Determina e estabelece disposições para o alargamento do modelo de funcionamento do sistema de informação de suporte à gestão de transporte não urgente de doentes (AGIT) e para a sua implementação em todas as instituições do SNS

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Telemonitorização de doentes de DPOC reduz idas às urgências – CHUC

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) divulga que a avaliação a doentes com doença pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) telemonitorizados mostrou uma redução de 50% de internamentos e de 30% de idas à urgências, comparativamente a doentes não telemonitorizados.

De acordo com o CHUC, foram selecionados 12 doentes entre a população seguida nos Serviços de Pneumologia A (polo Hospital Universitário) e B (polo Hospital Geral) para a avaliação dos três anos de implementação da telemonitorização.

Para este estudo de caso foram considerados utentes com maior número de episódios de urgência e internamentos, refere o centro hospitalar.

Cada utente recebeu um kit de monitorização, um tablet e um conjunto de equipamentos de medição (oxímetro, termómetro, esfigmomanómetro e pedómetro/monitor de atividade física). O CHUC garantiu o acompanhamento inicial e formação de forma que os doentes pudessem realizar a monitorização diária dos respetivos parâmetros uma a duas vezes ao dia.

“A monitorização das medições efetuadas pelos doentes foi supervisionada diariamente por um centro de triagem que, para além da verificação dos dados, implementou um protocolo personalizado, criado pelos médicos assistentes do CHUC, por forma a fazer a despistagem de sintomas de alerta para a evolução do estado da doença”, revela o centro hospitalar.

De acordo com o CHUC, os dados mostram uma redução de 50% de internamentos e 30% de urgências em comparação com o período em que os doentes não eram telemonitorizados.

“A telemonitorização domiciliária provou ter efeitos positivos na diminuição do recurso aos meios hospitalares e na melhoria da qualidade de vida destes doentes”, acrescenta.

Futuramente, o CHUC pretende integrar um maior número de utentes no programa de telemonitorização e alargar o seu âmbito a outras doenças crónicas na área da cardiologia, diabetes e nefrologia.

A DPOC, patologia crónica do aparelho respiratório, que se caracteriza por obstrução progressiva e persistente do fluxo aéreo e está associada a inflamação crónica das vias pulmonares, é uma das principais causas de morbilidade crónica, de perda de qualidade de vida e de mortalidade, representando atualmente a quinta causa de morte em Portugal (2,4%).

Telemedicina em Bragança: ULSNE Quer Evitar Deslocações de Doentes

ULSNE recorre à telemedicina para evitar deslocações de doentes

A Unidade Local de Saúde do Nordeste (ULSNE) divulga que os hospitais e centros de saúde do distrito de Bragança vão usar a telemedicina para tratar doentes e evitar deslocações e afluências desnecessárias às urgências e especialidades.

Com o recurso à tecnologia, a entidade responsável por todos os serviços de saúde na região pretende que seja possível, por exemplo, que um doente presente num centro de saúde de qualquer dos 12 concelhos seja observado por uma especialidade médica apenas existente nos hospitais.

A ULS do Nordeste explica que o processo de interligação das diferentes unidades “está em fase de instalação do sistema” tecnológico e a comunicação será feita através de câmaras e computadores.

A dispersão geográfica do distrito de Bragança implica custos de deslocações para utentes e também para a ULSNE, que, no ano de 2016, suportou despesas com transportes entre os centros de saúde e as unidades hospitalares de cerca de 1,5 milhões de euros, segundo dados avançados à Lusa.

A ULSNE pretende, com recurso à tecnologia, “evitar a deslocação da população entre unidades de saúde, assegurando um serviço de qualidade com maior conforto e comodidade e com menos custos, tanto para os utentes como para a própria instituição”.

Através da ligação por telemedicina, esta entidade espera “evitar a deslocação de alguns doentes enviados diretamente dos centros de saúde para as urgências hospitalares e para os serviços de consulta externa” e “uma diminuição dos custos com transportes na ordem dos 77.500 euros”.

A dispersão geográfica do distrito obriga muitos doentes a percorrerem vários quilómetros para se deslocarem aos serviços de urgência e de consulta externa dos três hospitais da região, nomeadamente os de Bragança, Macedo de Cavaleiros e Mirandela.

“Com recurso a esta tecnologia passará a ser possível fazer a avaliação do utente no centro de saúde, evitando em muitas situações a sua deslocação a uma unidade hospitalar”, explica a ULSNE.

Com este projeto, “prevê-se ainda uma diminuição do número de reinternamentos, através de uma maior articulação entre os cuidados de saúde hospitalares e os cuidados de saúde primários”.

Nesta matéria, a Unidade Local de Saúde do Nordeste pretende uma maior articulação “ao nível do acompanhamento dos utentes no pós internamento, pelas equipas de enfermagem das unidades de cuidados na comunidade e das unidades de cuidados de saúde personalizados”.

O projeto será concretizado em articulação com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE.

A Unidade Local de Saúde do Nordeste defende que se “assume de grande relevância para a região” por permitir “aproximar os cuidados de saúde dos utentes que deles necessitam”.

Visite:

ULSNE  – http://www.ulsne.min-saude.pt/