Relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017 – DGS

Relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017

Este documento faz um ponto de situação sobre as doenças do cérebro e do coração. Dele constam um sumário das atividades realizadas em 2016, uma previsão do que está a ser realizado em 2017 e as atividades planeadas até 2020.

Principais conclusões:

  • Morre-se cada vez menos por doenças do aparelho circulatório;
  • Redução de 39% das mortes por AVC, entre 2011 e 2015;
  • Aumento em 26% dos internamentos por doenças do coração, entre 2011 e 2015;
  • Consomem-se mais medicamentos mas os encargos financeiros globais do SNS são menores.

O que se quer atingir em 2020?

  • Reduzir o número de mortes antes dos 70 anos por doença do cérebro e do coração;
  • Reduzir para 7% as mortes por enfarte nos hospitais;
  • Aumentar, para 470 por milhão de habitantes, o número de tratamentos por angioplastia a pessoas com Enfarte Agudo do Miocárdio;
  • Aumentar para 1800 o número de pessoas com Acidente Vascular Cerebral (AVC) que têm acesso a tratamento específico;
  • Reduzir o consumo de sal entre 3 a 4% ao ano na população.

Consulte aqui Relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017


Informação do Portal SNS:

DGS apresenta relatório sobre doenças cérebro-cardiovasculares

A propósito do Dia Mundial do Coração, que se celebra esta sexta-feira, 29 de setembro, a Direção-Geral da Saúde (DGS) apresenta o relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017. A iniciativa, com início às 10h30, decorrerá na Sala Museu MacBride, nos Claustros do Hospital de Santa Marta, em Lisboa.

A sessão de abertura estará a cargo de Francisco George, Diretor-Geral da Saúde, e da Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de Lisboa Central, Ana Escoval. De seguida, Rui Cruz Ferreira, Diretor do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares, fará a apresentação do relatório.

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, fará o encerramento da apresentação pública do relatório.

Nesta sessão será, de igual modo, apresentado o relatório relativo ao projeto-piloto Exames Complementares de Diagnóstico de Cardiologia nos Cuidados de Saúde Primários.

Para saber mais, consulte:

CHS investe 1,2 M€ em tecnologia avançada com apoio da União Europeia

O Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) divulga que, ao abrigo da candidatura ao Programa Operacional Regional de Lisboa 2014-2020, investe cerca de 1,2 milhões de euros  (M€) em equipamentos de saúde, dando continuidade ao investimento iniciado em 2015 e que será concluído no final de 2017, com vista à melhoria da acessibilidade dos doentes e dos níveis de eficácia, eficiência e qualidade dos serviços prestados.

De acordo com o centro hospitalar, esta operação visa a modernização tecnológica dos equipamentos de diagnóstico e terapêutica altamente especializada, predominantemente, nas áreas de Cardiologia, Bloco Operatório e Urgência.

De igual forma, o centro hospitalar destaca o investimento a realizar na áreas dos meios complementares de diagnóstico e terapêutica com o intuito de melhorar a acessibilidade, reduzir os tempos de espera, aumentar a eficiência dos serviços e apostar sustentadamente na internalização de exames. «Esta atualização será direcionada sobretudo para as especialidades de Oftalmologia, Nefrologia e Gastroenterologia».

Neste âmbito, «o CHS realizará um investimento total de 1.240.314,78 euros, sendo cofinanciado a 50% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no valor de 620.157,39 euros», conclui o centro hospitlar.

Visite:

Centro Hospitalar de Setúbal  – http://www.chs.min-saude.pt/

Criado Grupo de Trabalho para a definição dos critérios a observar nos Programas de Reabilitação Cardíaca


«Despacho n.º 8597/2017

O XXI Governo Constitucional, no seu programa para a saúde, estabelece como prioridade, defender o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e promover a saúde dos Portugueses, designadamente através de uma abordagem integrada e de proximidade da doença crónica, como a doença cardiovascular.

Para isso é fundamental dotar o SNS de capacidade para responder de forma adequada às necessidades dos cidadãos, simplificando o acesso e aumentando a disponibilidade.

Neste âmbito assume particular relevância a garantia de uma abordagem transversal da saúde dos cidadãos nas suas diferentes dimensões: prevenção da doença, diagnóstico precoce, tratamento adequado e a relevante dimensão da reabilitação.

