CHLN é Centro de Referência Para as Doenças Hereditárias do Metabolismo

CHLN integra rede europeia como centro de referência

O Centro Hospitalar Lisboa Norte (CHLN) passou a integrar, como centro de referência, a Rede Europeia de Doenças Hereditárias do Metabolismo (MetabERN).

Na prática, a integração nesta rede europeia vem dotar o centro de referência da capacidade para poder receber e tratar doentes provenientes de toda a Europa, possibilitando a estes doentes, portadores de patologias complexas, uma maior liberdade quer nas suas deslocações, quer na escolha do sítio onde pretendem ser tratados. Unem-se assim duas importantes premissas na prestação de cuidados de saúde de excelência: a qualidade e o reconhecimento/notoriedade no espaço comunitário.

O Centro de Referência de Doenças Hereditárias do Metabolismo do CHLN (CRDHM) foi reconhecido nessa qualidade, a 11 de março de 2016, tendo submetido a sua candidatura à Rede Europeia de Referência (ERN) em junho do presente ano.

O CRDHM do CHLN é composto por uma equipa multidisciplinar e que conta com o apoio de diversas especialidades na área pediátrica e de adultos, pertencentes a outros departamentos e unidades do CHLN, à Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) e ao Instituto de Medicina Molecular (IMM).

Neste tipo de patologias altamente específicas e raras, é importante referir a colaboração interpares com outros laboratórios nacional e internacionalmente reconhecidos. Para além um volumoso número de doentes seguidos na Unidade de Doenças Metabólicas da Pediatria e Consulta de Doenças Hereditárias do Metabolismo dos Adultos – pois é Centro de Referência de uma vasta área geográfica do país (Lisboa, Zona Sul e Ilhas) a que acrescem ainda doentes provenientes dos PALOP’s – os seus membros integrantes colaboram no ensino, na investigação, em ensaios clínicos nacionais e internacionais e são autores de várias publicações científicas publicadas em revistas de prestígio nesta área.

Para saber mais, consulte:

Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE – http://www.chln.min-saude.pt/

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OMS Recomenda Autodiagnóstico do VIH

40% das pessoas infetadas com o VIH não sabem que têm o vírus

Quatro em cada dez pessoas infetadas com o VIH não sabem que têm o vírus, alertou esta terça-feira a Organização Mundial de Saúde (OMS), que defende uma aposta no autodiagnóstico para alargar o tratamento e a prevenção da transmissão.

Nas vésperas do Dia Mundial da Sida, que se assinala no dia 1 de dezembro, a OMS divulgou novas orientações sobre o autodiagnóstico, que permite que as pessoas saibam, através de uma análise aos seus fluidos orais ou a uma picada no dedo, se estão ou não infetadas com o vírus, num local privado e conveniente.

“Milhões de pessoas com o VIH ainda estão excluídas de um tratamento que salva vidas e que também previne a transmissão a terceiros”, referiu a Diretora-Geral da OMS, Margaret Chan, citada num comunicado da organização sediada em Genebra.

O autodiagnóstico do VIH deverá abrir a porta a muito mais pessoas para que saibam o seu estado e para que descubram como receber tratamento e aceder aos serviços de prevenção”, acrescentou a responsável.

Os resultados estão prontos em 20 minutos ou menos.

As pessoas que tiverem um resultado positivo são aconselhadas a realizar testes de confirmação nos serviços de saúde e a OMS recomenda que recebam informação e que sejam encaminhadas para aconselhamento e para serviços de prevenção e tratamento.

Segundo a organização, a falta de diagnóstico de VIH é um enorme obstáculo à recomendação da OMS de que todos os infetados devem receber terapia antirretroviral (ART).

Entre 2005 e 2015 a proporção de pessoas com VIH que já sabe o seu estado aumentou de 12% para 60% em todo o mundo. Das pessoas que já têm um diagnóstico, mais de 80% estão a receber ART.

Cobertura do diagnóstico do VIH permanece baixa em alguns grupos

Os homens representam apenas 30% das pessoas que fizeram testes de diagnóstico do VIH. Como resultado, os homens com VIH têm menor probabilidade de estarem diagnosticados e em tratamento e têm maior probabilidade de morrer de causas associadas ao vírus do que as mulheres.

Entre as mulheres, as adolescentes e jovens mulheres na África Oriental e Austral têm taxas de infeção até oito vezes mais altas do que os homens nas mesmas regiões e menos de uma em cada cinco das jovens entre os 15 e 19 anos sabem se estão ou não infetadas.

