Sede da EMA: Candidatura do Porto à sede da EMA colhe elogios em Bruxelas

12/10/2017

A candidatura do Porto à sede da Agência Europeia do Medicamento (EMA) colheu elogios de vários eurodeputados em Bruxelas, que destacaram como a comunidade civil da cidade está envolvida neste projeto.

Por iniciativa do eurodeputado social-democrata Paulo Rangel, após sugestão da comissão da candidatura do Porto à EMA, um grupo de 20 pessoas, entre representantes da Câmara Municipal do Porto, a Secretária de Estado dos Assuntos Europeus, reitores de instituições públicas e privadas de ensino superior do Porto, representantes de estruturas culturais da cidade, da Área Metropolitana do Porto e da Associação Comercial do Porto estiveram, dia 11 de outubro, no Parlamento Europeu a apresentar o que a cidade tem para oferecer.

Neste contexto, decorreram reuniões com eurodeputados de vários países e encontros com diversas forças famílias políticas.

Para Paulo Rangel, «está tudo em aberto, não tanto no sentido de ganhar, mas de passar à fase seguinte. Não vamos entrar em triunfalismos bacocos».

Rangel admitiu ter ficado surpreso com o elogio feito pelos eurodeputados ao facto de a apresentação envolver a sociedade civil do Porto, afirmando que isso significa que há «toda uma cidade que está unida em volta» do projeto.

O social-democrata destacou ainda o «empenho forte e genuíno» do Governo e dos embaixadores nesta candidatura, lembrando que a diplomacia portuguesa conta já com «dois grandes feitos», designadamente ter Durão Barroso como presidente da Comissão Europeia durante 10 anos e António Guterres como secretário-geral das Nações Unidas.

Eurico Castro Alves e Ricardo Valente, da Comissão da candidatura do Porto à sede da EMA, fizeram um balanço positivo desta iniciativa.

«Este momento foi muito importante, porque com a ajuda dos eurodeputados [portugueses], todos sem exceção, sentimos um empenhamento grande. Falámos com pessoas que são estratégicas para a decisão final, porque são influenciadores. Passámos a nossa mensagem e acabámos de vez com aquele mito de que o Porto não cumpre com os requisitos», disse Eurico Castro Alves.

O vereador da Câmara do Porto, Ricardo Valente, destacou também a importância de demonstrar aos decisores em Bruxelas «as valências do Porto».

«O próximo mês é para trabalhar junto dos decisores finais e dar a conhecer a parte menos conhecida do Porto, que tem a ver com o ‘health cluster’ e as universidades» existentes e suas ofertas, disse.

Eliminação da hepatite C em Portugal: Manifesto pela Eliminação da Hepatite C assinado hoje em Bruxelas

12/10/2017

O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Araújo, o eurodeputado Carlos Zorrinho, o deputado à Assembleia da República, Ricardo Baptista Leite, o Grupo de Ativistas em Tratamentos, Luís Mendão, a Diretora do Programa Nacional para as Hepatites Virais, Isabel Aldir, entre outros, reuniram-se hoje em Bruxelas para anunciar a sua intenção de trabalhar em conjunto com o objetivo de eliminar o vírus da Hepatite C em Portugal até 2030, ao assinarem o «Manifesto pela Eliminação da Hepatite C».

O encontro, presidido pelo eurodeputado Carlos Zorrinho, decorreu na sequência da primeira Cimeira Europeia dedicada à eliminação da hepatite C na Europa, que decorreu em Bruxelas, em fevereiro de 2016, e na qual foi apresentado o Manifesto para a Eliminação da Hepatite C, no contexto europeu, até 2030.

Na ocasião, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde de Portugal, sublinhou que «Portugal teve extraordinários progressos na abordagem à Hepatite C nos últimos anos. O Governo português está profundamente empenhado em acabar com a epidemia da Hepatite C até 2030 e acreditamos que iremos atingir esse objetivo antes dessa data.

De forma a faze-lo, a primeira Estratégia Nacional para as Hepatites Virais em Portugal foi lançada este ano. Baseia-se na universalidade (acesso ao tratamento a todas as pessoas com hepatite C, elegíveis para tratamento), na equidade (harmonização do tratamento a nível nacional) e na qualidade (o tratamento mais adequado segundo a evidência cientifica), mas também focado na prevenção, informação, conhecimento e rastreios dirigidos.

Adicionalmente, pela primeira vez, foi dada atenção especial aos grupos vulneráveis: reclusos, trabalhadores do sexo, sem-abrigo e emigrantes, que têm tido dificuldade no acesso ao tratamento. De agora em diante, esta realidade irá mudar: juntos conseguimos atingir os objetivos de 2030!»

Os signatários do Manifesto pela Eliminação da Hepatite C comprometem-se a:

  • Tornar a hepatite C e sua eliminação na Europa uma prioridade clara de saúde pública a ser perseguida a todos os níveis;
  • Assegurar que doentes, grupos da sociedade civil e outras partes interessadas sejam diretamente envolvidas no desenvolvimento e implementação de estratégias de eliminação de hepatite C;
  • Dar especial atenção à ligação entre a hepatite C e a marginalização social;
  • Introduzir uma Semana Europeia de Consciência sobre a Hepatite;

Sobre a Eliminação

  • A eliminação de uma doença destina-se a reduzir a zero a incidência de uma doença específica em uma área geográfica definida como resultado de esforços deliberados.
  • A eliminação do Vírus da Hepatite C (VHC) foi tornada possível por avanços terapêuticos recentes, que tornaram o vírus curável na maioria dos casos – as taxas de cura evoluíram de 6 % em 1991 (primeiro tratamento com interferão aprovado para VHC) para mais de 90 % em 2014 (antivirais de ação direta introduzidos).
  • Abordagens e estratégias holísticas para melhorar o conhecimento geral, aumentar os testes para pessoas em risco e encaminhar as pessoas infetadas a cuidados de saúde específicos precisam de ser desenvolvidos.

Para saber mais, consulte:

Parlamento Europeu > Eliminação da hepatite C em Portugal