Neste sentido e considerando que:

a) O Plano Nacional de Saúde 2012-2016 (extensão a 2020) assume enquanto metas de saúde 2020 a redução da mortalidade prematura (igual ou menor que) 70 anos), para um valor inferior a 20 %;

b) As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte na maioria dos países da União Europeia, totalizando cerca de 40 % de todas as mortes verificadas nos países europeus;

c) As doenças cardiovasculares incluem uma plêiade de patologias relacionadas com o sistema circulatório, que incluem doenças cardíacas isquémicas e doenças cerebrovasculares, designadamente os acidentes vasculares cerebrais;

d) O conjunto das doenças cardíacas isquémicas e dos acidentes vasculares cerebrais compreendem cerca de 60 % de todas as mortes associadas a doenças cérebro-cardiovasculares;

e) De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cardiopatia isquémica é responsável por cerca de 62.587 milhões de anos de vida perdidos ajustados à qualidade (DALY), correspondendo a 4,1 % do total mundial, o que lhe confere a sexta posição nas causas de perda de anos de vida saudável;

f) Portugal tem vindo a apresentar uma evolução positiva da taxa de mortalidade associada a doenças cardíacas isquémicas, integrando o grupo de países com melhores resultados neste indicador de saúde;

g) As políticas de combate ao tabagismo, nomeadamente a disponibilidade de consultas de cessação tabágica em todos os Agrupamentos de Centros de Saúde atingida em 2016, e a comparticipação inovadora de medicamentos antitabágicos em 2017, contribuem significativamente para a redução da incidência das doenças cardíacas isquémicas;

h) O desenvolvimento técnico-científico verificado no tratamento das doenças cardiovasculares e o acesso a novos recursos de saúde por parte da população nesta área durante as últimas décadas desempenharam um papel fundamental para a evolução positiva dos indicadores de saúde nesta área;

i) Um combate eficaz às doenças cérebro-cardiovasculares deve assentar em estratégias transversais de saúde pública que, para além do tratamento, visem de forma estruturada as dimensões da promoção da saúde e a reabilitação da doença;

j) Os dados relativos à Atividade Física (AF) e sedentarismo de vários países por toda a Europa, Portugal revelou-se um dos países com menores taxas de participação tanto em atividades físicas formais e desportivas, como em atividades informais, apresentando um valor superior à média europeia no que diz respeito à prevalência de adultos que não realizam AF de intensidade moderada;

k) A Reabilitação Cardíaca (RC) define-se como um processo de intervenção multifatorial, através do qual o indivíduo mantém ou recupera a sua condição física, psicológica, social e laboral de forma satisfatória, após um evento cardíaco ou no contexto de doença crónica. Baseia-se na prática de exercício físico adaptado e na mudança de comportamentos, orientada para desencadear mudanças benéficas no estilo de vida, reduzir e controlar os fatores de risco, intervir em fatores psicológicos, com o objetivo de reverter ou atrasar a progressão da doença cardiovascular subjacente;

l) A Sociedade Europeia de Cardiologia, a American Heart Association e o American College of Cardiology, classificam a RC como uma intervenção terapêutica com indicação de classe I (mandatória), fundamentada nos níveis de evidência científica mais elevados;

m) Os principais candidatos a Programas de RC são os doentes coronários (após enfarte, revascularização ou angina crónica), os doentes com insuficiência cardíaca e todos os submetidos a cirurgia cardíaca, incluindo os sujeitos a transplantação cardíaca;

n) Portugal tem uma das mais baixas taxas de doentes incluídos em Programas de RC da Europa. Apenas 8 % dos doentes com enfarte do miocárdio participam nestes programas, sendo a taxa média de participação europeia superior a 30 %;

o) A reduzida taxa de participação nacional em Programas de RC, atribuível a causas culturais, científicas e organizativas, priva os doentes cardíacos portugueses, com indicação para Prevenção e Reabilitação Cardiovasculares, de uma intervenção terapêutica reconhecida como custo-eficaz e que reduz a mortalidade e as hospitalizações, melhora a qualidade de vida e acelera a normalização das atividades da vida diária, nomeadamente o retorno ao trabalho;

p) A evidência científica demonstra que o risco de novos eventos cardiovasculares em doentes com história de doença cardíaca isquémica que realizam o adequado Programa de RC é inferior ao risco dos que não usufruem desta resposta em saúde.