O diagnóstico é também baixo em algumas populações chave, como os homens que têm sexo com homens, os trabalhadores sexuais, os transgénero, as pessoas que injetam drogas e os reclusos, que representam aproximadamente 44% dos 1,9 milhões de novos casos de infeção por VIH em adultos no ano passado.

As novas diretrizes da OMS recomendam formas de ajudar as pessoas que estão infetadas a informar os seus parceiros e a encorajá-los a fazer o teste.

A OMS recomenda a distribuição gratuita de kits de autodiagnóstico do VIH e outras medidas que permitam reduzir o custo dos kits, de forma a aumentar o acesso.

Para saber mais, consulte:
  • Organização Mundial da Saúde > Notícia (em inglês)

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VIH

Resultados de 6 Meses de Livre Acesso no SNS

83 mil doentes optaram por consultas fora da rede hospitalar habitual

Nos primeiros seis meses de funcionamento do livre acesso e circulação de utentes no Serviço Nacional de Saúde (SNS), mais de 83 mil utentes optaram por consultas em hospitais fora da sua rede habitual.

De acordo com dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), no total, 83.184 utentes foram referenciados para uma primeira consulta fora da rede hospitalar habitual, entre 1 de junho a 22 de novembro de 2016.

Por sua vez, os dados revelam que as unidades com mais utentes que solicitaram consultas fora da sua rede hospitalar habitual foram:

Os hospitais mais escolhidos pelos utentes foram:

  • Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto (37,5%)
  • Centro Hospitalar Lisboa Norte (37,3%)
  • Centro Hospitalar Lisboa Central (30,6%)
  • Centro Hospitalar do Porto (27,8%)
  • Centro Hospitalar São João (22,9%)

Por sua vez, os dados revelam que as unidades com mais utentes que solicitaram consultas fora da sua rede hospitalar habitual foram:

  • Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) da Amadora (28,2%)
  • ACES Sintra (28,1%)
  • ACES Oeste Sul (21,9%)
  • ACES Grande Porto II – Gondomar (21,7%)
  • ACES Tâmega III – Vale do Sousa Norte (20,7%)

O livre acesso e circulação no SNS, aprovado pelo Despacho n.º 5911-B/2016, de 3 de maio, permite ao utente, em conjunto com o médico de família responsável pela referenciação, optar por qualquer uma das unidades hospitalares do SNS onde exista a consulta de especialidade de que necessita.

A referenciação é efetuada de acordo com o interesse do utente, segundo critérios de proximidade geográfica e considerando os tempos médios de resposta, acessíveis através do Portal do SNS.

Vantagens

O livre acesso e circulação contribui para a implementação progressiva do Sistema Integrado de Gestão do Acesso no SNS (SIGA SNS), sendo uma das prioridades definidas para a Saúde no Programa do XXI Governo Constitucional. A sua implementação representa várias vantagens:

  • Para os utentes, que assim têm oportunidade de escolher;
  • Para os profissionais, nomeadamente para os médicos de família, que reforçam o seu papel e a relação de confiança com os doentes;
  • Para os hospitais, que reforçam o seu enfoque no utente e incrementam a qualidade dos serviços prestados;
  • Para o Serviço Nacional de Saúde, que, com esta medida, aumenta a sua eficiência global, maximizando a capacidade instalada, atingindo o cumprimento dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG).
Para saber mais, consulte:

Administração Central do Sistema de Saúde > Livre acesso e circulação

Relatório Infeção VIH / SIDA – Situação em Portugal em 2015 – INSA

Passados trinta anos da emissão do primeiro relatório de casuística nacional referente à Infeção por VIH e SIDA, o Instituto Ricardo Jorge divulga uma vez mais o relatório anual elaborado pela Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do seu Departamento de Doenças Infeciosas, em colaboração com o Programa Nacional da Infeção VIH/SIDA da Direção-Geral da Saúde.

Este relatório reúne informação epidemiológica que caracteriza a situação em Portugal a 31 de dezembro de 2015, obtida a partir das notificações de casos de infeção por VIH e SIDA que o Instituto recebe, colige e analisa desde 1985. São ainda descritas as características dos casos acumulados e tendências temporais no período entre 1983 e 2015.

