Aviso – Temperaturas Elevadas Para os Próximos Dias – DGS

Alerta - Temperaturas elevadas para os próximos dias

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera prevê-se um aumento significativo das temperaturas para os próximos dias, a partir de amanhã, dia 14 de julho, e pelo menos até dia 20 de julho.

A temperatura máxima irá registar valores superiores a 30ºC em praticamente todo o território, podendo atingir valores de 38 a 42ºC em especial nas regiões do interior.

Assim, a Direção-Geral da Saúde recomenda a adoção de medidas gerais de prevenção destinadas à população em geral e medidas específicas para pessoas mais vulneráveis aos efeitos do calor, nomeadamente:

• Crianças nos primeiros anos de vida;
• Pessoas com 65 ou mais anos;
• Portadores de doenças crónicas;
• Pessoas que desenvolvem atividade no exterior, expostos ao sol e/ou ao calor;
• Praticantes de atividade física;
• Pessoas isoladas e em carência económica e social.

Para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso tenha em atenção as seguintes recomendações:

• Mantenha o corpo hidratado e fresco;
• Mantenha-se protegido do calor;
• Utilize protetor solar com fator igual ou superior a 30;
• Mantenha a casa fresca;
• Mantenha-se especialmente atento e proteja-se se tiver algum problema de saúde;
• Mantenha-se em contacto e atento aos outros;
• Mantenha-se informado.

Para mais informações consulte a área dedicada aos Efeitos do Calor na Saúde ou ligue para a Saúde 24 (808 24 24 24).

Veja as relacionadas:

Atualização de Norma DGS: Checklist do Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Calor

Saúde Sazonal: Verão & Saúde – DGS / INSA

Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre Saúde Sazonal: Verão & Saúde

Transcrevemos:

«Saúde Sazonal: Verão & Saúde

No seguimento de notícias hoje publicadas a Direção-Geral da Saúde esclarece:

  • A mortalidade ocorre de forma cíclica e com expressão sazonal e acomoda ainda variabilidade aleatória diária, resultando em valores diferentes em cada dia, mês e ano.
  • As temperaturas extremas, quer no Inverno, quer no Verão, têm um potencial efeito negativo na saúde das populações.
  • Devido às variações das temperaturas, as comparações devem ser feitas com médias de vários anos, permitindo leituras dos resultados mais consistentes. Assim:
    • Nos primeiros seis meses de 2016 observou-se uma mortalidade 5,3% inferior à do período homólogo do ano anterior (menos 3.144 óbitos).
    • Em janeiro de 2016 observou-se menos 23% da mortalidade e em fevereiro menos 15% que em 2015.
    • Desde março os valores da mortalidade têm vindo a ser superiores aos de 2015.
    • O valor da mortalidade que se observou em junho 2016 pode corresponder apenas à variabilidade aleatória referida. Assim, numa perspetiva diária, o número de óbitos observado em junho está dentro dos valores esperados.
  • Quanto às temperaturas, de acordo com a informação do IPMA, a média das máximas observadas em junho de 2016, apesar de superior à média dos últimos 30 anos, foi inferior à verificada em 2015, quando ocorreram duas ondas de calor. Verificou-se o mesmo comportamento nas temperaturas mínimas.
  • Em 2016, não se verificou qualquer onda de calor e o IPMA apenas emitiu um aviso meteorológico amarelo, referente a temperaturas, nos dias 13 e 14 de junho para o distrito de Faro.
  • Durante todo o Verão importa considerar os cuidados adequados às temperaturas elevadas conforme recomendações em www.dgs.pt.

 

Francisco George

Diretor-Geral da Saúde»

Comunicado do Diretor-Geral da Saúde sobre Saúde Sazonal: Verão & Saúde

Veja também:

Informação do INSA:

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Epidemiologia, está colaborar com a Direção-Geral da Saúde  (DGS) na elaboração da informação disponibilizada na Plataforma Saúde Sazonal, que pode ser consultada na área Saúde em Tempo Real do portal do Serviço Nacional de Saúde. Esta colaboração insere-se no âmbito do Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas, plano “Verão e Saúde”, ativado em Portugal Continental entre 15 de maio e 30 de setembro e, eventualmente, noutros períodos em função das condições meteorológicas.

O Plano “Verão e Saúde” tem como principal objetivo minimizar os potenciais efeitos do calor intenso na saúde da população. Para tal, baseia-se nos efeitos de fatores ambientais na saúde como, por exemplo, indicadores da procura dos serviços, de morbilidade e de mortalidade, atualmente disponíveis em tempo real.

Do conjunto de indicadores disponibilizados nesta plataforma, o Instituto Ricardo Jorge contribui com informação sobre o Índice Alerta ÍCARO Nacional (efeito do calor sobre a mortalidade) e sobre o sistema de Vigilância Diária da Mortalidade (VDM), que apresenta os desvios da mortalidade observada face à mortalidade esperada sem a influência de fatores habitualmente associados ao excesso de mortalidade.

O Índice Alerta ÍCARO é um indicador padronizado do impacto das temperaturas previstas para o próprio dia e os dois dias seguintes na mortalidade, que utiliza os seguintes níveis de alerta: Efeito nulo sobre a mortalidade; Efeito não significativo sobre a mortalidade; Provável efeito sobre a mortalidade; Possível alerta de onda de calor em avaliação; Alerta de onda de calor, esperadas consequências graves em termos de saúde mortalidade.