Assim, considera-se relevante a definição de Programas de RC e a sua implementação a nível nacional, de forma faseada, através do desenvolvimento de projetos-piloto, do seu acompanhamento e avaliação.

Para este efeito, importa constituir um Grupo de Trabalho para a definição dos critérios a observar nos Programas de RC, dos projetos-piloto a desenvolver nesse âmbito, que garanta o seu acompanhamento e avaliação, pretendendo-se atingir em 2020, a meta de participação nos Programa de RC de 30 % dos doentes elegíveis.

Assim, determino:

1 – É constituído um Grupo de Trabalho para a definição dos critérios a observar nos Programas de Reabilitação Cardíaca (PRC), assim como para a definição e acompanhamento dos projetos-piloto a desenvolver neste âmbito, em estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

2 – Compete ao Grupo de Trabalho, em especial, prosseguir os seguintes objetivos:

a) Definir as componentes estruturais de um PRC;

b) Definir os critérios a observar nos PRC a desenvolver em estabelecimentos hospitalares do SNS, tendo em conta as recomendações científicas internacionais, designadamente em matéria de recursos humanos e materiais, a constar de orientação técnica a elaborar pela Direção-Geral da Saúde;

c) Definir os doentes elegíveis para os PRC, atendendo às prioridades clínicas neste tipo de resposta, e definir as regras de referenciação observando o estipulado nas Redes de Referenciação Hospitalar aprovadas, e a codificação dos casos, a constar de normas de natureza clínica e organizacional a elaborar pela Direção-Geral da Saúde;

d) Identificar as formas de financiamento mais adequadas que promovam a eficiência e a efetividade dos PRC;

e) Propor os estabelecimentos hospitalares do SNS que, numa primeira fase, devem integrar os projetos-piloto a desenvolver neste âmbito;

f) Avaliar os resultados clínicos e económico-financeiros dos projetos-piloto desenvolvidos, de acordo com indicadores definidos no âmbito dos PRC, que permitam identificar designadamente, os ganhos em saúde, as suas potencialidades, o impacto previsível na sustentabilidade do SNS, os constrangimentos e obstáculos designadamente ao nível do acesso, propondo soluções para a sua supressão tendo em vista a maximização dos resultados.

3 – No âmbito da avaliação referida no número anterior, deve ainda o Grupo de Trabalho refletir sobre as potencialidades do alargamento do projeto-piloto a outros estabelecimentos hospitalares do SNS, propondo um plano de ação acompanhado de cronograma de implementação.

4 – O Grupo de Trabalho integra os seguintes elementos:

a) Miguel Mendes, Diretor do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E. P. E., que coordena;

b) Rui Cruz Ferreira, Diretor do Programa de Saúde Prioritário na área das Doenças Cérebro-Cardiovasculares, em representação da Direção-Geral da Saúde;

c) Lino Manuel Martins Gonçalves, em representação da Coordenação Nacional para a reforma do SNS na área dos cuidados de saúde hospitalares e da Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.;

d) Vanessa Ribeiro, em representação da Administração Central do Sistema de Saúde, I. P.;

e) Alfredo Ramalho, em representação dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, E. P. E.;

f) José Afonso Rocha, em representação da Administração Regional de Saúde do Norte, I. P.;

g) António Martins, em representação da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P.;

h) Adriano Natário, em representação da Administração Regional de Saúde do Alentejo, I. P.;

i) Maria Salomé Correia de Brito Pereira, em representação da Administração Regional de Saúde do Algarve, I. P.;

j) José Paulo Fontes, em representação da Sociedade Portuguesa de Cardiologia;

k) Catarina Aguiar Branco, em representação da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação.

5 – Sempre que se mostre conveniente, podem ser convidados a colaborar com o Grupo de Trabalho outros elementos, a título individual ou como representantes dos serviços e organismos dependentes do Ministério da Saúde, bem como outras entidades com reconhecido mérito na matéria em causa.

6 – O Grupo de Trabalho apresenta relatórios semestrais sobre os resultados dos trabalhos desenvolvidos nos termos do n.º 2.