Dos resultados e conclusões apresentados no documento, destaca-se o seguinte:

  • Em 2015 foram diagnosticados 990 novos casos de infeção por VIH em Portugal e no final do ano encontravam-se registados, cumulativamente, 54.297 casos, dos quais 21.177 no estadio SIDA;
  • Os novos diagnósticos ocorreram maioritariamente (99,9%) em indivíduos com idade ≥15 anos, 49,3% dos quais residentes na Área Metropolitana de Lisboa, 72,9% registou-se em homens, a idade mediana ao diagnóstico foi de 39,0 anos, 72,0% referiam ter nascido em Portugal e 15,0% apresentavam uma patologia indicadora de SIDA à data do diagnóstico da infeção. De acordo com os valores das contagens iniciais de CD4, 49,0% dos novos casos corresponderam a diagnósticos tardios. A via sexual foi o modo de infeção indicado em 94,9% dos casos, com 54,4% a referirem transmissão heterossexual. Os casos que referiam transmissão decorrente de relações sexuais entre homens corresponderam a 53,8% dos casos de sexo masculino e apresentaram uma mediana de idades de 31,0 anos. As infeções associadas ao consumo de drogas equivalem a 4,6% dos novos diagnósticos em 2015;
  • A análise das tendências temporais da epidemia revela, desde 2008, uma descida consistente da taxa de novos diagnósticos, contudo, Portugal continua a ter uma das mais elevadas taxas da União Europeia. As tendências recentes revelam um decréscimo acentuado dos casos de infeção associados a consumo de drogas, aumento de novos casos em jovens do sexo masculino que têm sexo com homens e uma elevada percentagem de diagnósticos tardios, particularmente em heterossexuais;
  • Decorridos 30 anos da criação do sistema de vigilância epidemiológica nacional para a infeção por VIH/SIDA e da emissão do primeiro boletim com a casuística nacional, o investimento na melhoria contínua da qualidade da informação epidemiológica mostra-se essencial para a compreensão e intervenção adequada na prevenção e mitigação do impacto da epidemia no país.

Consulte o relatório em acesso aberto aqui

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VIH

Informação do Portal SNS:

Relatório “Infeção VIH Sida: Portugal em 2015” divulgado

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge divulga o relatório anual de casuística nacional referente à infeção por VIH e Sida em Portugal para o ano de 2015, elaborado pela Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do seu Departamento de Doenças Infeciosas, em colaboração com o Programa Nacional da Infeção VIH/Sida da Direção-Geral da Saúde.

O relatório “Infeção VIH/Sida: a situação em Portugal a 31 de dezembro de 2015” reúne informação epidemiológica que caracteriza a situação no país, obtida a partir das notificações de casos de infeção por VIH e Sida que o Instituto recebe, colige e analisa desde 1985. São ainda descritas as características dos casos acumulados e tendências temporais no período entre 1983 e 2015.

Dos resultados e conclusões apresentados no documento, destacam-se:

  • Em 2015 foram diagnosticados 990 novos casos de infeção por VIH em Portugal e no final do ano encontravam-se registados, cumulativamente, 54.297 casos, dos quais 21.177 no estádio Sida;
  • Os novos diagnósticos ocorreram maioritariamente (99,9%) em indivíduos com idade ≥15 anos, 49,3% dos quais residentes na Área Metropolitana de Lisboa, 72,9% registou-se em homens, a idade mediana ao diagnóstico foi de 39,0 anos, 72,0% referiam ter nascido em Portugal e 15,0% apresentavam uma patologia indicadora de SIDA à data do diagnóstico da infeção. De acordo com os valores das contagens iniciais de CD4, 49,0% dos novos casos corresponderam a diagnósticos tardios. A via sexual foi o modo de infeção indicado em 94,9% dos casos, com 54,4% a referirem transmissão heterossexual. Os casos que referiam transmissão decorrente de relações sexuais entre homens corresponderam a 53,8% dos casos de sexo masculino e apresentaram uma mediana de idades de 31,0 anos. As infeções associadas ao consumo de drogas equivalem a 4,6% dos novos diagnósticos em 2015;
  • A análise das tendências temporais da epidemia revela, desde 2008, uma descida consistente da taxa de novos diagnósticos, contudo, Portugal continua a ter uma das mais elevadas taxas da União Europeia. As tendências recentes revelam um decréscimo acentuado dos casos de infeção associados a consumo de drogas, aumento de novos casos em jovens do sexo masculino que têm sexo com homens e uma elevada percentagem de diagnósticos tardios, particularmente em heterossexuais.

