Nunes, Susana Coelho, Cátia Piedade, Paulo Paixão, Rita Cordeiro,
Daniel Sampaio, Luís Vieira, João Paulo Gomes, Sofia Núncio
    [PDF]
3_

 

Sequenciação Total do Genoma aplicada ao estudo de caracterização de uma estirpe de
Klebsiella pneumoniae isolada de pus de drenagem de abcesso hepático

Maria João Simões, Aida Pereira, João Carlos Rodrigues, Tiago Pertucci, Inês Maury,
Frederico E. Santo, Vítor Borges, João Paulo Gomes
    [PDF]
 
4_

 

Isolamento de Helicobacter pullorum de carne de frango: características de um patogénio emergente
de origem alimentar
Vítor Borges, Andrea Santos, Cristina Belo Correia, Margarida Saraiva, Luís Vieira,
Daniel A. Sampaio, João Paulo Gomes, Mónica Oleastro
    [PDF]
Doenças Evitáveis por Vacinação
5_ Tosse convulsa em Portugal: análise retrospetiva de casos clínicos suspeitos de infeção
por Bordetella pertussis no período 2010-2014
Maria Augusta Santos, Brigida Pereira, Cristina Furtado
    [PDF]
6_ Diagnóstico laboratorial do sarampo em Portugal, 2011- 2013
Paula Palminha, Elsa Vinagre, Rita Cordeiro, Carlos Ribeiro, Carla Roque
    [PDF]
7_ Rubéola congénita em Portugal entre 2009 e 2015
Paula Palminha, Elsa Vinagre, Carlos Ribeiro, Teresa Lourenço, Carla Roque
    [PDF]
8_

 

Apresentação clínica dos casos de síndroma gripal em Portugal: gripe e outros vírus respiratórios
Ana Paula Rodrigues, Ausenda Machado, Baltazar Nunes, Pedro Pechirra, Raquel Guiomar
    [PDF]
9_ Vacinação antigripal da população portuguesa na época 2014/2015: estudo na amostra ECOS
Mafalda Sousa Uva, Rita Roquette, Baltazar Nunes, Carlos Matias Dias  
    [PDF]
10_ Efetividade da vacina antigripal entre 2009 e 2015 em Portugal
Patrícia Conde, Ausenda Machado, Pedro Pechirra, Ana Paula Rodrigues, Paula Cristóvão,
Inês Costa, Raquel Guiomar, Baltazar Nunes
    [PDF]
11_

 

Aplicação de um teste preliminar a um folheto informativo sobre o estudo da efetividade
da vacina antigripal contra formas graves de gripe
Maria Moitinho de Almeida, Ana João Santos, Ausenda Machado
    [PDF]

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Ficha técnica

DIRETOR: Fernando de Almeida, Presidente do Conselho Diretivo do Instituto Ricardo Jorge
EDITORES: Carlos Matias Dias, Departamento de Epidemiologia | Elvira Silvestre, Biblioteca da Saúde
CONSELHO EDITORIAL CIENTÍFICO: Carlos Matias Dias, Departamento de Epidemiologia | Luciana Costa, Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis | Manuela Cano, Departamento de Saúde Ambiental | Jorge Machado, Departamento de Doenças Infeciosas |Manuela Caniça, Conselho Científico do Instituto Ricardo Jorge | Peter Jordan, Departamento de Genética Humana | Sílvia Viegas, Departamento de Alimentação e Nutrição.

 

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Boletim Epidemiológico Observações Nº 10 – INSA

Boletim Epidemiológico Observações – Nº 9 Julho-Setembro 2014 – INSA

Artigo: Sofrimento Psicológico na População Portuguesa em 2004 e 2014: Resultados do Estudo Ecos – INSA

Com o objetivo de estudar o sofrimento psicológico na população portuguesa em dois momentos diferentes (2004 e 2014) utilizando dados gerados pela amostra de famílias ECOS (Em Casa Observamos Saúde), o Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge) realizou um estudo que calculou e comparou a frequência e distribuição da versão reduzida do indicador de sofrimento psicológico Mental Health Inventory(MHI-5).