7 – A atividade dos elementos que integram o Grupo de Trabalho, bem como das entidades convidadas a participar nos trabalhos nos termos do n.º 5, não é remunerada, sem prejuízo do pagamento de ajudas de custo e deslocações a que tenham direito, nos termos legais.

8 – O apoio logístico e administrativo necessário ao funcionamento do Grupo de Trabalho é assegurado pela Secretaria-Geral do Ministério da Saúde.

9 – O mandato do Grupo de Trabalho termina a 31 de dezembro de 2018, com a apresentação do Relatório Final, sem prejuízo de eventual prorrogação, caso tal se mostre necessário, devendo os objetivos referidos no n.º 2 ser implementados de forma faseada durante a vigência do Grupo de Trabalho, sendo efetuado no referido Relatório a análise preliminar dos projetos-piloto desenvolvidos e ponderado o seu alargamento.

10 – O presente despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

26 de setembro de 2017. – O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Manuel Ferreira Araújo.»


Informação do Portal SNS:

Governo aposta na melhoria da qualidade de doentes coronários.

Com o objetivo de reduzir a mortalidade, internamentos e melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofreram enfartes ou outras doenças coronárias, o Governo vai apostar num programa nacional de reabilitação cardíaca.

Em Portugal, apenas 8% dos doentes com enfarte do miocárdio têm acesso a este tipo de reabilitação e a meta que se pretende atingir é a dos 30% até 2020, tentando aproximar o país da taxa média de participação europeia que já é superior aos 30%.

A criação do grupo de trabalho que vai definir os critérios para este programa nacional e que vai acompanhar os projetos-pilotos foi publicada hoje, 28 de setembro, data em que se assinala o Dia Mundial do Coração.

Neste dia é também apresentado o relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017, que mostra que a mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) e enfartes está a descer e a aproximar-se das mortes provocadas por cancro.

No despacho, o Governo reconhece que os programas de reabilitação cardíaca  reduzem a mortalidade e as hospitalizações, melhoram a qualidade de vida e o retorno ao trabalho. Ao mesmo tempo,  reduzem o risco de novas situações cardiovasculares, o que não acontece com os doentes que não têm acesso a esta intervenção.

Por isso, «considera-se relevante a definição de programas de reabilitação cardíaca e a sua implementação a nível nacional, de forma faseada, através do desenvolvimento de projetos-piloto, do seu acompanhamento e avaliação», refere o diploma.

Mortes por AVC diminuem 39% entre 2011 e 2015

De acordo com o relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017, que é apresentado hoje, a continuada adoção de medidas estratégicas preventivas e a melhoria dos diagnósticos, nas áreas do enfarte agudo do miocárdio e do AVC, permitiram atingir, em 2015, uma proporção de óbitos de doenças cardiovasculares de 29,7%, um dos melhores valores das últimas décadas.

Mas o grande destaque vai para a redução das mortes por AVC, que em 2015 matou 6.853 pessoas, menos 1.440 que em 2013. «É impressionante a redução que se conseguiu. Atribuo-a muito à introdução de um conjunto de novos fármacos, os anticoagulantes. Os grandes benefícios nos últimos dois anos estão relacionados com isso», revela Rui Ferreira, Diretor do Programa Nacional da Direção-Geral da Saúde, explicando que esta nova classe de medicamentos permitiu prevenir a ocorrência de AVC. «É o espelho da prevenção, que nos mostra como é importante agir antecipadamente e de uma forma integrada», reforça.
Os resultados conseguidos no AVC fizeram descer a mortalidade nas doenças cérebro-vasculares, que, em 2015, mataram 11.271 pessoas.

Já a doença esquémica do coração, onde se inclui o enfarte, foi responsável nesse ano por 6.853 óbitos. Mas nesta área há um dado que surpreende pela negativa. «Há uma menor redução da mortalidade por doença esquémica cardíaca, com um dado dissonante que é a mortalidade abaixo dos 70 anos, que me surpreendeu por até haver um agravamento», salienta o responsável, que não consegue explicar para já este resultado.

