Estudo sobre Consumo de Álcool na Gravidez – SICAD / ARSLVT

SICAD divulga resultados do estudo sobre consumo de álcool na gravidez: 19% assume ter ingerido álcool durante a gestação.

O Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), em articulação com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), desenvolveu um estudo piloto, no final de 2014, sobre o consumo de bebidas alcoólicas na gravidez, centrado nos Concelhos de Lisboa e Oeiras.

A apresentação pública dos resultados deste estudo decorreu hoje, dia 14 de setembro, pelas 10 horas, no auditório do Centro de Saúde de Sete Rios, em Lisboa.

Os resultados do estudo, aplicado a 1104 grávidas em centros de Saúde da região de Lisboa, revelam que 19% das participantes declararam ter tomado bebidas alcoólicas após conhecimento da gravidez, sendo este consumo essencialmente esporádico, e 1% tomaram bebidas alcoólicas até ficarem “alegres” e/ou fizeram consumos “binge”.

Por comparação com o seu padrão de consumo nos 12 meses anteriores, constata-se que, entre as que já eram consumidoras, 74% abandonaram o consumo (13,7% ainda antes de terem conhecimento da gravidez, porventura no âmbito do seu planeamento, e 60,6% após conhecimento desta).

De entre as inquiridas que mantiveram o consumo de bebidas alcoólicas (26% das consumidoras), metade (13%) diminuíram-no.

O consumo de álcool durante a gravidez está claramente associado a anomalias no feto, de entre as quais se destaca a Síndrome Alcoólica Fetal. Como tal, um maior conhecimento sobre este consumo, dos fatores de risco que lhe estão associados e da extensão dos seus efeitos assume a maior relevância no contexto da Saúde.

Os dados apresentados evidenciam a necessidade de:

  1. Divulgar mensagens claras, objetivas, coerentes, quanto ao consumo de bebidas alcoólicas na gravidez: não é seguro beber qualquer copo na gravidez;
  2. Ponderar diferentes veículos de comunicação, sendo que, nesta amostra, os profissionais de saúde e a internet são identificados como fontes de informação privilegiadas;
  3. Na comunicação/intervenção, seja esta generalizada ou individualizada ter em consideração a influência da rede social direta no consumo de bebidas alcoólicas na gravidez;
  4. Consolidar como prática generalizada no acompanhamento à grávida (e à mulher que planeia engravidar) a identificação do consumo de bebidas alcoólicas e, caso este exista, apoiar a grávida quanto ao abandono do mesmo, designadamente tendo em consideração as suas competências percebidas ao nível do seu controlo.

Veja aqui o Sumário Executivo do Estudo: O consumo de Álcool na Gravidez

Programa Avançado de Estudos Especializados Decisão em Saúde

A primeira edição do Programa Avançado de Estudos Especializados Decisão em Saúde, vai decorrer de 12 de outubro de 2015 a 3 de junho de 2016 no Edifício Tomé Pires do INFARMED, em Lisboa, com a coordenação da Focus On Evolution.

Trata-se de uma formação avançada que se desenvolve ao longo de cinco áreas temáticas: Fundamentos das Decisões em Saúde, Decisões e Decisores em Saúde, Suporte à Decisão: Evidência e Valores, Segmentos de Mercado de Medicamentos, Medicamentos e Resultados em Saúde.

Para mais informações consulte o folheto do Programa Avançado de Estudos Especializados Decisão em Saúde.

Ministério da Saúde Vai Realizar Estudo para Avaliar a Sustentabilidade da ADSE

« (…) Assim, determino:

1. A realização de um estudo atuarial que permita aferir, face ao atual universo de população abrangida, se a ADSE é demográfica, económica e financeiramente sustentável, de modo a obter a análise necessária para a realização de um estudo de sustentabilidade.

2. Atentos os resultados obtidos no estudo atuarial a realização de um estudo de sustentabilidade da ADSE a médio e longo prazo, numa dupla vertente de responsabilidades correntes e de responsabilidades futuras.

3. Que os encargos decorrentes da realização dos referidos estudos são suportados pela ADSE.

4. Que o relatório final do estudo atuarial deve estar concluído e remetido ao Gabinete do membro do Governo responsável pela área da saúde até 31 de outubro.

5. Que o relatório final do estudo de sustentabilidade deve estar concluído e remetido ao Gabinete do membro do Governo responsável pela área da saúde até 31 de dezembro, exceto as medidas com impacto no Orçamento do Estado para 2016 que devem ser apresentadas até ao fim do prazo referido no número anterior. (…)»

DESPACHO N.º 10123-B/2015 – DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 175/2015, 1º SUPLEMENTO, SÉRIE II DE 2015-09-08

Ministério da Saúde – Gabinete do Secretário de Estado da Saúde

Determina a realização de um estudo atuarial que permita aferir, face ao atual universo de população abrangida, se a ADSE é demográfica, económica e financeiramente sustentável, de modo a obter a análise necessária para a realização de um estudo de sustentabilidade

Estudo: Monitorização da Satisfação dos Utilizadores das USF e de uma Amostra de UCSP – CEISUC