Os resultados deste trabalho mostram que, em 2004, 25,2% da população estava em provável sofrimento psicológico, comparativamente a 20,3% em 2014. Os autores deste trabalho, sublinham que, “contudo, esta diferença não é estatisticamente significativa”.

Outra dos resultados deste estudo revela que em cada um dos períodos, os grupos populacionais com prevalências de sofrimento psicológico mais elevadas foram: a população feminina, a população com 65 e mais anos, a população com ocupação doméstica ou reformada e a população com menor nível de escolaridade.

Estas taxas de prevalência do sofrimento psicológico observadas em 2004 (25,2%) e em 2014 (20,3%) vão ao encontro de outros estudos referentes à população portuguesa. Dados do Eurobarómetro de  2003 apontavam para uma prevalência de sofrimento psicológico na população portuguesa de 29,8% em 2003, e o Inquérito Nacional de Saúde para 27,6% em 2005/2006.

ECOS é um inquérito realizado anualmente a um painel de famílias portuguesas. A amostra aleatória é constituída por aproximadamente 1000 Unidades de Alojamento, contactáveis por telefone fixo ou móvel, estratificada por Região do Continente, com alocação homogénea. Os questionários aplicados através de entrevistas telefónicas em 2004 e 2014 incluíram a avaliação do sofrimento psicológico através do MHI-5.

Para conhecer melhor este artigo de Joana Santos, Ana João Santos e Carlos Matias Dias, publicado no último Boletim Epidemiológico do Instituto Ricardo Jorge, clique aqui.

Artigo: Caraterização Virológica dos Vírus da Gripe que Circularam em Portugal na Época 2014 / 2015

Durante a época 2014/2015, foram estudados no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe (LNRVG), do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), 903 exsudados da nasofarínge de doentes com síndrome gripal referenciados pela Rede de Médicos-Sentinela, Serviços de Urgência e Obstetrícia e Projeto EuroEVA. Destas amostras, foram identificados 498 casos de infeção pelo vírus da gripe.

A monitorização contínua das propriedades antigénicas e genéticas dos vírus da gripe é essencial, quer para a seleção anual das estirpes virais a incluir na vacina, quer para identificar novas linhas de orientação da terapêutica antiviral. O presente estudo, publicado na última edição do Boletim Epidemiológico do Instituto Ricardo Jorge, descreve as caraterísticas antigénicas e genéticas dos vírus da gripe identificados em Portugal no inverno de 2014/2015.

Os vírus da gripe caraterizados na época 2014/2015 refletem a circulação dos tipos e subtipos dos vírus da gripe detetados. O vírus da gripe do tipo B da linhagem Yamagata, foi predominantemente detetado em co-circulação com o vírus da gripe do subtipo A(H3), este último em número crescente no final do período epidémico. O vírus da gripe do subtipo A(H1) pdm09 foi detetado em reduzido número e de forma esporádica.

Poderá ficar a saber mais sobre este estudo, realizado por Pedro Pechirra, Inês Costa, Paula Cristóvão, Carla Roque, Paula Barreiro, Sílvia Duarte, Ausenda Machado, Ana Paula Rodrigues, Baltazar Nunes e Raquel Guiomar, aqui.

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Tag Gripe

Aberto Concurso para 1 Enfermeiro – INSA

Prazo de 10 dias úteis. Terminou a 19/01/2016.

«(…) candidatos com ou sem vínculo de emprego público por tempo indeterminado, previamente estabelecido (…)»

  • AVISO N.º 77/2016 – DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 3/2016, SÉRIE II DE 2016-01-06
    Saúde – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P.

    Procedimento Concursal Comum para o recrutamento de trabalhadores, com ou sem vínculo de emprego público, para o preenchimento de um posto de trabalho previsto, e não ocupado, na categoria de enfermeiro, da carreira especial de enfermagem, do mapa de pessoal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P.