A eficácia das vias verdes Coronária e do AVC também melhorou. No AVC a janela de intervenção para um tratamento mais eficaz e para reduzir a mortalidade e morbilidade é de quatro horas e meia. «Uma coisa é ter um diagnóstico feito antes e ter tudo pronto para quando o doente chega ao hospital e entrar rapidamente dentro do esquema. Outra, é o doente ir ele próprio para a urgência. Mesmo que seja triado de forma prioritária vai perder tempo antes de ser identificada situação e corretamente encaminhado. Muitas vezes perde-se a janela terapêutica. Só se conseguem esses tempos com o acionamento das vias verdes», diz Rui Ferreira.

A prevenção continua a ser a tónica para a redução da mortalidade e uma das metas para 2020 é a diminuição do consumo de sal entre os 3% e os 4% ao ano, reconhecendo-se que este objetivo «assume extrema importância» na prevenção das doenças cardiovasculares.

Consulte:

DGS > Relatório do Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares 2017

Veja também:

Despacho n.º 8597/2017 – Diário da República n.º 189/2017, Série II de 2017-09-29
Saúde – Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde
Constitui um Grupo de Trabalho para a definição dos critérios a observar nos Programas de Reabilitação Cardíaca, assim como para a definição e acompanhamento dos projetos-piloto a desenvolver neste âmbito, em estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde

Utilize o descodificador de rótulos da DGS e faça escolhas saudáveis

28/09/2017

Escolher alimentos num curto espaço de tempo nem sempre é fácil e implica muitas escolhas e, nesse sentido, saber ler rótulos é importante para tomar as melhores decisões.

A pensar nesta necessidade o Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da Direção-Geral da Saúde (DGS) sugere um descodificador de rótulos, que faz em breve dois anos, e consiste num cartão que pode ser facilmente transportado e consultado no momento de ir às compras.

Milhares de descarregamentos depois voltamos a apresentá-lo e a relembrar este material que pode ser facilmente transportado e consultado no momento de ir às compras.

A informação contida tem por base as recomendações do Departamento da Saúde/Ministério da Saúde do Reino Unido. Compare a informação constante no rótulo do alimento ou bebida por 100g ou 100ml, respetivamente, com a informação disponibilizada neste cartão (gordura, gordura saturada, açúcares e sal).

Propõe-se que opte por alimentos e bebidas com nutrientes maioritariamente na categoria verde, modere aqueles com um ou mais nutrientes na categoria amarela e evite aqueles com um ou mais nutrientes na categoria vermelha.

Para saber mais, consulte:

Museu da Saúde celebra património: mais de 200 visitantes em três dias

28/09/2017

Três dias de abertura, sete atividades praticamente esgotadas e cerca de 200 visitantes. Foram assim as Jornadas Europeias do Património 2017 no Museu da Saúde, que decorreram entre os dias 22 e 24 de setembro nas suas instalações, em Lisboa, no antigo Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santo António dos Capuchos.

Com uma agenda preenchida, o programa de iniciativas propostas integrou nos dois primeiros dias conversas e percursos fora e dentro do Museu da Saúde, intituladas “Saúde, Natureza e Património”, “Água, Saúde e Património” e “Das Cercas Conventuais à Farmácia”. O último dia foi dedicado aos mais pequenos, tendo sido organizada uma “Roda Saúde, em parceria com o projeto BIG Picnic Portugal, e um peddy-paper cheio de enigmas para resolver.

Em 2017, as Jornadas Europeias do Património foram subordinadas ao tema “Património e Natureza”. O tema escolhido pretendeu chamar a atenção para a importância da relação entre as pessoas, as comunidades, os lugares e a sua História, mostrando como o património e a natureza se cruzam nas suas diferentes expressões – mais urbanas ou mais rurais – e para a necessidade de preservar e valorizar esta relação, fundamental para a qualidade da vida, para a qualificação do território e para o reforço de identidades.

Gerido e promovido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, no âmbito das suas competências na área da formação e difusão da cultura científica, o Museu da Saúde mostra-se, desde abril 2017, nas instalações do seu futuro espaço-sede, com a exposição “800 Anos de Saúde em Portugal”. A par do acesso virtual, o Museu promove exposições temáticas temporárias nos espaços do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e nas instituições parceiras.

Para saber mais, consulte:

Infeções por VIH na Europa: Número de casos aumenta entre pessoas com mais de 50 anos

27/09/2017

Portugal está entre os países europeus com mais novos casos de VIH entre pessoas com mais de 50 anos, de acordo com um estudo internacional, divulgado pelo jornal The Lancet, em que se defende que é necessária mais informação naquela faixa etária.