Decorridos 30 anos da criação do sistema de vigilância epidemiológica nacional para a infeção por VIH/Sida e da emissão do primeiro boletim com a casuística nacional, o investimento na melhoria contínua da qualidade da informação epidemiológica mostra-se essencial para a compreensão e intervenção adequada na prevenção e mitigação do impacto da epidemia no país.

Para saber mais, consulte:

Instituto Ricardo Jorge > Relatório “Infeção VIH/Sida: a situação em Portugal a 31 de dezembro de 2015”

Diabetes: ARSLVT e APDP Assinam Acordo de Cooperação

Acordo entre ARSLVT e APDP assinado no dia 25 de novembro

Realizou-se no dia 25 de novembro, nas instalações do Ministério da Saúde, a assinatura do Acordo de Cooperação que vigorará até 2019 entre a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) e a Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP).

O acordo visa a prestação de cuidados de saúde aos doentes com diabetes inscritos nas unidades de cuidados de saúde primários da região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo.

Estes cuidados de saúde abrangem consultas de diabetologia e apoio diabetológico, sessões de hospital de dia para tratamento do pé diabético, rastreio e tratamento da retinopatia diabética, colocação de bombas de insulina e acompanhamento destes doentes.

O acordo foi assinado pela Presidente da ARSLVT, Rosa Valente de Matos, e pelo Presidente da APDP, Luíz Gardete Correia. A assinatura deste protocolo contou também com as presenças do Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, e do Secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado.

A APDP presta cuidados de saúde integrados e diferenciados na área da diabetologia, posicionando-se no apoio e complementariedade relativamente às estruturas do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Esta associação integra uma equipa multidisciplinar especializada, vocacionada para a prevenção e tratamento das pessoas com diabetes, distribuída por vários departamentos, equipados com tecnologia adequada para dar resposta eficaz no âmbito da luta contra a diabetes.

Para saber mais, consulte:

Matosinhos é Cidade Amiga das Pessoas Idosas – ULS Matosinhos / ESS IP Porto / OMS

ULSM, Câmara Municipal e Escola Superior de Saúde assinam protocolo

A Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM), celebrou no dia 28 de novembro, um protocolo de colaboração com a Câmara Municipal de Matosinhos e a Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico do Porto, com o objetivo de formalizar a candidatura de Matosinhos a Cidade Amigas das Pessoas Idosas, na perspetiva da adesão à rede mundial criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

O protocolo que formaliza esta iniciativa conjunta com vista à adesão do município à Rede Mundial de Cidade Amiga das Pessoas Idosas foi assinado no âmbito do I Encontro sobre Envelhecimento Ativo – desafios na Saúde e na Comunidade.

Trata-se de um encontro científico de âmbito multidisciplinar, organizado pela ULSM em parceria com a Escola Superior da Saúde e com a Câmara Municipal de Matosinhos, que conta com a participação de especialistas, profissionais de saúde e investigadores de diferentes áreas, mas que se pretende aberto à comunidade em geral.

O programa abarcou quatro grandes temas:

  • Literacia em Saúde
  • Ambiente Amigo das Pessoas Idosas
  • Tecnologias de Informação e Comunicação nos Cuidados de Proximidade
  • Matosinhos: Cidade Amiga das Pessoas Idosas

Matosinhos na Rede Mundial da OMS

Uma cidade amiga das pessoas idosas estimula o envelhecimento ativo através da criação de condições de saúde, participação e segurança, de modo a reforçar a qualidade de vida à medida que as pessoas envelhecem. Em termos práticos, uma cidade amiga das pessoas idosas adapta as suas estruturas e serviços de modo a que estes incluam e sejam acessíveis a pessoas mais velhas, com diferentes necessidades e capacidades. É a partir destes princípios orientadores que a OMS criou um guia, identificando características do ambiente urbano propícias a um envelhecimento ativo e com saúde.

Este conceito de cidade amiga das pessoas idosas, depois interligada em rede mundial, vem perspectivar a problemática do envelhecimento de uma forma inovadora, invertendo o modo como os idosos são visto pela sociedade e pelos respectivos governos. Em vez de sinónimo de despesas com pensões e reformas e custos em cuidados médicos, a OMS vem dizer que os idosos são um recurso vital, mas que esse contributo só será possível se as pessoas idosas se mantiverem saudáveis e se os obstáculos que as impedem de participar na vida em sociedade, em comunidade, forem superados.