    • DECLARAÇÃO DE RETIFICAÇÃO N.º 110/2016 – DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 24/2016, SÉRIE II DE 2016-02-04
      Saúde – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P.

      Aviso n.º 77/2016, de 6 de janeiro – retificação

      « Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P.

      Declaração de retificação n.º 110/2016

      Por ter sido publicado com inexatidão o aviso n.º 77/2016, inserto no Diário da República, 2.ª série, n.º 3, de 6 de janeiro de 2016, página 285 e 286, retifica -se que, onde se lê:

      «[…]9 — Métodos de seleção:

      No presente recrutamento serão aplicados os métodos de seleção ‘avaliação curricular’, com caráter eliminatório, complementada pela ‘entrevista profissional de seleção’ e ‘discussão curricular’ e a ‘prova prática’, nos termos do previsto no artigo 6.º da Portaria n.º 250/2014, de 28 de novembro.

      […]

      9.1 — […]

      a) Avaliação (AC) — […]:»

      deve ler -se:

      «[…]9 — Métodos de seleção:

      No presente recrutamento serão aplicados os métodos de seleção ‘avaliação curricular’, com caráter eliminatório, complementada pela ‘entrevista profissional de seleção’ nos termos do previsto no artigo 6.º da Portaria n.º 250/2014, de 28 de novembro.

      […]

      9.1 — […]

      a) Avaliação Curricular (AC) — […]:»

      8 de janeiro de 2016. — A Diretora de Gestão de Recursos Humanos, Paula Caires da Luz. »

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Tag Concurso para 1 Enfermeiro do INSA

Folheto Informativo da Campanha “Neste inverno… proteja-se!” – DGS / Infarmed

O Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde e da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (INFARMED), está a promover uma campanha informativa intitulada “Neste inverno… proteja-se!”. O objetivo é incentivar a utilização da Linha Saúde 24 para um acesso mais eficaz aos serviços de saúde e reforçar junto dos cidadãos o uso racional do medicamento, nomeadamente no que diz respeito à utilização de antibióticos sem receita médica.

“Neste inverno, se ficar doente não corra para as urgências nem tome antibióticos sem receita médica, ligue primeiro 808 24 24 24 – Linha Saúde 24” é a mensagem principal da campanha que está a ser divulgada desde 21 de dezembro, através de vários suportes de comunicação como, por exemplo, anúncios na imprensa e rádios nacionais e regionais, multibanco, autocarros e mupis

Dirigida à população em geral, as autoridades de saúde pretendem com esta campanha sublinhar a importância dos cidadãos confiarem na equipa que faz a triagem do seu estado de saúde na Linha Saúde 24, aconselhando ou encaminhando para o serviço mais adequado, evitando deslocações desnecessárias e a utilização indevida de antibióticos para tratar doenças virais, como é o caso da gripe.

Diferenças entre constipação ou gripe, formas de evitar o contágio ou o facto de a gripe ser uma doença que não necessita, na maior parte das vezes, de uma ida às urgências dos hospitais são algumas das outras mensagens que estão a ser transmitidas pela campanha.

Veja o folheto informativo “Neste inverno proteja-se!”

Artigo: Programa Nacional de Diagnóstico Precoce: 35 Anos de Atividade (1979-2014) – INSA

Os programas de rastreio neonatal são programas de saúde pública, com o objetivo de uma deteção precoce de recém-nascidos afetados por determinada patologia, com vista a um início atempado do tratamento, com vista a uma diminuição da morbilidade e mortalidade. Em 2014, comemoraram-se os 35 anos de existência do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (PNDP), também conhecido como “teste do pezinho”.

Durante este período, foram rastreados para a fenilcetonúria e hipotiroidismo congénito cerca de 3.500.000 recémnascidos (mais de 30% da população atual), aproximadamente 900.000 dos quais foram também rastreados para as restantes doenças hereditárias do metabolismo, e ainda 80.000 para a Fibrose Quística. Desde o início do Programa, houve uma evolução da taxa de cobertura do mesmo sendo que nas últimas décadas foi aproximadamente 100% dos recém-nascidos.