«Nos 12 anos mais recentes, houve um aumento contínuo de novos casos de VIH em pessoas mais velhas, o que significa que são necessários mais informação e mais testes específicos para a geração mais idosa», lê-se nas conclusões do estudo do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças publicado pelo jornal britânico especializado em saúde.

Em 2015, 17 % dos novos casos foram diagnosticados em pessoas com mais de 50 anos. Portugal, com seis casos por cada 100.000 cidadãos com mais de 50 anos, foi o país com a quarta maior taxa de novos casos nesta idade, embora tenha diminuído o número global de pessoas mais velhas infetadas.

Estónia, com 7,5 casos, Letónia, com 7,17, e Malta, com 7,15 casos por 100.000, foram os países com taxas maiores.

De 2004 a 2015, o ritmo de aumento de novos casos subiu em 16 países, assinala-se no estudo.

«Os resultados indicam uma clara necessidade de criar programas de prevenção completos, incluindo educação, acesso a preservativos, facilidade nos testes e tratamentos virados para adultos mais velhos em toda a Europa», afirmou a principal autora do estudo, Lara Tavoschi.

Acrescentou que é preciso reduzir estigmas e dizer às pessoas como se podem defender da doença, a par de um reforço dos testes, que devem ser mais acessíveis, para o diagnóstico e o começo dos tratamentos serem mais rápidos.

Nos países analisados – os 28 da União Europeia mais a Islândia, Noruega e Liechtenstein -, a média de novos casos acima dos 50 anos aumentou de 2,1 casos por 100.000 em 2004 para 2,5 em 2015.

Isto representa 54.102 pessoas com mais de 50 anos diagnosticadas com VIH, a maior parte dos casos com a infeção em estado avançado.

Lara Tavoschi afirmou que a epidemia de VIH está a evoluir num sentido diferente do que se pensava, «potencialmente devido à pouca consciência da doença entre os mais velhos, as formas de transmissão, o que leva a equívocos e pouca noção dos riscos que correm».

«O nosso estudo mostra a necessidade de garantir que todas as idades são abrangidas pelos serviços de saúde competentes», salientou.

No caso das pessoas com mais de 50 anos, doenças características da idade, como complicações cardíacas, de fígado e rins, podem acelerar a progressão do VIH, aumentando a mortalidade.

Quanto a pessoas mais novas, no estudo indica-se que as taxas de infeção com o VIH diminuíram em seis países: Áustria, França, Holanda, Noruega, Portugal e Reino Unido.

Fonte: Lusa

Consulte:

The Lancet – HIV diagnosis increasing in older adults in Europe (em inglês)


Informação do INSA:

Infeções por VIH na Europa: número de casos aumenta entre pessoas com mais de 50 anos

29-09-2017

Portugal está entre os países europeus em que, no período de 2004 a 2015, a taxa de novos diagnósticos de infeção por VIH em pessoas com 50 ou mais anos foi mais elevada, segundo um estudo internacional divulgado pela revista “The Lancet HIV”. Com seis casos por cada 100 mil habitantes com 50 ou mais anos, foi o país com a quarta maior taxa de novos casos nesse grupo etário.

Só foram observadas taxas mais elevadas na Estónia, Letónia e Malta, respetivamente com 7,5, 7,17 e 7,15 casos por 100 mil habitantes. No entanto, ao contrário do observado num grande número desses países, em Portugal, no período em análise, a taxa de novos diagnósticos neste grupo etário mostrou uma tendência decrescente significativa.

Os resultados do estudo mostram ainda que, a nível europeu, ao contrário do verificado para os casos de infeção por VIH diagnosticados em adultos mais jovens, os novos casos em indivíduos com 50 ou mais anos mostraram-se mais frequentemente associados a transmissão heterossexual e o diagnóstico foi tardio também com maior frequência.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge é responsável por coligir, analisar e divulgar a informação epidemiológica nacional sobre a infeção VIH e SIDA desde 1985. No último relatório publicado, foi dada nota da elevada proporção (25,5%) de novos diagnósticos, ocorridos em 2015, em adultos do grupo etário agora em estudo e da consequente necessidade dos serviços de saúde estarem cientes desta situação, de modo a promoverem o diagnóstico mais precoce das infeções e também a adequarem às idades em questão a informação relacionada com a prevenção.