Os cuidados de saúde primários (CSP) pretendem afirmar-se como a primeira e a principal forma de contacto dos cidadãos com o sistema de saúde, razão que confere importância à análise desenvolvida recentemente pelo Centro de Estudos e Investigação em Saúde da Universidade de Coimbra.
O estudo, que decorreu nas unidades funcionais de prestação de CSP revela que o índice de satisfação médio dos utilizadores é de 77,8 por cento, sendo que 84,5 por cento dos inquiridos revela um nível de satisfação entre os 60 e os 100 por cento.
Cuidados médicos e de enfermagem com avaliação muito positiva
 
Os cuidados prestados, sejam eles médicos, de enfermagem ou de secretariado clínico, foram as dimensões deste inquérito que revelaram um maior índice de satisfação: 80,9, 82,1 e 79,6 por cento, respetivamente.
A relação da satisfação com o modelo de gestão da unidade foi a seguinte: UCSP: 72,7 por cento de satisfação; USF modelo A: 76,8 por cento; USF modelo B: 79,5 por cento.
No que diz respeito à qualidade das instalações, constatou-se um grau de contentamento bastante positivo, 76,4 por cento, sendo apenas ligeiramente inferior, 71 por cento, no referente à organização da prestação dos cuidados de saúde.
De uma forma geral, as mulheres apresentaram uma satisfação ligeiramente menor do que a dos homens, o mesmo acontecendo aos jovens face aos mais idosos. É de sublinhar que a maior frequência de utilização dos serviços faz com que os utentes fiquem cada vez mais surpreendidos positivamente, em especial com os médicos de família e com os enfermeiros.
A dimensão da unidade exerce também uma certa influência na satisfação dos utilizadores. Estes parecem penalizar as unidades muito grandes, com mais de 12 médicos de família.
Estiveram ainda em avaliação vários aspetos de dimensão técnica e de relacionamento interpessoal, concluindo-se que o facto do utente sentir que tem tempo durante as consultas, a atenção que lhe é dispensada, a forma como o médico o ouviu, bem como o interesse demonstrado pela sua situação pessoal, leva a uma melhor avaliação dos utentes.
Os utilizadores reconhecem a competência, cortesia e carinho do médico de família (82,3 por cento), valorizam a explicação fornecida sobre os medicamentos, tratamentos e exames prescritos (81,7 por cento), o próprio exame realizado pelo médico de família (80,8 por cento) e a oferta de serviços de prevenção de doenças (por exemplo rastreios, pedidos de exames e vacinas: 80,7 por cento).
Os cuidados que não foram dispensados por médicos tiveram uma média de satisfação de 79,8 por cento. As suas duas sub-dimensões mostram uma maior satisfação dos utilizadores em relação aos cuidados de enfermagem (83,5 por cento) face ao secretariado clínico (77 por cento). É importante notar a percentagem (51,2 por cento) dos utilizadores que consideram excelentes os cuidados de enfermagem, sublinhando-se que mais de 40 por cento os classificam de “Bom” ou “Muito Bom”.

Acesso a Cuidados de Saúde por Imigrantes – Estudo e Recomendação da ERS

A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) elaborou um estudo que teve como objetivo avaliar o acesso ao sistema de saúde por imigrantes em Portugal. No seguimento das conclusões deste estudo, a ERS emitiu uma recomendação destinada às Administrações Regionais de Saúde e à Administração Central do Sistema de Saúde.

Consultar estudo

Consultar recomendação

Berta Cabral Cria Grupo de Trabalho para Estudar Utilização da Base das Lajes para Voos Civis

Proibição de Discriminação por Género nos Estudos da Saúde

«Despacho nº 04/2015

Através do Despacho n.º 9/2015, de 23 de março de 2015 do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, foi decidido o seguinte:

1. Toda a informação recolhida, analisada e divulgada no âmbito do Ministério da Saúde deve apresentar dados desagregados por sexo, sempre que aplicável e viável.

2. Em todos os documentos elaborados, editados e distribuídos pelos serviços e organismos do Ministério da Saúde deve ser utilizada uma linguagem inclusiva, não omissora e não discriminatória, que permita explicitar com maior rigor, diferenças e semelhanças verificadas entre homens e mulheres no contexto da saúde.

Tais medidas visam evitar generalizações que escamoteiem factos relevantes na saúde das mulheres e dos homens, originando iniquidades, assim como incrementarem o emprego de linguagem inclusiva, não discriminatória e não sexista.

Assumindo-se como um organismo de referência para todos aqueles que pensam e atuam no campo da saúde, a Direção-Geral da Saúde detém uma responsabilidade particular na concretização de tais desideratos, pelo que todas as unidades orgânicas, unidades funcionais e programas devem assegurar o cumprimento rigoroso do Despacho supramencionado.

Para o efeito, em particular no que se refere ao ponto n.º 2, pode ser solicitado apoio junto do Núcleo sobre Género e Equidade em Saúde, na Direção de Serviços de Proteção da Doença e Promoção da Saúde.

Lisboa, 12 de junho de 2015

Francisco George
Diretor-Geral da Saúde »

Género e Equidade em Saúde
Despacho do Diretor-Geral da Saúde de 12 de junho de 2015 sobre Género e Equidade em Saúde.