Artigo: Vacinação Antigripal da População Portuguesa na Época 2014/2015 – INSA

Com o objetivo de estimar a taxa de cobertura pela vacina antigripal sazonal (VAGS) da população portuguesa na época gripal de 2014/2015 e caraterizar a prática da VAGS relativamente ao local de vacinação, o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge elaborou um estudo transversal, de prevalência, tendo como população alvo os residentes em Portugal Continental. Para tal, realizou um inquérito por entrevista telefónica à amostra de famílias ECOS (Em Casa Observamos Saúde).

Este trabalho revelou que a cobertura pela VAGS na população com 65 ou mais anos de idade foi 50,9%, o que representa um aumento absoluto de 1% em comparação com a estimativa de cobertura pela VAGS, obtida através da amostra ECOS para este grupo etário, na época anterior 2013/2014 (49,9%). Segundo os autores do artigo, “esta diferença, apesar de não significativa, reflete a manutenção da tendência crescente da cobertura da população pela VAGS, iniciada na época de 2012/2013”.

Em relação ao local de vacinação, a VAGS decorreu, principalmente, nos Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com 62,1% de todos os respondentes (75,3% dos respondentes com 65 e mais anos) a indicarem este local, seguido pela farmácia, com 25,8% (18,8% dos respondentes com 65 e mais anos). Estes resultados representam uma inversão da distribuição observada desde o início da autorização da administração das vacinas nas farmácias iniciada em 2008.

Essas estimativas atuais refletem, assim, uma aproximação ao padrão observado na época 2007/2008, o que por certo pode estar relacionado com a gratuitidade da vacina antigripal para a população portuguesa com 65 ou mais anos de idade, disponível apenas nos Centros de Saúde do SNS, desde a época 2012/2013. Apesar deste aumento, os autores do estudo consideram “importante manter e reforçar as estratégias de promoção da vacinação pela população portuguesa, com vista a atingir a meta de 60% de cobertura vacinal da população idosa assumida para época 2014/2015”.

A VAGS é a principal medida de proteção contra a gripe e complicações associadas. Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde emite anualmente recomendações para a prescrição da vacina antigripal a grupos-alvo prioritários, com risco mais elevado de desenvolvimento de complicações associadas à gripe.

Para consultar na íntegra o artigo de Mafalda Sousa Uva, Rita Roquette, Baltazar Nunes e Carlos Matias Dias, clique aqui.

Criado Grupo de Trabalho no âmbito do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos – DGS / INSA / ACSS

«SAÚDE

Gabinete do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde

Despacho n.º 3844-A/2016

O XXI Governo Constitucional estabeleceu como prioridade a defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, nesse âmbito, identificou a necessidade de combater as Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde (IACS), as quais são responsáveis por custos que ascendem a cerca de 300 milhões de euros anuais, só na componente de infeções hospitalares.

A infeção adquirida em internamento hospitalar e o aumento das resistências bacterianas aos antibióticos são problemas relacionados, cujo agravamento à escala mundial é deveras preocupante para os serviços de saúde, para os profissionais de saúde e para os cidadãos em geral, na perspetiva da preservação da segurança do doente e da saúde das populações.

Em fevereiro de 2013, foi criado o Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA), com carácter de programa prioritário de saúde, o qual tem vindo a liderar a estratégia de combate a estes problemas de saúde pública, na Direção-Geral da Saúde (DGS) e em ligação com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (CEPCD), orientando três vetores de intervenção principais: a campanha de precauções básicas de controlo de infeção, o programa de apoio à prescrição antibiótica e a vigilância epidemiológica de IACS, de consumo de antimicrobianos e de resistências a antimicrobianos.

Para este processo de vigilância epidemiológica são necessários dados e indicadores obtidos através de diferentes serviços e organismos do Ministério da Saúde, nomeadamente a DGS, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P., o INFARMED — Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P., e a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P., e só a sua análise e interpretação integrada permite a obtenção de conclusões e a definição de estratégias adequadas para esta área.

Só o conhecimento, por parte das unidades de saúde, dos seus dados relativos a infeções associadas aos cuidados prestados, resistências bacterianas e consumo de antibióticos permite a definição e implementação de ações de melhoria, justificando-se assim a criação de mecanismos promotores do retorno regular de informação integrada, sobre estes dados, a cada uma das unidades hospitalares.

Adicionalmente, a gestão do risco clínico e da segurança do doente é outra área em relação à qual importa investir, no sentido de aumentar a qualidade da resposta hospitalar, de minimizar as complicações potencialmente evitáveis e de reduzir a incidência de eventos adversos no SNS.

A implementação efetiva, nas instituições hospitalares, das medidas preconizadas como necessárias à promoção e viabilização de boas prá- ticas na área do controlo de infeção e da gestão do risco/segurança do doente é condição indispensável para melhorar processos e resultados e deve ser incentivada através de mecanismos financeiros com incidência no processo de contratualização que se encontra implementado no SNS.

Assim, determino:

1 — A criação de um grupo de trabalho interinstitucional, que integra a Direção-Geral da Saúde, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, I. P., o INFARMED — Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I. P., e a Administração Central do Sistema de Saúde, I. P. (ACSS, I. P.).

2 — O grupo de trabalho referido no número anterior é coordenado pela ACSS, I. P.

3 — Este Grupo de Trabalho garante, até final de junho de 2016, os mecanismos que permitam obter os dados e os indicadores, por instituição hospitalar, relativos a consumo hospitalar de antibióticos, resistência antimicrobiana (“microrganismos problema” e “microrganismos alerta”) e IACS (pneumonia associada à ventilação, infeção relacionada com cateter venoso central em medicina intensiva, infeção da corrente sanguínea, infeção urinária associada a algália e infeção neonatal).

4 — Os dados e indicadores referidos no número anterior constituem o denominado “índice de qualidade PPCIRA”, o qual é composto pelas seguintes variáveis, em relação às quais se definem objetivos para o triénio 2017-2019, nomeadamente:

a) Consumo hospitalar global de antibióticos, medido em DDD por 1000 doentes saídos dia (objetivo: redução de 10 % ao ano);

b) Consumo hospitalar global de carbapenemes, medido em DDD por 1000 doentes saídos dia (objetivo: redução de 10 % ao ano);

c) Taxa de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA) no total de Staphylococcus aureus isolados em amostras invasivas (sangue e liquor) (objetivo: redução de 5 % ao ano);

d) Taxa de Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase no total de Klebsiella pneumoniae isoladas em amostras invasivas (objetivo: ≤ 1 %);

e) Ausência de surto de Enterobactereaceae produtora de carbapenemase nesse ano;

f) Implementação de isolamento, rastreio de doentes com pelo menos um fator de risco de MRSA, conforme Norma anti-MRSA 018/2014, de 9 de dezembro de 2014, atualizada a 27 de abril de 2015, do PPCIRA/ DGS;

g) Taxa de adesão ao feixe de intervenções (bundle) de prevenção de infeção de local cirúrgico conforme Norma 020/2015, de 15 de dezembro de 2015, do PPCIRA/DGS (objetivo: n.º de cirurgias com adesão a todas as medidas do feixe/n.º total de cirurgias > 75 %);

h) Taxa de adesão ao feixe de intervenções (bundle) de prevenção de infeção urinária associada a algália, conforme Norma 019/2015, de 15 de dezembro de 2015, do PPCIRA/DGS (objetivo: n.º de algaliações com cumprimento de todas as medidas do feixe/n.º total de algaliações > 75 %);

i) Taxa de adesão ao primeiro momento da higiene das mãos (objetivo: > 70 %);

j) Participação nos programas de vigilância epidemiológica de infeção relacionada com cateter, de pneumonia associada a ventilador, de infeção de local cirúrgico e de infeção nosocomial da corrente sanguínea (objetivo: cumprimento destas vigilâncias em pelo menos 9 dos 12 meses).

5 — As variáveis que compõem o “índice de qualidade PPCIRA” são produzidas semestralmente e disponibilizadas até ao final do mês seguinte aos Conselhos Diretivos das Administrações Regionais de Saúde, aos Conselhos de Administração dos Hospitais e Unidades Locais de Saúde e aos Grupos Coordenadores Locais do PCCIRA, competindo a estes discutir e interpretar estes dados e indicadores por instituição hospitalar, implementando as necessárias intervenções e estratégias de melhoria contínua.

6 — As entidades que compõem o grupo de trabalho interinstitucional acompanham de forma continuada a evolução do “índice de qualidade PPCIRA” nas várias instituições hospitalares e efetuam as recomendações de melhoria que considerem mais adequadas.

7 — O “índice de qualidade PPCIRA” é integrado no processo de contratualização de cuidados de saúde que se encontra implementado no Serviço Nacional de Saúde, ficando associado a partir do ano de 2017 à aplicação de incentivos no âmbito dos contratos -programa estabelecidos anualmente entre as Administrações Regionais de Saúde e as instituições hospitalares, de forma a premiar as boas práticas e a melhoria da qualidade numa área crítica para a gestão hospitalar e para a segurança dos utentes.

8 — Podem ser chamados a colaborar com o Grupo de Trabalho outros elementos, a título individual ou como representantes de serviços ou organismos do Ministério da Saúde ou de outras instituições.

10 de março de 2016. — O Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Fernando Manuel Ferreira Araújo.»

Veja também, publicado hoje:

Relatório OMS: Portugal – Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em Números 2015 – DGS

Veja ainda:

Relatório: Resistência aos Antimicrobianos Aumenta na União Europeia – ECDC

Norma DGS: Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos

Resultados do Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência a Antimicrobianos

Relatório “Portugal – Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos em Números – 2014”

Artigo: Rubéola Congénita em Portugal entre 2009 e 2015 – INSA

O Instituto Ricardo Jorge, através do seu Laboratório Nacional de Referência de Doenças Evitáveis pela Vacinação, do Departamento de Doenças Infeciosas, estudou 71 casos suspeitos de rubéola congénita, entre 2009 e 2015. Foram analisados todos os casos enviados pelos hospitais que participaram na vigilância laboratorial da rubéola congénita, no âmbito do Programa de Eliminação do Sarampo, da Rubéola e da Rubéola Congénita na Região Europeia da Organização Mundial da Saúde.

Durante o período em análise, foram confirmados laboratorialmente três casos de rubéola congénita, sendo que dois casos resultaram de infeções sintomáticas em mulheres não vacinadas. Dos três casos identificados, dois foram importados do continente africano e um foi autóctone, o primeiro após um interregno de 13 anos.

Segundo os autores deste trabalho, este caso autóctone “mostra, só por si, que a prevenção e a vigilância ativa da rubéola não pode ser minimizada, sendo fundamental assegurar que todas as mulheres que pretendam engravidar saibam o seu estado imunitário em relação ao vírus da rubéola e sejam vacinadas sempre que necessário, tendo em conta que a vacinação é, até à data, o único método disponível para evitar a rubéola congénita”.

A rubéola é causada por um vírus da família Togaviridae, género Rubivirus. É uma doença benigna caracterizada por uma erupção macular acompanhada por febre baixa, dores articulares, faringite e adenopatias cervicais. A infeção pode ser em alguns casos assintomática contudo torna-se grave quando ocorre durante a gravidez.

Um recém-nascido com síndrome de rubéola congénita poderá apresentar malformações do tipo major (cataratas, glaucoma congénito, doença cardíaca, surdez, microcefalia, retinopatia), do tipo minor (purpura, trombocitopenia, esplenomegalia icterícia nas primeiras 24 horas de vida) ou apresentar um quadro assintomático ao nascer, em que depois podem surgir manifestações clínicas como surdez parcial ou atraso psicomotor mais tardiamente.

Para consultar na íntegra o artigo de Paula Palminha, Elsa Vinagre, Carlos Ribeiro, Teresa Lourenço e Carla Roque, clique aqui.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe 22 a 28 de Fevereiro – INSA

Atividade gripal baixa com tendência estável
Imagem ilustrativa
Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe revela atividade gripal baixa, com tendência estável, de 22 a 28 de fevereiro.

O Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, do Instituto Ricardo Jorge, refere que atividade gripal manteve-se baixa, com tendência estável, pela terceira semana consecutiva, referente à última semana de fevereiro.

De acordo com o relatório, entre 22 e 28 de fevereiro, a taxa de incidência da gripe foi de 42,6 por 100.000 habitantes. Na semana anterior tinha sido de 40,1.

O vírus da gripe foi detetado em 36% dos casos analisados em laboratório (quatro de 11), tendo sido encontrados dois vírus de tipo A e dois de tipo B.

Os vírus da gripe circulantes são na sua maioria semelhantes aos contemplados na vacina da gripe usada neste inverno.

Ainda segundo o Instituto Ricardo Jorge, na semana passada foram admitidos 10 novos casos de gripe em 13 unidades de cuidados intensivos (UCI), que reportaram informação, o que representa 6,2% da taxa de admissão. Este valor é quase o dobro do que fora estimado na semana anterior.

A mortalidade observada por todas as causas com valores de acordo com o esperado, e no resto da Europa houve um decréscimo de casos de gripe, embora em sete países tivesse havido uma atividade gripal elevada.

No mês de fevereiro, o valor da temperatura mínima do ar (5,95 graus) foi ligeiramente superior ao valor médio.

A época gripal começou em outubro e termina em maio.

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe – Semana 08| 22-28 fevereiro 2016

Veja todas as relacionadas:

Tag Gripe

Bolsa de Gestão INSA: Processo de Instalação do Museu da Saúde

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), Museu da Saúde, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Gestão – 1 vaga –  a candidatos (M/F), no âmbito do Processo de Instalação do Museu da Saúde.

BOLSA DE GESTÃO “PROCESSO DE INSTALAÇÃO DO MUSEU DA SAÚDE”
Data Limite : 16-03-2016

 

Anúncio para atribuição de uma Bolsa de Gestão
no âmbito do Processo de Instalação do Museu da Saúde
BGCT-FCT/MUS/01.2016

 Aviso de Abertura

O Instituto Nacional de Saúde Douto Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), Museu da Saúde, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Gestão – 1 vaga –  a candidatos (M/F), no âmbito do processo de instalação do Museu da Saúde.

Fase de Candidatura: de 03-03-2016 a 16-03-2016

As condições de Abertura da Bolsa são as seguintes:

Área Cientifica: História, história moderna, história da arte, museologia

Requisitos de Admissão: Serão apenas consideradas as candidaturas que reúnam, cumulativamente, os seguintes requisitos obrigatórios:

  • Licenciatura pré-Bolonha ou mestrado integrado na área da História, História da Arte, História Moderna, Museologia ou afins, devendo a média ser igual ou superior a 16 valores;
  • Experiência relevante e comprovada em investigação na área de História e Museologia  com participação em projetos de investigação financiado pela FCT e/ou FCG –  4 anos;
  • Pelo menos dois artigos científicos e duas comunicações em congressos nacionais ou internacionais na área da história e museologia;
  • Comissariado e/ou coordenação de pelo menos duas exposições em instituições ligadas à história e/ou Museologia (obrigatório).

Serão fatores de preferência:

  • Pós graduação em museologia ou em área ligada à história;
  • Advanced Certificate in English;
  • Conhecimentos de Francês e Espanhol.

Plano de trabalhos: Apoio à coordenação do Museu da Saúde para a organização e gestão do programa museológico associado à sua instalação, assim como, para a pesquisa e apoio a candidaturas a financiamentos externos de atividades decorrentes da instalação do Museu e a projetos de investigação em particular os financiados pela FCT e ou FCG. Apoio ao planeamento e divulgação das atividades científicas decorrentes do funcionamento do Museu.

Legislação e regulamentação aplicável: Lei Nº. 40/2004, de 18 de Agosto (Estatuto do Bolseiro de Investigação), com a redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei 202/2012, de 27 de Agosto. O Regulamento n.º 234/2012, de  25 de Junho, (Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P.), sem prejuízo de outra legislação em vigor e das regras de funcionamento interno da Instituição. Ainda, de acordo com o Regulamento n.º 234/2012, de  25 de Junho, artigo 38.º, em cada entidade de acolhimento deve existir um núcleo de acompanhamento dos bolseiros, sendo que no Instituto Ricardo Jorge é a DGRH-Bolsas que assume as competências do Núcleo do Bolseiro, e cujas regras básicas de funcionamento são: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas pode ser contatada nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado nesta Instituição.

Local de trabalho: O trabalho será desenvolvido no Museu da  Saúde do Instituto Ricardo Jorge, sito na Avenida Padre Cruz, em Lisboa.

Orientação Científica: O trabalho será efetuado sob a orientação cientifica da Coordenadora do Museu da Saúde, Prof. Doutora Helena Rebelo de Andrade, Investigadora Auxiliar do Instituto Ricardo Jorge e Professora Auxiliar convidada da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

Duração da bolsa: A bolsa é atribuída por 1 ano, automaticamente renovável até 4 anos. A bolsa tem início previsto a  02 de maio de 2016 e o projeto prevê o seu término a 31 de Março de 2020.

Valor do subsídio de manutenção mensal: O montante mensal a conceder será estabelecido em função da habilitação do candidato, da sua experiência anterior dentro do intervalo estabelecido na tabela do regulamento de Bolsas da FCT  (1245€- 1480€).

Métodos de seleção: Serão excluídos os candidatos que não cumpram todos os quatro requisitos obrigatórios enumerados anteriormente. Serão, igualmente, excluídos os candidatos que não apresentem os certificados de habilitações da licenciatura pré-Bolonha ou mestrado integrado (pós-Bolonha) com especificação da respetiva média final. Para os candidatos admitidos a concurso (que satisfaçam os cinco requisitos obrigatórios e apresentação dos certificados de habilitações) a avaliação curricular será feita com uma valoração de 0 a 20 e será aceite o candidato com a maior valoração.

Composição do Júri de Seleção: O Júri é constituído pela Prof. Doutora Helena Rebelo de Andrade, investigadora do Instituto Ricardo Jorge (presidente do Júri), pela Prof. Doutora Isabel Amaral, Professora e Investigadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e pela Prof. Doutora Ana Maria de Oliveira Carneiro, Professora e Investigadora do Centro Interuniversitário de História das Ciências e da Tecnologia, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Prazo e forma de apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas, obrigatoriamente, através do envio de carta de candidatura acompanhada dos seguintes documentos: Curriculum Vitae, certificado de habilitações e outros documentos comprovativos considerados relevantes.

As candidaturas deverão ser enviadas por e-mail ou correio para o seguinte endereço:

Helena Rebelo de Andrade
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Laboratório de Investigação
Departamento de Doenças Infeciosas
Avenida Padre Cruz | 1649-016 Lisboa, Portugal
h.rebelo.andrade@insa.min-saude.pt

Os candidatos que enviem as candidaturas por email devem conservar o recibo de entrega e/ou leitura como comprovativo de receção.

Forma de publicitação/notificação dos resultados: Comunicação dos resultados aos candidatos e outras informações: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio eletrónico, com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, considerar-se-á automaticamente notificado para consultar o processo se assim o desejar e pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias úteis. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação e comunicar a data de início efetivo da bolsa. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo qualificado (e assim sucessivamente) de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, a constar em Ata. A classificação ordenação final será afixada em local visível, na Ala da Direção de Recursos Humanos, piso 2, deste Instituto.

Bolsa de Investigação INSA: Projeto “INNUENDO – a cross-sectorial platform for the integration of genomics in surveillance of food-borne pathogens”

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), Departamento de Doenças Infeciosas, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Científica – 1 vaga – a candidatos (M/F), no âmbito do Projeto “INNUENDO – a cross-sectorial platform for the integration of genomics in surveillance of food-borne pathogens” (Ref. INSA/2016DDI1258), financiado pela European Food Safety Authority.

BOLSA DE INVESTIGAÇÃO “INNUENDO – A CROSS-SECTORIAL PLATFORM FOR THE INTEGRATION OF GENOMICS IN SURVEILLANCE OF FOOD-BORNE PATHOGENS”
Data Limite : 16-03-2016

Anúncio para atribuição de uma Bolsa de Investigação
no âmbito do Projeto INNUENDO –
a cross-sectorial platform for the integration of genomics in surveillance of food-borne pathogens
Refª: INSA/2016DDI1258

Aviso de Abertura

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (Instituto Ricardo Jorge), Departamento de Doenças Infeciosas, abre Concurso para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Cientifica – 1 vaga – a candidatos (M/F), no âmbito do Projeto “INNUENDO – a cross-sectorial platform for the integration of genomics in surveillance of food-borne pathogens” (Ref. INSA/2016DDI1258), financiado pelaEuropean Food Safety Authority.

Candidatura: 03-03-2016 a 16-03-2016

As condições de Abertura da Bolsa são as seguintes:

Área Científica Genérica: Ciências Biológicas

Área Científica Específica: Microbiologia

Requisitos de Admissão: Serão consideradas as candidaturas que reúnam os seguintes requisitos:

  • Licenciatura em Genética, Bioquímica, Biologia ou áreas afins e Mestrado em Genética, Bioquímica, Biologia ou áreas afins com média final de Mestrado superior ou igual a 18 valores (obrigatório);
  • No caso de se tratar de Mestrado Integrado, a nota final deverá ser igual ou superior a 17 valores (obrigatório);

Requisitos Preferenciais:

  • Experiência prévia, pelo menos 1 ano, em agentes bacterianos entéricos, nomeadamente técnicas de microbiologia clássica, que incluam cultura e teste de suscetibilidade a antibióticos pelos métodos de difusão em disco, gradiente de difusão e diluição em agar;
  • Experiência comprovada em biologia molecular, incluindo extração de ácidos nucleicos pela tecnologia de sílica magnética, quantificação de ácidos nucleicos por fluorescência, PCR convencional e PCR em Tempo-Real (com sondas FRET e TaqMan), e na utilização de software de bioinformática;
  • Um mínimo de 1 publicação científica e um mínimo de 2 participações em congressos com apresentação de trabalho;
  • Excelentes conhecimentos da língua Inglesa (escritos e orais);
  • Boa capacidade de trabalho, organização e de interação com outros investigadores;
  • Experiência em investigação, pelo menos 1 ano (obrigatório).

Plano de trabalhos: Os surtos multinacionais de agentes patogénicos veiculados pelos alimentos constituem uma ameaça à saúde pública a nível europeu. Assim, torna-se necessário implementar e validar novas tecnologias na caracterização microbiana, apresentando-se a sequenciação de nova geração (NGS) como uma tecnologia bastante promissora. Com o intuito de criar um quadro intersectorial de integração de NGS bacteriana em vigilância de rotina e investigação epidemiológica dos patogénicos bacterianos alimentares foi criado um consórcio multinacional europeu, sendo o Instituto Ricardo Jorge e a Universidade de Lisboa os representantes nacionais. O objetivo deste projeto está alinhado com a missão da EFSA para promover o desenvolvimento e validação de novas abordagens na caracterização microbiana, com uma coordenação ativa de esforços entre todas as partes interessadas de saúde pública e de segurança alimentar. O Instituto Ricardo Jorge será o responsável pela seleção de estirpes e sua caracterização genotípica por NGS. Cabe ao bolseiro efetuar as seguintes tarefas: 1) seleção das estirpes microbianas de Salmonella spp (n=200), Campylobacter spp (n=300), E. coli VTEC (n=100) e Yersinia enterocolítica (n=100); 2) cultura microbiana; 3) extração de ácidos nucleicos; 4) quantificação e controlo de qualidade dos ácidos nucleicos; 5) preparação e normalização de bibliotecas genómicas; 6) NGS; 7) análise da qualidade das raw reads e trimming/clipping das sequências.

Legislação e regulamentação aplicável: Estatuto do Bolseiro de Investigação, aprovado pela Lei Nº. 40/2004, de 18 de Agosto, na redação dada pela Lei n.º 12/2013, de 29 de janeiro. O Regulamento de Bolsas Ricardo Jorge, publicado no Diário da República – II Série, aviso n.º 7344/2005 (2ª série), de 17 de agosto de 2005, e ainda, supletivamente, o Regulamento de Bolsas de Investigação da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P. (aprovado pelo Regulamento n.º 234/2012, de 25 de junho, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 12, devidamente atualizado). A DGRH-Bolsas assume as competências do Núcleo do Bolseiro, cujas regras básicas de funcionamento, são entre outras: a responsabilidade de prestar aos bolseiros toda a informação relativa ao seu Estatuto, servir de elo de ligação entre os bolseiros e a Instituição acolhendo e tratando os processos dos bolseiros. A DGRH-Bolsas funciona, nos dias úteis, no horário de atendimento ao público regulamentado, nesta Instituição. Os Bolseiros devem ainda respeitar e sem prejuízo de outra legislação em vigor, as regras de funcionamento interno da Instituição.

Local de trabalho: O trabalho será desenvolvido no Laboratório Nacional de Referência de Infeções Gastrintestinais e Núcleo de Bioinformática, do Departamento de Doenças Infeciosas, e Unidade de Tecnologia e Inovação do Departamento de Genética Humana, do Instituto Ricardo Jorge, Av. Padre Cruz, Lisboa.

Orientação Científica: O trabalho será efetuado sob a orientação cientifica da Doutora Mónica Oleastro e do Doutor João Paulo Gomes do Departamento de Doenças Infeciosas, e do Doutor Luís Vieira do Departamento de Genética Humana, do Instituto Ricardo Jorge.

Duração da bolsa: A bolsa terá à duração de 12 meses, com início previsto para maio de 2016, sem renovação.

Valor do subsídio de manutenção mensal: O montante da bolsa corresponde a € 980, conforme tabela de valores das bolsasatribuídas diretamente pela FCT, I.P. no País e seguro de Acidentes Pessoais ou equivalente.

Métodos de seleção: O método de seleção a utilizar será o da avaliação curricular com valoração de 0 a 20.

Composição do Júri de Seleção: O Júri é constituído pela Doutora Mónica Oleastro, investigadora auxiliar do Instituto Ricardo Jorge (Presidente do Júri), pelo Doutor João Paulo Gomes, investigador auxiliar, e pelo Doutor Vítor Borges, técnico superior, do mesmo departamento (vogais efetivos).

Prazo e forma de apresentação das candidaturas: As candidaturas devem ser formalizadas obrigatoriamente com indicação da referência do anúncio e ser acompanhadas dos seguintes documentos: Curriculum Vitae, certificado de habilitações, carta de motivação, e nome e contacto de pelo menos uma pessoa que possa servir de referência. A candidatura deverá ser enviada preferencialmente por correio eletrónico, para o seguinte endereço:

Mónica Oleastro
Investigador Auxiliar,
Laboratório Nacional de Referência das Infeções Gastrintestinais
Departamento de Doenças Infeciosas
Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge
Av. Padre Cruz, 1649-016 – Lisboa
monica.oleastro@insa.min-saude.pt

Forma de publicitação/notificação dos resultados: O resultado do processo de seleção será divulgado, através deste site, sendo o candidato(a) selecionado(a) notificado através de e-mail.

Comunicação dos resultados aos candidatos e outras informações: Os resultados do concurso serão comunicados aos candidatos através de correio eletrónico, com recibo de entrega. Após o envio do resultado da candidatura, considerar-se-á automaticamente notificado para consultar o processo se assim o desejar e pronunciar-se em sede de audiência prévia no prazo máximo de 10 dias úteis. O candidato selecionado deve declarar, por escrito, a sua aceitação e comunicar a data de início efetivo da bolsa. Salvo apresentação de justificação atendível, a falta de declaração dentro do prazo requerido (10 dias) equivale à renúncia da bolsa. Em caso de impedimento de aceitação da bolsa pelo primeiro candidato selecionado, a opção será o segundo qualificado de acordo com a lista ordenada pelo Júri do concurso, a constar em Ata. A lista final de classificação será afixada em local visível, na Ala da Direção de Recursos Humanos, piso 2, deste Instituto.

Artigo: Burkholderia Pseudomallei – Primeiro Caso de Melioidose em Portugal – INSA

 O primeiro caso português de melioidose resulta de uma importação da Tailândia, indica um estudo do Instituto Ricardo Jorge, que utilizou a metodologia de Sequenciação Total do Genoma para chegar a esta conclusão. “O historial de viagem em conjunto com os dados obtidos por Sequenciação Total do Genoma da estirpe isolada, sugerem claramente que este primeiro caso português de melioidose resulta de uma importação da Tailândia”, refere o artigo publicado no Boletim Epidemiológico Observações.

“Considerando que os sintomas desta doença não são patognomónicos (podendo o quadro clínico ser confundido com outras situações, como a tuberculose), este caso vem reforçar a necessidade de se incluir a melioidose no diagnóstico diferencial de quadros infeciosos em viajantes regressados de zonas endémicas”, acrescentam os autores deste trabalho.

Burkholderia pseudomallei é uma bactéria de Gram negativo que pode ser naturalmente encontrada no solo e em águas estagnadas. Tem sido classificada como agente de bioterrorismo devido ao elevado risco de aerolização, à sua baixa dose infeciosa e à elevada taxa de mortalidade.

B. pseudomallei é o agente responsável pela melioidose, uma grave infeção adquirida por ingestão, inalação ou inoculação, sendo caracterizada por diversas manifestações clínicas, incluindo pneumonia e sépsis. É uma doença endémica no sudoeste asiático, norte da Austrália e outras regiões tropicais.

Para consultar o artigo de Ana Pelerito, Alexandra Nunes, Susana Coelho, Cátia Piedade, Paulo Paixão, Rita Cordeiro, Daniel Sampaio, Luís Vieira, João Paulo Gomes e Sofia Núncio, clique aqui.