O sistema VDM visa a monitorização, diária e semanal, da mortalidade por todas as causas ocorrida em Portugal. Foi implementado no Departamento de Epidemiologia em 2004, tornando-se em 2007 um sistema automático com cobertura nacional. A mortalidade por todas as causas é um importante indicador de saúde pública e dessa forma a sua monitorização contínua e sistemática permite estimar o impacto atual de doenças, epidemias, fatores climatéricos e ainda a magnitude do impacto de epidemias futuras.

A Plataforma Saúde Sazonal disponibiliza ainda dados sobre o número de consultas não programadas nos cuidados de saúde primários por semana e o número de consultas em urgência hospitalar por semana. É ainda apresentada a amplitude semanal das temperaturas máxima e mínima calculada para Portugal Continental a cada 24 horas.

Estabelecimentos do SNS Têm de Assegurar os Planos de Contingência de Temperaturas Extremas Adversas (Calor e Inverno)

Atualização de 23/03/2017: Este Despacho foi revogado, veja aqui.

  • DESPACHO N.º 4113-A/2015 – DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 79/2015, 1º SUPLEMENTO, SÉRIE II DE 2015-04-23 – Este Despacho foi revogado, veja aqui.
    Ministério da Saúde – Gabinete do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde

    Determina que todos os serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde devem assegurar, de forma eficaz, os Planos de Contingência de Temperaturas Extremas Adversas – Módulos de Calor e de Inverno, da Direção-Geral da Saúde, devendo elaborar e implementar Planos de Contingência específicos de acordo com a realidade local – Este Despacho foi revogado, veja aqui.

DGS: Relatório Final de Acompanhamento e Avaliação do Plano de Contingência para o Calor 2014

Temperaturas Extremas Adversas – Calor

Veja aqui o Relatório

Desde 2004, que o Ministério da Saúde, através da Direção-Geral da Saúde (DGS), tem implementado um Plano de Contingência para Ondas de Calor com o intuito de minimizar os efeitos negativos do calor intenso na saúde humana.

O Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Calor 2014, é um instrumento estratégico que se baseia num sistema de previsão, alerta e resposta apropriada, sendo ativado no período compreendido entre 15 de maio e 30 de setembro de 2014, podendo ser ativado em função das condições meteorológicas verificadas, em qualquer altura do ano, antes ou depois do seu período de ativação.

A Direção-Geral da Saúde divulga o Relatório Final de Acompanhamento e Avaliação do Plano de Contingência para Temperaturas Extremas Adversas – Módulo Calor 2014, das ocorrências verificadas entre 15 de maio a 30 de setembro:

” No período entre 15 de maio e 30 de setembro, ocorreram três períodos de calor intenso (no mínimo com três dias consecutivos), com a média das temperaturas máximas igual ou superior a 30ºC. No período de junho verificaram-se temperaturas mais elevadas, sendo que o período de julho registou temperaturas mais baixas mas durante mais dias consecutivos.

A temperatura máxima registada, entre 15 de maio e 30 de setembro, foi de 40ºC, em Beja (dias e 14 de junho e 16 de julho) e Évora (dia 14 de junho).

O dia mais quente a nível nacional foi o dia 14 junho com uma média nacional de temperatura máxima de 34ºC, seguido dos dias 12 de junho, 17 de agosto e 1 de setembro, com uma média de 33ºC.

O período de 15 de maio a 30 de setembro do ano de 2014 caracterizou-se pela ocorrência de alguns períodos com temperaturas elevadas, o que implicou a mudança do nível de alerta de verde para amarelo em 14 distritos do país (com exceção de Viana do Castelo, Porto, Aveiro e Guarda).

Foram emitidos alertas de nível amarelo em 11 dias do período de observação, na sua maioria, nos meses de junho e de julho (20 alertas em cada mês), totalizando 44 alertas distritais. Castelo Branco foi o distrito em que foram ativados mais alertas amarelos (6 alertas).

De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera houve duas ondas de calor (definição climatológica), uma em maio, outra em junho. Entre os dias 28 de abril e 18 de maio, ocorreu uma onda de calor em especial nas regiões do interior, assim como, entre os dias 11 e 16 de junho, ocorreu outra onda de calor em alguns locais do Continente (IPMA, 2014).

A procura dos serviços do Instituto Nacional de Emergência Médica revelou valores que parecem acompanhar a evolução da curva da temperatura com os períodos de temperaturas mais elevadas a coincidirem com períodos em que a procura dos serviços é mais elevada. O maior número de ocorrências registou-se no dia 13 de junho.

Do mesmo modo, o Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade monitorizado pelo INSA, evidenciou um aumento da mortalidade nos dias em que se verificaram temperaturas mais altas, tendo o dia 16 de junho sido aquele que apresentou maior número de óbitos.

Foi feita uma análise comparativa da mortalidade média diária ocorrida no presente ano em relação à média da mortalidade diária ocorrida entre os anos de 2010 e 2013, sendo que no período entre 15 de maio e 30 de setembro a mortalidade média diária em 2014 foi inferior em cerca de 780 óbitos à ocorrida entre os anos de 2010 e 2013.

A Linha “Saúde 24” registou um total de 1139 chamadas no período entre 15 de maio e 30 de setembro. O maior número de chamadas foi registado na semana entre 10 a 16 de julho, com o do 14 a registar o maior número de chamadas (29 chamadas). Esta semana de julho correspondeu ao período com mais dias consecutivos com temperaturas elevadas a nível nacional.

Durante o período de implementação do Plano de Contingência, apenas a região Norte, através da Unidade Local de Saúde do Nordeste referiu duas ocorrências.”

Para mais informação, consulte:

Veja aqui o Relatório