Outro indicador importante do PNDP é a média da idade do recém-nascido na altura da comunicação de resultados positivos. O valor encontra-se atualmente nos 9,9 dias o que é um bom resultado, considerando que a colheita é realizada entre o 3º e o 6º dia de vida. Este indicador já se encontra estável nos últimos 10 anos.

Para conhecer melhor estes e outros indicadores relacionados com os 35 anos de atividade do PNDP, consulte aqui o artigo de Laura Vilarinho, Hugo Rocha, Carmen Sousa, Helena Fonseca, Lurdes Lopes, Ivone Carvalho, Ana Marcão e Paulo Pinho e Costa, publicado no último Boletim “Observações”.

A Gripe é “muitas vezes desvalorizada pela população em geral”, Raquel Guiomar – INSA

Raquel Guiomar, coordenadora do Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe 

O Programa Nacional de Vigilância da Gripe é coordenado pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, que funciona no Instituto Ricardo Jorge. A coordenadora deste serviço, Raquel Guiomar, dá uma breve entrevista sobre a gripe, doença que, na sua opinião, é “muitas vezes desvalorizada pela população em geral”. A vacinação, alerta a especialista, é a forma mais eficaz de prevenir a doença.

Quais são as principais vantagens para o país de uma monitorização do vírus da gripe como a que é feita no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe?

O Programa Nacional de Vigilância da Gripe permite descrever em cada inverno a atividade gripal em Portugal com elevado rigor, integrando informação proveniente das componentes clínica e laboratorial. A componente clínica permite monitorizar a intensidade, dispersão geográfica e evolução da epidemia de gripe. A componente laboratorial deteta e carateriza os vírus da gripe em circulação durante os meses de inverno, permitindo avaliar as semelhanças com os vírus da gripe que circulam a nível mundial e com os vírus da gripe que integram a composição da vacina antigripal sazonal, bem como monitorizar a suscetibilidade do vírus aos antivirais.

Que papel assume o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe neste Programa?

O Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe coordena, em Portugal, o Programa Nacional de Vigilância da Gripe, em estreita colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge e a Direção-Geral da Saúde. Este Laboratório é, desde 1954, o mais antigo ponto de contato nacional com a Rede Europeia de Vigilância da Gripe coordenada pela Organização Mundial da Saúde. O laboratório tem como papel fundamental a deteção dos vírus da gripe sazonais, que normalmente infetam o Homem, bem como a deteção de novos vírus da gripe com origem zoonótica de elevado potencial pandémico que representem uma ameaça para a saúde pública.

Considera que a gripe é uma doença que é devidamente valorizada pela população?

A Gripe é ainda hoje uma doença muitas vezes desvalorizada pela população em geral. É crucial continuar a sensibilização da população para os riscos e complicações da infeção respiratória provocada pelo vírus da gripe, especialmente nos grupos de risco, que incluem os indivíduos com idade superior a 65 anos, os doentes crónicos, imunodeprimidos e as grávidas. Neste seguimento, tem vindo a ser recomendada a vacina antigripal sazonal para os grupos anteriormente referidos, sabendo ser esta a forma mais eficaz de prevenir a doença e evitar as complicações.

Que conselhos deixa aos cidadãos sobre a melhor forma de prevenir o contágio por este vírus?

O vírus da gripe transmite-se pessoa a pessoa através de gotículas de secreções respiratórias que são emitidas através da tosse ou espirros. A inalação destas gotículas permite que o vírus penetre na mucosa do trato respiratório onde se multiplica provocando a infeção e a doença – a Gripe. Para evitar a transmissão deste vírus e de outros vírus respiratórios é importante respeitar a etiqueta respiratória utilizando lenços descartáveis quando se espirra ou tosse, efetuar a lavagem frequente das mãos, limpar objetos que possam estar contaminados, evitar o contacto com pessoas com gripe e se estiver doente evitar contactos próximos com outros indivíduos e espaços fechados com elevado número de pessoas.

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