New HIV diagnoses among adults aged 50 years or older in 31 European countries, 2004–15: an analysis of surveillance data” analisa a informação epidemiológica reunida pelo Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), através do sistema de vigilância epidemiológica europeu, ao qual 31 países da Comunidade Europeia e do Espaço Económico Europeu, entre os quais Portugal, submetem anualmente a informação recolhida a nível nacional. Para consultar o artigo, clique aqui.

Mais médicos no Algarve e em Lisboa e Vale do Tejo

Lisboa e Vale do Tejo contrata maior número de sempre de médicos

O concurso para os recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar (1.ª época de 2017) já foi concluído. A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) conseguiu a maior vaga de contratações de novos médicos de família de sempre, com um total de 154 vagas preenchidas.

Estes novos 154 profissionais vão possibilitar a atribuição de médico de família a cerca de 292 mil utentes. Estes médicos vão iniciar funções nos agrupamentos de centros de saúde até novembro.

A presidente do Conselho Diretivo da ARSLVT, Rosa Valente de Matos, saúda os novos médicos de família. «Os especialistas em Medicina Geral e Familiar são um pilar estruturante do Serviço Nacional de Saúde e um elemento diferenciador na resposta transversal, próxima e de qualidade que queremos proporcionar aos nossos utentes», afirma a dirigente. «Com este reforço, vamos continuar a melhorar a nossa resposta assistencial de proximidade aos utentes, proporcionando cuidados de qualidade nos centros de saúde», acrescenta.

O número de recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar que escolhem as unidades da ARSLVT para trabalhar tem vindo sempre a crescer nos últimos anos. Em 2014, a ARSLVT conseguiu 53 médicos. O número aumentou para 120 médicos em 2015 e para 140 em 2016. Nesta 1.ª época de 2017, foram preenchidas 154 vagas, e a expectativa é que seja possível aumentar ainda mais este número na 2.ª época de 2017.

O procedimento concursal para a contratação de recém-especialistas de Medicina Geral e Familiar havia sido aberto pela Administração Central do Sistema de Saúde, em setembro. No plano nacional, contava com até 290 vagas para 317 candidatos. Para a ARSLVT estavam previstas até 218 vagas, tendo sido preenchidas 154.

Visite:

Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, IP  – http://www.arslvt.min-saude.pt/

Reforço de 24 médicos para os cuidados de saúde primários.

A partir de outubro, 24 profissionais de Medicina Geral e Familiar vão iniciar funções nos Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) do Algarve, permitindo atribuir médico de família a mais 45.600 utentes da região.

Segundo divulgou a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, os novos médicos serão colocados no âmbito do procedimento concursal aberto pelo Aviso n.º 10362-A/2017, no dia 7 de setembro, para recrutamento de médicos recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar (1.ª Época de 2017) para as várias unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Foram publicitadas, no âmbito nacional, 290 vagas, das quais 238 ficaram ocupadas, sendo que no Algarve, das 33 vagas colocadas a concurso, 24 ficaram ocupadas, correspondendo a 72 % de taxa de ocupação, a mais elevada nos concursos recentes.

Ficaram colocados no Algarve 14 médicos cuja formação foi concluída fora da região, sendo que, dos onze internos que terminaram a sua formação no Algarve, dez escolheram celebrar contrato com esta ARS.

Os profissionais vão iniciar funções nas respetivas unidades funcionais, tendo sido colocados 13 no ACES Barlavento (concelhos de Lagoa, Lagos e Portimão) e onze no ACES Central (Albufeira, Faro e Loulé), tendo ficado por ocupar vagas em Aljezur, Silves, Vila do Bispo e Tavira .

A integração destes novos médicos aumentará significativamente a taxa de cobertura de utentes residentes na região algarvia e inscritos no SNS com médico de família atribuído.

De destacar que estas medidas estão integradas na estratégica assumida pela ARS Algarve com vista a melhorar e reforçar a prestação de cuidados de saúde de proximidade e a acessibilidade aos mesmos, para os algarvios e para quem visita a região.

Para saber mais, consulte:

ARS Algarve > Notícias