Este foi o ponto de partido da OMS quando, em 2006, lançou um trabalho de investigação em 33 cidades do mundo, na tentativa de identificar as características de um ambiente urbano facilitador de um envelhecimento ativo e com saúde: acesso aos transportes públicos, aos espaços ao ar livre e edifícios, bem como a habitação adaptada, integrada numa comunidade, e de serviços sociais, especialmente médicos.

Assim, a Rede Mundial de Cidades Amigas das Pessoas Idosas, à qual Matosinhos agora se candidata, visa responder ao rápido envelhecimento das populações e criar ambientes urbanos que permitam uma maior participação cívica na sociedade, consciente da importância da população sénior para o desenvolvimento humano sustentável.

Para saber mais, consulte:

ULS Matosinhos  –  http://www.ulsm.min-saude.pt/

Resultados de Um Ano de Funcionamento da Via Verde AVC da Região Centro

Programa permitiu orientação clínica a 438 doentes num ano

O programa Via Verde do AVC coordenado pelo Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que agrega mais sete hospitais da região Centro, já permitiu a orientação clínica de 438 doentes desde setembro de 2015.

De acordo com o Diretor do Serviço de Neurologia do CHUC, Luís Cunha, esta rede hospitalar garante uma resposta tecnicamente equitativa aos doentes que sofram um acidente vascular cerebral (AVC), através de consultas de telemedicina.

O programa inclui, além do CHUC, o Hospital Distrital da Figueira da Foz, Centro Hospitalar de Leiria, Centro Hospitalar Baixo Vouga, Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Unidade Local de Saúde da Guarda, Centro Hospitalar da Cova da Beira e Unidade Local de Saúde de Castelo Branco.

Segundo Luís Cunha “era previsível que os AVC iam necessitar de determinadas terapêuticas que não podiam ser estendidas a todos os hospitais e a preocupação foi, acima de tudo, primeiro dotar o CHUC dessas condições e oferecer aos doentes, independentemente da sua área geográfica, o mesmo tipo de possibilidade de recuperação”.

Desde setembro de 2015 até ao final de outubro de 2016, o projeto Via Verde AVC já realizou 438 consultas de telemedicina, que contribuíram “de forma significativa para a melhoria do resultado clínico e funcional dos doentes com AVC na região Centro”.

No mesmo período, a unidade central realizou 232 fibrinólises endovenosas e 156 trombectomias, terapêutica apenas efetuada no CHUC.

A rede, que tem o CHUC como ponto central, onde diariamente, durante as 24 horas, uma equipa de especialistas acompanha em tempo real os doentes com AVC que dão entrada naquelas unidades e prescrevem a melhor terapêutica, consoante a situação clínica.

De acordo com Luís Cunha, a rede permite que apenas os doentes mais graves sejam transferidos para Coimbra, já depois de estabilizados e com terapêutica iniciada.

“Tivemos ganhos de vária natureza, não só para o doente, que deixa de ter tratamentos a duas velocidades, consoante o local em que se encontrasse, mas também em termos de rentabilização dos serviços CHUC”, salienta o médico.

O Diretor do Serviço de Neurologia destaca ainda que o doente faz no CHUC a terapêutica adequada, “é estabilizado e volta ao hospital de origem, coisa que não se podia fazer antigamente”.

O projeto, salientou, estende-se ainda ao Centro de Medicina e Reabilitação da Região Centro – Rovisco Pais (Tocha, Cantanhede), permitindo o acesso a fisioterapia a doentes, que reúnam os critérios clínicos para beneficiarem de um programa de reabilitação em internamento.

“A rede está a funcionar na plenitude, é uma coisa que está a acontecer e, neste momento, realizamos 40 a 50 teleconsultas por mês, o que dará qualquer coisa como quinhentas por ano”, realça, por seu lado, Gustavo Cordeiro, Coordenador da Unidade de AVC do CHUC.

O Presidente do Conselho de Administração do CHUC, José Martins Nunes, acentuou, por outro lado, o caráter pioneiro da iniciativa em Portugal e elogiou a organização deste projeto.

José Martins Nunes sublinhou ainda que “se salvaram muitas vidas humanas e muitas pessoas ficaram sem quaisquer sequelas graças a este programa de âmbito regional, garantindo tratamento e cura em situações-limite de patologia potencialmente fatal”.

Para saber mais, consulte: